terça-feira, julho 25, 2023

Regionalização e Descentralização em Portugal: Reforma do Estado, Aprofundamento da Democracia e Desenvolvimento

 


Resumo

O debate da Regionalização de Portugal voltou a emergir. Periodicamente, tem-se retomado a discussão do tema, se bem que sem consequências de maior. A exceção em matéria de alcance do debate que foi acontecendo foi a realização do referendo de 8 de novembro de 1998, cujo resultado significou a criação de um bloqueio substantivo à institucionalização da instância regional de governo. Por detrás desse retomar do debate estão, por um lado, a inclusão dessa temática no Programa do XXIII Governo, definindo-se aí o objetivo de realizar um novo referendo em 2024, e, por outro lado, as sequelas da implementação da Lei nº 50/2018, de 16 de agosto, que estabeleceu a transferência, gradual, de um conjunto alargado de competências para as “autarquias locais” e as “entidades intermunicipais”. Tendo presente o contexto que se enuncia, importa refletir sobre a oportunidade e os fundamentos para se avançar no processo de regionalização em Portugal, e sobre aquilo que pode estar em causa quando se encetam iniciativas de descentralização do poder suportadas apenas nas instâncias locais. Obviamente, equacionando-se a regionalização, volta a ser necessário discutir as potenciais soluções de divisão territorial e os seus fundamentos económicos, sociais, culturais e políticos, e a escolha das próprias cidades-capital. São essas problemáticas e este debate que este livro coletivo se propõe retomar, reclamando para tanto o contributo de um conjunto de académicos de várias formações científicas e sensibilidades político-sociais. Os destinatários da publicação são, também, os académicos, mas, igualmente, os decisores públicos e todos aqueles que, comprometidos com o desenvolvimento do país, olham para a reforma da sua organização político-administrativa como a grande reforma estrutural de que Portugal realmente carece.

[Texto integral do livro, ainda em formato de pré-publicação, disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Jose-Ribeiro] 

sábado, julho 22, 2023

30º Congresso da APDR: apresentação de livros (Pensar a Serra da Estrela)

 


Breve olhar sobre o conteúdo do livro: uma escolha aleatória


… Do contributo de João Leitão (académico)

“A Serra da Estrela é uma referência na geografia portuguesa e da Beira Interior,  assumindo uma natureza diferenciadora na continudade do planalto montanhoso da meseta ibérica, que urge reposicionar e valorizar através das políticas públicas orientadas para a biodiversidade e a circularidade”.


… Do contributo de Luís Veiga (empresário)

“Com vontade política e cooperação supra-municipal e público-privada, todo um novo caminho para a convergência se poderá construir, e o mesmo resume-se aos seguintes passos:

Uma nova visão para a Beira Interior /2030;

Uma clara orientação estratégica;

A definição de eixos estratégicos fundamentais e linhas de atuação;

Operacionalização, objetivos-chave e metas;

Modelo de gestão e operacionalização”.





terça-feira, julho 18, 2023

"UMinho recebe 30º Congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional: responsáveis do INE e do PRR estão amanhã na abertura do evento"

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A Universidade do Minho organiza de 19 a 21 de julho o 30º Congresso da Associação Portuguesa de Desenvolvimento Regional (APDR), em Braga.

 

A sessão de abertura é esta quarta-feira, às 15h15, no Museu Nogueira da Silva, com o presidente do Instituto Nacional de Estatística, Professor Francisco Lima, o presidente da APDR, Professor João Leitão, o Reitor da UMinho, Professor Rui Vieira de Castro, e a coordenadora do evento e presidente do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UMinho, Professora Paula Remoaldo. Segue-se uma palestra do presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), Professor Pedro Dominguinhos, que vai abordar os resultados do PRR e o seu impacto na coesão territorial e inovação empresarial.

 

Na quinta-feira destaca-se uma mesa redonda com o editor-chefe do “Journal Regional Science Policy and Practice”, do “The Annals of Regional Science” e da “Portuguese Review of Regional Science”, respetivamente Professor Tomaz Ponce Dentinho, Professor Martin Andersson e Professor José Cadima Ribeiro. É às 11h00, no auditório do Instituto de Educação da UMinho. Às 19h00, na Sala de Atos do ICS, vai ser lançado o livro “Os territórios na era das redes: cultura digital, ação coletiva e bens comuns”, do professor António Covas.

 

A agenda de sexta-feira culmina com um conjunto intenso de sete sessões paralelas, que focam temas como economia circular, turismo sustentável, descentralização, migrações e territórios periféricos. Merece também ênfase a sessão plenária sobre crescimento inclusivo, pelo Professor Martin Andersson, da Universidade de Lund, Suécia (às 11h30), e a apresentação do livro “Pensar a serra da Estrela”, do Jornal do Fundão (18h30).

 

O congresso tem o tema “Desafios do desenvolvimento sustentável dos territórios em contextos de incertezas devido a choques e riscos externos” e junta cerca de 170 cientistas regionais, economistas, sociólogos, geógrafos, urbanistas, investigadores e decisores políticos. A iniciativa quer enfatizar as políticas públicas locais, regionais, nacionais e europeias na área, trazendo ideias, teorias e potenciais soluções para estrangulamentos territoriais, sociais e de desenvolvimento na Europa e no mundo. Os resumos científicos apresentados vão sair numa edição especial de três revistas e num livro.

 

O evento insere-se no programa do Cinquentenário da UMinho e inclui na organização o Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), o ICS e a Escola de Economia e Gestão, entre outros. O site oficial é www.apdr.pt/congresso/2023.

 

Programa em anexo.

 

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Gabinete de Comunicação e Imagem
Universidade do Minho
Braga . Guimarães | Portugal

Tel.: (+351) 253601109
Email: 
gci@gci.uminho.pt ]

sábado, julho 15, 2023

Da revisão das NUTS II ao esboço de um princípio de desenho da regionalização de Portugal continental

As NUTS II 2024 dão origem a 

7 NUTS II no Continente, 

com evidência para a autonomização da Península de Setúbal 

da anteriormente definida Área Metropolitana de Lisboa, que assume a designação de Grande Lisboa

e a criação de uma outra unidade configurada pelo Oeste e Vale do Tejo (Oeste, Médio Tejo e Lezíria do Tejo), 

que implicou a redefinição, também, dos territórios afetos às NUTS II Centro e Alentejo.