quinta-feira, dezembro 10, 2020

“Economia do Esquecimento: rasgando o Estreito de Magalhães” (Paulo Reis Mourão, 2020, UMinho Editora, Braga)

 Nota de apresentação


O estatuto da carreira docente universitária estabelece que os professores e investigadores universitários devem estruturar a sua ação em 3 dimensões: o ensino; a investigação científica; e a extensão universitária. Na sua progressão na carreira, estas 3 dimensões estão presentes, se bem que se admita que cada sujeito possa dar maior atenção a alguma ou algumas delas, por razões de perfil ou de estratégia pessoal.

Subscrevo essa exigência legal, que, obviamente, encontra suporte na ideia de que só pode transmitir conhecimento de forma eficaz quem, por força da investigação realizada ou da vivência associada à prestação de serviços à Comunidade, ganhou um certo domínio de uma área de saber e/ou competências técnicas específicas. Isso é particularmente válido quando nos situemos no ensino a nível de pós-graduação.

Eu, particularmente, tenho muita dificuldade em falar ou comentar uma realidade que me seja relativamente alheia, e rejeito fazer recomendações de planeamento ou de política sobre territórios que não conheço. No contexto dos projetos de extensão universitária de que fui encarregue ao longo da minha vida profissional, sempre rejeitei produzir relatórios e propostas de suporte de decisão política que não fossem suportados numa relação direta com os territórios concretos objeto de atenção e os seus principais atores, que obviamente têm que se identificar com elas e ser os protagonistas das ações projetadas.

Acresce que o professor e investigador universitário deve ser, também, um promotor de uma cidadania mais ativa e mais esclarecida, isto é, deve ser um exemplo de agente de desenvolvimento social e económico mais eficaz do que, porventura, outros agentes de desenvolvimento. Mais eficaz, digo, porque mais desapegado de motivações associadas a benefícios económicos e/ou políticos diretos. A minha noção de compromisso com a formação de cidadãos e com a extensão universitária que é reclamada ao professor universitário integra essa aceção de exercício de cidadania. Fui buscá-la a outros que me serviram de modelo.

Deixo estas considerações, já longas no contexto dos minutos que me estão reservados, para situar as considerações que farei de seguida, invocando o que escrevi e foi incluído na contracapa do livro do Colega e Professor Paulo Reis Mourão, que aqui está a ser apresentado publicamente hoje. Disse eu nessa contracapa, o seguinte:

´Economia do Esquecimento` é um livro que se lê num folgo não tanto por ser contido no número de páginas mas, antes, em razão das temáticas que endereça (desde logo, o desenvolvimento, percebido enquanto acesso das pessoas, nos seus lugares de residência, ao emprego e bem-estar social), e da fluidez da escrita e do compromisso que se percebe do autor com a sua região, Trás-os-Montes.

Não se tratando de um romance, embora a forma como nos prende à leitura o pudesse sugerir, nem por isso deixa de nele haver espaço para a invocação de paradoxos, heróis e vilões, lamentando-se que não termine com um voto de esperança no futuro. [Se descremos do futuro que nos está reservado, que motivação vamos encontrar para lutar pela transformação do presente? Se descremos, como vamos transmitir ânimo, esperança às novas gerações?]

Embora devesse esperá-lo, acabei amiúde surpreendido pelo enunciar de “realidades” para as quais fui despertado há muitos anos, entre elas as de que “os custos de concentração” (no litoral) devem ser somados aos “custos do esquecimento” (do interior Transmontano, e não só), do que resulta óbvio que a superação ou mitigação de uns e outros só se conseguirá quando as atuações de política olharem, articuladamente, para uns e outros [os custos, pesados, da concentração no litoral, nas principais cidades, versus os custos do esquecimento, da desertificação humana, do interior, dos meios rurais. Usando palavras não muito diferentes, ouvi isso pela primeira vez há mais de 40 anos de um dos meus professores de licenciatura, o saudoso Professor António Simões Lopes].

Endereçando a problemática dos “caminhos do futuro”, concordo com o autor [Paulo Mourão] na necessidade dos atores do território se congregarem no estabelecimento de uma “estratégia de desenvolvimento”, ficando-me a dúvida se não devia também ter sublinhado que não há estratégia (de desenvolvimento) sem liderança, singular ou coletiva [quer dizer, lideranças regionais e locais efetivas].

 

J. Cadima Ribeiro

 

sábado, dezembro 05, 2020

X Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento Regional (X SIDR): convite à submissão de comunicações


[O X SIDR é promovido pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento  Regional, da Universidade de Santa Cruz do Sul, e que será realizado nos dias de 15 a 17 de setembro de 2021, em Santa Cruz do Sul- RS. 

Estamos organizando o evento na modalidade presencial, no entanto por conta da incerteza de como estaremos em setembro de 2021, causada pela pandemia da covid-19, especialmente no Brasil, poderemos vir a realizar-lo de modo virtual .

O X SIDR terá como tema central "Atores, Ativos e Instituições: O Desenvolvimento regional em perspectiva" e tem como público alvo pesquisadores, professores e alunos dos Programas de Pós-Graduação vinculados à área de Planejamento Urbano e Regional e Demografia da CAPES, bem como de Programas e Cursos de áreas afins ao campo do desenvolvimento regional, existentes no Brasil e no exterior.

(...)

Convidamos você a visitar o site do evento com informações sobre a programação, normas de submissão dos trabalhos e inscrições. O link de acesso é https://www.unisc.br/site/sidr/index.html]

quinta-feira, dezembro 03, 2020

Congressos ´Casa Nobre - Um Património para o Futuro`: atas dos Congressos realizados e apelo a comunicações para o próximo (nov. 2021)

[Face à situação de contingência e de limitação à existência de eventos culturais públicos, não nos foi possível a realização do VI Congresso Casa Nobre Um Património para o Futuro, programado para o passado mês de Novembro.

Como igualmente agendado, a edição deste ano do Congresso incluiria no seu programa a apresentação da versão digital das Actas do V Congresso; apesar das limitações apontadas, o Município não quis deixar de o fazer, sendo que as mesmas estão a partir de hoje disponíveis na Página do Congresso; informamos de igual modo que com esta incorporação passamos a ter disponíveis nessa plataforma digital todos os volumes de Actas do Congresso.

Para acesso ao novo volume, queira V. Exa. aceder pela seguinte ligação:

https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/actas-do-5%C2%BA-congresso-internacional-book-of-the-5th-international-congres

Relembramos que o VI Congresso será em 2021, entre as datas de 25 e 27 de Novembro.

Esperando contar com a sua compreensão, mas também com o seu entusiasmo e participação em 2021 no Congresso, subscrevemo-nos com estima e os melhores votos.


Com os melhores cumprimentos,

pela Comissão Executiva]



(reprodução de mensagem entretanto recebida)

sexta-feira, novembro 06, 2020

´Sustainability`: Special Issue "Sustainable Tourism Strategies in Pandemic Contexts"

Dear Colleagues,

Humanity has always been confronted by pandemics. Some of them were recorded in our collective history due to the demographic, economic, and socio-cultural impacts which they caused, and others have been remembered whenever it is necessary to carry out a retrospective analysis of our pandemic past and make the collective memory present.

In 2020, the tourism sector has been one of the most affected by the  ongoing COVID-19 pandemic, preventing individuals from traveling and getting out of their ordinary daily life. How can we learn from the COVID-19 crisis to put in place more sustainable tourism strategies? What can be done to overcome this pandemic and contribute to the sustainability of destinations? Why is a sustainable solution so hard to achieve in the tourism industry? What can be the role of circular economy in this process? What role can less massified tourism segments take in the establishment of a new tourist path? Can pandemics put an end to massified tourism models? Can we face the emergence of new trends where domestic tourism will play a larger role in tourist development strategies? What is the role of different stakeholders (e.g., politicians, residents, tourists) in tourism strategies aiming to prevent and overcome pandemic scenarios? What about the role played by technologies such as Geographical Information Systems (GIS), Webmapping, Augmented Reality, and others? What is the potential of big data in the management of this kind of crisis and overcoming it?

This Special Issue aims to provide a forum to discuss the sustainability of the tourism industry in pandemic scenarios (present and future ones) and beyond them, learning from the present health crisis and from past ones. Conceptual approaches and empirical ones—namely, case studies from different countries and regions around the world—will be accepted. Less successful and successful cases will both be welcome.

We are organizing a Special Issue for the Sustainability journal (ISSN 2071-1050; impact factor: 2.576) aiming to discuss present and future tourism sustainable trends in pandemic contexts and beyond them. Pandemic periods are becoming more and more common in the present century and perhaps will continue to be so in the near future. Nevertheless, tourism has been revealed to be an extremely dynamic and adaptive phenomenon. Keeping this in mind, we believe that there is a need to look for new approaches to tourism development. No doubt, we should work on making the tourism industry more sustainable.

There has been a lot of literature published in the last eight months on the COVID-19 pandemic concerning its impacts in tourism activity. The present issue will usefully supplement the literature that has been produced on the issue. 

Prof. Dr. Paula Remoaldo
Prof. Dr. José Cadima Ribeiro
Dr. Juliana Alves
Guest Editors

Keywords

  • Conceptual approaches to more sustainable forms of tourism and pandemic scenarios: • New sustainable approaches to pandemic scenarios—the role of circular economy
  • The relationship between climate change, pandemic scenarios, and sustainable destinations
  • The role of creative tourism and other non-massified segments in pandemic times Rethinking tourism in the ongoing pandemic and post-COVID-19 period—the role of cities and of less urbanized territories
  •  Environmental, economic, and social effects of pandemics on tourism destinations
  • The role of different stakeholders (e.g., politicians, residents, tourists) in tourism strategies to prevent and overcome pandemic scenarios
  • The role of (new) technologies (e.g., GIS, Augmented Reality, Virtual Reality) and big data in the development of tourism strategies in the ongoing pandemic and post-COVID-19 period
  • Tourists’ perceptions of the risk of pandemics
  • Case studies at local, regional, and international scales.


A special issue of Sustainability (ISSN 2071-1050).

- https://www.mdpi.com/journal/sustainability/special_issues/tourism_pandemic

Deadline for manuscript submissions: 31 May 2021.

sábado, outubro 24, 2020

“O lado humano das cidades inteligentes e o contributo do empreendedorismo social”

 


“O lado humano das cidades inteligentes e o contributo do empreendedorismo social”, DRd – Desenvolvimento Regional em debate, Vol. 10, ed. Esp., págs. 195-222 [trabalho em co-autoria com Susana Bernardino e J. Freitas Santos]

RESUMO

O conceito de cidade inteligente (CI) é um conceito promissor que tem acolhido uma atenção crescente quanto ao seu potencial para a melhoria da qualidade de vida das cidades. O conceito começou a ser disseminado tendo em mente a necessidade do uso das tecnologias de informação e comunicação para o incremento do bem-estar dos cidadãos. No entanto, as interpretações mais recentes do conceito apontam para a necessidade de uma visão mais holística de CI, que contemple outras caraterísticas relevantes para a dinamização e desenvolvimento urbano. Através do estudo de uma iniciativa de empreendedorismo social (CAIS - Associação de Solidariedade Social) que atua nas duas principais cidades Portuguesas, Lisboa e Porto, esta investigação pretende ajudar a compreender em que medida é possível tornar cidades inteligentes mais humanizadas e sustentáveis através do empreendedorismo social. O levantamento de dados foi feito recorrendo a uma triangulação de fontes, primárias e secundárias. Os resultados obtidos indicam que através de iniciativas de empreendedorismo social é possível contribuir positivamente para a criação de valor nas cidades, através da melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos e da resolução sustentável de alguns dos mais urgentes desequilíbrios sociais. A investigação indica que a adoção de uma estratégia assente na valorização da componente humana tem-se mostrado capaz de produzir uma resposta sustentável e de contribuir positivamente para outras dimensões das cidades inteligentes.

Palavras-chave: Cidades inteligentes. Empreendedorismo social. Valor social. Inovação social. Portugal.


sexta-feira, setembro 11, 2020

Creative Tourism and Regional Development: A few notes on the publication available in two scientific literature databases

Abstract

Creative tourism enables development by valuing what is local, by promoting creative economy and by not reducing culture to the act of consuming products. This makes room for emancipation, new experiences and generating income through unconventional tourism itineraries. Still, one could be left to wonder about the kind of development concept addressed in the reviewed literature, and its correlation with creative tourism. We decided to follow Tranfield, Denyer and Smart (2003), in what regards the adoption of a framework for data collection, in order to capture scientific literature on the relationship between creative tourism and regional development. We made use of papers published in journals and other academic documents available at Google Scholar and Academia.edu databases. The research strategy used was the following: i) making an inventory of all data available and of the nature of the identified documents; ii) deciding on a strategy to approach the particular issue we intended to focus on; and iii) adopting a specific criteria for conducting an analysis of the documents found. We concluded that although there are a few papers which address the connection between development and creative tourism, none of them goes deeper into the subject.


Keywords: Creative Tourism; Local/Regional Development; Local Culture and Heritage; Tourism Strategies.


