quinta-feira, junho 30, 2011

terça-feira, junho 28, 2011

Tourism & Management Studies Journal: Call for papers

Encontros Científicos - Tourism & Management Studies é uma revista científica internacional com referee nas áreas do Turismo e da Gestão, publicada pela Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve. Esta revista está indexada nas bases de dados EBSCO, SCIELO e LATINDEX e aceita artigos em inglês (preferencialmente), português e espanhol. O seu principal objectivo é o incentivo à investigação científica de nível internacional nas áreas do Turismo e da Gestão.

Esta revista tem um Conselho Editorial e um Conselho Científico formado por mais de 60 doutorados representando mais de 30 universidades de diferentes países. A revisão dos artigos é feita pelo processo de dupla revisão anónima.

Tópicos:
São bem-vindas todas as contribuições na área da Gestão.
Datas Importantes:
- 5 de Setembro de 2011: prazo limite de submissão
- 30 de Novembro de 2011: prazo limite para revisão
- 31 de Dezembro de 2011: publicação

Processo de Submissão:
- Os artigos devem ser submetidos electronicamente através do site da revista:
- Utilize o template da revista assim como as normas de publicação disponíveis em:

(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

"Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural"

Notícia Correio do Minho
Daniel Campelo chamado a secretário de Estado:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=50051

quinta-feira, junho 23, 2011

Uma urgência do país entre muitas: a reorganização administrativa

Na sequência de uma iniciativa nesse âmbito tomada há uns meses em Lisboa, começou a falar-se da necessidade da realização de uma reforma profunda da organização do país a nível de municípios e freguesias. As circunstâncias críticas que se vivem em matéria de dívida externa e de défice das contas do Estado levaram também a que alguns olhassem para essa dimensão da gestão pública como uma em que importaria intervir com urgência, no sentido de impor um melhor uso dos recursos. A multiplicação das parcerias público-privadas empresariais no quadro local a que se vinha assistindo nos últimos anos, figura jurídica-organizacional agora sob suspeita, foi um dos elementos que serviu de alerta da opinião pública. A consagração no memorando elaborado pela Comissão Europeia, BCE e FMI, no quadro do “resgate” da dívida externa portuguesa, da exigência de se olhar para essa problemática constituiu o culminar desse processo de consciencialização da inevitabilidade de se fazer essa reforma e o “argumento” que faltava para que ela possa acontecer.
