sexta-feira, agosto 28, 2009

Dos antecedentes do conceito estratégico de Quadrilátero Urbano do Baixo Minho (III)

Plano Estratégico de Desenvolvimento do Vale do Cávado”, Associação de Municípios do Vale do Cávado, Braga, Abril de 1996 (Cadima Ribeiro, J. et al.):

Objectivo ii) Reforço da malha urbana dop sistema sub-regional
Medida 3 – Articulação territorial e rede urbana

«[…]
A tarefa da consolidação e hierarquização da rede urbana do Vale do Cávado passa necessariamente pela promoção de sub-redes de aglomerados existentes e pela dotação de uma rede de complementaridades ao nível dos equipamentos.
A questão da “transgressão” do vale torna-se mais pertinente e apetecível face à perspectiva de Braga se configurar como um futuro centro regional. Nesse sentido, Braga – cujo núcleo histórico ironicamente se instala no Vale do Ave – poderá assumir uma posição de charneira no eixo Barcelos/Guimarães. Esta estratégia, que rompe com a lógica dios vales, tem a virtude de sugerir a conceptualização de um eixo urbano com dimensões suficientes para sustentar a afirmação da região a outros níveis, sem ter que sofrer as consequências perversas da concentração metropolitana. Contudo, esta estratégia sugere a prazo mexidas no escalonamento hierárquico existente, pelo que será necessário estar atento aos ritmos e crescimento dos núcleos componentes.
Para que fique bem explícito, diga-se que o que se propõe com o estabelecimento deste eixo é a aquisição por parte deste território de um potencial humano e económico organizado capaz de fazer face à pressão exercida em todo o Noroeste pela área Metropolitana do Porto.»

[Numa altura em que tanto se fala do “Quadrilátero Urbano” do Baixo Minho como elemento de estratégia para o desenvolvimento do território em causa, e do Minho, de um modo geral, talvez faça sentido recuperar algumas coisas que se discutiram e escreveram há já bastantes anos. Essa memória parece fazer mais sentido quando se sabe haver por aí uns quantos, consultores e agentes políticos, que julgam ter inventado a roda.
J. Cadima Ribeiro]

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