Diversidade é um conceito muito utilizado quando se abordar um ou outro aspecto da realidade brasileira. Trata-se de uma associação sustentada pela geografia que o país apresenta, sua enorme extensão territorial, sua riqueza natural, sua forte miscigenação racial, entre outros.
Diante de uma contexto socioeconómico contraditório, ou seja, em meio diferentes fontes de recursos naturais, assim como, seu pioneirismo em tecnologias ligadas ao petróleo, sua grande produtividade agrícola, é ainda observado no país uma desigualdade socioeconómica que imputa a algumas regiões um índice de desenvolvimento humano baixo, com raros arranjos produtivos locais, em detrimento de regiões com uma densa aglomeração de produção.
Bacellar (2008), aponta como um dos empecilhos ao desenvolvimento brasileiro é a desigualdade, sendo tanto social quanto regional. Tal situação advém da herança histórica do país, em que as primeiras estratégias produtivas privelegiaram zonas especificas do território brasileiro, iniciando com a franja litorrânea e posteriormente zonas interiores concentradas em modelos económicos voltados para o mercado externo.
No século XX, foi denotado no Brasil um crescimento vertiginoso, no entanto, tal crescimento foi sustentado por um forte incremento da concentração de renda e criando assim uma aguda desigualdade socioespacial. Tal contexto imputou a algumas regiões como Norte e Nordeste uma estagnação económica, já a região Centro Sul, em especial São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, concentraram grande parte dos investimentos e consequentemente na absorção de grande parte do PIB brasileiro.
Brasil: População ; Produção
Norte - 8% ; 4%
Nordeste - 28% ; 14%
Centro Oeste - 7% ; 7%
Sudeste - 15% ; 17%
Sul - 42% ; 58%
Fonte: IBGE, 2000
Diante de uma contexto socioeconómico contraditório, ou seja, em meio diferentes fontes de recursos naturais, assim como, seu pioneirismo em tecnologias ligadas ao petróleo, sua grande produtividade agrícola, é ainda observado no país uma desigualdade socioeconómica que imputa a algumas regiões um índice de desenvolvimento humano baixo, com raros arranjos produtivos locais, em detrimento de regiões com uma densa aglomeração de produção.
Bacellar (2008), aponta como um dos empecilhos ao desenvolvimento brasileiro é a desigualdade, sendo tanto social quanto regional. Tal situação advém da herança histórica do país, em que as primeiras estratégias produtivas privelegiaram zonas especificas do território brasileiro, iniciando com a franja litorrânea e posteriormente zonas interiores concentradas em modelos económicos voltados para o mercado externo.
No século XX, foi denotado no Brasil um crescimento vertiginoso, no entanto, tal crescimento foi sustentado por um forte incremento da concentração de renda e criando assim uma aguda desigualdade socioespacial. Tal contexto imputou a algumas regiões como Norte e Nordeste uma estagnação económica, já a região Centro Sul, em especial São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, concentraram grande parte dos investimentos e consequentemente na absorção de grande parte do PIB brasileiro.
Brasil: População ; Produção
Norte - 8% ; 4%
Nordeste - 28% ; 14%
Centro Oeste - 7% ; 7%
Sudeste - 15% ; 17%
Sul - 42% ; 58%
Fonte: IBGE, 2000
Diante dos problemas apresentados, podemos apontar algumas potencialidades a serem utilizadas na sistematização de um desenvolvimento harmónico para o Brasil. O primeiro momento há de se vangloriar a diversidade regional que o Brasil apresenta. Tal situação pré-dispõe as regiões a elencarem dentro da sua respectiva realidade as melhores potencialidades a serem desenvolvidas em prol da estruturação de um arranjo produtivo local.
Algumas medidas vêm sendo desenvolvidas para a promoção do desenvolvimento de regiões que no século passado foram poucas susceptíveis aos investimentos. Existe a coordenação do Estado em gerir melhor a distribuição dos recursos financeiros destinados a promoção do desenvolvimento regional.
Além da riqueza natural, há de se valorizar também a diversidade sociocultural que o país dispõe. Esta herança, tal como apontava o grande Antropólogo Darcy Ribeiro, que a mistura de matrizes raciais de origem Européia, Africana e Indígena, caracterizando assim um potencial a ser explorado, por meio das políticas de desenvolvimento educacional.
Alguns limites são necessários para que possa ser efectivo e eficaz o desenvolvimento regional do Brasil. A primeira diz respeito a dimensão continental que o país apresenta, que é apontada como um obstáculo a organização de associações de iniciativas e políticas de desenvolvimentos locais.
Outro factor de destaque é a reduzida capacidade de intervenção financeira que o Estado especificadamente no âmbito dos governos locais. Recaindo assim sobre a União a responsabilidade de intervir financeiramente na promoção de políticas de desenvolvimento regional.
A incapacidade de integração dos pequenos municípios nas associações e organizações de classes voltadas para a promoção de desenvolvimento regional. Sintetizado pela precariedade em recursos materiais e a acessibilidade de mecanismos aos governos locais, facto que ocorre em grande parte dos municípios brasileiros. Além disso, é denotado um forte conservadorismo por parte de actores locais em empreenderem novas formas de gestão pública.
Em meio a limites e potencialidades, muito a de se fazer para que o Brasil possa empreender uma diminuição das disparidades socioespaciais e ao mesmo tempo empreender um desenvolvimento socioeconómico de âmbito nacional, resultado da exploração das potencialidades regionais.
Dirley dos Santos Vaz
Algumas medidas vêm sendo desenvolvidas para a promoção do desenvolvimento de regiões que no século passado foram poucas susceptíveis aos investimentos. Existe a coordenação do Estado em gerir melhor a distribuição dos recursos financeiros destinados a promoção do desenvolvimento regional.
Além da riqueza natural, há de se valorizar também a diversidade sociocultural que o país dispõe. Esta herança, tal como apontava o grande Antropólogo Darcy Ribeiro, que a mistura de matrizes raciais de origem Européia, Africana e Indígena, caracterizando assim um potencial a ser explorado, por meio das políticas de desenvolvimento educacional.
Alguns limites são necessários para que possa ser efectivo e eficaz o desenvolvimento regional do Brasil. A primeira diz respeito a dimensão continental que o país apresenta, que é apontada como um obstáculo a organização de associações de iniciativas e políticas de desenvolvimentos locais.
Outro factor de destaque é a reduzida capacidade de intervenção financeira que o Estado especificadamente no âmbito dos governos locais. Recaindo assim sobre a União a responsabilidade de intervir financeiramente na promoção de políticas de desenvolvimento regional.
A incapacidade de integração dos pequenos municípios nas associações e organizações de classes voltadas para a promoção de desenvolvimento regional. Sintetizado pela precariedade em recursos materiais e a acessibilidade de mecanismos aos governos locais, facto que ocorre em grande parte dos municípios brasileiros. Além disso, é denotado um forte conservadorismo por parte de actores locais em empreenderem novas formas de gestão pública.
Em meio a limites e potencialidades, muito a de se fazer para que o Brasil possa empreender uma diminuição das disparidades socioespaciais e ao mesmo tempo empreender um desenvolvimento socioeconómico de âmbito nacional, resultado da exploração das potencialidades regionais.
Dirley dos Santos Vaz
(artigo de opinião elaborado no âmbito da u.c. Economia Política e Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
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