Valerá a pena dizer que a derradeira reforma da organização da Administrativa Local que foi efectuada ocorreu na década de 30 do século XIX, tendo tido por promotores Mouzinho da Silveira (1832/35) e Passos Manuel (1836). Desde aí, há apenas a assinalar a criação do Distrito de Setúbal e a criação avulsa de municípios e freguesias. Decorrente da dita reforma e das emendas casuísticas posteriormente operadas, temos nesta altura 4259 freguesias, das quais cerca de 35%, isto é 1522, têm menos de 600 eleitores. Por sua vez, o número de eleitos para as Juntas de Freguesia e suas Assembleias são, respectivamente, 13 263 e 34 697. Nos municípios, os eleitos cifram-se em 2016 e nas Assembleias Municipais em 6419.
No enquadramento antes referido, tomar como objectivo chegar às próximas eleições autárquicas, em 2013, com a reorganização concluída é uma meta tão ambiciosa quanto politicamente delicada. Não surpreenderá, por isso, que venhamos a assistir nos próximos tempos à prática tão conhecida de tentar “varrer para debaixo do tapete” o problema (Valdemar Machado).
Sendo suposto prestarem serviços básicos às populações e constituírem-se em agentes de desenvolvimento, as autarquias locais (municípios e freguesias) só serão capazes do fazer se possuírem estruturas mínimas e se se apresentarem dotadas de agentes suficientemente qualificados, o que, nas actuais circunstâncias se torna impraticável na maioria dos casos. A solução de fundir municípios e freguesias é pois a forma incontornável de lhes dar a necessária massa crítica.
Nas zonas urbanas, a fusão ou associação de freguesias não parece ser um problema, já que as questões de identidade terão relevância menor. Os passos já dados nesse sentido em Lisboa e Covilhã dão-nos esse sinal. Em concreto, em Lisboa, pretende passar-se de 53 freguesias para 24, não se tendo notado em razão disso algum tipo de protesto das populações ou fricção entre os partidos. Outro tanto aconteceu no caso da Covilhã, em que é proposto que se opere a fusão das 4 freguesias urbanas da cidade.
O processo será mais delicado nas freguesias rurais. Aí, de modo a tornear o problema da identidade, uma solução que tem sido equacionada será apostar-se em reunir as freguesias em associações, em que as freguesias associadas disporiam de um executivo e uma assembleia comuns, o que lhes possibilitaria o reforço de competências e, logo, também de capacidade de atendimento das necessidades das populações das respectivas circunscrições territoriais. Desta forma, garantir-se-ia igualmente a identidade das populações, a representatividade política e a proximidade entre eleitos e eleitores.
Podendo dizer-se que o contexto económico e social actual não é o mais indicado para a efectivação desta reorganização do Estado, pelo contrário, na medida da urgência e da premência que o país vive, este será um tempo de oportunidade impar para fazer uma reforma estrutural que a conjugação da evolução da demografia, da economia, e as exigências de relação dos eleitos com os “representados” há muito vinham impondo. Pese isso, não se fará sem haja quem levante volumosas cortinas de fumo e sem muita resistência, particularmente da parte de interesses políticos instalados.