Carlos A. Máximo Pimenta 

Institute of Management and Production Engineering, Federal University of Itajubá, Brazil, carlospimenta@unifei.edu.br

J. Cadima Ribeir

School of Economics and Management and NIPE, University of Minho, Braga, Portugal, jcadima@eeg.uminho.pt


Paula Remoaldo 

Department of Geography and Lab2PT, University of Minho, Braga, Portugal, premoaldo@geografia.uminho.pt


[Resumo de comunicação apresentada por videoconferência no 27º Congresso da APDR (27th APDR Congress), genericamente subordinado ao tema ´Sustainable Development of the Sea for Sustainable Regional Development`, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional, que decorreu na Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, a 10 e 11 de setembro de 2020; 13 págs.]

segunda-feira, agosto 17, 2020

"O LADO HUMANO DAS CIDADES INTELIGENTES E O CONTRIBUTO DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL"

RESUMO

O conceito de cidade inteligente (CI) é um conceito promissor que tem acolhido uma atenção crescente quanto ao seu potencial para a melhoria da qualidade de vida das cidades. O conceito começou a ser disseminado tendo em mente a necessidade do uso das tecnologias de informação e comunicação para o incremento do bem-estar dos cidadãos. No entanto, as interpretações mais recentes do conceito apontam para a necessidade de uma visão mais holística de CI, que contemple outras caraterísticas relevantes para a dinamização e desenvolvimento urbano. Através do estudo de uma iniciativa de empreendedorismo social (CAIS - Associação de Solidariedade Social) que atua nas duas principais cidades Portuguesas, Lisboa e Porto, esta investigação pretende ajudar a compreender em que medida é possível tornar cidades inteligentes mais humanizadas e sustentáveis através do empreendedorismo social. O levantamento de dados foi feito recorrendo a uma triangulação de fontes, primárias e secundárias. Os resultados obtidos indicam que através de iniciativas de empreendedorismo social é possível contribuir positivamente para a criação de valor nas cidades, através da melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos e da resolução sustentável de alguns dos mais urgentes desequilíbrios sociais. A investigação indica que a adoção de uma estratégia assente na valorização da componente humana tem-se mostrado capaz de produzir uma resposta sustentável e de contribuir positivamente para outras dimensões das cidades inteligentes.

Palavras-chave: Cidades inteligentes. Empreendedorismo social. Valor social. Inovação social. Portugal.

 Susana Bernardino1

J. Freitas Santos2  

J. Cadima Ribeiro3

1 CEOS.PP/ISCAP/P.PORTO, Porto, Portugal, susanab@iscap.ipp.pt

2 CEOS.PP/ISCAP/P.PORTO, Porto, Portugal, jfsantos@iscap.ipp.pt

3 NIPE/EEG/UMINHO, Braga, Portugal, jcadima@eeg.uminho.pt

[resumo e palavras-chave de artigo aceite para publicação no DOSSIÊ TEMÁTICO – DRd 2020: CONHECIMENTO, INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE OU INTELIGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CIDADES, MUNICÍPIOS, REGIÕES E TERRITÓRIOShttp://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/announcement]

quarta-feira, julho 22, 2020

“Satisfaction with Braga (Portugal) and recommendation: a comparison between information coming from relatives/friends and from other sources”

Satisfaction with Braga (Portugal) and recommendation: a comparison between information coming from relatives/friends and from other sources”, Tourism and Hospitality Research, Vol. 20, N. 3, 2020, pp. 259-271.


quarta-feira, maio 27, 2020

Cultura como recurso y estrategia para un nuevo modelo social de desenvolvimiento económico frente al COVID

