Portugal continua a ser um país com inúmeras assimetrias de desenvolvimento regional, apesar do nível de desenvolvimento e do melhoramento das vias de comunicação entre regiões.
Curioso é perceber que são assimetrias já conhecidas e que permanecem há décadas, apesar da redistribuição que é feita das regiões mais ricas para as mais pobres. Apenas uma região, a Madeira, foi capaz de sair dos últimos lugares de desenvolvimento em que se encontrava em termos regionais, para se colocar entre as regiões mais desenvolvidas.
Curioso é perceber que são assimetrias já conhecidas e que permanecem há décadas, apesar da redistribuição que é feita das regiões mais ricas para as mais pobres. Apenas uma região, a Madeira, foi capaz de sair dos últimos lugares de desenvolvimento em que se encontrava em termos regionais, para se colocar entre as regiões mais desenvolvidas.
Durante décadas as assimetrias entre regiões poder-se-iam explicar pela sua localização geográfica: as regiões junto à costa beneficiavam de toda uma envolvente criada em torno daquela que durante séculos foi a saída de Portugal para o mundo, a nossa costa marítima, onde a existência de mais e melhores vias de comunicação permitiam uma maior circulação de pessoas e bens, o que gerava investimento e o seu continuado desenvolvimento; enquanto que as regiões do interior, desprovidas de vias de comunicação e sem industrias de grande dimensão, viviam sobretudo de um comércio local.
Com a entrada de Portugal para a CEE, Portugal recebeu inúmeros fundos comunitários para tentar diminuir essas assimetrias, mas digamos que, por vezes, foram empregues de maneira desorganizada e sem uma orientação específica. Com esses apoios foram criadas novas e melhoradas vias de comunicação por todo o país, encurtaram-se ainda mais as distâncias e abriu-se as portas ao investimento a todas as regiões. Mas ao fim destes anos todos continuamos com as mesmas assimetrias, colocando-se assim questões sem uma resposta unânime e consensual; que medidas tomar para atenuar este “gap” de desenvolvimento? Porquê será? Qual o caminho a seguir?
Passará a solução por um maior controlo e uma mais justa redistribuição? Ou passará pela auto-iniciativa e empreendedorismo de cada cidadão?
Um caminho a seguir, a meu ver, seria o aproveitamento por parte de cada uma das regiões das suas vantagens comparativas e induzir a população a aderir a esse projecto, tal como o fizeram a Madeira e o Algarve, que apostaram naquilo que têm de melhor, o Turismo! Também a excessiva centralização da decisão em Portugal pode ser justificação para o travar do desenvolvimento em algumas regiões; outro factor a meu ver critico nas regiões menos desenvolvidas tem sido a falta de mão-de-obra qualificada que, geralmente, é absorvida e também seduzida pelas zonas mais “ricas”.
Com a entrada de Portugal para a CEE, Portugal recebeu inúmeros fundos comunitários para tentar diminuir essas assimetrias, mas digamos que, por vezes, foram empregues de maneira desorganizada e sem uma orientação específica. Com esses apoios foram criadas novas e melhoradas vias de comunicação por todo o país, encurtaram-se ainda mais as distâncias e abriu-se as portas ao investimento a todas as regiões. Mas ao fim destes anos todos continuamos com as mesmas assimetrias, colocando-se assim questões sem uma resposta unânime e consensual; que medidas tomar para atenuar este “gap” de desenvolvimento? Porquê será? Qual o caminho a seguir?
Passará a solução por um maior controlo e uma mais justa redistribuição? Ou passará pela auto-iniciativa e empreendedorismo de cada cidadão?
Um caminho a seguir, a meu ver, seria o aproveitamento por parte de cada uma das regiões das suas vantagens comparativas e induzir a população a aderir a esse projecto, tal como o fizeram a Madeira e o Algarve, que apostaram naquilo que têm de melhor, o Turismo! Também a excessiva centralização da decisão em Portugal pode ser justificação para o travar do desenvolvimento em algumas regiões; outro factor a meu ver critico nas regiões menos desenvolvidas tem sido a falta de mão-de-obra qualificada que, geralmente, é absorvida e também seduzida pelas zonas mais “ricas”.
Hoje em dia, com todas as capitais de distrito ligadas entre si por excelentes vias de comunicação, urge a necessidade de cada uma das regiões tentar atrair investimento e, como referi acima, aproveitar as suas vantagens comparativas. É essencial ainda apelar ao empreendedorismo das populações e tentar criar condições para que se possa levar avante esse empreendedorismo. Os Autarcas terão também eles um papel importante nesta batalha, pois terão que conseguir aproveitar com a máxima eficiência cada recurso disponível.
Marco Vaz
(doc. da série artigos de análise/opinião; originalmente disponível na plataforma electrónica de apoio à UC Economia Portuguesa e Europeia)
1 comentário:
Portugal é um país com inúmeras assimetrias que se verificam tanto a nível económico como cultural, entre outros. Estas assimetrias são difíceis de corrigir, mesmo em países bastante descentralizados e com um forte poder regional, uma vez que não tem a ver apenas com investimentos e aplicação de fundos comunitários, tem a ver também com as mentalidades, grau de instrução e de cidadania e com um uso adequado dos fundos, que no nosso país se tem mostrado uma tarefa difícil.
Joana Branco
Enviar um comentário