J. Cadima Ribeiro

Nota: os dados sobre freguesias e eleitos locais que aqui se reportam foram coligidos por Valdemar Machado, no quadro de um trabalho produzido para uma unidade curricular do Curso de Economia que frequentou na EEG/UMinho

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria, no âmbito de colaboração regular)

terça-feira, junho 21, 2011

Porto e Norte de Portugal, a super-região

O turismo é um sector estratégico e impulsionador da economia portuguesa, gerando fluxos de pessoas, de bens e de capitais, tendo aumentado o seu peso nos últimos anos como representatividade de 11% do PIB nacional. É uma área complexa e transversal a toda a sociedade dada a sua capacidade para criar riqueza, emprego e melhorar o bem-estar dos cidadãos.
Portugal oferece aos seus visitantes uma riqueza patrimonial e cultural, abundância e diversidade de recursos naturais, um clima acolhedor, segurança e afabilidade dos seus habitantes.
Para assumir o turismo como potencial económico, a administração central, sob a responsabilidade do Ministério da Economia e da Inovação, teve a iniciativa de criar linhas de desenvolvimento estratégico do sector em toda a extensão do território nacional, traduzido pelo PENT – Plano Estratégico Nacional do Turismo.
O PENT está estruturado segundo cinco eixos fundamentais, entre os quais se destaca a consolidação e o desenvolvimento de dez produtos turísticos estratégicos, e a concretização de linhas orientadoras para as regiões.
O leque de produtos apresentados foi distinguido segundo os factores distintivos de Portugal: os climatéricos, os culturais e os recursos naturais, traduzindo-se em produtos como a gastronomia e vinhos ou o turismo de natureza.
A par dos produtos, foram desenvolvidas propostas para atribuir a cada região (NUTSII) ofertas distintivas como factor de diferenciação entre as demais, dentro do destino Portugal.
Porem, sobre a região NUTII Norte, o plano estabelece o Porto e o Norte de Portugal como uma única região, apenas com capacidade de se diferenciar com 3 produtos dentro dos níveis superiores e sendo dois deles relativos ao Porto. E a restante região? Ela é composta pelo Minho, pelo Porto, pelo Douro Internacional e por Trás-os-Montes, e por sub-regiões como o Alto Minho, que possuiu uma riqueza e abundância de recursos naturais, de património construído, uma extensão de orla costeira, de serra e vales.
Esta região é extremamente rica e diferenciada a nível físico, patrimonial e, sobretudo, cultural, pressupondo-se ser um erro agrupar estes territórios num só. O modo de caracterizar o território pelos minhotos é substancialmente diferente dos transmontanos e, assim, sucessivamente. Sendo assim, as estratégias a adoptar não poderão ser iguais para a totalidade da região.
Ao analisar os recursos, potencialidades e factores diferenciadores do Porto e Norte de Portugal, tendo em conta os dez produtos estratégicos, veremos que esta região consegue preencher quase na totalidade o quadro representativo. É transversal ao turismo de negócios, ao golfe, ao turismo náutico, ao turismo de natureza, na medida em que possui de forma endógena a «matéria-prima» para estruturar estas ofertas. Falta apenas a oportunidade de implementação das estratégicas, que segundo este plano não estão complementadas para os demais produtos. A aposta recai sobre a cidade do Porto e o Douro, com relevância para o turismo de negócios como forma de combater a sazonalidade.
Pelo contrário, esta super-região, definida territorialmente no plano estratégico, não contempla o Turismo em Espaço Rural (TER), um produto de excelência com características únicas e distintivas conferida pelos seus recursos naturais, patrimoniais e sobretudo culturais.
Desta forma, um dos instrumentos de potencial estratégico para o alavancar da economia nacional (PENT) não se adequa às políticas regionais que possuem como seu objectivo principal o desenvolvimento sustentável das áreas marginais e desfavorecidas pela sua ruralidade.

