Espaço de divulgação e debate de ideias relativas ao planeamento do território, à economia do turismo e ao desenvolvimento regional.
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segunda-feira, abril 19, 2021
Ágora das cidades
Os centros históricos têm
sido alvo de alterações no âmbito da sua definição, sendo que a última revisão
foi feita por Fernandes, em 2011. Os centros foram sempre interpretados por
núcleos de acessos, preço de terrenos com mais ramos de serviços e com maior
variedade de atividades, tornando-se um ponto de encontro, onde as potências
comerciais usufruem da sua localização para benefício financeiro.
O centro, enquanto
história, representa o atlas da cidade. Um arquivo que permite representar melhor
o modo de interagir entre mercados, onde as estruturas representam a base da
sua economia, e a economia é mediada pela sua estrutura viária e acessos.
O significado de “centro
histórico” tem sido determinado por várias vertentes profissionais, desde a arquitetura,
antropologia, história, sociologia, à geografia, etc. Por vezes, o léxico “centro
histórico” não representa diretamente a centralidade nem a historicidade da
cidade. Assim, podemos considerar que os ditos “centros com histórica” são um vínculo
para gerar maior economia e impulsionar a “fantasia” instaurada pela propaganda
efetuada.
No planeamento das
cidades, os gregos articulavam as zonas segundo as suas vias, interligando a
aérea privada, a sagrada e a pública, sendo a cidade como um todo e o meio
ambiente natural integrador de todo o organismo. No entanto, a cidade passa por
um processo evolutivo, por isso, se ao longo do tempo se alcançar e ultrapassar
o limiar de crescimento, forma-se uma nova cidade considerada como Estado.
Deste modo,
compreendemos, pela antiguidade clássica, que a estrutura cuidada é a formalização
da malha da cidade em comunhão com a sua economia. A sua organização revela a
aérea de afeto comercial, religioso e civil que contagia cidades da sua
envolvência, adotando modelos semelhantes, replicando maneiras e modelos
concebidos.
A cidade de Guimarães, na
sua integra, concentra planeamentos de vanguardas variadas, desde cidade
renascentista, pelo modo como as aéreas de praça se disseminam ao longo da sua
extensão enquanto centro histórico, e também de uma vertente medieval, que
organiza todas as obras, como o castelo. Porém, este símbolo é visto como um
marco de uma época que não é reminiscente, deste modo, a mesma maneira com que
a centralidade do centro e “berço” de Portugal passa por uma fábula criada para
a sua glorificação, o mesmo acontece com a individualidade da obra da Penha, em
que a misticidade criada vai para além do tempo para que se remete.
Um dos fatores que beneficiam
a cidade de Guimarães, na sua absorção de capital pelos seus visitantes, derivam
da criação de praças amplas e retilíneas, não só permitindo o maior fluxo sobre
o seu centro, como também relacionar essas praças a ruelas que interligam o
todo criando subdivisões sobre a economia local, originando pequenas empresas
de origem regional que impulsionam a atração pela cultura do local.
A ambição de descolagem
dos centros da cidade para agilizar os centros permitiu com que as suas
periferias despertassem a evolução da vida moderna e diminuir o fluxo de permanência
nos centros, fazendo com que estes fossem vistos apenas de visita, retirando o
modo de viver das pessoas locais e removendo os modos de vida tradicionais.
A preocupação do centro da
cidade foi, nos dias de hoje, uma questão que pertencia ao património e que
deveria ser demolido pela sua falta de monumentalidade. Assim, a cidade foi
interpretada por zonas, da mesma maneira que na antiguidade clássica era
pensada. As áreas que constituem alinhamentos dos traços mais elementares da
cidade, dependentes das zonas, constituem uma maior “proteção” imóvel.
As estruturas viárias representam
o fluxo automóvel no interior das cidades, prevalecendo o acesso turístico ao
seu núcleo. Inicialmente, as estradas eram pensadas para a circulação pedonal, no
entanto, com a evolução mecânica e tecnológica, a adaptação destas vias foi
repensada para que prevalecesse o maior pragmatismo de acessibilidade, ou seja,
o fluxo viário está diretamente relacionado com o desenvolvimento económico.
Assim, o turismo veio
afirmar a identidade do tecido das cidades, consolidando o seu valor económico
perante o seu património, sendo o reconhecimento do valor histórico de cada um
relevador da importância regional conferida pelos seus habitantes, orientado os
seus visitantes por hierarquias de importância turística.
