Espaço de divulgação e debate de ideias relativas ao planeamento do território, à economia do turismo e ao desenvolvimento regional.
domingo, dezembro 20, 2020
sábado, dezembro 19, 2020
quinta-feira, dezembro 10, 2020
“Economia do Esquecimento: rasgando o Estreito de Magalhães” (Paulo Reis Mourão, 2020, UMinho Editora, Braga)
Nota de apresentação
O estatuto da carreira docente universitária estabelece que os professores e investigadores universitários devem estruturar a sua ação em 3 dimensões: o ensino; a investigação científica; e a extensão universitária. Na sua progressão na carreira, estas 3 dimensões estão presentes, se bem que se admita que cada sujeito possa dar maior atenção a alguma ou algumas delas, por razões de perfil ou de estratégia pessoal.
Subscrevo essa exigência legal, que, obviamente, encontra suporte na ideia de que só pode transmitir conhecimento de forma eficaz quem, por força da investigação realizada ou da vivência associada à prestação de serviços à Comunidade, ganhou um certo domínio de uma área de saber e/ou competências técnicas específicas. Isso é particularmente válido quando nos situemos no ensino a nível de pós-graduação.
Eu, particularmente, tenho muita dificuldade em falar ou comentar uma realidade que me seja relativamente alheia, e rejeito fazer recomendações de planeamento ou de política sobre territórios que não conheço. No contexto dos projetos de extensão universitária de que fui encarregue ao longo da minha vida profissional, sempre rejeitei produzir relatórios e propostas de suporte de decisão política que não fossem suportados numa relação direta com os territórios concretos objeto de atenção e os seus principais atores, que obviamente têm que se identificar com elas e ser os protagonistas das ações projetadas.
Acresce que o professor e investigador universitário deve ser, também, um promotor de uma cidadania mais ativa e mais esclarecida, isto é, deve ser um exemplo de agente de desenvolvimento social e económico mais eficaz do que, porventura, outros agentes de desenvolvimento. Mais eficaz, digo, porque mais desapegado de motivações associadas a benefícios económicos e/ou políticos diretos. A minha noção de compromisso com a formação de cidadãos e com a extensão universitária que é reclamada ao professor universitário integra essa aceção de exercício de cidadania. Fui buscá-la a outros que me serviram de modelo.
Deixo estas considerações, já longas no contexto dos minutos que me estão reservados, para situar as considerações que farei de seguida, invocando o que escrevi e foi incluído na contracapa do livro do Colega e Professor Paulo Reis Mourão, que aqui está a ser apresentado publicamente hoje. Disse eu nessa contracapa, o seguinte:
´Economia do Esquecimento` é um livro que se lê num folgo não tanto por ser contido no número de páginas mas, antes, em razão das temáticas que endereça (desde logo, o desenvolvimento, percebido enquanto acesso das pessoas, nos seus lugares de residência, ao emprego e bem-estar social), e da fluidez da escrita e do compromisso que se percebe do autor com a sua região, Trás-os-Montes.
Não se tratando de um romance, embora a forma como nos prende à leitura o pudesse sugerir, nem por isso deixa de nele haver espaço para a invocação de paradoxos, heróis e vilões, lamentando-se que não termine com um voto de esperança no futuro. [Se descremos do futuro que nos está reservado, que motivação vamos encontrar para lutar pela transformação do presente? Se descremos, como vamos transmitir ânimo, esperança às novas gerações?]
Embora devesse esperá-lo, acabei amiúde surpreendido pelo enunciar de “realidades” para as quais fui despertado há muitos anos, entre elas as de que “os custos de concentração” (no litoral) devem ser somados aos “custos do esquecimento” (do interior Transmontano, e não só), do que resulta óbvio que a superação ou mitigação de uns e outros só se conseguirá quando as atuações de política olharem, articuladamente, para uns e outros [os custos, pesados, da concentração no litoral, nas principais cidades, versus os custos do esquecimento, da desertificação humana, do interior, dos meios rurais. Usando palavras não muito diferentes, ouvi isso pela primeira vez há mais de 40 anos de um dos meus professores de licenciatura, o saudoso Professor António Simões Lopes].
