terça-feira, novembro 29, 2011

Matosinhos lança redes para peixe graúdo

“Se há um domínio onde é visível uma melhoria é neste. Os portos têm que ser eficientes. O turismo de cruzeiros representa já hoje um volume de negócios anual na ordem dos 180 milhões de euros. Se soubermos aproveitar as infra-estruturas e articulá-las, estaremos a potenciar toda a região” - Dr. António Mendonça (Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações)
Inaugurado no passado dia 29 de Abril o novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, estará pronto a receber os maiores navios de cruzeiros alguma vez construídos, como o "Queen Elizabeth" (que já marcou duas escalas em Leixões para o final deste ano), "Aurora" e "Oriana.
A infraestrutura custou cerca de 21 milhões de euros e demorou um ano a ser construída contudo o terminal de cruzeiros de Leixões, da autoria do arquitecto Luís Pedro Silva, tem um custo estimado de 49 milhões de euros e foi financiado em 51% pelo Programa Operacional Regional do Norte.
Até agora, o Porto de Leixões apenas podia receber navios até 250 metros de comprimento, embora a maior parte dos novos navios e dos navios que têm entrado nas rotas do Atlântico tenham entre 250 e 300 metros. A nova estrutura, com 343 metros, permite receber estes novos navios e multiplicar o número de passageiros que chegam a Leixões.
Os estudos de mercado realizados apontam que apenas cinco anos depois, em 2018, passarão anualmente por Leixões cerca de 110 navios de cruzeiro com mais de 125 mil passageiros, um acréscimo significativo na procura turística da região que providenciará uma receita anual de 11 milhões de euros para os sectores da restauração, transportes, compras, cultura e lazer do Porto e Norte de Portugal.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Eng. Matos Fernandes, o cais dos novos fundos corresponde à primeira fase do Terminal de Cruzeiros de Leixões. A 10 de Maio arranca formalmente a segunda fase do projecto dedicada à construção da nova Estação de Passageiros, edifício central do complexo que irá albergar um espaço dedicado à produção e divulgação científica através do Pólo do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que irá ocupar os dois pisos superiores do edifício do terminal, concentrando as investigações ligadas ao mar, dispersas pelas várias faculdades.
O novo Terminal de Cruzeiros é uma mais-valia para o desenvolvimento da oferta turística da região. É preciso reunir esforços e estabelecer parcerias para a definição de uma estratégia que atraia novas mercados e potencie ainda mais a forte ligação histórico-cultural entre Matosinhos e o Mar.

Emanuel Meira Rego

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

sexta-feira, novembro 25, 2011

Transportes Públicos: as novas medidas

Os transportes públicos são, em determinados espaços urbanos, o único meio de transporte capaz de criar sustentabilidade na mobilidade dos cidadãos.
Com a ampliação das cidades (para além do centro), pela criação de novos espaços urbanos e a implementação de novas infra-estruturas rodoviárias torna-se mais necessário o uso de transporte, uma vez que este crescimento gera uma dispersão das actividades comerciais e residenciais, conduzindo a uma maior necessidade de deslocação da população. Note-se que este desenvolvimento atrai cada vez mais a população residente dos meios periféricos, sendo novamente importante a forma como a população se move.
Não esquecendo, os transportes públicos ajudam na diminuição do congestionamento do trânsito e da poluição atmosférica, sonora e visual tornando-se essenciais para o bem-estar da sociedade.
Com isto verifica-se a grande utilidade dos transportes públicos. Estes, apesar da facilidade no acesso ao crédito automóvel, continuam a ser mais rentáveis em comparação com o custo do transporte privado.
Os transportes públicos são utilizados em diversas situações, por todo o tipo de pessoas, como os trabalhadores que usam os autocarros como meio de deslocação para o emprego e os jovens para irem ter com amigos ao “outro lado” da cidade, cujas distâncias não podem ser feitas a pé, devido à duração do trajecto, ou até mesmo à falta de vontade.
Todavia, importa realçar que, no dia 11 de Novembro de 2011, o secretario de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou o corte dos descontos de cinquenta por cento que os idosos, estudantes e crianças têm nos passes sociais, ou seja, a subsidiação etária 4-18; sub-23 e sénior. Ou seja, com esta medida, os transportes públicos podem deixar de ser tão vantajosos, pondo em causa toda a sua utilidade e necessidade, referidas anteriormente, diminuindo o número de “viagens” da população.
Um caso particular é o dos TUB (Transportes Urbanos de Braga), que têm como objecto social a prestação do serviço de transporte urbano de passageiros no concelho de Braga, abrange a totalidade das freguesias, ou seja, 62 freguesias, com 76 linhas e 115 viaturas (dados do ano 2008). Actualmente, um estudante de Braga paga 19,15€ por mês, de acordo com o desconto do sub-23, caso utilize a coroa 3, isto é, a coroa máxima que permite andar por toda a cidade, mas, com esta medida, no dia 1 de Janeiro de 2012 pagará 38,30€ por mês, aumentando a despesa da família em transportes em, aproximadamente, 20€, o que na época que se vive de crise não nos deixa olhar esta medida com ânimo leve.
Contudo, o objectivo do Governo actual não é o de dar um término aos passes sociais, mas sim de melhorá-los de forma equitativa/justa para os cidadãos e para beneficiar as contas públicas.
Encontro-me em completa concordância com a sua implementação. A título de exemplo, hoje, um trabalhador com idade superior a 23 anos, que ganhe 700€ por mês, não tem direito a desconto, enquanto um estudante cujos pais têm rendimentos de 10 mil euros mensais já tem direito. Ou seja, os descontos não se devem reger pelas idades dos indivíduos, mas sim pela capacidade financeira das famílias, para que o uso de transportes públicos e, por conseguinte, o “viver a cidade” não se altere.

Joana Lamela Martins

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

quarta-feira, novembro 23, 2011

CIM Alto Minho

A Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima, também designada por CIM Alto Minho, foi constituída em 2008, englobando os municípios que correspondem à Unidade Territorial Estatística de Nível III (NUT III) do Minho-Lima, Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Esta entidade foi criada com o propósito de fazer do Alto Minho “um espaço de excelência ambiental com capacidade de desenvolver uma nova conjugação de recursos e actividades turísticas, de energias renováveis, de acolhimento empresarial e de provisão de serviços de proximidade com qualidade e modernidade, que respondam aos desafios de competitividade, coesão e sustentabilidade”. Tendo como objectivos a prossecução do planeamento e gestão estratégica do desenvolvimento económico, social e ambiental do território por ela abrangido, assim como a participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento da região no âmbito do Quadro de Referencia Estratégica Nacional (QREN).
Com sede em Viana do Castelo, esta entidade pretende assegurar também a articulação das actuações entre os municípios e os serviços da administração central, nas áreas de redes de abastecimento público, infra-estruturas de saneamento básico, tratamento de águas residuais e resíduos urbanos, rede de equipamentos de saúde, rede educativa, conservação da natureza e recursos naturais, mobilidade e transporte, redes de equipamentos públicos, promoção do desenvolvimento económico, social e cultural e rede de equipamentos culturais, desportivos e de lazer.
A CIM Alto Minho tem desenvolvido diversos projectos próprios em diversas áreas de intervenção e outros que lhe foram atribuídos, tais como:
- Programa Territorial de Desenvolvimento (PTD), que promove factores de competitividade, inovação, empreendedorismo e valorização económica dos recursos tais como qualificação dos serviços colectivos de proximidade de educação e saneamento básico, melhoria das condições de acessibilidade e segurança intra-regional, melhoria da governação da administração local desenvolvimento local, sub-regional e transfronteiriço.
- Valorização e Promoção ambiental
- Desenvolvimento Economico e Promoção, formando conjuntamente com o Ave e Cávado e a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, associações de desenvolvimento local e promotores privados, tem como objectivo promover uma Estratégia de Eficiência Colectiva, partindo de uma visão consensualizada do desenvolvimento do Minho Rural, assente em quatro áreas económicas fundamentais, o ambiente, o turismo, o agro-alimentar e a cultura/património.
- Ambiente e Ordenamento de Território
- Educação e Formação Profissional
- Cooperação Transfronteiriça
- Modernização da Administração Pública
- Economia do Mar
Em destaque, tem estado notícias em que a CIM e IPVC promoveram uma segunda etapa de formação em empreendedorismo escolar, tendo por base o manual “Ter ideias para mudar o mundo”, também em foco a CIM quer avançar com a elaboração de um Plano de Desenvolvimento designado “Alto Minho: Desafio 2020” que irá traçar as principais linhas de intervenção para o território nos próximos 10 anos e ainda a CIM Alto Minho e o Secretário de Estado da Administração Local iniciaram um “projecto-piloto de reforço do nível intermunicipal onde foram colocadas várias hipóteses sobre as possíveis áreas a transferir para o domínio da CIM Alto Minho, quer da parte da administração local quer da parte da administração central e que, por ganhos de escala e devido à proximidade necessária à sua gestão, possam ser melhor exercidas ao nível intermunicipal”.
Neste seguimento, é de referir a crescente importância desta entidade no que concerne a uma melhor gestão e promoção do Alto Minho, que por vezes fica meio esquecido para os portugueses, mas que valorizado e bem aproveitado é de grande valor, pelo que não pudemos esquecer dos que, fieis, vivem no início deste território tão belo que é Portugal.

Joana Araújo

Bibliografia:

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

sábado, novembro 19, 2011

Aula aberta: "Narrativas do património e práticas dos Lugares: o papel dos conteúdos nas estratégias turísticas"

«No âmbito da UC Turismo Rural e Urbano, 2º ano de GAT, estou a promover a realização de uma aula aberta intitulada:

"Narrativas do património e práticas dos Lugares: o papel dos conteúdos nas estratégias turísticas".

O orador convidado é o Dr. Álvaro Campelo, docente e investigador nas áreas de turismo em espaços rurais e espaços urbanos na Universidade Fernando Pessoa do Porto.
[...]
A aula decorrerá no próximo dia 21 de Novembro de 2011 (16h30/18h00), na sala 2, da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave em Barcelos.

Destinatários: alunos de GAT do 2º ano (e outros que, eventualmente, pretendam assistir à aula aberta).
[...]
Mécia da Cunha Mota"

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada - meciamota@gmail.com)

quinta-feira, novembro 17, 2011

"Open Call for Contributions for a new IGI-Global book: ´Technologies in Urban and Spatial Planning: Virtual Cities and Territories?`"

«Dear Colleague

We are pleased to announce an open Call for Contributions for a new IGI-Global book: Technologies in Urban and Spatial Planning: Virtual Cities and Territories?

The full document of the Call is attached to this message.

This book aims to present the state-of-the-art of the development and application of all kinds of new virtual technologies based on the use of hardware and software developed to represent and simulate virtual environments, built spaces, and buildings, and the interactions of these new technological solutions with policy making and design.

Proposals for contributions are due on December 31, 2011.

Please visit and bookmark www.vctbook.dec.uc.pt for detailed information about this editorial project.

We look forward to receiving your proposal for a contribution.

The Editors

Nuno Norte Pinto, José António Tenedório, António Pais Antunes and Josep Roca»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

segunda-feira, novembro 14, 2011

Sintra – Património Mundial

Sintra é uma vila pertencente ao Distrito de Lisboa com cerca de 377249 habitantes, um dos municípios mais populosos de Portugal.
Podemos encontrar em Sintra uma paisagem cultural em que é possível recolher testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa. Na candidatura de Sintra a Património Mundial/Paisagem Cultural junto da UNESCO, tratou-se de classificar uma unidade cultural que permanecia intacta em relação a palácios e parques, casas senhoriais e respectivos hortos e bosques, palacetes e chalets inseridos no meio de uma exuberante vegetação, várias igrejas e capelas e claro a Serra de Sintra. Encontram-se muitos vestígios entre estes monumentos que apontam para ocupações desde há muitos anos.
Os mais antigos testemunhos de ocupação humana localizam-se num cume da Serra de Sintra. A ocupação datada do período Neolítico é encontrada junto à Capela do Castelo dos Mouros, pela presença de cerâmicas decoradas. Durante o Império Romano, César (49 a.C.) concedeu a Sintra o estatuto de Municupium Civium Romanoru. Foram encontrados vestígios romanos que sugerem a sua presença desde os séculos I a.C. e V d.C.. Enquanto vigorou o domínio Muçulmano surgiram os primeiros textos que referem explicitamente a Vila de Sintra como o centro urbano mais importante logo a seguir a Lisboa.
Durante o século XIX decorreu uma grande construção em Sintra, o palácio da Pena, obra marcante do romantismo português. Este palácio foi construído com o que restava do velho Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena (século XVI), mas conservando-lhe partes fundamentais (a igreja, o claustro, algumas dependências), adquirido por D. Fernando II. Embora sendo este o Palácio que dá reconhecimento a Sintra, existem outros; são eles: Palácio Nacional de Sintra, Palácio de Monserrate, Palácio dos Ribafrias e Palácio de Seteais.
Merecidamente, Sintra foi classificada Património Mundial, no âmbito da categoria “Paisagem Cultural”, no dia 6 de Dezembro de 1995.
Com o título de Património Mundial, as visitas a Sintra têm uma tendência crescente ao longo dos anos, por exemplo, no ano de 2010 recebeu cerca de 1,9 milhões de visitantes, cerca de 86,1% foram estrangeiros e 13,9% portugueses.
Em termos de receitas provenientes dos Monumentos, o Palácio da Pena é o mais visitado, e em 2006 esteve perto de 1,3 milhões de euros com 382 mil visitantes. Em comparação com o Palácio Nacional de Sintra que arrecadou 1 milhão de euros com cerca de 391 mil visitantes.
O facto de esta vila ter muitos registos do nosso passado histórico e ter tido reconhecimento por parte da UNESCO, fez com que os responsáveis por alguns dos mais famosos monumentos começassem a cobrar um preço simbólico pelas visitas.
Esta medida fez com que o valor dessas receitas pudesse ser usado para a manutenção do próprio monumento e para que pudessem ser contratados guias especializados, para que de alguma forma o preço cobrado ‘valesse a pena’ para os visitantes. Isto não fez com que a curiosidade de os visitar morresse nas pessoas, o que possivelmente alterou foi a época em que essas visitas pudessem ser feitas, por norma há mais afluência nas férias, sejam elas de verão, natal, páscoa… ou mesmo nos feriados ou fins-de-semana.
Hoje em dia, quase todos os monumentos podem ser visitados mediante um pagamento que pode incluir guia ou não. Falando nos palácios, o Palácio Nacional de Sintra cobra 7€ a cada visitante, já o Palácio da Pena varia os preços entre 9€ e 12€ dependendo da época do ano. Em relação a certos museus, uns são de entrada gratuita: Museu de História Natural de Sintra, Museu Ferreira de Castro, entre outros; já outros têm um custo que varia entre os 2,5€ e 4€ - Museu do Brinquedo, Museu Arqueológico de Odrinhas, etc.
Concluindo, Sintra é uma vila muito privilegiada tanto pela presença de inúmeros parques naturais como os monumentos falados anteriormente. Isso fez com que o número de visitantes aumentasse de ano para ano e hoje em dia as receitas excedem as expectativas. Fez também com que a vila crescesse em termos turísticos, construção de hotéis/casas de turismo rural de forma a oferecer conforto aos visitantes; restaurantes e pastelarias; e claro, todo o comércio que se desenvolveu pelo aumento de população.

Ana Isabel da Costa Miranda

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

As cutelarias como pilares de uma economia regional

A indústria transformadora da vila de Caldas das Taipas tem uma enorme dependência das metalúrgicas, uma vez que estas têm uma grande importância a nível de emprego e produção para a região. O sector metalúrgico nas Caldas das Taipas possuí três empresas muito importantes, que são a Herdmar, a Cutipol e a Dalper.
A Herdmar foi fundada em 1911 por Manuel Marques e funciona desde sempre como produtora de cutelarias de mesa. Através da persistência dos seus fundadores, conseguiu adaptar-se e ampliar-se, e já nos anos 50 exportava para as colónias portuguesas da altura. Nos anos 70 a empresa aumenta a quantidade produzida e passa a exportar também para a Europa, mas é nos anos 90 que a empresa atinge o topo através de aumentos na quantidade e qualidade da produção, e passa a exportar para todo mundo, através de vendas directas ou de agentes intermediários, fazendo com que o volume de negócios chegue aos cinco milhões de euros.
A Cutipol foi uma das primeiras metalúrgicas a nível nacional, e ao longo dos anos tem vindo a reunir esforços para desenvolver produtos inovadores, através de novos materiais e de diferentes designers, tudo na área das cutelarias de mesa. Actualmente, pretende destacar-se no mercado, através de um design de utensílios de mesa muito inovador, feito através de materiais mais leves e resistente, nunca se descuidando dos produtos com design tradicional.
Desde os anos 50 que o sucesso da Dalper é alicerçado num profundo conhecimento de materiais de primeira qualidade e numa permanente inovação tecnológica. Actualmente encontra-se representada em mais de 40 países, e justifica isto dizendo “a nossa gama de produtos transmite confiança e prestígio, aliando a funcionalidade ao requinte nos detalhes”. Esta empresa baseia a sua produção não só em cutelarias de mesa mas também em cerâmicas.
Estas três empresas são muito importantes a nível económico para a região porque têm um grande fluxo de produção e qualidade reconhecida, o que leva a uma maior procura, não só a nível interno como externo, das cutelarias de mesa produzidas nesta vila.
Este sector não é só importante pela procura e, consequentes, receitas que traz, mas também pela empregabilidade que traz para a região. Caldas das Taipas têm aproximadamente 5 mil habitantes, e as três empresas supraditas empregam cerca de 500 destes, ou seja, eles dão emprego a 10% da população da vila, tornando o sector fundamental para a sustentabilidade desta.
Actualmente, e no contexto do momento controverso que a economia portuguesa atravessa, algumas destas empresas estão a passar parte da sua produção para alguns países africanos, como por exemplo Marrocos, uma vez que os custos de produção são menores, já que os salários são mais baixos, uma situação que se está a tornar preocupante porque esta medida está a afectar seriamente os trabalhadores locais, que temem pelos seus empregos.
É pelo facto de as Caldas das Taipas possuírem as três maiores empresas metalúrgicas a nível nacional, que, esta pequena vila, se candidatou a capital da cutelaria. Uma forma de tentar aumentar, não só o seu prestígio, que já é elevado, mas também o das empresas, que ganhariam um novo folgo para a produção e empregabilidade, e, assim, talvez estas não sentissem a necessidade de “desviar” a sua produção para países onde os custos de produção são mais baixos.

José Luís Ferreira

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

A problemática do desenvolvimento rural

Partindo de um conceito de rural incerto e frequentemente contestado, tem sido muito difícil chegar a um consenso quanto à natureza específica de processos de desenvolvimento rural, particularmente num contexto de mudanças aceleradas e reestruturações sucessivas. Um dos grandes problemas levantados pelo conceito da ruralidade consiste na sua natureza, tão do agrado dos teóricos da modernização, e na sua consequente definição pela negativa.
Se o destino das áreas rurais for determinado principalmente por interesses externos, aquilo que actualmente consideramos rural sofrerá, possivelmente, uma descaracterização por via da difusão e introdução de interesses e valores, perturbando, assim, as distinções entre rural e urbano. Implícitos na teoria da modernização estão determinados pressupostos sobre a dita “condição rural” que, correspondendo embora, de certa forma, à verdade, realçam exageradamente quer a falta de dinâmica e adaptabilidade interna do meio rural, quer a sua aversão às oportunidades de modernização proporcionadas por forças externas. Na minha perspectiva, há toda uma série de valores e atitudes que conduzem à estagnação económica e a uma relativa indiferenciação social. Esta visão retrata o mundo rural como relativamente análogo e estático, reunindo todas as características contrárias à ideia de modernidade, tão presente nos nossos dias.
Os habitantes rurais dependem largamente do sector primário em geral, e do uso, relativamente extensivo da terra em particular. Contudo, verifica-se actualmente que o número de habitantes que se dedicam a tempo inteiro à agricultura é tão pequeno que o estatuto rural pouco tem a ver com a existência e o funcionamento das explorações agrícolas. Verificamos facilmente que quanto mais uma região sofre um processo de diversificação das suas actividades económicas, mesmo mantendo o peso relativo do sector agrário, mais difícil é a sua definição simplesmente em termos do binómio rural-urbano. As mudanças no nível e natureza da actividade económica num dado território rural resultam de um conjunto de procedimentos e dependem, essencialmente, dos recursos locais, naturais, ou humanos, e da evolução histórica dos factores que condicionam o equilíbrio de poder entre forças locais, regionais, nacionais e internacionais.
Vista de uma perspectiva de longo prazo, a reestruturação gradual do sector rural resultou da articulação de uma série de sub-processos sectoriais que contribuíram para o reforço das assimetrias interterritoriais e continuam a condicionar as oportunidades de desenvolvimento local e regional. Embora existam experiências nacionais e regionais distintas, as duas forças que, a meu ver, e de uma forma interligada, maior impacto tiveram nos países europeus, nas últimas décadas, são aquelas associadas à reestruturação da economia agrária e ao aparecimento de novos usos produtivos e a progressiva diversificação do espaço rural.
Talvez seja possível, na minha opinião, criar oportunidades para que a economia rural se desenvolva, de uma maneira sustentável e endógena, baseada nas iniciativas territoriais e na consequente afirmação e concretização da autonomia local e na fixação de uma parte significativa do valor acrescentado criado.

Elsa Duarte Lopes

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

sexta-feira, novembro 11, 2011

Fafe, na rota do património industrial do Ave

A constituição de uma rota do Património Industrial do Vale do Ave, levada a cabo pela ADRAVE (Associação de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave), com o apoio financeiro de fundos comunitários através do Programa Operacional da Região do Norte, assentou no objectivo principal de criar um percurso que permitisse compreender melhor a importância dos rios, em especial do rio ave, como pólo aglutinador da indústria da região. Para isso, em cada um dos oito concelhos do Vale do Ave (Fafe, Guimarães, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Vizela, Famalicão, Santo Tirso e Trofa, coincidente com a NUT III) procurou-se, por um lado, mostrar a diversidade e a qualidade das principais estruturas arquitectónicas industriais existentes, reconhecer a sua importância histórica e cultural e, por outro lado, ajudar a preservar este património industrial, inserindo-o na rota dos Itinerários Culturais do Conselho da Europa.
Por esse motivo, a Rota foi necessariamente condicionada por factores que se prendem com questões de acessibilidade, permissão de visita, potencialidades lúdicas e pedagógicas dos sítios e monumentos. Procurou-se, por outro lado, que os locais a visitar fossem elucidativos da diversidade e qualidade das estruturas e arquitecturas relacionadas com o património industrial e pré-industrial existente no Vale do Ave, estabelecendo-se também critérios de equidade entre os diversos municípios envolvidos. Por tal motivo, e independentemente de se chamar à atenção e incentivar à descoberta de outros vários pontos de interesse, foram evidenciados apenas, em cada concelho, até um máximo de três pólos de visita.
Assim, Fafe tem integrado neste percurso 3 importantes edifícios, seja, a Companhia de Fiação e Tecidos do Ferro ("Fábrica do Ferro"), a Central Hidroeléctrica de Santa Rita e o Moinho de Casca de Gontim.
A Central Hidroeléctrica de Santa Rita está localizada no concelho de Fafe, na freguesia de Fornelos, na margem esquerda do Rio Vizela. Foi inaugurada a 5 de Outubro de 1914, uma das primeiras na região, e é exemplo da acção social orientada para o progresso, fruto de ideais de republicanos. Este empreendimento com o objectivo de enriquecer a rede eléctrica de serviço público, desempenhou um papel central na consolidação do desenvolvimento industrial, associado às já existentes fábricas do Bugio e do Ferro. A construção deste empreendimento ficou registado na imprensa local e na memória da população que a encarava como símbolo da evolução social e económica da Vila de Fafe. O espaço onde está construída a Central, pelas suas características naturais, permite uma optimização da obtenção da energia mecânica e, consequentemente, eléctrica.
Foi alvo de intervenção e restauro, apresentando-se, actualmente, como um local de excelência no que respeita à “Energia”, símbolo da capacidade humana de utilização dos engenhos e técnicas na exploração de recursos naturais potenciadores de crescimento económico e de reconhecimento histórico e social. Em virtude do seu interesse histórico e cultural - como marco importante do processo de electrificação no Noroeste de Portugal e dado o bom estado do equipamento, a Câmara Municipal de Fafe, entidade proprietária, decidiu musealizar as instalações, e os equipamentos, em bom estado de conservação, em meados dos anos 80, constituindo um museu regional de electricidade, o primeiro do seu género no país.
A Fábrica de Fiação e Tecidos de Fafe, embora fosse tradicionalmente designada de Fábrica do Ferro, foi fundada em 1887 num contexto de forte ruralidade.
Foi implantada num local onde tinha existido uma moagem e transformou-se num dos mais antigos e importantes estabelecimentos fabris da região, onde três anos após o seu nascimento já empregava 339 operários.
Nos anos 50/60 do século XX o número de trabalhadores ao serviço alcançou os 2000, e esse crescimento era acompanhado por apoios sociais como a atribuição de subsídios de reforma por doença, velhice ou invalidez, uma cantina, uma creche e um lactário. Em 1926, cria uma escola infantil anexa à creche e uma escola primária com seis professores cujo salário era inteiramente pago pela empresa.
A sua produção de fio e tecido destinava-se ao consumo nacional e internacional. E a energia necessária a essa produção provinha da sua central hidroeléctrica, com a particularidade de também ter instalado, como alternativa, um motor diesel de um transatlântico.
Porém, em Dezembro de 1994 foi alvo de um violento incêndio que destruiu parte das suas instalações. A partir do ano de 1999, com a nova administração, a empresa passou a designar-se de “Companhia de Fiação e Tecidos do Ferro, Lda”. Igualmente relevante nesta fábrica é toda a área envolvente ao edifício, onde se destaca o bairro operário, a casa do pessoal e todo um conjunto de equipamentos sociais construídos ao longo do tempo por esta empresa, nomeadamente, escola, cantina, loja do trabalhador e serviços médicos. São os actuais testemunhos materiais e simbólicos edificados e que representam o impacto da mudança social e económica deste espaço fabril no concelho de Fafe.
Quanto ao Moinho de casca de Gontim, não há registo da data da sua construção, mas sabe-se que está desactivado à cerca de 50 anos. O moinho insere-se numa propriedade agrícola perto da nascente do Rio Vizela e a sua função era transformar a casca de carvalho alvarinho numa substância com propriedades químicas muito úteis para a indústria dos curtumes. Encontra-se encerrado ao público.
Não se pretendeu em momento algum valorizar apenas o passado da região. Os mecanismos de identificação e valorização desta deverão ser lidos igualmente numa perspectiva de requalificação desta mais-valia do Vale do Ave, no que ele representa de capacidade criativa e empreendedora, da relação do Homem com o espaço que ocupa, gerindo os recursos que a natureza disponibiliza e ditando, deste modo, a sua dinâmica de futuro.