Vasco Mendes
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
O impacte geográfico na economia do centro histórico
Desde sempre as cidades são o resultado de uma sociedade que fisicamente as construiu e embutiu de tradições e costumes num determinado tempo, tornando-se num ponto de referência para a população. Após a sua implantação, esta evolui de acordo com a comunidade, deixando marcas visíveis da sua história e, consequentemente, zonas onde a evolução urbana é aparente, sendo estas centros históricos.
O centro histórico de uma cidade é um pulmão económico onde
parte das transações monetárias acontecem, sejam elas em serviços ou
aproveitando a sua componente monumental, com o turismo. Esta serve não só como
ponto de atração turística mas também como mote para a compreensão urbana da
cidade. Desde o seu traçado à sua composição espacial, este é desenvolvido
através da sua base pré-existente, dando ênfase aos eixos que consolidam os
movimentos da zona envelhecida.
O seu impacte económico acontece, maioritariamente, através
do seu poder de atração sobre a população e turistas, sendo o transporte e a
sua localização fatores importantes para a sua evolução económica. Como podemos
observar em inúmeros exemplos em Portugal, como Braga ou Guimarães, o
transporte público tem um papel crucial na movimentação populacional. Sejam
linhas rodoviárias ou ferroviárias, estas ligam a periferia da cidade ao centro
histórico, de modo a criar uma linha direta entre os principais pontos de
comunicação (cidades adjacentes ou aeroporto).
Estas ligações de transportes estão intrinsecamente ligadas
à sua posição geográfica no país. O seu impacte económico acontece através da
sua comunicação com o exterior, de modo a criar relações periféricas e
movimentos turísticos. Caso não haja diálogo com as imediações, o centro
histórico não sofre alterações aparentes, usando este como centro de serviços,
estando a população mais concentrada neste. Quanto maior a distância às ligações
rodoviárias e ferroviárias mais encontramos uma tendência de reaproveitamento do
centro histórico, onde as construções, aparentemente antigas, são reusadas e
reaproveitadas de modo a acolher o programa que acompanha a população que o
habita, ao contrário dos centros históricos mais permeáveis, onde a sua
expansão periférica e a recolocação dos serviços tornam o centro histórico num
ponto maioritariamente turístico e de restauração.
A evolução económica de um centro histórico está
intrinsecamente ligada ao diálogo com a atmosfera envolvente. Desde o seu
programa à sua trama urbana, estas são delimitadas pela localização geográfica
e, consequentemente, dos acessos de transporte presentes, sejam estes
rodoviários ou ferroviários.
João Leite
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA:
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3862/8/igotul000916_tm_3.pdf
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
Cidades Acessíveis
Dentro do tema da competitividade das cidades, as acessibilidades são um dos tópicos, um dos temas, uma das estratégias que estas podem explorar para competirem umas com as outras e para se inovarem.
Uma cidade acessível é
um espaço urbano que apresenta condições de mobilidade, ou seja, que demonstra
facilidade de deslocação das pessoas, serviços e bens. Salienta-se aqui que, no
que toca à facilidade de deslocação de pessoas, são englobadas todas, sem
exceção, tendo em conta as que têm limitações, incapacidades, e diversas
condições adversas e caraterísticas. Ou seja, é uma cidade acessível aquela em
que todos os membros da sociedade devem ser valorizados e integrados na mesma,
em que a mobilidade é vista como um direito à liberdade. Todos temos o direito
à cidade.
“Acessibilidade é a
caraterística de um meio físico ou de um objeto que permite a interação de
todas as pessoas com esse meio físico ou objeto e a utilização destes de uma
forma equilibrada/amigável, respeitadora e segura. Isto significa igualdade de
oportunidades para todos os utilizadores ou utentes, quaisquer que sejam as
suas capacidades, antecedentes culturais ou lugar de residência no âmbito do
exercício de todas as atividades que integram o seu desenvolvimento social ou
individual. Portanto, a acessibilidade promove a igualdade de oportunidades,
não a uniformização da população (em termos de cultura, costumes ou hábitos.)”.
No entanto, apesar de
se ter em mente que esta caraterística é um elemento fundamental nas cidades,
ainda se vêem muitos espaços, transportes, entre outros, que não estão pensados
para todos. É deste modo que as cidades se devem inovar para serem funcionais,
seguras, saudáveis, compreensíveis, com informações claras, respeitadoras, e
com ética, com princípios morais.
Todos os anos, desde
2010, tem sido atribuído o Prémio Cidade Acessível a uma cidade da União
Europeia, de entre as que se inscreveram, que apresente vontade, competências e
esforço para se tornar mais acessível, que tenha melhorado a acessibilidade,
comprovando-o, e que ainda apresente planos para a introdução de melhorias no
futuro. Este projeto tem, então, como objetivo principal garantir a igualdade
de acesso à vida no espaço urbano para pessoas com incapacidades em toda a
União Europeia.
