«Os recursos (tangíveis e intangíveis) podem ser mobilizados para incrementar a reputação das regiões e conferir uma vantagem competitiva a certos produtos originários desses territórios. O retorno resultante do aproveitamento económico dos recursos da região depende da habilidade das empresas locais de se apropriarem das rendas geradas e da medida em que os consumidores valorizem as características da região que surgem associadas ao produto específico, estando dispostas a pagar um prémio por isso.
A estimação de uma função hedónica do preço, que relaciona o custo no consumidor dos queijos regionais portugueses com os seus variados atributos, forneceu-nos a evidência empírica para sustentar a hipótese de que a designação regional de origem importa para os consumidores deste produto. O estudo mostra, adicionalmente, que algumas designações de origem, características dos queijos (curado ou não curado) e os tipos de leite usado têm um significativo impacto no preço. Concretamente, enquanto se espera que os queijos do “Minho e Trás-os-Montes” e “Ribatejo e Estremadura” beneficiem de prémios nos preços, queijos originários do “Alentejo” e “Ilhas” sugerem-se confrontados com a expectativa de descontos, face às “Beiras” (categoria base). Também o queijo de ovelha e o queijo não curado têm um efeito positivo no preço final.»
J. Cadima Ribeiro (jcadima@eeg.uminho.pt)
J. Freitas Santos (jfsantos@iscap.ipp.pt)
http://www2.eeg.uminho.pt/economia/nipe/docs/Cadima-Simoes%20Lopes.pdf
(resumo de “capítulo de livro”, disponível no sítio referenciado)
A estimação de uma função hedónica do preço, que relaciona o custo no consumidor dos queijos regionais portugueses com os seus variados atributos, forneceu-nos a evidência empírica para sustentar a hipótese de que a designação regional de origem importa para os consumidores deste produto. O estudo mostra, adicionalmente, que algumas designações de origem, características dos queijos (curado ou não curado) e os tipos de leite usado têm um significativo impacto no preço. Concretamente, enquanto se espera que os queijos do “Minho e Trás-os-Montes” e “Ribatejo e Estremadura” beneficiem de prémios nos preços, queijos originários do “Alentejo” e “Ilhas” sugerem-se confrontados com a expectativa de descontos, face às “Beiras” (categoria base). Também o queijo de ovelha e o queijo não curado têm um efeito positivo no preço final.»
J. Cadima Ribeiro (jcadima@eeg.uminho.pt)
J. Freitas Santos (jfsantos@iscap.ipp.pt)
http://www2.eeg.uminho.pt/economia/nipe/docs/Cadima-Simoes%20Lopes.pdf
(resumo de “capítulo de livro”, disponível no sítio referenciado)