A competitividade
entre as cidades é um tema relevante que tem vindo a acompanhar o crescimento
das cidades, sendo que, atualmente, tanto as cidades pertencentes aos países
desenvolvidos como as pertencentes aos países em desenvolvimento são
consideradas neste tema.
Uma cidade é uma área
urbanizada, um espaço em constante evolução, que se carateriza por uma
aglomeração de pessoas, pela sua posição geográfica e caraterísticas da mesma,
pelas infraestruturas, pelos serviços, pelos seus sistemas de organização, pela
cultura, pelo seu desenho, pelas suas atividades, entre outros. É, na verdade,
um sistema complexo, difícil de definir devido à diversidade de cidades
existentes.
Com o crescimento dos
territórios e o uso das novas tecnologias para melhorar as condições de vida das
pessoas, com expressão nas sensações de segurança, de conforto, de realização
pessoal, melhoria nas dimensões económicas, culturais e sociais, o conceito de
competitividade das cidades ganha cada vez mais destaque.
Definindo, então, a competitividade, podemos
dizer que esta é a capacidade em criar um ambiente que possibilite o
desenvolvimento económico, cultural e social de um povo, em que este ambiente
seja duradoiro e sustentado, que produza riqueza. É, também, a capacidade de
atrair a atenção de pessoas, recursos humanos qualificados, de investidores, de
meios de comunicação, entre outros, e está dependente da capacidade da cidade,
do território, encontrar uma marca identitária que potencie a sua
competitividade. Denoto ainda que, apesar de um território competitivo
conseguir atrair pessoas, empresas, recursos, entre outros, também tem de ser
capaz de os manter, ou seja, de não os perder.
Há diversas formas em
que as cidades podem competir umas com as outras, podendo elas competirem num
todo, em todos os domínios, ou apenas competindo num aspeto, em áreas
específicas.
Para competirem, as
cidades devem então pensar em estratégias (planeadas e de longo prazo), que
podem ser baseadas na cultura, na história da cidade, nos meios de transporte
que a mesma possui, na sua posição geográfica (esta é algo que não se pode
mudar; o território está dependente das suas caraterísticas endógenas), nos
seus monumentos, nos preços da habitação, na sua política (a liderança, a
presença de valores e a gestão sustentada em valores), na sua economia, no seu turismo,
na qualidade ambiental, na qualidade de vida (no ambiente, as ruas limpas, a
presença de espaços verdes, a segurança), na existência de transparência nas
relações das instituições com os cidadãos, nas infraestruturas da cidade (os
transportes, o alojamento, o fornecimento de água e energia, as redes de
comunicação e tecnologia), na presença de pessoas capazes e empreendedoras (a
cidade tem pessoas com nível educacional elevado, o que possibilita sucesso),
nível de criminalidade baixo, entre outros. A capacidade de inovação é outra
estratégia que as cidades podem adotar, através da criatividade, da invenção,
acrescentando valor ao território.
Estas estratégias
devem ter como base as vantagens de cada território, podendo estas vantagens,
essas marcas identitárias do território, já estar presentes no território e
apenas necessitarem de serem redescobertas, porventura, necessitará de criar um
plano estratégico novo, que tire maior partido dessas caraterísticas.
Ana Alexandra da Silva Duarte
Bibliografia:
https://run.unl.pt/bitstream/10362/7602/1/Lisboa%20Cidade%20Competitiva.pdf
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Urbana”, lecionada ao Mestrado Integrado em Arquitetura, da Escola de Arquitetura/UMinho)
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