Andreia Sousa

Bibliografia:
MEI – Ministério da Economia e Inovação (2006), Plano Estratégico Nacional do Turismo, Turismo de Portugal, Lisboa.

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

domingo, junho 19, 2011

"A derradeira reforma da organização da Administrativa Local que foi efectuada ocorreu na década de 30 do século XIX"

Valerá a pena dizer que a derradeira reforma da organização da Administrativa Local que foi efectuada ocorreu na década de 30 do século XIX, tendo tido por promotores Mouzinho da Silveira (1832/35) e Passos Manuel (1836). Desde aí, há apenas a assinalar a criação do Distrito de Setúbal e a criação avulsa de municípios e freguesias.
Decorrente da dita reforma e das emendas casuísticas posteriormente operadas, temos nesta altura 4260 freguesias, das quais cerca de 35%, isto é 1522, têm menos de 600 eleitores. Por sua vez, o número de eleitos para as Juntas de Freguesia e suas Assembleias são, respectivamente, 13 263 e 34 697. Nos municípios, os eleitos cifram-se em 2016 e nas Assembleias Municipais em 6419.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, junho 15, 2011

Pêra–Rocha, um Contributo para o Desenvolvimento Regional

É de uma forma inquestionável que a Pêra–Rocha do Oeste seja um produto que coloca a região Oeste no mapa das regiões de Portugal que mais tem desenvolvido no mercado externo, que tem tido nos últimos anos o reconhecimento Comunitário, como um produto tradicional, de qualidade e que faz parte integrante do Património Cultural Português. A Pêra–Rocha do Oeste DOP (Denominação de Origem Protegida) é uma variedade exclusivamente portuguesa, produzida na sua maioria na área Oeste de Portugal, em cerca de 10 000 hectares de produção. Para isso contribui os factores edafo-climáticos desta região, em que não obstante das inúmeras tentativas de experiência sobretudo no Brasil e Espanha, para aí produzir este especifico produto, o que foi conseguido mas com as características bem distintas, o que faz com que a Pêra-Rocha do Oeste seja única deste território.
Em média na última década, o mercado nacional consumiu cerca de 70% da produção, o restante 30% é destinado ao mercado internacional (ANP). Destes 70% as médias e grandes superfícies asseguram cerca de 65% do escoamento e a actividade industrial, sobretudo as marcas de sumos, asseguram cerca de 20% da produção. No mercado internacional, temos o mercado Comunitário (com os países da U.E) e o mercado com terceiros (fora da U.E), em que o Reino Unido e o Brasil têm sido os principais mercados de destino, quer sobretudo pela sua regularidade e pelas quantidades de consumo. Contudo a Irlanda e o Canadá, em quantidades inferiores, são mercados que se mantêm regulares, à semelhança do que está a acontecer com a França. Com os restantes países Comunitários, verifica-se uma relação de oportunidades, ou seja, podem constituir potencial interesse aquando das produções desses países são significativamente afectados, como é exemplo a Itália e Espanha. Nos países de Leste, sendo estes mercados objecto de cerca de 15% do produto exportado. A Rússia é um destino crescente da Pêra–Rocha (ANP).
Esta oportunidade de exportação para o mercado externo, teve início na década de 90 do século anterior, aproveitando a quebra da produção europeia em cerca de 30%. Para esta expansão consolidada tanto no mercado nacional como no internacional, contribui a fusão de empresas agrícolas para ganharem maior massa crítica e obterem economias de escala, na associação de pequenos produtores em cooperativas ou em sociedades por cotas para assim ganharem dimensão e poderem-se projectar no mercado. Esta projecção é também criada, pela geração de valor, pelo domínio dos circuitos de mercado, pelo incentivo na publicidade e marketing, como é exemplo da promoção do inicio da década de 90 com o apreço inglês por um fruto resistente e prático que cabe numa lancheira ou no bolso de um estudante ou na bolsa de uma empregada de escritório. Mas sobretudo pela inovação tecnológica, da constituição de câmaras de atmosfera controlada, que substituem as de frio, onde o produto é mantida sem oxigénio, podendo conservar-se durante muitos meses com as mesmas características de quando acaba de ser colhida.
Dados relativos ao último ano (2010) pela ANP (Associação Nacional de produtores da Pêra–Rocha), Portugal produziram 171 mil toneladas de Pêra–Rocha, em que 80 mil toneladas foram para o mercado internacional, em especial para o Reino Unido (27%), França (25%), Brasil (24%) e a Rússia com 5,4%. É desta forma que este produto deve ser um exemplo a seguir por outras regiões de Portugal, para que possam reinventar os produtos tradicionais, para que estes possam expandir no mercado nacional, mas sobretudo no mercado internacional, devido e aproveitando a necessidade do país aumentar a capacidade de exportação e assim diminuir o défice da balança comercial.

Miguel Moura
Bibliografia
Associação Nacional de Produtores de Pêra–Rocha (ANP) acedido em, consultado em 18 de Maio de 2011.
Noticia do Jornal Público, Vendas de pêra–rocha a crescer acedido em, http://www.perarocha.pt/custompages/showpage.aspx?pageid=899bd863-4a43-48a6-8bc9-46d5c9a6e552&m=b30, consultado em 19 de Maio de 2011.