Endereçando a
problemática dos “caminhos do futuro”, concordo com o autor [Paulo Mourão] na
necessidade dos atores do território se congregarem no estabelecimento de uma
“estratégia de desenvolvimento”, ficando-me a dúvida se não devia também ter
sublinhado que não há estratégia (de desenvolvimento) sem liderança, singular
ou coletiva [quer dizer, lideranças regionais e locais efetivas].
J. Cadima Ribeiro
sábado, dezembro 05, 2020
X Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento Regional (X SIDR): convite à submissão de comunicações
[O X SIDR é promovido pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional, da Universidade de Santa Cruz do Sul, e que será realizado nos dias de 15 a 17 de setembro de 2021, em Santa Cruz do Sul- RS.
sexta-feira, dezembro 04, 2020
quinta-feira, dezembro 03, 2020
Congressos ´Casa Nobre - Um Património para o Futuro`: atas dos Congressos realizados e apelo a comunicações para o próximo (nov. 2021)
[Face à situação de contingência e de limitação à existência de eventos culturais públicos, não nos foi possível a realização do VI Congresso Casa Nobre Um Património para o Futuro, programado para o passado mês de Novembro.
Como igualmente agendado, a edição deste ano do Congresso incluiria no seu programa a apresentação da versão digital das Actas do V Congresso; apesar das limitações apontadas, o Município não quis deixar de o fazer, sendo que as mesmas estão a partir de hoje disponíveis na Página do Congresso; informamos de igual modo que com esta incorporação passamos a ter disponíveis nessa plataforma digital todos os volumes de Actas do Congresso.
Para acesso ao novo volume, queira V. Exa. aceder pela seguinte ligação:
https://sites.google.com/site/casanobrecongresso/actas-do-5%C2%BA-congresso-internacional-book-of-the-5th-international-congres
Relembramos que o VI Congresso será em 2021, entre as datas de 25 e 27 de Novembro.
Esperando contar com a sua compreensão, mas também com o seu entusiasmo e participação em 2021 no Congresso, subscrevemo-nos com estima e os melhores votos.
Com os melhores cumprimentos,
pela Comissão Executiva]
(reprodução de mensagem entretanto recebida)
sábado, novembro 28, 2020
sexta-feira, novembro 06, 2020
´Sustainability`: Special Issue "Sustainable Tourism Strategies in Pandemic Contexts"
Dear Colleagues,
Humanity has always been confronted by pandemics. Some of them were recorded in our collective history due to the demographic, economic, and socio-cultural impacts which they caused, and others have been remembered whenever it is necessary to carry out a retrospective analysis of our pandemic past and make the collective memory present.
In 2020, the tourism sector has been one of the most affected by the ongoing COVID-19 pandemic, preventing individuals from traveling and getting out of their ordinary daily life. How can we learn from the COVID-19 crisis to put in place more sustainable tourism strategies? What can be done to overcome this pandemic and contribute to the sustainability of destinations? Why is a sustainable solution so hard to achieve in the tourism industry? What can be the role of circular economy in this process? What role can less massified tourism segments take in the establishment of a new tourist path? Can pandemics put an end to massified tourism models? Can we face the emergence of new trends where domestic tourism will play a larger role in tourist development strategies? What is the role of different stakeholders (e.g., politicians, residents, tourists) in tourism strategies aiming to prevent and overcome pandemic scenarios? What about the role played by technologies such as Geographical Information Systems (GIS), Webmapping, Augmented Reality, and others? What is the potential of big data in the management of this kind of crisis and overcoming it?
This Special Issue aims to provide a forum to discuss the sustainability of the tourism industry in pandemic scenarios (present and future ones) and beyond them, learning from the present health crisis and from past ones. Conceptual approaches and empirical ones—namely, case studies from different countries and regions around the world—will be accepted. Less successful and successful cases will both be welcome.
We are organizing a Special Issue for the Sustainability journal (ISSN 2071-1050; impact factor: 2.576) aiming to discuss present and future tourism sustainable trends in pandemic contexts and beyond them. Pandemic periods are becoming more and more common in the present century and perhaps will continue to be so in the near future. Nevertheless, tourism has been revealed to be an extremely dynamic and adaptive phenomenon. Keeping this in mind, we believe that there is a need to look for new approaches to tourism development. No doubt, we should work on making the tourism industry more sustainable.