Siendo Colombia país presidencialista con un estado unitario, las últimas palabras las tiene, legamente, el mandatario de turno electo por mayoría en votación libre. El actual gobernante, Iván Duque, no se ha distinguido por un mandato en que todos los colombianos confíen, y nada más alejado a una gobernanza colaborativa; lo cual lo convierte en uno de los mandatarios actuales de menos credibilidad al interior del país.
Como muestra de ello, las acciones para dar frente al COVID 19; pues el gobierno nacional se negaba a tomar medidas, inclusive llego a intentar impedir que se pusieran en marcha medidas tomadas a nivel local en varias regiones; medidas que al final no pudieron ser revocadas y estuvieron apoyadas por los pobladores, con sugerencias de Organización Mundial De Salud. Manteniendo en pie los decretos locales por encima de las directrices nacionales. Es así como ante la presión social y el desacato por parte de autoridades regionales, Duque decretó cuarentena total en el país a partir del 25 de marzo.
Luego de esta disputa pública, los colombianos llevan 2 meses en cuarentena total acatando las normas de restricción impuestas en cada ciudad o municipio. Ahora, el Ministerio de la Tecnologías y las comunicaciones lanzo la CoronApp Colombia, una aplicación donde los usuarios prepagos de telefonía celular pueden acceder al beneficio de navegación, en alianza con la plataforma de telescuela nacional. Pero esta inter-conectividad además de estar consiguiendo más que mantener los colegios y empresas trabajando, está logrando unir familiares y amigos que a razón de la cuarentena no se pueden reunir, y la situación actual ha incrementado el valor de las herramientas de comunicación con: cenas virtuales para comer juntos, celebraciones de cumpleaños desde diversas latitudes, partidas de juegos online y hasta fiestas. Todo esto sin salir de casa.
Rápidamente, todos hemos mudado la manera de trabajar, estudiar, interactuar y la cultura no se ha quedado atrás, adaptándose a la tecnología y dejando contenidos públicos para ser vista desde cualquier lugar del mundo, sin costo. Por estos días se puede ver las óperas del MET o el ballet Ruso, recorrer diversos museos ubicados en diferentes países, visitar tumbas faraónicas en Egipto, oír y ver conciertos caseros de una infinidad de músicos, o explorar maravillosas bibliotecas online, entre otras. En esto Colombia no se ha quedado atrás, pues desde distintas plataformas públicas se pueden ver obras de danza o teatro online, oír músicos armonizando los largos de días de esta cuarentena desde sus ventanas e invitando a quedarse en casa.
Estas iniciativas culturales consiguen ser un bálsamo para el alma y la mente mientras el cuerpo debe guardar cuarentena. Logran también que un alto número de personas, que jamás habían pensado en la posibilidad de ver presentaciones o ir lugares remotos a sus hogares, ahora puedan visitar, conocer y disfrutar a través de la net; gracias a esto y a los libros, películas, tareas manuales, experimentar en la cocina o sencillamente bailar, que son expresiones de cultura que cada uno también puede ejercer. Así, está cuarentena está resultando más amable seguramente que la que vivieron nuestros antepasados a lo largo de la historia y sus diversas cuarentenas. Además, son las expresiones culturales las que han conseguido dejar atrás las discusiones entre autoridades regionales y nacionales, pues lograron romper los límites políticos o departamentales de las fronteras, prudentemente cerradas por estos días. Regalándonos así la posibilidad de seguir soñando en comunidad.
Ahora bien, resulta evidente como la cultura es un gran cohesor social y puede seguir siéndolo pasada la cuarentena. Pues, cuenta con las herramientas suficientes para reestructurar la confianza entre comunidades y estas con los gobiernos locales y nacional. Si bien la cultura ha sido instrumentalizada por candidatos y políticos a lo largo de la historia, con el fin de sumar votos, esta vez puede volver a serlo, pero de manera positiva. De aplicarse un modelo de cultura como medio recreativo a través del turismo de enfoque local, en primera instancia, conseguiremos que la población recupere lentamente no solo la confianza, sino que consiga apaciguar los efectos psicológicos de estos últimos sucesos mundiales. Además de esto reactivaremos la economía de forma pausada. Es importante invitar a los pobladores a viajar al interior de la nación, con el fin de reestablecer los motores económicos nacionales.
Por último, no solo basta con el cumplimento de las normas de bioseguridad y el cuidado propio; para aportar al bajo número de concentraciones puede desarrollarse una segunda app que actualice a viajeros sobre puntos focales de COVID y lugares con alta cantidad de personas, con el fin de lograr ser evitados; también puede estar en capacidad de sugerir otros destinos, diversificando la oferta y activando la economía en otros lugares, aprovechando el potencial en parques naturales, como el páramo de Chicaque en Cundinamarca, arqueológicos, como San Agustín en el Huila, o riquezas inmateriales, como el tejido de Ruanas en Boyacá, que tiene el país.
Es así como retomando el inicio de éste articulo, podemos decir que, a partir de desarrollo turístico cultural en áreas rurales, o al aire libre, puede repensarse en alianzas con un modelo integrador de gobernanza que consiga mitigar las disputas pre-Covid y desenvolver mejores políticas de desarrollo regional, vinculando de manera más acertada a poblaciones locales y diversificando la oferta turística para equilibrar la capacidad de carga de algunos lugares más populares.

Manuela Tascón Ruiz

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)

terça-feira, maio 26, 2020

Incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro e os danos na preservação da história brasileira