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

domingo, junho 12, 2011

POTENCIALIDADES DA REGIÃO OESTE - O TURISMO E OS NOVOS NICHOS DE MERCADO

“O turismo tem uma importância verdadeiramente estratégica para a economia portuguesa em virtude da sua capacidade em criar riqueza e emprego. Trata-se de um sector em que temos vantagens competitivas claras como sucede com poucos outros” (PINHO, M., 2007, p. 1; apud PENT, 2007).
No que se refere ao sector do turismo, o Oeste é uma das regiões com mais potencialidades e, maior diversidade de ofertas. O Oeste destaca-se de outras regiões do país, pelo seu litoral que é marcado por uma extraordinária arriba fóssil, mas também pelas suas praias com extrema qualidade, pela sua diversidade faunística e florística, pelo seu o património histórico, pelas propriedades químicas das suas águas que permitiram o desenvolvimento de importantes estâncias termais e, por último, pela proximidade a que esta região se encontra da capital do país (Lisboa).
Actualmente, no que se refere ao turismo verifica-se uma tendência generalizada para a escolha de destinos que promovam a diferença. O turista não quer apenas visitar um monumento, ou ir exclusivamente para a praia. Como tal, é necessário criar novas ofertas, apostar em sectores inovadores e em produtos turísticos diversificados, que assentem na qualidade da oferta, direccionados para um público específico, com mais recursos e, como tal gerador de maior riqueza. Só através de uma oferta diversificada e de qualidade é que determinado produto turístico se poderá tornar uma referência internacional.
Para além do referido anteriormente, o turista actual procura, essencialmente, o bem-estar, sendo que esta procura tem sido colmatada através do desenvolvimento de produtos como a segunda habitação. “Para Huete (2009) o turismo residencial tornou-se num elemento básico que engloba um colectivo de indivíduos interessados em alcançar valores que lhes transmitam bem-estar e qualidade de vida” (HUETE, 2009; apud PATULEIA, 2011, p.5)
Na região Oeste, verifica-se, actualmente um forte investimento no sector do turismo residencial em resorts integrados de grandes marcas internacionais. Estes resorts, para além de atraírem um mercado muito específico, apresentam-se como um sector turístico muito lucrativo, na medida em que os seus utilizadores são normalmente pessoas com rendimentos bastante elevados e que gastam muito dinheiro durante a sua estadia, mas também porque os utilizadores destes resorts são sobretudo estrangeiros e portanto, é investimento externo que entra no país. Por outro lado a elevada qualidade dos serviços prestados pelos resorts exige muita mão-de-obra e, sobretudo, mão-de-obra qualificada, tornando estes resorts em importantes empregadores na região.
O turismo residencial em resorts integrados na região Oeste encontra-se intimamente relacionado com o desenvolvimento de outros produtos turísticos, designadamente, o golfe (que encontra nesta área condições muito mais favoráveis ao seu exercício – clima ameno e abundância de recursos hídricos necessários à manutenção destes campos), o touring cultural, a animação, entre outros.
Uma das grandes vantagens deste tipo de turismo é a baixa sazonalidade, o que não acontece, por exemplo, com o turismo de Sol e do Mar que é quase exclusivo do Verão.
Segundo Carneiro (200), o Oeste deverá tornar-se, a curto prazo, num interessante destino de Resorts Integrados e Turismo Residencial da Europa, assente numa oferta hoteleira e em serviços de extrema qualidade sem, no entanto, tornar-se num turismo de massas. A oferta turística deve assentar nos Resorts Integrados/Turismo Residencial e no Golfe.
Embora seja uma região com extremas potencialidades, o sector do turismo assume ainda, um peso relativamente baixo na economia da região, facto este que entre outras razões, pode ser justificado pela fraca internacionalização desta região enquanto destino turístico. Assim, o principal objectivo desta região passará por um crescimento com qualidade e não em quantidade, assente na qualificação e competitividade da oferta, e na exploração controlado dos seus potenciais, o que permitirá tornar a região numa referência internacional em termos turísticos. Simultaneamente, a região Oeste deve procurar desenvolver novos produtos que permitam responder às demandas dos novos nichos de mercado, que procuram produtos turísticos inovadores, assentes, essencialmente na qualidade e na diferença.
Em suma, podemos concluir que, de facto, o Oeste português é uma região com um potencial incrível que, apesar de ter sido “discriminado” durante muito tempo, actualmente começa a ocupar uma posição central em algumas políticas nacionais, nomeadamente no que se refere ao Turismo e, como comprova o PENT.
Região com paisagens, extremamente, bonitas e tradições muito peculiares é “um espaço unido por uma herança cultural comum, cimentada em séculos de cultura à vinha e num apego à terra e ao mar” (TURISMO DO OESTE; s.d.).

