A observação da inserção das actividades económicas no espaço permite reter algumas regularidades. Estas foram apreendidas de forma intuitiva desde finais do século XVIII, a partir de estudos empíricos da organização espacial da sociedade e da distribuição das actividades agrícolas, realizados por CANTILLON e VON THÜNEN, respectivamente.
Johann H. VON THÜNEN desenvolveu o primeiro modelo que se baseia na hipótese de um espaço de produção contínuo e de um mercado de destino único, puntiforme. O seu modelo está na origem do corpo de teorias que respeitam à estruturação do espaço agrícola e à localização urbana das actividades económicas (CAPELLO, 2007).
Considerado unanimemente como responsável pela elaboração da primeira teoria geral da localização industrial, Alfred WEBER é um dos autores a quem os investigadores da localização muito devem. Desconhecidos são, ainda hoje, os trabalhos que, debruçando-se sobre a problemática da localização industrial, nele não se fundamentem ou a ele não façam referência. No entanto, um tributo justo deve ser prestado, igualmente, a LAUNHARDT que, no nos finais do século XIX, lançou os alicerces para a construção daquilo que viria a designar-se por teoria da localização industrial. A sugestão de que os custos de transporte teriam influência dominante na localização da empresa industrial, que vamos encontrar em Alfred WEBER, foi primeiramente introduzida por este autor na sua obra de 1885, havendo noutras obras do mesmo autor produzidas antes dessa data referências no mesmo sentido (SIMÕES LOPES, 1980).
A proposta de WEBER repousa em três grandes ordens de factores explicativos da localização industrial: em primeiro lugar, surgem os custos de transporte; seguem-se os custos da mão-de-obra; e, por último, temos as forças de aglomeração (positivas e negativas). Assumindo um quadro de hipóteses relativamente restritivo mas, porventura, apropriado para a economia da sua época (um país isolado; consumidores concentrados em centros urbanos pré-determinados; mercados perfeitamente competitivos; custos de transporte uniformes em termos de preço/distância; certos recursos naturais - água e materiais de construção - ubíquos, enquanto outros - energia e matérias-primas industriais - se ofereceriam localizados; e factor trabalho disponível apenas em certos lugares e sem mobilidade), na medida em que os custos de transporte constituíssem uma parte considerável dos custos totais, WEBER concluía que a localização das empresas resultaria da ponderação entre os custos de transporte por unidade de distância da matéria-prima e do produto transformado.
Johann H. VON THÜNEN desenvolveu o primeiro modelo que se baseia na hipótese de um espaço de produção contínuo e de um mercado de destino único, puntiforme. O seu modelo está na origem do corpo de teorias que respeitam à estruturação do espaço agrícola e à localização urbana das actividades económicas (CAPELLO, 2007).
Considerado unanimemente como responsável pela elaboração da primeira teoria geral da localização industrial, Alfred WEBER é um dos autores a quem os investigadores da localização muito devem. Desconhecidos são, ainda hoje, os trabalhos que, debruçando-se sobre a problemática da localização industrial, nele não se fundamentem ou a ele não façam referência. No entanto, um tributo justo deve ser prestado, igualmente, a LAUNHARDT que, no nos finais do século XIX, lançou os alicerces para a construção daquilo que viria a designar-se por teoria da localização industrial. A sugestão de que os custos de transporte teriam influência dominante na localização da empresa industrial, que vamos encontrar em Alfred WEBER, foi primeiramente introduzida por este autor na sua obra de 1885, havendo noutras obras do mesmo autor produzidas antes dessa data referências no mesmo sentido (SIMÕES LOPES, 1980).
A proposta de WEBER repousa em três grandes ordens de factores explicativos da localização industrial: em primeiro lugar, surgem os custos de transporte; seguem-se os custos da mão-de-obra; e, por último, temos as forças de aglomeração (positivas e negativas). Assumindo um quadro de hipóteses relativamente restritivo mas, porventura, apropriado para a economia da sua época (um país isolado; consumidores concentrados em centros urbanos pré-determinados; mercados perfeitamente competitivos; custos de transporte uniformes em termos de preço/distância; certos recursos naturais - água e materiais de construção - ubíquos, enquanto outros - energia e matérias-primas industriais - se ofereceriam localizados; e factor trabalho disponível apenas em certos lugares e sem mobilidade), na medida em que os custos de transporte constituíssem uma parte considerável dos custos totais, WEBER concluía que a localização das empresas resultaria da ponderação entre os custos de transporte por unidade de distância da matéria-prima e do produto transformado.
José Freitas Santos
J. Cadima Ribeiro
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[- CAPELLO, Roberta (2007), Regional Economics, Routledge, New York.
- SIMÕES LOPES, António (1980), Desenvolvimento Regional: Problemática, Teoria e Modelos, Edição Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.]
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