Joana Cristina Alves Oliveira

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]


quinta-feira, novembro 10, 2011

Território e Desenvolvimento Regional

Territórios e Desenvolvimento

(título de mensagem, datada de hoje, disponível em Economia Portuguesa)

Chão Urbano, Ano XI, Nº 6, Nov-Dez 2011

«Prezado (a),

Comunicamos que o novo número de Chão Urbano Ano XI Nº 6 Nov-Dez 2011 já esta disponível no site www.chaourbano.com.br, trazendo artigos sobre transporte e meio ambiente.

Boa leitura!

obs.: Relembramos que os envios de artigos para submissão ao Comitê Editorial da revista devem ser encaminhados a: artigoschaourbano@gmail.com

Agradecemos aos autores dos artigos pela colaboração.

Saudações
Mauro Kleiman
Editor de Chão Urbano»

(reprodução integral de mensagem que3 me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

segunda-feira, novembro 07, 2011

Lithuanian regional social and economic development disparities

Lithuania-a small country, but the nature of society and territorial differences within it are sufficiently sharp. They display the soil, topography, climate, landscape variations, economic achievements, socio-cultural, demographic, ethnic (even language) variations. State policies can suppress these differences, promote, or sort by supporting natural and positive cultural identity and comparing the socio-economic disparities.
Regions observed significant differences in unemployment. According to the Labour Exchange, the number of registered unemployed in 2010 reaches the highest unemployment rate in Siauliai, and Tauragė the lowest - in Kaunas and capital of Lithuania Vilnius counties.
Most affected by unemployment are in the agricultural districts, because of employment decline in agriculture and low opportunities to develop small businesses in rural areas.
Talking about each of Lithuanian regions, they all have their own policy. For example, the biggest transport sector is located in a very small city called Marijampolė. Marijampolė has the biggest transport sector because is located near Poland border, has good relations with them and because it follows a quite close policy approach. It is very hard to access this area and make money by new people. Talking not only about business, the people in this city is totally different comparing with larger cities. They just trying survive. The culture is more aggressive, maybe because greater part of the population are foreigners, from Russia. For Lithuania transport sector it is very important, because it accounts for 13 percent of total GDP.
We what regards other regions, we can keep the case of Klaipėda, which possesses the biggest logistic sector in all Lithuania. Klaipeda has the largest shipping port in the whole Baltic countries. Klaipeda is the northern most ice-free port of the eastern Baltic Sea. This is the most important and the biggest Lithuanian transport hub, connecting sea, land and railway routes from East to West. The port operates 24 hours a day, 7 days a week, throughout all the year. Directly to the Klaipeda port activity are more than 800 companies, creating over 23 thousand jobs and 4.5 percent of Lithuania's total GDP. Due to the active port operation, it provids around 185 thousand induced jobs. Klaipeda port is directly and indirectly related to 18 percent Lithuania's total GDP.
Talking about population culture, it is completely different the one of other cities. They have their own city history, people are more polite, maybe because they have all the time fresh air and do not have too many foreigners.
Main industries, like confectionery, milk, bread and others in Lithuania are distributed in very small towns, because the land is cheaper and construction too. In these cities, people are simple, and do not has a lot of money, living a quiet life.
In all country there are not big companies like the ones connected to the automobile industry or others. Many important products are imported from Europe, but in the future there is a plan to set up a solar cell company in Lithuania.

Julius Pečiulevičius

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

quinta-feira, novembro 03, 2011

1ª Conferência de Planeamento Regional e Urbano / 11º Workshop da APDR

«Meus caros,
Na sexta-feira da próxima semana, dia 11 de Novembro, vai realizar-se na Universidade de Aveiro a 1ª Conferência de Planeamento Regional e Urbano em conjunto com o 11º Workshop da APDR (http://www.apdr.pt/evento_11/).
Em nome da comissão organizadora gostaria de formalizar o convite para estarem presentes num evento que acreditamos ser de elevada relevância para aqueles que nos domínios académico, político ou técnico se interessem pelo tema do Território, Mercado Imobiliário e Habitação (ver programa em anexo)
A inscrição deve ser efectuada online utilizando o seguinte endereço:
Destacamos o facto de ter sido criada uma nova modalidade de inscrição que apenas dará acesso à participação na conferência.
Assim os preços (se for feita a inscrição até ao dia 9) são:
- 70 euros para não estudantes;
- 40 euros para não estudantes (nova modalidade: não inclui refeições nem documentação);
- 10 euros para estudantes (sem limite de idade, ao contrário do que estava inicialmente anunciado)
Atentamente,

João Lourenço Marques
(P´la Comissão Organizadora)»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

terça-feira, novembro 01, 2011

Wind Power Plants in the West of Lithuania

Lithuania is a very small country which has the total territory of 65200 km2 and approximately 3 million inhabitants, and has only a few its own energy resources. During the last decades the main source of energy was Ignalina’s Power Plant that covered more than 70% of all energy supply but it was closed in 2010 by a request of the European Union. As a result, a demand for new resources now is in the center of attention. Last year government ratified ‘National Renewable Energy Sources Development Strategy’ that claims the renewables should cover at least 23% of total energy consumption in 2020 (now it is only 9% of all energy).
One of the most potential renewable resources is wind energy. Wind energy is 5 times cheaper than solar energy and experts say that the wind power plants can be profitable in 8-12 years. Although the climate in Lithuania is not appropriate for extensive development of wind power plants, the area on the seashore where wind velocity is higher than standard needed (more than 5-6 m/s) is suitable for producing this kind of energy. The territory mentioned is situated in western and north-western parts of Lithuania. There are some parks of wind turbines that produce the biggest amount of wind energy consumed but still are partialy utilized and that gives the clue for further discussion.
Recently local government received many complaints from residents of the region near Baltic Sea. The aim of those complaints was to force government to restrict the usage of wind turbines close to their houses. People claim that the presence of big and powerful wind turbines can seriously affect their health. To be more specific, they typically suffer from insomnia, chronic headache, depression, cardiac disorders and many neurological diseases. These health problems could be mainly caused by low-frequency infrasound that is generated by wind turbines and might be dangerous both mentally and physically. Experts found out that this effect may occur if people live nearer than 3 kilometers to wind power plants. Many wind turbine parks in western Lithuania are built nearer than 2 kilometers to small villages where the number of people usually seeks one thousand.
In addition, people complain about huge shadows that are formed by gigantic wind turbines. They destroy crops due to the lack of sunlight. Also, wind power plants occupy enormous areas and spoil the landscapes. As a result, the prices of the land near wind turbine parks have fallen down significantly. Although the land in this region is not very productive, it still has a potential for industrial sector but now it is harder to attract investors because of decreasing space. Moreover, looking deeply from economic point of view, wind turbines do not create new workplaces and by locals it could be seen not so beneficial even bearing in mind that they have slightly reduced electricity bills.
Another issue was raised by environmentalists. Generally, it is believed that energy from wind power is clean and eco-friendly. However, those wind turbines that are built in western Lithuania damage nature differently comparing to other energy resources. Most of them are located alongside bird migration routes and they are high enough (usually 100 meters) to create an obstacle for birds. Environmentalists are especially concerned about rare European birds that are crossing Lithuania through the region near Baltic Sea. They can easily bump into the wings of wind turbines that are 60 meters in diameter and can develop the speed of 300 kilometers per hour. Although there should be made further research because environmentalists do not give exact number of killed birds in relation to wind turbines.
Currently there has been one deliberate suggestion to follow Sweden and Denmark in order to build wind turbine park in Baltic Sea near Lithuania’s shore. This suggestion could help to solve problems mentioned above. Conditions in the sea are extremely favorable because there is strong wind almost all year round. Therefore it is attractive and beneficial for investors who already have shown some interests to exploit unused opportunities of the sea. Moreover, there are much more space comparing to the land, which in this case could be used for other purposes. People also would avoid negative effects on their well-being because the distance would be appropriate according to all standards. Nevertheless, environmental matters stopped the process of building wind turbine park in the sea as it could still damage the routes of bird migration and one more problem has been added – fishing population of Baltic Sea could be in danger.
In conclusion, in near future energy from wind power could become an important resource of energy in western Lithuania. Nevertheless, many factors concerning environmental issues and human rights should be taken into consideration. By achieving this government could easily fulfill commitments of renewable resources to European Union and investors could benefit from making reasonable and profitable investments.

