E anunciam-se: o Centro Ciência Viva (antiga Fábrica Âncora), um Instituto de Design (antiga Fábrica da Ramada) e um Centro Avançado de Formação Pós-Graduada (antiga Fábrica Freitas & Fernandes), cujo funcionamento, supostamente, será pago em conjunto com a Universidade do Minho, mas onde nada está verdadeiramente claro quanto às responsabilidades financeiras, dadas, desde logo, as enormes dificuldades financeiras da própria Universidade.
Mas a coisa não fica por aqui. Também se anuncia a construção/renovação do Teatro Jordão, do tamanho, em investimento e em funcionamento, do Centro Cultural de Vila Flor, e a cem metros deste; a Casa da Memória (um museu/centro cultural, a cem metros do PAC, de média dimensão), o Laboratório da Paisagem (um centro de estudo da paisagem, de média/pequena dimensão) e, por último, uma residência de artistas.
A pergunta é simples: quanto irá custar ao município, e ao país, tudo isto, e que consequências terá tudo isto para o orçamento local, isto é, para os habitantes locais, que pagam IMI, taxas e derramas?
À sua escala, e mesmo em escalas maiores, Guimarães ficará dotada do mais importante parque de infraestruturas públicas culturais e tecnológicas do país. Isso é excelente. Falta saber, simples e vulgarmente, se tem dinheiro para pagar isto tudo ou se não está, simples e vulgarmente, a condenar-se à falência e à eliminação de toda a dimensão civil/privada da comunidade local, à custa da falência orçamental, local e nacional.
Entretanto, evidentemente, a festa continua e os discursos são o máximo.»
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