Teresa Costa

BIBLIOGRAFIA
PATULEIA, Mafalda (2011) O turismo residencial e os resorts integrados no pólo de desenvolvimento turístico do oeste: estratégias de desenvolvimento; Dos Algarves n.º 20; Revista da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo; Universidade do Algarve; pp. 4 a 22; acedido em http://www.dosalgarves.com/revistas/N20/1rev20.pdf - consultado a 26 de Maio de 2011.
TURISMO DE PORTUGAL (2007) Plano Estratégico Nacional do Turismo - Para o Desenvolvimento do Turismo em Portugal; Ministério da Economia e da Inovação; Lisboa; acedido em
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/conhecimento/planoestrategiconacionaldoturismo/Anexos/PENT_VERSAO_REVISTA_PT.pdf - consultado a 30 de Maio de 2011.
TURISMO DO OESTE (s.d.) Oeste – Terra de Vinhedos e de Mar, Folheto Informativo, Turismo de Portugal.
CARNEIRO, António (2008) Estratégia de Desenvolvimento para o Pólo de Desenvolvimento Turístico do Oeste; II Congresso Internacional de Turismo Leiria e Oeste; Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche; Leiria; acedido em
http://cassiopeia.esel.ipleiria.pt/esel_eventos/files/3901_05_AntonioCarneiro_4bf3f21f6fbf7.pdf - consultado a 2 de Junho de 2011.

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

terça-feira, junho 07, 2011

Marketing Territorial para o município de Vila Nova de Famalicão

Considero que os trabalhos académicos devem ser divulgados fora da Academia, sob pena de estarmos a trabalhar em circuito fechado e o esforço dos alunos contribuir muito pouco para a melhoria do bem-estar da população. Por este motivo, gostaria de partilhar neste texto uma investigação desenvolvida por um jovem investigador (António Miguel Martins), sob a forma de dissertação de Mestrado, defendida neste mês de Maio na Universidade do Minho (Departamento de Geografia), intitulada “Marketing Territorial para o concelho de Vila Nova de Famalicão”.
A expressão “marketing territorial” tem ganho particular destaque nos últimos anos, denunciando uma crescente preocupação das autoridades político-administrativas de conduzirem acções de promoção e de divulgação das unidades territoriais que lhes estão afectas. Não podemos esquecer que a imagem de um território pode ser determinante quer para o seu atraso quer para a sua estagnação, ou seja, a imagem de um território pode motivar ou desmotivar os vários intervenientes (económicos, sociais ou outros).
Partindo da questão O concelho de Vila Nova de Famalicão tem uma imagem atractiva, que se consiga vender?, António Miguel Martins, tendo por base vários aspectos positivos inerentes ao município em questão, tais como, o seu geoposicionamento, que lhe confere inevitável mais valia em termos de acessibilidade, e o aumento em termos populacionais de 16,2% verificado entre 1991 e 2008, tentou responder a esta questão. Nesta primeira abordagem à investigação realizada (Parte I), assinalamos alguns aspectos de diagnóstico do território, que poderão ajudar à resposta à questão colocada.
Na metodologia SWOT utilizada, que traduzida para português se reporta a quatro quadrantes - pontos fortes (Strengths), pontos fracos (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e riscos (Threats) -, são mencionados vários elementos.
As acessibilidades, a cultura e tradições, a oferta de funcionalidades urbanas e o comércio em geral, bem como o potencial de crescimento da cidade, além da existência de pólos universitários, são assumidos como os pontos fortes, isto é, que marcam de forma positiva o território analisado e que poderão constituir alicerces para o sucesso desse mesmo território.
Os baixos níveis de natalidade, a pouca expressão do turismo e a pressão que a indústria exerce sobre o ambiente, além do tecido empresarial ainda muito assente na fileira têxtil, são pontos fracos a ter em consideração.
Quando se faz uma análise externa do município de Vila Nova de Famalicão, verifica-se a necessidade de precaver os riscos derivados da exposição do sector têxtil ao mercado internacional, que enfrenta concorrência internacional nos mesmos produtos de países com um menor custo de mão-de-obra ou de países que praticam dumping (denominação atribuída à prática comercial em que uma ou mais empresas de um país vende os seus produtos a preços abaixo do seu valor justo para outro país, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços mais altos).
As oportunidades avaliadas para este território prendem-se com a sua posição estratégica, no seio de um território com um significativo poder económico, entre as principais cidades do Norte de Portugal (Porto e Braga), sendo também o potencial de desenvolvimento do município a característica principal para o nascimento de novas empresas vocacionadas e orientadas para as exigências do futuro.
A análise estratégica acaba concluindo que o território analisado possui um franco potencial de desenvolvimento e que a aplicação de uma estratégia de marketing territorial e a criação de uma marca que identifique, informe e valorize as características assinaladas, poderão ser cruciais para a atracção de mais intervenientes para o dito território.
Esta é a visão do jovem investigador, mas qual será a cidade de sonho da população residente em Vila Nova de Famalicão? E como vêem os residentes noutros municípios Vila Nova de Famalicão? Estas são as questões às quais o investigador tentou responder, aplicando um inquérito via Internet e cujos resultados apresentaremos na Parte II.

