"Enunciados de variadas formas, consoante os autores que se têm debruçado sobre a matéria, o desfrute cultural e a contemplação do património são motivações sempre retidas entre as que estão na origem das deslocações turísticas dos nossos dias. A cultura, tradições e modos de vida constituem, mesmo, factores de atracção que tomam crescente importância em razão da procura subsistente em certos sectores sociais de singularidade, autenticidade e de busca de experiências intelectualmente estimulantes e mais diversificadas. O turismo funciona, por outro lado, como um incentivo à recuperação e valorização do património, material e imaterial, sendo muitas vezes a resposta mais sólida em matéria de angariação de recursos financeiros que permitam preservá-lo.
O turismo pode ser, também, fonte de problemas sociais, económicos, ambientais, pelo que, de forma a prevenir o seu surgimento ou agudização, o desenvolvimento da actividade turística deve ser convenientemente planeado e gerido. Esse planeamento e gestão deverão manter presente que “a experiência turística vai para além do olhar do visitante e da estratégia do vendedor” (Peres, 2008, 146).
Guimarães viu reconhecida a valia do seu património monumental pela U.N.E.S.C.O., em 2001, com a acreditação do seu centro histórico como Património da Humanidade. Isso deu credibilidade ao trabalho de recuperação do património urbano prosseguido pela autarquia local e alguma visibilidade pública potenciadora do turismo e da visita com motivação cultural. Não assegurou a respectiva transformação num destino de turismo cultural por excelência, sobretudo à escala internacional, nem é suficiente para fazer do turismo um ancoradouro seguro do seu desenvolvimento, por razões de escala, diversidade da oferta e de continuidade e qualidade da programação dos eventos complementares ao património construído que justificam a visita e permitem alargar o período de permanência dos visitantes. A imagem de um território ou cidade também não se constrói de um dia para o outro e reclama importantes recursos promocionais.
Nesta dimensão, o que os dados disponíveis e a informação qualitativa a que tivemos acesso nos dizem é que há muito caminho a percorrer, ainda que se tenha feito caminho na boa direcção. As debilidades constatadas em termos de manutenção e estrutura do sítio electrónico de promoção turística da cidade, a problemática do uso das línguas nos materiais promocionais e a consistência e riqueza da programação cultural são boa ilustração do muito que falta fazer e consolidar. Outra dimensão do caminho a percorrer, no sentido de dar resposta a exigências dos turistas em termos de diversidade e escala da oferta, estará na construção de verdadeiras políticas de parceria com o território envolvente, no sentido para que aponta a iniciativa designada “Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação”, reunindo os quatro principais núcleos urbanos do Baixo Minho, que, de ideia com elevado potencial, importa fazer realidade."
O turismo pode ser, também, fonte de problemas sociais, económicos, ambientais, pelo que, de forma a prevenir o seu surgimento ou agudização, o desenvolvimento da actividade turística deve ser convenientemente planeado e gerido. Esse planeamento e gestão deverão manter presente que “a experiência turística vai para além do olhar do visitante e da estratégia do vendedor” (Peres, 2008, 146).
Guimarães viu reconhecida a valia do seu património monumental pela U.N.E.S.C.O., em 2001, com a acreditação do seu centro histórico como Património da Humanidade. Isso deu credibilidade ao trabalho de recuperação do património urbano prosseguido pela autarquia local e alguma visibilidade pública potenciadora do turismo e da visita com motivação cultural. Não assegurou a respectiva transformação num destino de turismo cultural por excelência, sobretudo à escala internacional, nem é suficiente para fazer do turismo um ancoradouro seguro do seu desenvolvimento, por razões de escala, diversidade da oferta e de continuidade e qualidade da programação dos eventos complementares ao património construído que justificam a visita e permitem alargar o período de permanência dos visitantes. A imagem de um território ou cidade também não se constrói de um dia para o outro e reclama importantes recursos promocionais.
Nesta dimensão, o que os dados disponíveis e a informação qualitativa a que tivemos acesso nos dizem é que há muito caminho a percorrer, ainda que se tenha feito caminho na boa direcção. As debilidades constatadas em termos de manutenção e estrutura do sítio electrónico de promoção turística da cidade, a problemática do uso das línguas nos materiais promocionais e a consistência e riqueza da programação cultural são boa ilustração do muito que falta fazer e consolidar. Outra dimensão do caminho a percorrer, no sentido de dar resposta a exigências dos turistas em termos de diversidade e escala da oferta, estará na construção de verdadeiras políticas de parceria com o território envolvente, no sentido para que aponta a iniciativa designada “Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação”, reunindo os quatro principais núcleos urbanos do Baixo Minho, que, de ideia com elevado potencial, importa fazer realidade."
J. Cadima Ribeiro
Paula Cristina Remoaldo
(reprodução parcial de Conclusão de comunicação intitulada ”Património cultural e estratégia de desenvolvimento turístico da cidade de Guimarães”, apresentada no II Congresso Internacional ´Casa Nobre: um Património para o Futuro`, que teve lugar na Casa das Artes de Arcos de Valdevez, a 14 e 15 de Novembro de 2008)
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