O ano passado, em
2020, foi a capital da Polónia, Varsóvia, a receber este prémio. A parte
histórica desta cidade, após a Segunda Guerra Mundial, foi reconstruída com
base no seu plano original, e a parte moderna apresenta avenidas e estradas
amplas e, ao longo dos anos, tem trabalhado as questões das acessibilidades no
sentido de as melhorar.
A educação, o emprego,
a sociedade, as infraestruturas e a informação são os tópicos que a cidade tem
trabalhado, incorporando diversas especialidades e profissionais (como
engenheiros, arquitetos, …). Varsóvia trabalhou, então:
- o investimento na
eliminação de barreiras: tem investido na eliminação de barreiras
arquitetónicas; todos os espaços públicos, todos os edifícios e estradas têm
que cumprir as normas de acessibilidade estabelecidas na cidade; todos os
projetos têm auditorias de acessibilidade; muitas das instalações culturais
possuem acessibilidade; foram reparados pavimentos, instaladas passadeiras
elevadas e introduzidos sinais sonoros e nova iluminação também nas
passadeiras, e as paragens de autocarros foram adaptadas; os transportes
públicos foram atualizados; são organizados programas de apoio para pessoas com
deficiências físicas ou sensoriais, ou outros problemas; as crianças também têm
ateliês pedagógicos pensados para si, para a sua sensibilização para com o tema
dos direitos das pessoas com deficiências; e estão a desenvolver um website acessível a todos, que
facilitará a procura de informações.
- são avaliados os
níveis de satisfação das pessoas com deficiência: a própria população
participa nesta melhoria da acessibilidade dando a sua opinião no que toca à
cidade ser adequada a pessoas com deficiências. Puderam assim concluir que as
infraestruturas publicas, as instituições, os transportes públicos, a qualidade
dos serviços e os serviços de apoio permanente são todos avaliados
positivamente.
- Possuir uma visão
futura: Varsóvia possui um plano, uma estratégia para 2030, o que permite
olhar para o futuro e ter objetivos por cumprir, ajudando a ter impactes de
longo prazo no desenvolvimento da cidade.
Com a atribuição do
prémio em referência, pode assumir-se que as cidades que concorrem entre si
estão a competir umas com as outras no tema das acessibilidades. O prémio
consiste numa quantia monetária que trará oportunidades para a cidade. Mas não
só o simples prémio em si confere essas oportunidades. A cidade passa a ter
mais destaque e a atrair mais pessoas, podendo também, possivelmente,
contribuir para o turismo, assim como para a “aquisição” de mais habitantes, o
que, por sua vez, acaba por contribuir para a economia da cidade.
Ana Alexandra da Silva Duarte
Bibliografia:
https://ec.europa.eu/social/main.jsp?catId=1141&langId=en
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_19_6628
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/59299/1/000136450.pdfhttps://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/21551/1/TFM.pdf
quarta-feira, abril 14, 2021
• Inovação nas cidades: do geral até ao pós-covid
“i·no·va·ção - Desenvolvimento e uso de novos produtos, métodos ou conceitos”
Vivemos
num mundo que está constantemente em plenas transformações, sejam ambientais,
sociais ou económicas.
Com todas essas transformações é inevitável não existir inovação, isto é, as
duas palavras vêm justapostas. Atualmente, a inovação está também ligada a uma
revolução digital, chamada de Quarta Revolução Industrial (indústria 4.0). Esta
tecnologia é uma mistura de técnicas antigas com novos sistemas inteligentes,
de maneira a se integrarem com várias organizações ou pessoas.
Contudo,
esta inovação não é só importante no mundo dos negócios, mas também no sucesso
das cidades. O relatório Innovation Geographies (2019), que estuda as cidades mais inovadoras do
mundo, indica que os critérios principais para a avaliação do nível de inovação
das cidades são:
§ Investimento
Estrangeiro Direto (IED) em indústrias de alta tecnologia,
valores de capital risco;
§ Gasto em
investimento e desenvolvimento e número de registos de patentes internacionais;
§ Valores de capital
risco.
Por outro lado, existe um outro critério que ajuda na
avaliação das cidades, que se chama: concentração de talento presente numa
cidade, e neste critério são avaliados parâmetros como:
§ Qualidade da
educação superior;
§ Nível educativo da
população e percentagem da mesma entre os 20 e os 40 anos;
§ Percentagem de
emprego em indústrias de alta tecnologia.