No dia 02 de setembro, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio de grandes proporções. Localizado no Rio de Janeiro, o museu é a instituição cientifica mais antiga do Brasil, sendo considerada uma das mais importantes do mundo. Foi fundado pelo Rei Dom João VI, em 1818, sendo seu primeiro acervo fonte de doação da Família Imperial e de colecionadores particulares. O museu possuía o maior acervo de historia natural da America Latina, com peças de valor incalculável, com aproximadamente 20 milhões de itens. O acidente foi considerado a maior tragédia musicológica do país. O incêndio aconteceu no ano em que a instituição iria celebrar 200 anos.
O Museu Nacional é a matriz da ciência brasileira, sendo representante de avanços científicos, conhecimento e da diversidade cultural do país, sendo especializado em paleontologia, antropologia, geologia, arqueologia, zoologia e etnologia biologica. Vestígios do passado, como fosseis, obras artísticas, objetos pessoais entre outras coisas, eram elementos únicos, documentos de pessoas que viveram há séculos ou milênios. Mesmo tendo sido boa parte do acervo digitalizada, dificilmente o que foi perdido pode ser recuperado, sendo assim, a perda desses elementos também significa a perda de parte da historia do Brasil. Possuía uma das mais completas coleções de fosseis de dinossauros do mundo, múmias andinas e egípcias e importantes artefatos da arqueologia do Brasil. Possuía também a biblioteca Francisco Keller, cujo acervo possuía aproximadamente 537 mil livros.
O Museu foi palco de importantes acontecimentos da historia do Brasil: foi residência da Família Imperial, entre 1816 e 1821, e local onde a princesa Leopoldina, esposa de Dom Pedro I do Brasil (Dom Pedro IV de Portugal), assinou a Declaração de Independência do Brasil, em 1822, e onde foi realizada a primeira Assembléia Constituinte, em 1824, para elaboração da primeira Constituição do Brasil.
Segundo Carolina Cunha, o incêndio do Museu Nacional poderia ter sido evitado, mas a falta de investimento e a má gestão foram prejudiciais. O museu exibia problemas na estrutura, não possuía um plano de prevenção e combate a incêndios. Administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desde 1946, também era usado como local de atividades de ensino, seu material era muito utilizado por estudantes de diversos níveis, além de local de pesquisa acadêmica, fazendo com que, com o incêndio, muitos dados de pesquisas tenham sido perdidos.
Segundo o Reitor da instituição, Roberto Leher, o responsável pelo incêndio foi o governo federal, pois este havia reduzido os recursos para a manutenção em 37% em quatro anos. O museu teve salas de exposição fechadas, e por falta de pagamento dos funcionários, em 2015, o museu teve que fechar as portas. Em 2018, a instituição não recebeu o valor completo para a sua manutenção. Segundo o reitor, o museu iria passar por uma reforma para a implantação de um novo sistema de incêndio.
Atualmente, o que restou do edifico está interditado e possivelmente será reconstruído. A UFRJ irá aceitar doações de outras instituições para tentar recompor o seu acervo. A UNESCO esta apoiando o trabalho de reconstrução, entretanto alguns pesquisadores defendem que o museu permaneça como está, para servir de lembrança do descaso e abandono do governo federal em relação à a ciência e pesquisa no Brasil.
Infelizmente, o incêndio do Museu Nacional não foi um caso isolado. Várias instituições culturais perecem com a falta de manutenção e de investimento, demonstrando o descaso com o patrimônio e a ciência. Já foram afetados por incêndio a Cinemateca Brasileira, em 2016, o Museu da Língua Portuguesa, em 2015, o Liceu de Artes e Ofícios, em 2014, o Memorial da América Latina, em 2013, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, em 2013, e o arquivo do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em 2005.
Os museus universitários têm recursos provenientes das Universidades e Institutos Federais. Outra possível fonte de recursos é o Ministério da Cultura e o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo Carolina Cunha, a crise fiscal do Estar fez o Governo cortar ainda mais os orçamentos para a preservação do patrimônio cultural nacional e para o desenvolvimento da ciência.

Ana Luiza Costa Novais

Referências:
Ciência - o que o Brasil perdeu com o incêndio do Museu Nacional
O Museu Nacional: ciência e educação numa história institucional brasileira
Incêndio no Museu Nacional completa um ano
Disponivel em: https://exame.com/brasil/incendio-no-museu-nacional-completa-um-ano/ Acessado em:06/05/2020

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)

"Enoturismo no Brasil: um estudo comparativo dos perfís dos enoturistas do Vale dos Vinhedos e do Vale de São Francisco"

Resumo
O enoturismo tem apresentado importância crescente, mostrando-se como alternativa de desenvolvimento para as regiões vitivinícolas. Entretanto, a literatura aponta a existência de uma lacuna de informação sobre as caraterísticas e comportamentos dos visitantes. Em razão disso, o presente estudo tem como objetivo principal determinar o perfil dos visitantes da regiões vitivinícolas brasileiras do Vale dos Vinhedos e do Vale de São Francisco. Recorreu-se a dados qualitativos e quantitativos sobre os enoturistas. Os inquéritos foram aplicados aos turistas que visitaram essas regiões vinícolas e os dados foram submetidos a técnicas estatísticas multivariadas com o objetivo de segmentar os visitantes. Os resultados apontam que as visitas podem ter diferentes motivações. Percebeu-se, também, que os turistas encontrados no Vale dos Vinhedos e no Vale de São Francisco têm perfis distintos. Em matéria de estratificação, obtiveram-se quatro segmentos: apaixonados; interessados; visitantes ocasionais; e indiferentes. Os resultados da investigação sugerem que conhecer melhor o perfil do enoturista possibilita a implementação de novas estratégias de marketing e ajuda a formatar a oferta.