There has been a lot of literature published in the last eight months on the COVID-19 pandemic concerning its impacts in tourism activity. The present issue will usefully supplement the literature that has been produced on the issue.
Keywords
- Conceptual approaches to more sustainable forms of tourism and pandemic scenarios: • New sustainable approaches to pandemic scenarios—the role of circular economy
- The relationship between climate change, pandemic scenarios, and sustainable destinations
- The role of creative tourism and other non-massified segments in pandemic times Rethinking tourism in the ongoing pandemic and post-COVID-19 period—the role of cities and of less urbanized territories
- Environmental, economic, and social effects of pandemics on tourism destinations
- The role of different stakeholders (e.g., politicians, residents, tourists) in tourism strategies to prevent and overcome pandemic scenarios
- The role of (new) technologies (e.g., GIS, Augmented Reality, Virtual Reality) and big data in the development of tourism strategies in the ongoing pandemic and post-COVID-19 period
- Tourists’ perceptions of the risk of pandemics
- Case studies at local, regional, and international scales.
A special issue of Sustainability (ISSN 2071-1050).
- https://www.mdpi.com/journal/sustainability/special_issues/tourism_pandemic
Deadline for manuscript submissions: 31 May 2021.
sábado, outubro 24, 2020
“O lado humano das cidades inteligentes e o contributo do empreendedorismo social”
“O lado humano das cidades inteligentes e o contributo do empreendedorismo social”, DRd – Desenvolvimento Regional em debate, Vol. 10, ed. Esp., págs. 195-222 [trabalho em co-autoria com Susana Bernardino e J. Freitas Santos]
RESUMO
O conceito de
cidade inteligente (CI) é um conceito promissor que tem acolhido uma atenção
crescente quanto ao seu potencial para a melhoria da qualidade de vida das
cidades. O conceito começou a ser disseminado tendo em mente a necessidade do
uso das tecnologias de informação e comunicação para o incremento do bem-estar
dos cidadãos. No entanto, as interpretações mais recentes do conceito apontam
para a necessidade de uma visão mais holística de CI, que contemple outras
caraterísticas relevantes para a dinamização e desenvolvimento urbano. Através
do estudo de uma iniciativa de empreendedorismo social (CAIS - Associação de
Solidariedade Social) que atua nas duas principais cidades Portuguesas, Lisboa
e Porto, esta investigação pretende ajudar a compreender em que medida é
possível tornar cidades inteligentes mais humanizadas e sustentáveis através do
empreendedorismo social. O levantamento de dados foi feito recorrendo a uma triangulação
de fontes, primárias e secundárias. Os resultados obtidos indicam que através
de iniciativas de empreendedorismo social é possível contribuir positivamente
para a criação de valor nas cidades, através da melhoria da qualidade de vida
dos seus cidadãos e da resolução sustentável de alguns dos mais urgentes
desequilíbrios sociais. A investigação indica que a adoção de uma estratégia assente
na valorização da componente humana tem-se mostrado capaz de produzir uma
resposta sustentável e de contribuir positivamente para outras dimensões das
cidades inteligentes.
Palavras-chave: Cidades
inteligentes. Empreendedorismo social. Valor social. Inovação social. Portugal.
terça-feira, outubro 13, 2020
segunda-feira, setembro 28, 2020
quinta-feira, setembro 17, 2020
sexta-feira, setembro 11, 2020
Creative Tourism and Regional Development: A few notes on the publication available in two scientific literature databases
Abstract
Creative tourism enables development by valuing what is local, by promoting creative economy and by not reducing culture to the act of consuming products. This makes room for emancipation, new experiences and generating income through unconventional tourism itineraries. Still, one could be left to wonder about the kind of development concept addressed in the reviewed literature, and its correlation with creative tourism. We decided to follow Tranfield, Denyer and Smart (2003), in what regards the adoption of a framework for data collection, in order to capture scientific literature on the relationship between creative tourism and regional development. We made use of papers published in journals and other academic documents available at Google Scholar and Academia.edu databases. The research strategy used was the following: i) making an inventory of all data available and of the nature of the identified documents; ii) deciding on a strategy to approach the particular issue we intended to focus on; and iii) adopting a specific criteria for conducting an analysis of the documents found. We concluded that although there are a few papers which address the connection between development and creative tourism, none of them goes deeper into the subject.