Segundo
estes critérios, foram determinadas as 5 cidades mais inovadoras do mundo:
Ø São Francisco (EUA)
Ø Tóquio (Japão)
Ø Singapura (República de Singapura)
Ø Pequim (China)
Ø
Portugal
é um país com bastante variedade empresarial em várias áreas como: calçado, vinho,
cerâmicas, entre outras. No ano de 2019, Portugal subiu mais um nível no ranking
europeu de inovação e 5 lugares fase a posição em 2016 (18º lugar). Estando em
13º lugar, ocupa o grupo de “moderadamente inovadores” muito próximo do grupo
seguinte de “fortemente inovadores”.
Os
pontos fortes do sistema de inovação em Portugal encontram-se principalmente
ligados com:
§ Ambiente para a
inovação;
§ Atratividade do
sistema de investigação;
§ Inovação
empresarial.
Contrariamente
a isto, os pontos fracos de Portugal são relacionados com:
§ Disponibilidade de
capital de risco privado,
§ O investimento em
I&D pelas empresas (I&D - Investigação e Desenvolvimento);
§ O registo de
patentes ou as exportações de produtos
intensivos em conhecimento;
§ Criação de emprego ligado à
tecnologia de ponta.
Apesar de todos os pontos mencionados anteriormente,
devido à situação atual, é inevitável falar sobre o futuro urbano. O surgimento
da covid-19 trouxe uma necessidade muito importante relacionada com o modo de
projetar as cidades.
Inicialmente, podemos não conseguir relacionar a covid-19 diretamente com a
inovação, mas se observarmos bem a situação chegamos à conclusão que é
precisamente a inovação dos países que nos pode ajudar muito neste momento.
Em países onde existe a circulação de milhares e\ou milhões de pessoas diariamente e onde existem congestionamentos diários, por exemplo, como a inovação nos pode ajudar a resolver esses problemas?
·
Exemplo
1: Inovação nos sistemas de estradas vs espaços verdes – “co-living”
Temos os exemplos de Bogotá e Oakland, que atualmente estão a encerrar estradas em proveito de espaços verdes e ciclovias. Isto é uma forma de ganhar espaço nas ruas.
· Exemplo 2: Transportes públicos
Os transportes públicos são e continuarão a ser necessários. É o meio de transporte de muitas pessoas e também evita a circulação de tantos carros nas ruas. Contudo, seria uma boa altura para começar a pensar na possibilidade de tornar estes transportes mais inteligentes, mais verdes e menos congestionados, de forma a convencer as pessoas a deixarem os carros e continuarem a circular de forma segura nos transportes públicos.
·
Exemplo
3: Economia circular
Neste caso falamos da reutilização de produtos e materiais. Este ponto já está a ser implementado em Portugal. Temos o exemplo da falta de materiais de saúde através da descontaminação de máscaras de modo a poder dar-lhes uma segunda vida. Neste ponto, podemos também “investir” nos resíduos urbanos, que podem ser tornados em fertilizantes e usados na produção de alimentos locais.
·
Exemplo 4: Recriar empregos
Por norma, as pessoas escolhem viver nos
centros das cidades pelas maiores oportunidades de emprego. Neste ponto,
podemos pensar que as cidades com os melhores empregos irão atrair novos
talentos locais, novos habitantes e pessoas mais qualificadas, sobretudo uma
faixa etária mais nova. Isto ajuda no desenvolvimento da inovação da cidade em
vários pontos que foram abordados anteriormente, principalmente no que diz
respeito à concentração
de talento presente numa cidade
Patrícia Azevedo
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
quarta-feira, março 24, 2021
A relação do edifício com a trama urbana
A cidade contemporânea é um culminar de variáveis que comunicam entre si. As suas complexas relações e comunicações elevam o seu estatuto e qualidade de vida dos seus habitantes, estando intrinsecamente ligado ao crescimento urbano e económico da cidade. Desde a sua composição até às relações periféricas (serviços), estas conseguem delimitar ou potencializar o habitar no edifício.
A composição social e económica são os fatores que servem
de mote para a projeção artística do edifico. A localização na trama urbana e a
qualificação dos serviços periféricos criam uma imagem pré-definida da
construção, tendo em conta o mercado atual (valor do metro quadrado) e as
relações superficiais com a envolvente. Esta logica é mais demarcada em cidades
com alta densidade populacional, onde o preço do imóvel e a quantidade de
serviços provocam uma construção compactada e com área reduzida, em comparação
com habitações unifamiliares na periferia da cidade.
Um dos exemplos mais marcante é o Japão, maioritariamente na
região metropolitana de Tóquio, onde o custo de vida e o preço imóvel são elevados.