Aldona Rakauskaitė

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Lithuania’s protected areas: the Curonian Spit (Kuršių Nerijos) national park

Lithuania is a small Northern Europe country. It is situated along the southeastern shore of the Baltic Sea. Lithuania has a territory 1.5 times smaller than Portugal and has a estimated population of 3.2 millions. Lithuania has became a member of the European Union in 2004, after that territories of the European Natura 2000 network was established in Lithuania to protect wild fauna and flora of our country.
Lithuania’s landscape had been formed in the last Ice Age. Our country’s most precious treasure is quiet and untouched by human activities corners of nature. The system was started to be created in 1992. Nowadays protected areas cover 15,3 % of the territory of Lithuania. Types of protected areas founded in Lithuania are: regional and national parks, strict nature reserves, reserves, biosphere grounds. I will try to describe history, present situation and plans for future of Curonian Spit (Kuršių Nerijos) national park.
Curonian Spit national park is located in the west of Lithuania, between the Baltic Sea and Curonian Lagoon, it covers 264,74 km2. Land occupies 37% of the area of the park (70-74% forest), east of the park is surrounded by the Curonian Lagoon (16% of the area) and from the west by the Baltic Sea (47% of the park area). The Spit is a peninsula that separates the Baltic Sea and the Curonian Lagoon in a slightly concave arc for 98 km from the Kaliningrad Peninsula to the town of Klaipeda. Curonian spit national park was established in 1991 to preserve valuable natural and cultural landscape of Lithuanian seaside with a unique complex of the highest moving sand dunes in Europe and the ethno-cultural heritage. Curonian spit is also a UNESCO World Heritage Site.
This unique corner is extremely fragile: sand dunes are under constant threat from natural forces (wind and tide). It is at the high risk of violations of the Curonian spit and even extinction. The moving sandy surface of the Curonian spit was planted by trees, but during wars most of them were destroyed. The wind drifted free sand, and from the 16th to the 19th centuries 14 fishermen’s villages were buried under it. The spit reclaimed massive protection and stabilization works began in the 19th century and still continue until now. Nowadays forest covers 6.731 hectares, including 3.556 hectares of Scotch pine and 1.874 hectares of stunted pine stands.
During Soviet period, there has been restriction for tourists in Curonian Spit: in one year could receive no more than 100,000 visitors (including one day tourists). Nowadays there are no restrictions, but more tourists are coming – in summer season their can be 11,000 – 12,000 visitors at the same time. According to specialists of UNESCO World Heritage committee, Lithuania should prepare a tourism strategy which will evaluate visitors and transport flows in Curonian spit.
In 2010, 16th of July in the Curonian spit (Kuršių Nerijos) national park was carried out monitoring of visitors flows. For preparing the methodology for the observation, organizers consulted with specialist of different fields: the Curonian national park employees, botanists, geologists. They recommended that the flow of tourists should be assessed in the Pranidzio dune, because it is the most intensive visited. For observation were selected degraded, average and healthy state habitats of white and grey dunes. The results show that intensively visiting of both white and grey dunes is more damaged. Good conditions habitats during observation (in 6 hours) visited 0-27 visitors and degraded – from 3 to 118.
Trial monitoring of the flow of visitors was carried out in the beach of protective dune in Nida. The main function of protective dune – to build up the sand and do not let it go to the depth of the spit. Because of the big number of visitors in protective foredune and appearance of deflationary pits, the dune is starting to become shorter and narrower. In the future this can be the reason for bigger problems. Due to the unregulated flow of tourists over the past decade deserted a lot of white and grey sand dunes. Before the observation of visitors, a variety of different conditions dune fields was researched and researchers have not found truly healthy white sand dune sample.
What local government is doing to preserve this amazing corner of nature? Because landscapes are particularly sensitive, visitors are not allowed to disassemble the dunes, not put up tents, build fires, walk around the areas of nature reserves, with the exception of specially equipped trail. In “Grobstas” and “Nagliu” reserves is forbidden to walk all over their territory. Tourists can stay at guest houses or in the local residents ones.
To sum up, Curonian spit (Kuršių Nerija) is a unique corner of nature in Europe, which must be protected and saved for other generations. In my opinion, local government should apply strict strategy concerning the number of tourists and transport, also some strict rules must be set about path and roads in the spit.

Brigita Saikeviciute

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

A reforma da administração local no maior concelho do país

Há pouco mais de um mês foram conhecidos os critérios para a extinção e fusão de freguesias. No caso do concelho de Barcelos, as freguesias rurais terão de se unir a uma ou mais vizinhas no sentido de criar uma povoação com o mínimo de 1000 habitantes. Já as freguesias urbanas, num raio de 3 km da sede do município, só continuarão a existir enquanto circunscrição administrativa se tiverem um mínimo de 15.000 habitantes. Sendo Barcelos, um concelho com 89 freguesias, tendo 47 com menos de 1000 habitantes, já era de esperar uma grande redução no seu numero. De acordo com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), não há qualquer freguesia no concelho de Barcelos que cumpra os requisitos mínimos para se manter.
A ANAFRE aplicou os critérios definidos no Documento Verde da Reforma da Administração Local para a fusão de freguesias e o resultado, no tocante a Barcelos, seria uma verdadeira revolução. Considerando os dados da ANAFRE, Barcelos, actualmente com 89 freguesias e 120.000 habitantes, ficará reduzido a cerca de 20 divisões administrativas após a reorganização prevista.
No que toca às reações dos presidentes de junta, na sua grande maioria, são contra uma mudança de nome, argumentando que não querem que as suas freguesias percam a identidade. Pelo contrário, são a favor das associações de freguesias, evitando assim a anexação a outras freguesias. A anexação a municípios como Viana do Castelo, Ponte de Lima, Esposende, Póvoa de Varzim e Vila Nova de Famalicão também é bem vista, principalmente por uma questão de proximidade.
É muito importante que o processo seja debatido e participado pelas populações, apesar do presidente da Câmara de Barcelos vir publicamente manifestar-se contra a ideia. Penso que não é plausível que se faça uma reforma administrativa do país num período tão curto de tempo, e isso mostra que surge apenas por condicionalismos financeiros. Outro aspecto a realçar é que os dados demográficos são do Recenseamento de 2001, enquanto que é preferível aguardar um pouco mais e trabalhar mais sustentadamente com as estatísticas do Recenseamento realizado este ano, apesar da meta de final de 2012 ser curta para esta reforma.

Nuno Campos

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Primark em Braga

No passado dia 25 de Outubro inaugurou em Braga a famosa loja de vestuário e acessórios, Primark. A nova loja está situada no Bragaparque, tem cerca de 2900 m2 e é a quinta loja desta marca a abrir no nosso território (o mais perto que poderíamos encontrar era no Porto). Esta abertura proporcionou um emprego imediato a 250 pessoas, estando ainda em aberto a possibilidade de este número aumentar.
Na minha opinião a chegada da Primark a Braga tem bastantes pontos positivos, mas também tem, com certeza, alguns menos bons. Começando pelos aspectos a favor, temos desde logo os 250 empregos que esta loja “oferece”, o que, sabendo-se que Braga está entre as cidades com maior taxa de desemprego no país, é fenomenal. Outro factor de extrema importância prende-se com o facto de a Primark ser uma marca conceituadíssima que está a ganhar grande força a nível nacional, pelo que não vai atrair somente a população residente em Braga, mas também a dos arredores. Assim, principalmente aos fins-de-semana, é de esperar que o Bragaparque e consequentemente as suas lojas ganhem “uma vida nova”, isto é, que a Primark seja “um dinamizador socioeconómico daquela que será a Capital Europeia da Juventude em 2012” – José Luis Martinez, director ibérico da marca.
Passando para outro aspecto positivo, esta loja também é conhecida por ajudar fundações. Na sua inauguração, aproveitou para conceder dois donativos, um ao Instituto Novais e Sousa e outro à Associação Maconde, ambos no valor de cinco mil euros. Por último, mas nunca menos importante, os preços praticados. Primark é, automaticamente, sinónimo de produtos de baixo custo o que representa, sem sombra de dúvidas, um ponto enorme a seu favor visto que, considerando a situação em que o nosso país se encontra, as pessoas sentem-se tentadas a procurar o preço mais apetecível para o seu vestuário, algo certamente oferecido pela Primark que actua sob o lema “Amazing Fashion, Amazing Prices”.
Esse é, no entanto, um dos pontos menos favoráveis da vinda desta loja para cá. Digo isto porque os preços são, de facto, avassaladores e com a chegada deste concorrente de peso, as marcas que já estavam no Bragaparque, na minha opinião, vão passar por algumas dificuldades para se conseguirem defender de tamanho adversário (mesmo sabendo que a Primark trará consigo bastantes novos visitantes). Outro aspecto menos positivo, que se prende de certa forma com o anterior, consiste em que o outrora tão populado, animado e movimentado centro da cidade perca ainda mais o seu encanto. O costume de ir “fazer compras à avenida” perdeu-se com todos os shoppings que se foram construindo e certamente a vinda desta imponente marca para Braga não ajudará nada a que o centro da cidade volte a ser o que era, arruinando ainda mais os pequenos negócios locais.
Com tudo isto e em jeito de conclusão, penso que os pontos positivos da chegada da Primark superiorizam-se relativamente aos seus pontos negativos. É certo que os pontos negativos são algo a ter em conta, porém, as grandes marcas sabem que ao abrirem um espaço comercial num shopping, se arriscam a ter concorrentes deste tipo. Assim, como qualquer pessoa que goste de comprar roupa a bons preços, vejo com bons olhos a vinda da tão conceituada Primark para Braga.