Palavras-chave: Enoturismo; Perfil dos enoturistas; Motivações de visita; Vale dos Vinhedos; Vale de São Francisco.

Bárbara Dal Rosso Lima
J. Cadima Ribeiro
Vinícius Pinheiro Nunes

https://online.unisc.br/seer/index.php/redes/article/view/13521

segunda-feira, maio 25, 2020

Valorização turística no interior: o caso de Vila Viçosa

Apostar em viagens e roteiros longe das grandes massas é a estratégia da vez para dinamizar o turismo a nível nacional e internacional. Na verdade, sempre esteve nos planos de desenvolvimento de países com forte apelo turístico como Portugal e Brasil, mas atualmente, devido às consequências causadas pelo Covid-19, os próprios consumidores estão querendo descobrir o interior. Para esse artigo, optei por exemplificar um destino turístico que possui as condições necessárias para acolher à essa nova demanda de turistas que buscam se afastar dos grandes centros urbanos: Vila Viçosa.
​Vila Viçosa é uma vila portuguesa do Alto Alentejo, apelidada de "Princesa do Alentejo". Conhecida como uma das "Cidades do Mármore", Vila Viçosa situa-se aos pés da Serra de Borba¹. Possui apenas 8871 habitantes, sendo um dos concelhos com menor taxa de densidade populacional em Portugal². É uma cidade com um rico património: o imponente paço ducal é um símbolo com grande valor histórico e cultural, e foi sede de uma das famílias mais importantes e nobres, os Braganças. Também foi uma das habitações dos reis D. Luís e D. Carlos.

Figura 1: Paço Ducal de Vila Viçosa

Esse importante facto histórico é acompanhado pela importância do mármore para a cidade, por se situar numa das mais antigas e produtivas superfícies de extração de rochas ornamentais em Portugal. As atividades relacionadas com este recurso têm um grande peso na economia deste concelho e empregam boa parte da população³.
Muitos atores locais dessa região têm percebido o potencial deste recurso endógeno desenvolvendo rotas e atividades em torno do mármore alentejano. Uma das rotas é a Rota do Mármore do Anticlinal de Estremoz, que é uma oferta de animação turística em ambiente industrial que disponibiliza aos visitantes uma experiência única no conhecimento dos diferentes patrimónios relacionados com a indústria dos mármores, sejam eles geológicos, urbanísticos, técnicos, paisagísticos ou outros.
Mas o potencial turístico da princesinha do Alentejo vai além disso. O turismo literário já precisa ser desenvolvido. Isso porque Florbela Espanca, poetisa que nasceu na cidade, atrai muitos turistas e investigadores em busca de apreciar o espólio deixado pela escritora. Outro segmento turístico que possui certa relevância para o desenvolvimento de Vila Viçosa é o turismo rural. Na vila e nos seus arredores é possível encontrar uma boa oferta de hotéis, spas, quintas e pousadas que proporcionam aos turistas um contato mais sossegado com a natureza. E este segmento é um dos vetores para a retomada do turismo de Portugal, criando estratégias para aumentar o turismo doméstico ou nacional. As pessoas estão buscando ser mais socialmente responsáveis, procurando por serviços ecologicamente mais sustentáveis.
Esses estabelecimentos devem criar políticas de forma a certificar o distanciamento social e higienização necessária para evitar riscos de contágio e garantir as condutas seguras para o andamento das atividades turísticas, sendo também possível aderir ao selo Clean & Safe, iniciativa do Turismo de Portugal que incentiva as empresas portuguesas a acolher os turistas com segurança.
Planear e estimular essas atividades e segmentos em conjunto em Vila Viçosa, de forma sustentável, nesses novos tempos é uma estratégia viável e válida para promover o turismo e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento da região, sendo necessário preparar e qualificar sua oferta para proporcionar um bom serviço e suprir as expectativas desse novo perfil de turista mais responsável.

Altamir Braga


(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)

domingo, maio 24, 2020

Turismo cultural durante e pós COVID-19: sinergias entre patrimónios para a retoma do setor

Se a cultura é o cimento que liga as sociedades contemporâneas, podemos olhar, novamente, para este denominador comum para a retoma do setor do turismo, ainda que repensando e reposicionando certas práticas e ofertas.

No âmbito das políticas públicas para o turismo, o presente artigo pretende defender: i) os recursos endógenos de um território, na sua componente cultural e natural, como a matéria-prima para a construção de uma oferta diferenciadora capaz de reconquistar visitantes durante e após pandemia; ii) o reposicionamento, diversificação e comunicação de uma oferta turística que atenda às necessidades das populações e visitantes afetados pelo confinamento físico e psicológico.