Devido a esta metrópole, onde existem vários subcentros que descentralizam e
expandem a zona urbana, existe uma elevada densidade de construções, limitando
a área de intervenção arquitetónica. Esta demarcação reduzida provoca uma
mudança construtiva, onde há uma maximização de espaço útil. Um dos exemplos
presentes nesta região é House in a Plum Grove, projetada por Kazuyo
Sejima, onde, para aumentar o espaço habitável da casa (devido ao tamanho
reduzido e custo elevado do lote), a espessura das paredes exteriores e
interiores foram reduzidas (50mm e 12mm, respetivamente).
Outra mudança construtiva presente em regiões com elevada
densidade populacional é a destilação do programa em edifícios multifamiliares.
Como a procura de habitação é elevada, os edifícios perto do centro de negócios
e serviços optam por acolher um programa onde se prioriza a quantidade de
apartamentos e não o seu tamanho. Esta abordagem provoca habitações que não
conseguem albergar o agregado familiar, obrigando-as a deslocar-se para a
periferia do núcleo urbano.
A abordagem urbana e a sua relação com a população
conseguem delimitar os modelos construtivos e, consequentemente, a vivencia dos
seus habitantes. A simples limitação de área bruta ou a sua relação com os
elementos urbanos geram soluções que evoluem de acordo com a economia e desenho
urbano.
João Leite
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
terça-feira, março 23, 2021
Competitividade das Cidades
A competitividade
entre as cidades é um tema relevante que tem vindo a acompanhar o crescimento
das cidades, sendo que, atualmente, tanto as cidades pertencentes aos países
desenvolvidos como as pertencentes aos países em desenvolvimento são
consideradas neste tema.
Uma cidade é uma área
urbanizada, um espaço em constante evolução, que se carateriza por uma
aglomeração de pessoas, pela sua posição geográfica e caraterísticas da mesma,
pelas infraestruturas, pelos serviços, pelos seus sistemas de organização, pela
cultura, pelo seu desenho, pelas suas atividades, entre outros. É, na verdade,
um sistema complexo, difícil de definir devido à diversidade de cidades
existentes.
Com o crescimento dos
territórios e o uso das novas tecnologias para melhorar as condições de vida das
pessoas, com expressão nas sensações de segurança, de conforto, de realização
pessoal, melhoria nas dimensões económicas, culturais e sociais, o conceito de
competitividade das cidades ganha cada vez mais destaque.
Definindo, então, a competitividade, podemos
dizer que esta é a capacidade em criar um ambiente que possibilite o
desenvolvimento económico, cultural e social de um povo, em que este ambiente
seja duradoiro e sustentado, que produza riqueza. É, também, a capacidade de
atrair a atenção de pessoas, recursos humanos qualificados, de investidores, de
meios de comunicação, entre outros, e está dependente da capacidade da cidade,
do território, encontrar uma marca identitária que potencie a sua
competitividade. Denoto ainda que, apesar de um território competitivo
conseguir atrair pessoas, empresas, recursos, entre outros, também tem de ser
capaz de os manter, ou seja, de não os perder.
Há diversas formas em
que as cidades podem competir umas com as outras, podendo elas competirem num
todo, em todos os domínios, ou apenas competindo num aspeto, em áreas
específicas.
Para competirem, as
cidades devem então pensar em estratégias (planeadas e de longo prazo), que
podem ser baseadas na cultura, na história da cidade, nos meios de transporte
que a mesma possui, na sua posição geográfica (esta é algo que não se pode
mudar; o território está dependente das suas caraterísticas endógenas), nos
seus monumentos, nos preços da habitação, na sua política (a liderança, a
presença de valores e a gestão sustentada em valores), na sua economia, no seu turismo,
na qualidade ambiental, na qualidade de vida (no ambiente, as ruas limpas, a
presença de espaços verdes, a segurança), na existência de transparência nas
relações das instituições com os cidadãos, nas infraestruturas da cidade (os
transportes, o alojamento, o fornecimento de água e energia, as redes de
comunicação e tecnologia), na presença de pessoas capazes e empreendedoras (a
cidade tem pessoas com nível educacional elevado, o que possibilita sucesso),
nível de criminalidade baixo, entre outros. A capacidade de inovação é outra
estratégia que as cidades podem adotar, através da criatividade, da invenção,
acrescentando valor ao território.
Estas estratégias
devem ter como base as vantagens de cada território, podendo estas vantagens,
essas marcas identitárias do território, já estar presentes no território e
apenas necessitarem de serem redescobertas, porventura, necessitará de criar um
plano estratégico novo, que tire maior partido dessas caraterísticas.
Ana Alexandra da Silva Duarte
Bibliografia:
https://run.unl.pt/bitstream/10362/7602/1/Lisboa%20Cidade%20Competitiva.pdf
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
segunda-feira, março 22, 2021
Os problemas das Megalópolis
Uma megalópolis é um conjunto de cidades que se caracterizam pelo seu número elevado de habitantes, um número que tende a crescer e, pela sua atividade económica, atrai habitantes devido à sua atividade industrial e elevada concentração de investimentos. É uma região com um grande fluxo de informação e comunicação, com uma elevada densidade urbana, circulação de mercadorias, sistema de transportes e o desenvolvimento de áreas industriais, comerciais e residenciais. Estes fatores atraem a população para aquela área territorial, levando a um crescimento populacional numa determinada área surgindo as megalópolis.
Megalópolis no mundo
As principais megalópolis do situam-se no Japão, com cerca de 80 milhões de habitantes, composta por Tóquio, Kawasaki, Nagoya, Quioto, Kobe, Nagasaki e Osaka, Estados Unidos, com cerca de 50 milhões de habitantes, BosWash composta por Boston, Nova Iorque, Filadélfia, Baltimore e Washington D.C., e, por fim Brasil, com cerca de 42 milhões de habitantes, Rio-São Paulo, composta por São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Santos, São José dos Campos, Sorocaba, Duque de Caxias, Volta Redonda, Petrópolis e Niterói.
Que problemas apresentarão as Megalópolis?
Num território com uma grande concentração de população surgem problemas que muitas vezes são difíceis de resolver nos países mais pobres devido à falta de recursos económicos dos mesmos. Tem sido constatado que é nos países mais pobres que as megalópolis mais crescem, tornando mais difícil satisfazer as necessidades públicas, como falta de saneamento, entre outros.
As Megalópolis, devido à sua elevada densidade populacional, apresentam problemas de grandes dimensões, como o trânsito, falta de estacionamento para os carros, falta de serviços de recolha de lixo e a segregação de bairros. Este último ponto deve-se a uma falta de comunicação entre ricos e pobres, causando uma fragmentação entre os mesmos e levando a um isolamento da parte pobre da população, o que tem como consequência o aumento de agressões.
Um dos problemas referidos anteriormente, nestes territórios com milhões de habitantes, é a grande quantidade de lixo produzida. Tendo como exemplo o Rio de Janeiro, a produção de lixo é um problema com consequências graves, como a epidemia de dengue. Os habitantes mais pobres são os que mais sofrem com a degradação ambiental, pois não têm recursos para melhorar as suas habitações nem para aceder a um serviço de saúde.
Na Cidade do México, a grande densidade populacional tem como consequência uma elevada quantidade de carros a transitar na rua, o que já levou à suspensão de atividades “desportivas, culturais e cívicas nas escolas” devido aos altos níveis de ozono. A poluição do ar na capital do México tem vindo a diminuir, mas os níveis de ozono ainda estão acima dos limites permitidos (https://www.rtp.pt/noticias/mundo/cidade-do-mexico-ativa-alerta-ambiental-devido-a-altos-niveis-de-ozono_n1080344).
Um dos mais recentes problemas das
Megalópolis é a Covid-19. Os territórios com mais população são aqueles que
apresentam mais dificuldades em combater o vírus, que se alastra mais
rapidamente em áreas com maior concentração de pessoas. “Com uma população cada
vez mais urbana, podemos e devemos discutir o papel das grandes cidades na
economia, nas conquistas, nos benefícios e nos problemas do mundo. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (ONU), atualmente 55% da população mundial vive em
áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050”
(fronteiras.com/artigos/urbanizacao-os-problemas-e-as-solucoes-das-metropoles).
Soraia Matilde Pereira Silva
Webgrafia de apoio:
https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaHumana/Urbanizacao/urbanizacao4.php
https://www.camara.leg.br/noticias/116795-painel-discute-problemas-das-megalopoles/
http://www.xienanpur.ufba.br/231.pdf
https://www.revistamilitar.pt/artigo/395
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/cidade-do-mexico-ativa-alerta-ambiental-devido-a-altos-niveis-de-ozono_n1080344
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/megalopoles.htm
https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/megarregiao-rio-de-janeiro-sao-paulo-metropolizacao-do-espaco-e-integracao-global/
https://querobolsa.com.br/enem/geografia/megalopoles
https://www.fronteiras.com/artigos/urbanizacao-os-problemas-e-as-solucoes-das-metropoles
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
Teoria dos lugares centrais e hierarquia dos serviços: as cidades de 15 minutos
A origem de muitas teorias no âmbito da atração de mercado em relação a centros de comércio origina-se na estruturação ideológica do livro The Law of Retail Gravitation, de William Reilly. Em analogia com a lei da gravitação universal, a teoria defende que o consumidor é mais ou menos atraído a um centro de comércio através de uma relação de proporcionalidade inversa entre a população desse mesmo centro e o quadrado da distância entre ambos.