Paula Cristina Remoaldo

[artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no contexto de colaboração regular]

segunda-feira, junho 06, 2011

8th Annual Conference of Technipolicy Network


8th Annual Conference of Technipolicy Network

Open Innovation for Regional Development

26-28 September 2011, Tampere, Finland

More info: www.technopolicy.net/annualconference

Note: 100€ reduction in registration for RSAI members.

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)

domingo, junho 05, 2011

“Marketing territorial”

A expressão “marketing territorial” tem ganho particular destaque nos últimos anos, denunciando uma crescente preocupação das autoridades político-administrativas de conduzirem acções de promoção e de divulgação das unidades territoriais que lhes estão afectas. Não podemos esquecer que a imagem de um território pode ser determinante quer para o seu atraso quer para a sua estagnação, ou seja, a imagem de um território pode motivar ou desmotivar os vários intervenientes (económicos, sociais ou outros).

Paula Cristina Remoaldo

quinta-feira, junho 02, 2011

“DE VILAS TERMAIS PARA DESTINOS DE SÁUDE E BEM-ESTAR SUSTENTÁVEIS”

«CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
“DE VILAS TERMAIS PARA DESTINOS DE SÁUDE E BEM-ESTAR SUSTENTÁVEIS”
13-15 Outubro 2011 (Chaves)

Lembrete:
Data limite de submissão de resumos (em português, espanhol e inglês): Domingo, 5 de Junho de 2011.
Para mais pormenores: ver folheto anexo e http://chaves2011.wikispaces.com.
P’la Comissão Organizadora

***
INTERNATIONAL CONFERENCE
“FROM VILLES THERMALES TO SUSTAINABLE HEALTH AND WELLNESS DESTINATIONS”
13-15 October 2011 (Chaves, North Portugal)

Reminder:
Don’t forget to hand in your abstract until Sunday, June 5, 2011.
For more details, see leaflet and http://chaves2011.wikispaces.com,
On behalf of the Organizing Committee

***
CONFERENCIA INTERNACIONAL
"DE VILLAS TERMALES PARA DESTINOS DE SALUD Y BIENESTAR SOSTENIBLES"
13 hasta 15 octubre 2011 (Chaves, Norte de Portugal)

Recordatorio:
Fecha límite para la presentación de resúmenes (en Español, Portugués y Inglés): Domingo, 5 de junio de 2011.
Para obtener más información, vea el prospecto y http://chaves2011.wikispaces.com.

En nombre del Comité Organizador»

(reprodução do corpo principal de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, da entidade identificada)