Diogo Azevedo

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

A Saúde em (de) Portugal: a inevitável fuga dos serviços hospitalares do interior

A qualidade e diversificação dos serviços de saúde de um país constitui um excelente indicador dos índices de desenvolvimento humano. No entanto, esta relação positiva, não é de todo linear. Os recursos de um país são escassos, na medida em que não conseguem satisfazer todas as necessidades, e como tal, um acréscimo nos níveis de investimento nesta área de interesse só se irá traduzir numa melhoria dos cuidados de saúde caso seja eficientemente aproveitado, reduzindo a dispersão do capital aplicado.
Portugal é um dos países mais centralizados da EU. Como tal, para melhor percebermos o peso da Saúde nas despesas, basta consultarmos o Relatório do Orçamento de Estado de 2011, uma vez que não existe grande independência neste aspecto da parte de outras entidades. Aqui, constatamos que Portugal gasta cerca de 15% do seu orçamento com a Saúde, índice que apenas é superado por despesas com Segurança e Acções Sociais. Relativamente às congéneres europeias, concluímos que se tratam de níveis bastante elevados, mesmo a par de países muito mais desenvolvidos nesta área (como é o caso dos países nórdicos). Gestão mais eficaz, portanto.
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) é dirigido pelo Ministério da Saúde e oferece uma cobertura universal, ainda que possa coexistir com outro tipo de seguros privados. Desta forma, toda a população está abrangida por uma rede de cuidados médicos, sistema diferente do existente nos EUA previamente à chegada da direcção Obama. Como tal, o Estado compromete-se a fornecer a toda a população os cuidados básicos de saúde, independentemente da sua localização geográfica.
No entanto, embora Portugal não seja um país vasto, apresenta algumas características singulares. Historicamente potenciado pela sua localização geográfica, sempre tentou usufruir ao máximo da sua extensa linha de costa, assim como de uma das maiores zonas económicas exclusivas a nível mundial. Desta forma, potencializando as condições naturais, os portos foram ganhando um papel decisivo no desenvolvimento da actividade económica. Naturalmente, os grandes focos de actividade no litoral tornaram-se responsáveis pelo aparecimento de grandes cidades e despoletaram movimentos por parte da população, em busca de melhores remunerações do factor trabalho. Isto deu origem a um vincado fenómeno de litoralização no nosso país, em que mais de 80% da população tem como residência uma cidade relativamente próxima do litoral. O êxodo rural também deu (em virtude de uma vastidão de factores, naturais, etc.) origem a um outro fenómeno característico da dispersão populacional em Portugal: a bipolarização que se observa em torno de das cidades do Porto e de Lisboa, assim como entre elas. Isto é, não podemos reconhecer um padrão igualmente distribuído da população pelo território nacional. Que tipo de consequências é que isto acarreterá para uma eficaz distribuição dos serviços de saúde?
De acordo com os princípios de equidade, e tendo em conta que o SNS é predominantemente financiado através de uma tributação geral, os serviços deveriam ser prestados da mesma forma em qualquer unidade do território. No entanto, até que ponto é que isto faz sentido? Atentemos no caso de uma grande metrópole, como é o caso da capital. O investimento feito por parte do Estado em unidades hospitalares ou serviços mais especializados tem de facto um carácter de utilidade pública, pois ainda que não preste cuidados à maior parte dos contribuintes, serve uma grande parte da população, justificando os custos com este estatuto de utilidade pública. Financeiramente, isto é espelhado na maior captação de receitas (taxas moderadoras, cirurgias mais complexas) na sequência de um maior número de utilizadores. Por si só, estas ajudam ao melhor funcionamento dos cuidados de saúde, minimizando as perdas (o SNS actual é um sistema deficitário pois os custos são previsivelmente maiores do que as receitas).
Seguindo a mesma linha de pensamento, a instalação de unidades hospitalares em zonas com diminutos índices demográficos, e os seus elevados custos fixos, não farão sentido. Mas, e o indivíduo que resida numa área com baixa densidade populacional, não terá direito exactamente aos mesmos cuidados do que aquele que viva no metrópole? Afinal de contas são ambos cidadãos cumpridores da lei. Aqui é que entra o importante papel do Estado, enquanto mediador dos custos de oportunidade.
O Estado tem que garantir os cuidados de saúde aos seus cidadãos. É inconcebível que uma cidadã cumpridora dos deveres, tenha que dar à luz numa ambulância, uma vez que não existem unidades hospitalares por perto da sua residência. No entanto, não passará pela cabeça de ninguém construir um hospital em Mértola, para umas centenas de pessoas. Foi criado então um modelo, obviamente afectado pela conjuntura económica, em que se garante todos os serviços em cidades populosas, a criação de centros de saúde em maior número (que facultam desde simples consultas até pequenas cirurgias) e por fim os postos médicos que garantem aos utentes um acompanhamento por parte do médico de família. Ultimamente tem-se também assistido a um esforço de descentralização dos serviços de saúde, que passaria pela implementação de um modelo de gestão financeira a nível regional. No entanto, as conclusões empíricas traduzem-se numa autonomia limitada apenas aos cuidados primários, tornando as unidades dependentes daquelas que oferecem serviços complementares.
Este modelo foi alvo de muitas críticas no passado, principalmente pela redução do número de Urgências no interior do país. Pessoalmente, e ainda que não viva numa dessas regiões, não posso deixar de concluir que foi uma medida em nome da sustentabilidade do sistema, e como tal, a mais acertada. É também verdade que a redução de serviços de cuidados primários não contribui para o bem-estar da população a nível imediato, mas um mandato executivo bem feito deve ser sempre um trabalho inglório.

Miguel Gomes

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Localização das actividades industriais

Em Portugal, o sector industrial comparativamente aos mais poderosos e mais relevantes países europeus sempre se ficou um bocado atrás e a revolução industrial não foi tão notada cá como por exemplo na Inglaterra. Nós, país que viveu sempre da exploração agrícola estando esta hoje em dia em crítico sub-rendimento devido a variadíssimas razões, nomeadamente por culpa do fraco aproveitamento das condições territoriais e meteorológicas do nosso país. Por exemplo, em Trás-os-Montes, zona onde se produzem excelentes azeites e até vinho, hoje em dia encontra-se longe da máxima e melhor produtividade pois na verdade há uns anos atrás alguém era dono de uma parcela de terra que explorava para venda e consumo próprio, teve digamos 10 filhos e resolveu-se a dividir o seu terreno em 10 partes iguais. Uns filhos nem ligaram, outros venderam, outros mudaram a produção e no final de contas temos um incrível sub-rendimento da actividade agrícola que prejudica o PIB, o emprego, as exportações do nosso país e consequentemente as contas públicas.
Nestas pequenas coisas ninguém parece preocupar-se muito mas na verdade as pessoas têm o terreno e são livres de explorá-lo (ou não) à sua vontade e este ciclo é muito comum por todo o país, nomeadamente no norte, e aos poucos a actividade industrial foi ganhando relevância no nosso país.
A exploração de minérios e de outros recursos naturais foram parte integrante do início de uma mais pequena revolução industrial nacional e o facto de Portugal ter sido um país oficialmente neutro nas grandes guerras mundiais ajudou a um maior sucesso industrial, como por exemplo na venda de volfrâmio para a Alemanha, e hoje em dia Portugal ainda mantém algumas industrias bem sucedidas, apesar dum êxodo do investimento industrial estrangeiro devido à inflação em Portugal, aumento de impostos e nomeadamente do aumento do custo de mão-de-obra (salários) dos operários, tudo isto razões que fizeram com que as grandes empresas internacionais invistam menos e tenham até desistido das suas fabricas em Portugal pois os custos de produção, comparativamente aos países emergentes asiáticos e os novos membros da EU, são bastante mais elevados e não compensam. No entanto, há ainda empresas bem sucedidas no nosso país, distribuídas por várias regiões, algumas com êxito nacional e outras até internacional, como a cortiça, por exemplo.
No âmbito da localização das indústrias nacionais, tudo em prole de minimizar custos de produção, as empresas tendem a juntar-se e a ficarem próximas umas das outras nas regiões onde a mão-de-obra compense e acima de tudo as infra-estruturas forem favoráveis à sua indústria. Ou seja, onde seja fácil o acesso ao transporte de matérias-primas para transformação e fácil o acesso a locais de transporte para venda, em infra-estruturas como portos ou caminhos de ferro, e havendo uma necessidade de colocação geográfica perto das grandes metrópoles nacionais nomeadamente a área metropolitana de Lisboa e o Porto.
Centrando a análise nos problemas relativos a infra-estruturação regional especializada para fins de localização industrial, a tipologia apresentada distingue “parques industriais” de “parques de ciência e tecnologia”, por um lado, e “pólo de desenvolvimento industrial concentrado” de “tecnopólos”, por outro.
Uma primeira clarificação deve ser feita entre os conceitos “parque industrial” e “zona industrial”, que no limite podem ser considerados como categorias semelhantes. Considera-se esta última como “um espaço afecto à indústria num plano de ordenamento”, sendo parque industrial “um espaço ordenado para acolher indústrias”. Fundamentalmente, a distinção entre estes conceitos reside no facto do espaço estar ou não ordenado, existindo ou não infra-estruturas diversas (saneamento, vias de comunicação, telecomunicações, etc.). Caso existam, estando o espaço organizado, chama-se parque industrial. A zona industrial é um espaço reservado para a actividade industrial, que não se encontra ainda infra-estruturado.
Na prática, em Portugal e tendo presente as definições apresentadas, fala-se quase sempre em “zonas industriais”, referindo-se a espaços que estão reservadas nos planos de ordenamento e/ou infra-estruturados, com vista à implantação de actividades (em particular de indústrias transformadoras, mas também de outras actividades).
A política portuguesa de desenvolvimento regional (industrial e de ciência e tecnologia) levou ao aparecimento nos anos 90 do Taguspark – Parque de Ciência e Tecnologia da área de Lisboa, localizado em Oeiras, e também do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (com pólos na Maia, Feira e Ave/Taipas). A novidade e a juventude destas experiências não permite ainda, para o caso português, uma análise e um primeiro balanço crítico destas iniciativas. Não obstante, os dados parecem confirmar a importância destas infra-estruturas na promoção do desenvolvimento regional assente em tecnologias avançadas, já que até 1997 o número de empresas que se instalaram no Centro de Inovação Empresarial do Taguspark (80), o emprego criado (1200), assim como as instituições científicas e os serviços existentes, parecem confirmar a relevância do investimento e da aposta neste tipo de políticas.
Desde a década de setenta que Portugal, quer através das autarquias, quer do governo central, tem vindo a apostar na construção de infra-estruturas para a implantação de actividades (zonas industriais e parques tecnológicos), na criação de instituições e estruturas de enquadramento e suporte às actividades das empresas (são exemplo os Centros Tecnológicos), concedendo igualmente subsídios e incentivos financeiros e fiscais.
As autarquias da Região Centro têm utilizado a estratégia da construção de infra-estruturas industriais (Zonas Industriais) no sentido de atraírem investimentos, criando emprego, promovendo o tão desejado desenvolvimento. Sendo as áreas e as dimensões dos lotes variável, sublinha-se a existência de taxas de ocupação superiores, em muitas das zonas industriais, a 60%. Constata-se também que o preço por m2 é mais elevado nas zonas industriais dos concelhos do litoral.
A estrutura industrial reflecte as especializações dos diferentes territórios, verificando-se, sobretudo nos concelhos do interior, investimentos exógenos em novas actividades, ao mesmo tempo que se desenvolvem as especializações tradicionais (a zona industrial de Castelo Branco constitui um bom exemplo, já que para além das indústrias dos têxteis e confecções de vestuário, ocorreram importantes investimentos no ramo do material eléctrico, tendo registado ao mesmo tempo um forte desenvolvimento das indústrias do frio).
Atendendo a que a organização do território português é fortemente assimétrica, no sentido de promover um desenvolvimento mais harmonioso e sustentável, tem vindo a ser falada a constituição de uma rede de pólos tecnológicos na Região Centro, que valorize as diferentes especializações, integrando ao mesmo tempo todos os agentes e actores com responsabilidades na gestão do território, segundo uma nova lógica em que a colaboração, a cooperação e a articulação sejam os elementos chave para a formação de um verdadeiro sistema de inovação que permita aproveitar os recursos específicos e as potencialidades desta Região.

Pedro Calado

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Reflexões sobre a infraestrutura modal rodoviária em Santa Catarina


Santa Catarina é um estado da República Federativa do Brasil. Situa-se na região Sul do país e, apesar de ser apenas o vigésimo território em extensão do Brasil, é a sétima maior economia na federação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fruto de uma colonização eclética (além da indígena e luso-brasileira, o território recebeu imigrantes alemães, italianos, poloneses, austríacos, suíços e ucranianos, dentre outros), a economia é bastante diversificada, sendo marcante a influência de cada uma das etnias nas regiões do Estado nas culturas de plantio ou no tipo de indústrias instaladas. Este fator humano, somado à beleza das paisagens naturais, também moldou um dos destinos turísticos de lazer mais importantes do Brasil, sendo a capital Florianópolis uma das mais visitadas do país.
Por causa do forte crescimento econômico do país verificado nos últimos anos, o poder de consumo da população nacional e catarinense cresceu sem que a inflação saísse do controle. Desta forma, os financiamentos para aquisição de bens explodiram ante uma parte reprimida da demanda agregada. Entre outros dados, observa-se que a comercialização de autoveículos, em um horizonte de 5 anos, aumentou em mais de 100%. Considerando-se apenas automóveis (veículos leves), o acréscimo foi de 93,6%.
Tal expansão acabou por expor, de maneira muito clara, a incapacidade dos investimentos públicos em acompanhar o ritmo da demanda. Hoje, podemos considerar os gargalos dos modais de infraestrutura um claro empecilho, não só ao desenvolvimento econômico, como também à própria competitividade dos produtos nacionais.
Em Santa Catarina, o modal rodoviário exibe as “dores do crescimento”. Neste aspecto, isto é, das rodovias que cortam o Estado, a BR-101, no litoral, é a única rodovia com pista dupla. As outras rodovias relevantes são as BRs 116 e 153, que cortam o território no sentido longitudinal, enquanto as BRs 470 e 282 são as principais vias latitudinais. Todas estas vias hoje se encontram estranguladas, seja em apenas um trecho – particularmente no litoral, onde a densidade populacional é maior – ou em toda a sua extensão.
A flagrante incapacidade do governo federal em expandir modais adequadamente tem inúmeras consequências negativas para o Estado. Eis algumas:
- Impede maior integração entre as regiões do litoral e centro/oeste, resultando em migrações para as áreas litorâneas, onde estão as cidades mais prósperas. Este movimento é observado em relação a universitários que estudam no litoral e, depois de formados, não desejam mais retornar às suas cidades de origem.
- Torna injusta a competição, pois apenas as regiões próximas ao litoral dispõem de pista duplicada, uma vantagem competitiva crucial para atrair investimentos produtivos e que o Oeste não possui.
- Compromete a qualidade da oferta turística – apesar da maior frequência hoje observada nos aeroportos.
- Prejudica a própria qualidade de vida dos habitantes, expondo-os a um nível de estresse que gera, como consequência, os aumentos de acidentes de trânsito.
- Dificulta o escoamento da produção, gera custos, atrasos e, consequentemente, perda de competitividade para concorrentes externos.
Apenas estes poucos motivos já são suficientes para perceber a relevância e urgência de um planejamento que vise aumentar substancialmente os gastos, não apenas com o modal rodoviário, mas também com transporte aeroportuário, ferroviário, náutico e até mesmo hidroviário, os quais ajudariam a reduzir a participação das rodovias no transporte de bens. Isto porque as estradas brasileiras respondem por mais de 60% do total transportado no país. Em nenhum outro país de dimensões continentais – Estados Unidos, China, Austrália – se vê algo semelhante. Se esta não for a prioridade, urge que ao menos as rodovias recebam muito mais investimentos do que os montantes observados até o momento.

Guilherme Alvarez do Nascimento

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Guimarães, Capital Europeia da Cultura

Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.
Com a atribuição de Capital Europeia da Cultura, vai permitir a esta cidade ser um ponto turístico obrigatório tanto para portugueses como estrangeiros. Com um aumento de visitantes, a economia de toda a região de Guimarães vai ser certamente projectada para níveis elevados.
Os investimentos feitos com o fundo disponível, vão permitir a turistas e aos habitantes melhores acessos a qualquer parte da cidade e arredores. Sendo toda a região de Guimarães palco de várias obras históricas, o roteiro turístico estende-se até às freguesias vizinhas do centro da cidade.
Com a chegada dos “visitantes” o comércio vimaranense viverá certamente melhores dias, lojas, cafés e vários estabelecimentos irão sair notoriamente beneficiados com a chegada de mais pessoas. Com o comércio a viver cada vez mais um mau momento, este acontecimento irá projectar a cidade de Guimarães e toda a actividade nela existente.
Como existem vários pontos turísticos em freguesias vizinhas ao centro da cidade, e agora com melhores acessos, a sua economia ira também viver melhores dias com a chegada de mais pessoas.
Hotéis, cafés, lojas e empresas irão certamente beneficiar com esta atribuição e projectar Guimarães para um dos melhores momentos económicos dos últimos tempos.