Este
modelo surge em 1931 e foi alvo de várias críticas, ainda que tenha suscitado
um desenvolvimento da teoria com avaliações mais complexas para ter em conta
maior variabilidade e aplicabilidade em contexto real. O modelo probabilístico
de Huff estuda de forma mais aproximada e tem em conta maior número de
variáveis na definição do resultado final.
Em
quase todas as expressões dentro do caso em questão, a distância ou o tempo de
deslocação até ao local de prática económica são fatores de protagonismo
hierárquico. Isto evidencia-se na procura de resolução urbanística de problemas
deste âmbito. A utopia da resolução em “cidades de 15 minutos” é uma estratégia
que se desenvolve baseando-se neste mesmo fator crítico no desenho urbano: a
distância do consumidor aos serviços, equipamentos públicos e zonas laborais. A
sustentabilidade energética e a emissão de CO₂ são também elementos abrangidos
pelo planeamento associado à criação destas cidades. Esta preocupação provou-se
realista quando a diminuição em 17% na emissão de poluentes para a atmosfera
aconteceu, comparando dados de 2019 e 2020, com a pandemia mundial de COVID-19.
A aparente simplicidade da solução não se verifica nas odes da edificabilidade da mesma. No entanto, esta opção permite uma dinamização económica no que toca a micro e pequenas empresas e comércio local. A facilidade na acessibilidade e a sustentabilidade energética e ambiental são vistas como o futuro do urbanismo, com particular importância no desenvolvimento económico pós-COVID, tornando assim as cidades de 15 minutos nos “motores” da retoma do equilíbrio e mitigação do impacto económico.
Esta
simplicidade presente na solução é o principal alvo de crítica da mesma devido
às condicionantes reais, como a existência de pessoas com trabalhos
geograficamente colocados de forma distante da habitação das mesmas. Apesar
disto, a implementação de desenho urbano baseado na ideia de cidade
“policêntrica”, pode ser tentada desde que
existam cuidados de aferição do preço de habitação em corelação com a
diversidade de centros e as suas especificidades. A dispersão destes polos
permite um equilíbrio nos valores de custo de habitabilidade e rendas, ainda
que esta hiper proximidade exija superação de séculos de planeamento urbano
antecedente.
No caso das cidades no velho continente, este obstáculo, num quadro “SWOT”, seria
facilmente observável como uma oportunidade, visto que em várias urbes já se
aplica o desenho urbano em torno da deslocação pedonal em detrimento do uso
automóvel. Isto acontece no contexto europeu devido à “idade” das cidades, em
que o planeamento nem sempre foi feito como na contemporaneidade, privilegiando
as ruas largas e de ordenamento ortogonal, favorecendo os automóveis. Isto
evidencia-se em cidades como Braga ou Guimarães, tendo um contexto patrimonial
milenar, ao qual se torna intrínseco o sistema viário em proximidade ao
considerado centro histórico.
Isto
torna Portugal num país privilegiado na futura aplicabilidade desta teoria,
sendo que a chegada da mesma já transpareceu em grandes áreas metropolitanas
europeias, como a de Paris, à mão da presidência de câmara de Anne Hidalgo. A simplicidade da tese em questão torna
a aplicação da mesma, tendo em conta os contextos complexos da realidade
socioeconómica das cidades em 2021, num processo não consensual. No entanto,
são inegáveis algumas das vulnerabilidades que a mesma procura resolver, e a
teoria é uma tentativa de aproximação à solução ideal. Tal como se sucedeu com William
Reilly, pode estar à vista uma das bases para o alcance das resoluções
urbanísticas de futuro.
Tiago Madureira
Bibliografia:
https://www.bloomberg.com/news/articles/2020-07-15/mayors-tout-the-15-minute-city-as-covid-recovery
file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/smartcities-04-00006.pdf
https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-03-02/the-downsides-of-a-15-minute-city
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
O IMPACTE DA COVID NA ECONOMIA DOS IMÓVEIS
Com a chegada da pandemia a Portugal, surgiu uma necessidade de mudança dos nossos hábitos, o que mudou completamente a nossa perspetiva sobre o mercado imobiliário. Este artigo pretende expor o que modificou a mentalidade dos cidadãos na escolha dos imóveis e o porquê.
