quarta-feira, março 24, 2021

TURISMO CULTURAL: OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZIS

Os campos de concentração Nazi foram erguidos por ordem de Adolf Hitler antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Os campos serviam de prisão, local de trabalho forçado e extermínio para grupos, como judeus, deficientes, homossexuais, criminosos e ciganos. Os primeiros campos nazis foram erguidos na Alemanha em março de 1933 e libertados em 1945, data que marcou o final da guerra. Morreram aproximadamente 11 milhões de pessoas nos campos, das quais 6 milhões eram judeus.

Dos campos de concentração, destacam-se os campos de extermínio (construídos na Polônia) de Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka, que executavam os judeus em câmaras de gás de monóxido de carbono ou de Zyklon B. O maior campo de extermínio nazista foi o campo de Auschwitz-Birkenau II, onde morreram 1,2 milhão de pessoas.

Em 2005, a ONU declarou o dia 27 de Janeiro (60 anos após a libertação do campo de Auschwitz) como Dia Internacional de Memória das Vítimas do Holocausto. Desde a implementação deste dia que a empatia e interesse em visitar campos de concentração aumentou nas populações. As visitas aos campos são irrefutavelmente importantes ao permitirem que nunca seja esquecida a barbaridade ocorrida e nos impedir de repetir tamanha atrocidade dada a violência emocional sentida ao presenciar os locais que já foram palco de genocídio.

No campo de Auschwitz eram feitas experiências médicas nos prisioneiros que eram usados como cobaias, no conhecido “Bloco 11”, e é dos poucos blocos onde não é permitido tirar fotografias. Este campo é o mais procurado pelos turistas. Em 2018, 2.152 milhões de pessoas visitaram o museu e o campo localizado na Polónia, batendo o recorde de visitas de 2017. As redes sociais foram uma grande ajuda para a divulgação do museu e do campo, por exemplo, em 2018 o site www.auschwitz.org registou mais de 27 milhões de visualizações.

Este campo, em particular, permite entrada gratuita antes da 10h e depois das 15h, caso queira circular sozinho, no entanto, caso seja desejado um guia, o pagamento é significativo e os guias fazem traduções em inglês, espanhol, francês e italiano. A viagem de autocarro entre os campos I e II é também gratuita. É bastante positivo que os valores de visita a locais tão importantes na história da humanidade sejam acessíveis a qualquer pessoa, Na maioria dos campos, a visita é gratuita a qualquer hora ou em horas estabelecidas.

Tendo em conta a situação pandémica atual, é possível, através do turismo virtual, visitar os campos via online, podendo, assim, apesar da presença nos campos ser uma experiência inesquecível e incomparável, termos uma perceção da realidade do campo e cultivar a nossa cultura mesmo fechados em casa.


Patrícia Pinto

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2020/2021)


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