Rui Leite

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Bracara Augusta – Braga, a “Cidade Romana”

Bracara Augusta foi fundada pelo Imperador Augusto por volta de 16 a.C., adoptando o nome actual de Braga no século XI. É a cidade mais antiga de Portugal e uma das cidades cristãs mais antigas e conta com mais de 2000 anos de história. Situada a norte de Portugal e habitada actualmente por 181.819 habitantes no concelho, já foi considerada a cidade mais jovem da Europa e foi escolhida para ser a Capital Europeia da Juventude em 2012 pelo Fórum Europeu da Juventude. Esta também é conhecida como a cidade dos Arcebispos devido à sua forte componente religiosa e porque, durante séculos, o Arcebispo de Braga foi considerado o mais importante na Península Ibérica. Se procurarmos num guia turístico de Braga, os monumentos com maior destaque são os de carácter religioso tais como o Bom Jesus, o Sameiro, a Sé ou mesmo algumas estruturas como o Palácio dos Biscaínhos, Casa dos Crivos, Theatro Circo, Estádio Municipal de Braga e a Torre de Menagem mas no que toca à cultura romana, às suas origens, ainda há muitos investimentos a fazer.
Nos tempos romanos, Bracara Augusta foi a maior e a mais importante cidade de Portugal mas grande parte destes vestígios foram desaparecendo, sendo os principais “culpados” os suevos com as suas invasões que devastaram grande parte. Mas no entanto, nos últimos séculos, ao fazer escavações para a construção de edifícios, tem-se descoberto parcelas daquilo que era do tempo romano e têm sido preservados, como o que acontece com o Balneário Pré-Romano de Bracara localizado na Estação de Comboios e na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, que está associada à Universidade do Minho, onde há algumas ruínas romanas.
Os dois monumentos romanos que ainda têm algum destaque a nível de Turismo são a Fonte do Ídolo e as Termas Romanas do Alto da Cividade. A Fonte do Ídolo encontra-se na Rua do Raio, é uma espécie de santuário ao deus duplo das águas Tongoenabiagus (Tongo e Nabia) e foi declarado monumento nacional a 6 de Junho de 1910. Já as Termas Romanas do Alto da Cividade localizam-se na freguesia de Maximinos, perto do centro da cidade, e foram descobertas em 1977 enquanto eram feitas escavações na área. Para além destes dois lugares visitáveis, todos os anos é realizado entre os meses de Maio e Junho a “Braga Romana” que tem como objectivo recriar os tempos romanos com o mercado, cortejos e algum entretenimento com actuações circenses, representações dramáticas, interpretações musicais e bailados da época. Neste evento, encontram-se muitas vezes espanhóis como visitantes e a participar mesmo nas recriações romanas.
Apesar de as suas origens não serem esquecidas, estas ainda não estão no auge do seu potencial como cidade turística devido essencialmente ao escasso financiamento, que a crise actual também não facilita. Em 1999 foi descoberto acidentalmente um teatro romano em boas condições perto das termas do Alto da Cividade e é o único em Portugal e Noroeste da Península Ibérica a céu aberto. Esta descoberta extraordinária pode pôr Braga ao mais alto nível europeu de arquitectura romana, segundo os investigadores. Metade da sua estrutura está escavada, o que falta mesmo é torná-lo visitável. As Ruínas Romanas da Carvalheira, que são um bairro residencial e habitadas até finais do século V, ainda se encontram em processo de estudo e musealização devido à falta de financiamento. Quando o FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) em 2009 financiou a regeneração urbana no Norte, o projecto teve que ser posto de lado pois esses fundos foram utilizados na Casa da Música no Carandá, na requalificação do Parque da Ponte (fim da Avenida da Liberdade) e no prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade, sendo este último, na minha opinião, um causador mais de dores de cabeça do que propriamente algo para melhorar a cidade, porque houve muitas paragens de autocarro que foram desactivadas e realocadas, causando incómodo para aqueles que usufruem deste serviço e o trânsito continua o caos de sempre, se não pior.
Ainda existem outros casos de menor dimensão, mas no final, se houvesse mais investimento nestes projectos eles poderiam atrair maior número de turistas e poderiam ter mais projecção.

Diana Vilaça

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]

Aquacultura sustentável: pode ser uma opção?

A aquacultura, também conhecida como aquicultura, é uma actividade cujo objectivo é a criação de organismos aquáticos, tais como, peixes, moluscos, crustáceos e plantas aquática para o uso do Homem.
Esta actividade é praticada há muito tempo e surge como alternativa viável à pesca tradicional e responde também a problemas como a devastação de áreas produtivas em função de poluição ambiental, pesca excessiva, falta de tempo para as espécies se reproduzirem e uma maior procura de alimentação com proteína. Actualmente, a aquacultura tem um papel importante no aumento da produção mundial de pescado. Com uma taxa de crescimento mundial, em média, compreendida entre 6% a 8% por ano, esta é uma actividade de produção alimentar com maior desenvolvimento.
Na União Europeia este sector tem um peso significativo mas não conseguiu acompanhar a expansão da Ásia e América Latina. Apesar de líderes em tecnologia e investigação, alta formação e do clima adequado para produzir determinadas espécies, estabeleceram rigorosos padrões de qualidade para assegurar que os produtos são consumíveis, bons para o ambiente em que são criados e que respeitam a saúde dos próprios animais.
Nos últimos anos, em Portugal, a aquacultura tem sido uma opção viável à pesca tradicional aproveitando as boas condições que temos, por exemplo, no Algarve. Esta é uma actividade complementar à pesca tradicional num contexto de dificuldade de aceder a reservas de espécies, algumas para se manterem e outras que estão em extinção, mas o seu desenvolvimento não deve levar ao esquecimento da resolução de problemas como a pesca excessiva. Esta actividade proporcionou que os produtores portugueses pudessem escoar os seus produtos no mercado nacional, mas também foi criado um programa de apoio à internacionalização das empresas do sector agrícola, incluindo, também, as pescas.
Em 2009, o empreendimento Acuinova, unidade de aquacultura criada pelo grupo Pescanova, em Mira, inaugurou um cluster industrial no nosso país. Este projecto gerou novos postos de trabalho e levou a que produção da Acuinova duplicasse e, consequentemente, fez com que Portugal ganhasse escala e dimensão neste sector. Os impactos positivos também se fizeram sentir ao nível do desenvolvimento e investigação. As questões ambientais não passaram em claro e a inovação tecnológica introduzida assegura a protecção ambiental.
Também em 2009, a 27 de Julho, o Cluster do Conhecimento e Economia do Mar foi reconhecido como Estratégia de Eficiência Colectiva pela Autoridade de Gestão do Compete. Este cluster, com sede na Região do Norte, envolve um vasto e diversificado conjunto de entidades representativas dos interesses regionais e nacionais, pertencentes aos principais sectores do agregado económico subjacente a esta estratégia de eficiência colectiva, tendo em vista a diversificação da base económica regional, criando, desta forma, novas actividades e serviços e fomentando o aparecimento de mercados alternativos com maior valor económico, o reforço da competitividade e da produtividade das indústrias do mar e o aumento do emprego qualificado. Tem como principais objectivos: favorecer o contacto entre parceiros do cluster, entre si e com outras organizações, de forma a reforçar dinâmicas de cooperação entre as partes; partilhar competências; comparar e debater questões de interesse comum que permitam melhores práticas em prol da inovação do sector; desenvolver ideias inovadoras capazes de gerar projectos concretos.
Poderíamos agora concluir que a aquacultura tem sido, recentemente, um dos segmentos de crescimento mais rápido da produção alimentar à escala global e surgiu como resposta para problemas resultantes de vários factores enunciados anteriormente. Mas, na verdade, desta actividade tem resultado um conjunto de protestos por parte de ambientalistas e de activistas da Greenpeace.
Para os ambientalistas, a aquacultura deve ser sustentável. Então, sistemas sustentáveis são todos os sistemas que não provocam mudanças negativas nos recursos naturais e na qualidade ambiental.
O crescimento acentuado da aquacultura é uma ameaça aos ecossistemas marinhos e de água doce e coloca em risco a segurança alimentar em várias partes do globo. Vejamos, os resíduos da aquacultura são o principal motivo de problemas ambientais encontrados nos ecossistemas aquáticos, as rações são feitas à base de peixes e oleaginosas retirados dos oceanos o que põe em causa que a aquacultura seja uma solução para a pesca excessiva e é comum medicar o peixe cultivado com antibióticos na comida para o proteger de doenças, o que leva à presença de bactérias resistentes aos antibióticos nos sedimentos sob as estruturas, podendo representar um perigo para os consumidores humanos e para o ecossistema.
Esta pode ser uma alternativa para responder aos problemas enunciados, mas a prática desta actividade deve respeitar um conjunto de normas e padrões de qualidade tal como a União Europeia definiu de forma a garantir que os produtos não são prejudiciais para os consumidores e que não provoquem mudanças negativas nos recursos naturais.

Ana Margarida Pereira

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]