Segundo o Modelo
de Alonso (1964), existe uma maior procura dos imóveis nos centros urbanos, tendo
estes uma maior densidade populacional e onde se podem encontrar uma vasta
variedade de serviços ao dispor do cidadão. Sendo que os cidadãos preferem um
imóvel o mais próximo possível destes locais, quer pela distância ao emprego,
às escolas e serviços, quer pela poupança de tempo e de dinheiro nas
deslocações, a procura é superior à oferta do mercado, logo o preço do imóvel é
consequentemente maior.
Enquanto que nos
centros urbanos os imóveis com jardim e espaços exteriores são mais escassos,
devido à própria morfologia urbana e à quantidade de população, as famílias
continuavam a preferir essa localização e estavam dispostas a pagar por um
apartamento T2 no centro urbano o mesmo que pagariam por uma moradia T4 com jardim
numa zona rural, mais distante do centro.
Contudo, esta está
gradualmente a deixar de ser a nossa realidade atual. Hoje vivemos com a
necessidade de permanecer mais tempo no interior das nossas habitações, quer
para vivermos, quer para trabalharmos ou estudarmos. Uma grande parte dos
empregos presenciais foi substituído por um novo método de trabalho à distância:
o teletrabalho. Em paralelo, os alunos passaram também a adotar o regime de
aulas online, chegando ao ponto de
passar a maior parte do dia no interior das suas casas. Esta nova realidade
deixou de priorizar a proximidade ao emprego e ao estabelecimento de ensino.
Até que ponto é que viver num centro urbano é benéfico
durante uma pandemia? Enquanto
que, antes da pandemia, uma habitação tinha menos permanência (maioritariamente
servindo para dormir e permanecer durante um curto espaço de tempo, sendo que
os filhos passavam a maior parte do seu dia nas escolas/ATL e os pais deslocavam-se
para os seus empregos), esta passou a ser um local de permanência constante,
onde se dorme, descansa, trabalha e se estuda.
Posto isto, com a
adesão ao teletrabalho e à telescola, esta realidade torna-se difícil de
adaptar em muitas destas famílias que vivem, por exemplo, em apartamentos no
centro (onde não existe um terraço, nem existem compartimentos suficientemente
aptos para as novas atividades que se desenvolvem).
Sendo que, anteriormente
à COVID-19, a necessidade primordial na escolha de uma habitação era a
proximidade do trabalho e da escola, o cidadão tem agora um novo conceito de habitação,
pois a sua preocupação é maior relativamente ao distanciamento físico, ao
cuidado da saúde mental e física, à capacidade de desenvolver as atividades em
casa e à possibilidade de passear na sua área de residência sem medo do
contágio:
Segundo
o Idealista, “Os espaços
exteriores, como
terraço, jardim ou piscina, tornaram-se nas principais caraterísticas da
pesquisa de casa nos 3 países, tanto
no mercado de venda como de arrendamento. “A procura por terrenos para venda
assumiu uma posição de liderança em Espanha, com um aumento de 72% de março a
setembro, seguida de casas de campo e moradias, indicando claramente a
necessidade de mais espaços interiores e exteriores. Em Portugal, os
apartamentos com terraço e jardim e piscina comuns tiveram um aumento
exponencial de 121%. Os terraços também são a característica mais procurada no
mercado italiano de vendas".
Este despovoamento
gradual das cidades tem implicações económicas e sociais, mas o efeito a longo
prazo irá trazer vantagens em termos de preço dos imóveis. Quanto menos pessoas
existirem num determinado mercado, menor será a procura da habitação nessa região,
o que implicará um decréscimo nos preços das habitações destes centros urbanos.
Para além de que estes se encontram sobrelotados, com poucos espaços verdes,
jardins e terraços, e, por isso, as famílias estão a preferir a aquisição de um
imóvel na periferia, mesmo existindo a necessidade de deslocações pontuais,
porque a preocupação principal dos habitantes passou a ser a salvaguarda da saúde,
a caminhada ao ar livre e o conforto de uma habitação apta para a família. As
famílias preferem agora as habitações nas zonas mais rurais, mais afastadas do
centro, com mais espaço, maior número de divisões para a conceção das
atividades e com uma boa ventilação natural, inseridas em locais dotados de
espaços verdes e de boa qualidade do ar, onde se podem refugiar da densidade da
cidade, em melhores condições.
Ana Catarina Barbosa
Bibliografia:
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2020/11/03/45143-impacto-da-covid-19-no-mercado-imobiliario-no-sul-da-europa
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)