O conceito de património natural está assimilado entre nós, mas é importante relembrá-lo para percebermos o seu potencial no contexto da pandemia que vivemos. A UNESCO definiu-o, tendo sido integrado, nacionalmente, através do Decreto n.º 49/79, de 6 de Junho de 1979, com a seguinte redação: (...) «Les sites naturels ou les zones naturelles strictement délimitées, qui ont une valeur universelle exceptionnelle du point de vue de la science, de la conservation ou de la beauté naturelle»[1].


Figura 1 – Lagoa do Fogo, Ilha de S. Miguel

Uma estratégia de desenvolvimento económico assente na construção de sinergias entre os recursos culturais e a prática turística pode ser, novamente, chamada a construir soluções para atrair as populações e visitantes receosos, mas também cansados do isolamento, para o usufruto dos recursos de um território.

A Estratégica Turismo 2027, do Turismo de Portugal, é muito clara ao enumerar os recursos diferenciadores de que dispomos. No entanto, nos tempos em que vivemos temos de rapidamente repensar a nossa oferta e a forma como ela é disponibilizada por forma a garantir condições de segurança sanitária, fundamentais à recuperação da confiança. Nesse sentido, a recente criação do selo “Clean & Safe” pelo Turismo de Portugal é uma iniciativa fundamental para ajudar o setor a recuperar clientes, promovendo a confiança. A ideia é, obviamente, «promover Portugal como destino seguro do ponto de vista de cuidados com a propagação do vírus».[2], mas não é suficiente. Acresce, também, a necessidade de se repensar a estratégia nacional para o turismo. Olhar, por exemplo, para os recursos do património natural como uma oportunidade e uma solução para o relançamento do setor turístico, pelas condições de segurança que oferece e por envolver atividades não confinadas a espaços fechados.

Do ponto de vista da oferta, é também fundamental repensar os nossos produtos e a nossa comunicação cultural a partir destas ideias: i) apostar na promoção do património natural como alternativa na oferta turística, pois representa baixos riscos de contaminação e a gestão de grupos é mais fácil; ii) fomentar o turismo em territórios de baixa densidade populacional (e por isso mais seguros, tal com os números da DGS atestam); iii) desenhar pacotes de turismo cultural direcionados ao segmento “famílias” que tendo, muito provavelmente, passado o confinamento juntos, sentir-se-ão seguros para viajarem em grupo e ao segmento LGBT, que pelo seu perfil de viajante frequente e fortemente atraído pela cultura dos outros países, serão dos primeiros a viajar; iv) na comunicação da oferta cultural temos a oportunidade, talvez irrepetível, de reposicionar esta área como uma excelente forma de “entretenimento” para as famílias, por oposição à ideia de conhecimento obrigatório (pouco atrativo para os mais novos), uma vez que as opções clássicas, como os parques de diversão, arenas futebolísticas, etc., estão fortemente condicionadas no acesso, conquistando os tão necessários públicos para o setor.

A estas atividades podem ser associadas outras ofertas e serviços, como é o caso das termas, dos SPA e práticas de bem-estar. Portugal, pela oferta de que dispõe nestas áreas, pode estruturar pacotes que conjuguem o turismo cultural, o natural e o do bem-estar para atrair as populações e os visitantes ansiosos por recuperarem do período de confinamento de uma forma holística. A provar esta oportunidade está um recente artigo da seção Fugas, do jornal Público, onde se reporta que no topo das escolhas de destino estão as praias e os espaços ao ar livre e, quanto aos locais, surgem os Açores e a Serra da Arrábida[3]. São invocadas razões como a perceção de segurança, as paisagens singulares, a imersão na natureza, a riqueza vegetal e possuirmos algumas das mais bonitas praias da Europa.

Com a imprevisibilidade da duração da COVID-19, o país pode usar esse tempo para se promover como um destino socialmente consciente e responsável. Esta estratégia e posicionamento pode ajudar à recuperação de empregos perdidos (e à criação de novos) e a impulsionar as áreas satélite da indústria turística (hotelaria, restauração, etc.). Porém, e talvez mais do que em outros momentos, este processo deverá ser implementado a partir um modelo de governança fortemente democrático e participado, entre iniciativa pública, privada e populações, que promova a solidariedade e, sobretudo, a tão necessária confiança.

Alexandre Reis




[3] https://www.publico.pt/2020/03/28/fugas/noticia/onde-ir-acores-arrabida-top-internacional-viajantes-pospandemia-1909843 consultado em 16/05/20

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)