quarta-feira, maio 31, 2017

Viana do Castelo e o seu potencial cultural

“Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana.”
Amália Rodrigues

E porque havemos de ir a Viana?
Viana do Castelo é um local com um potencial enorme para a prática de turismo, estando perfeitamente enquadrada em produtos estratégicos definidos pelo Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) pelo Turismo de Portugal, tanto pela sua paisagem, como pela sua gastronomia, etnografia, entre outras características que tornam o concelho de Viana do Castelo único.
Desta forma, o turista que procura este produto tem uma forma especial de se movimentar, uma vez que o modo como usufrui de uma paisagem ou absorve o património histórico de uma determinada cidade depende quase que exclusivamente de si. Assim, parte da satisfação oferecida aos consumidores que configura essa experiência reside na gestão adequada das necessidades emocionais, que podem ser meramente estéticas, de entretenimento ou de escape, tal como é referido no PENT.
Concretamente, Viana do Castelo, apresenta-nos um volume médio anual visitantes do Posto de Turismo Municipal de cerca de 30 mil. Podemos afirmar que é tendencialmente percecionada como um destino de sol e mar, mas também associada à qualidade e à tradição da gastronomia e dos vinhos minhotos. No entanto, e apesar do cartaz turístico do Alto Minho Litoral se centrar nestes produtos, quer a cidade, quer a região envolvente reúnem atrativos culturais e paisagísticos suficientes para competir também no mercado do touring e do turismo cultural.
A cidade de Viana do Castelo fica situada no centro de um triângulo que tem por vértices as cidades de Vigo, Porto e Braga, das quais dista, em média, 80 quilómetros, é rodeada pelas montanhas a nascente, e pelo Oceano Atlântico a poente. O rio Lima desagua na cidade e atravessa todo o concelho, que é rico em paisagens deslumbrantes. Aqui existe um vasto património histórico e etnográfico, contando não só com inúmeros monumentos, igrejas e palacetes de diferentes períodos e estilos, mas também com uma importante indústria de artesanato e folclore, e animadas romarias.
Para os turistas amantes do desporto, não faltam igualmente oportunidades de desfrutar das potencialidades naturais da região, favoráveis à prática de diferentes modalidades: surf, jet-ski, canoagem, remo, escalada e caminhadas pedestres. Estas atividades contam já com eventos anuais que trazem à cidade inúmeros amantes destas modalidades. A estes fatores acresce ainda o favorável posicionamento geoestratégico da região, que permite a rápida e fácil ligação a outros pontos relevantes do norte do país, para além de uma diversificada oferta no que toca à animação turística.






Ana Margarida Ferreira Lima

 (Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)

1 comentário:

Adriana P. disse...

http://repositorio.ipvc.pt/bitstream/20.500.11960/1601/1/Nuno_Barbosa.pdf