Keywords: Creative Tourism; Local/Regional Development; Local Culture and Heritage; Tourism Strategies.
Carlos A. Máximo Pimenta
Institute of Management and Production Engineering, Federal University of Itajubá, Brazil, carlospimenta@unifei.edu.br
J. Cadima Ribeiro
School of Economics and Management and NIPE, University of Minho, Braga, Portugal, jcadima@eeg.uminho.pt
Paula Remoaldo
Department of Geography and Lab2PT, University of Minho, Braga, Portugal, premoaldo@geografia.uminho.pt
[Resumo de comunicação apresentada por videoconferência no 27º Congresso da APDR (27th APDR Congress), genericamente subordinado ao tema ´Sustainable Development of the Sea for Sustainable Regional Development`, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional, que decorreu na Universidade dos Açores, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, a 10 e 11 de setembro de 2020; 13 págs.]
segunda-feira, agosto 17, 2020
"O LADO HUMANO DAS CIDADES INTELIGENTES E O CONTRIBUTO DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL"
RESUMO
O conceito de cidade inteligente (CI) é um conceito promissor que tem
acolhido uma atenção crescente quanto ao seu potencial para a melhoria da
qualidade de vida das cidades. O conceito começou a ser disseminado tendo em
mente a necessidade do uso das tecnologias de informação e comunicação para o
incremento do bem-estar dos cidadãos. No entanto, as interpretações mais
recentes do conceito apontam para a necessidade de uma visão mais holística de
CI, que contemple outras caraterísticas relevantes para a dinamização e
desenvolvimento urbano. Através do estudo de uma iniciativa de empreendedorismo
social (CAIS - Associação de Solidariedade Social) que atua nas duas principais
cidades Portuguesas, Lisboa e Porto, esta investigação pretende ajudar a
compreender em que medida é possível tornar cidades inteligentes mais
humanizadas e sustentáveis através do empreendedorismo social. O levantamento
de dados foi feito recorrendo a uma triangulação de fontes, primárias e
secundárias. Os resultados obtidos indicam que através de iniciativas de
empreendedorismo social é possível contribuir positivamente para a criação de
valor nas cidades, através da melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos e
da resolução sustentável de alguns dos mais urgentes desequilíbrios sociais. A
investigação indica que a adoção de uma estratégia assente na valorização da
componente humana tem-se mostrado capaz de produzir uma resposta sustentável e
de contribuir positivamente para outras dimensões das cidades inteligentes.
Palavras-chave: Cidades
inteligentes. Empreendedorismo social. Valor social. Inovação social. Portugal.
Susana Bernardino1,
J. Freitas Santos2
J. Cadima Ribeiro3
1
CEOS.PP/ISCAP/P.PORTO, Porto, Portugal, susanab@iscap.ipp.pt
2 CEOS.PP/ISCAP/P.PORTO,
Porto, Portugal, jfsantos@iscap.ipp.pt
3 NIPE/EEG/UMINHO, Braga, Portugal, jcadima@eeg.uminho.pt
[resumo e palavras-chave de artigo aceite para publicação no DOSSIÊ TEMÁTICO – DRd 2020: CONHECIMENTO, INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE OU INTELIGÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CIDADES, MUNICÍPIOS, REGIÕES E TERRITÓRIOS - http://www.periodicos.unc.br/index.php/drd/announcement]
quarta-feira, julho 22, 2020
“Satisfaction with Braga (Portugal) and recommendation: a comparison between information coming from relatives/friends and from other sources”
sábado, julho 18, 2020
quarta-feira, maio 27, 2020
Cultura como recurso y estrategia para un nuevo modelo social de desenvolvimiento económico frente al COVID
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
terça-feira, maio 26, 2020
Incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro e os danos na preservação da história brasileira
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
"Enoturismo no Brasil: um estudo comparativo dos perfís dos enoturistas do Vale dos Vinhedos e do Vale de São Francisco"
segunda-feira, maio 25, 2020
Valorização turística no interior: o caso de Vila Viçosa
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
domingo, maio 24, 2020
Turismo cultural durante e pós COVID-19: sinergias entre patrimónios para a retoma do setor
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)