sábado, março 20, 2021

E o prémio de melhor destino europeu vai para... Braga!

Corria o ano 2012 quando o coração do Minho foi eleito Capital Europeia da Juventude. Passados quatro anos, arrecadou o título de Capital Ibero-Americana da Juventude. E, há três anos, levou a taça da Capital Europeia do Desporto.

Dizer que Braga está a conquistar a atenção europeia e, no fundo, mundial não é, por isso, uma hipérbole. É, por seu turno, uma realidade e 2021 veio comprová-lo quando, em pleno ano pandémico, foi eleita o Melhor Destino Europeu no maior evento de e-turismo da Europa, organizado pela European Best Destinations, que distingue, desde 2010, as cidades mais modernas e atrativas para visitar neste continente. Contaram-se 109.902 votos, dos quais mais de 70% eram participantes de fora do território nacional, e Braga ergueu o troféu.

Sabemos, claro, que a religiosa tradição secular que acarreta, através das igrejas e mosteiros, com o Santuário do Bom Jesus e o Santuário do Sameiro como Ex-Líbris para os católicos, coloca a cidade no topo dos destinos de viagens daqueles que buscam alguma paz espiritual.

Mas esse estado de tranquilidade não é atingido apenas por existir uma igreja em cada canto. Recentemente, a Comissão Europeia distinguiu Braga como uma das cidades com melhor qualidade de vida e das mais felizes da Europa. No relatório “Report on the Quality of Life in European Cities, 2020”[1] destacou-se a segurança, os espaços verdes e a oferta cultural, colocando a capital minhota no Top 10 das cidades europeias onde as pessoas vivem mais satisfeitas.

Ainda no mesmo documento, 95% dos inquiridos afirmou que a cidade integra e acolhe bem a população imigrante. Talvez por isso a Forbes[2] afirme que Braga está entre os 20 melhores locais para os americanos morarem, investirem e empreenderem na Europa, considerando não só a qualidade e o custo de vida, mas também o sistema de saúde, as escolas internacionais e o baixo índice de criminalidade.

Este reconhecimento internacional é o reflexo do investimento da cidade nas redes internacionais, iniciativas turísticas, apoios à população migrante, mas com a capacidade de não esquecer a população bracarense.

A Praça, o renovado Mercado Municipal de Braga, é um claro exemplo disso. Uma requalificação que trouxe um novo ponto de encontro à cidade, onde a modernidade, o turismo e a inovação andam de mãos dadas com a tradição e o comércio local, num compromisso com os produtores, comerciantes e clientes bracarenses, que se estende agora a novos públicos, mais jovens e até internacionais, com uma identidade minhota bem vincada no edifício e nas ofertas.

O mesmo se pode dizer da iniciativa Work in Braga, da Invest Braga, que tem como objetivo reunir e apresentar a pessoas que vivam em Braga, nativos ou estrangeiros, diversas oportunidades de emprego e formação em diferentes áreas.

Qual o resultado de todas estas constantes melhorias, iniciativas e conquistas? Sem sombra de dúvida que tudo isto constrói uma imagem altamente positiva da cidade, onde a qualidade dos serviços, produtos e pessoas está à vista de todos. Enquanto bracarense, a análise dos últimos anos é imediata: a cidade transformou-se num ponto de atratividade para o investimento empresarial, que aumentou, e muito, a qualidade de vida em Braga, com reflexos obviamente visíveis no turismo e na economia local.

Quando Braga é eleita como o melhor destino europeu é preciso ter em atenção que não é para apenas uma passagem. A viagem à capital minhota acaba por ser uma aventura com um bilhete só de ida. Quem vem, vem para ficar.  


Diana Alves

Referências Bibliográficas:

https://ec.europa.eu/regional_policy/en/information/maps/quality_of_life/

https://www.forbes.com/sites/ceciliarodriguez/2020/11/08/the-20-best-places-for-americans-to-live-in-europe/?fbclid=IwAR0MguXfI_V11R7DyEPkSzbUT61xYp_VHY6D12sMxrVohnwaY_n64i0lNWA&sh=244ca524184e



[1] https://ec.europa.eu/regional_policy/en/information/maps/quality_of_life/

[2] https://www.forbes.com/sites/ceciliarodriguez/2020/11/08/the-20-best-places-for-americans-to-live-in-europe/?fbclid=IwAR0MguXfI_V11R7DyEPkSzbUT61xYp_VHY6D12sMxrVohnwaY_n64i0lNWA&sh=244ca524184e

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2020/2021)

Sem comentários: