"As actividades de serviços às empresas englobam os serviços avançados e os serviços banais. Os primeiros incluem actividades complexas e intensivas em conhecimento, de que são exemplo os serviços de engenharia relacionados com as novas tecnologias de informação, comunicação e automação, serviços de gestão de recursos humanos, consultoria estratégica e serviços jurídicos especializados. Os segundos integram o conjunto de actividades de serviços à produção que envolvem essencialmente uma prestação material: vigilância, limpeza, dactilografia, reprodução de documentos, restauração e transportes (DELGADO, 1998).
As decisões de localização das empresas que prestam serviços à produção tendem a privilegiar os centros do topo da hierarquia urbana. Este comportamento locacional radica em dois tipos de preocupações principais. A primeira está relacionada com a existência de um volume de procura mínimo que possa viabilizar a oferta de serviços especializados. Por isso, é de esperar que estas empresas mantenham uma ligação estreita aos seus clientes que, na maioria dos casos, são sedes sociais, divisões funcionais, regionais ou de produto de empresas de dimensão considerável. Os processos de “emagrecimento” provocaram uma racionalização dos custos, levando-as a optar pela externalização de alguns dos seus serviços.
A outra preocupação que se retém pretende aproximar a empresa da oferta de mão de obra qualificada, mais abundante e competitiva nos centros urbanos, e das infra-estruturas de transporte e de comunicação, que se tornam essenciais para a prestação de serviços especializados (FERRÃO, 1992).
A deslocalização destas actividades para centros urbanos de menor dimensão afigura-se possível mediante a conjugação de alguns factores (DELGADO, 1998):
- acompanhamento da procura, já que muitas das actividades industriais se têm vindo a deslocar para os subúrbios das grandes aglomerações urbanas ou para as regiões periféricas sem tradição industrial;
- crescimento das necessidades de serviços, mesmo nas pequenas e médias empresas, decorrentes da maior exigência pública na aplicação da legislação fiscal, laboral e ambiental;
- difusão do uso de determinados serviços em consequência da inovação registada no campo da informática e das tecnologias de comunicação e informação;
- deslocamento para as regiões periféricas por parte das grandes empresas de serviços de algumas das suas actividades não intensivas em contactos face a face e menos sensíveis às economias de aglomeração, como estratégia de redução dos custos;
- aumento da taxa de utilização de serviços por parte das empresas industriais e de serviços."
As decisões de localização das empresas que prestam serviços à produção tendem a privilegiar os centros do topo da hierarquia urbana. Este comportamento locacional radica em dois tipos de preocupações principais. A primeira está relacionada com a existência de um volume de procura mínimo que possa viabilizar a oferta de serviços especializados. Por isso, é de esperar que estas empresas mantenham uma ligação estreita aos seus clientes que, na maioria dos casos, são sedes sociais, divisões funcionais, regionais ou de produto de empresas de dimensão considerável. Os processos de “emagrecimento” provocaram uma racionalização dos custos, levando-as a optar pela externalização de alguns dos seus serviços.
A outra preocupação que se retém pretende aproximar a empresa da oferta de mão de obra qualificada, mais abundante e competitiva nos centros urbanos, e das infra-estruturas de transporte e de comunicação, que se tornam essenciais para a prestação de serviços especializados (FERRÃO, 1992).
A deslocalização destas actividades para centros urbanos de menor dimensão afigura-se possível mediante a conjugação de alguns factores (DELGADO, 1998):
- acompanhamento da procura, já que muitas das actividades industriais se têm vindo a deslocar para os subúrbios das grandes aglomerações urbanas ou para as regiões periféricas sem tradição industrial;
- crescimento das necessidades de serviços, mesmo nas pequenas e médias empresas, decorrentes da maior exigência pública na aplicação da legislação fiscal, laboral e ambiental;
- difusão do uso de determinados serviços em consequência da inovação registada no campo da informática e das tecnologias de comunicação e informação;
- deslocamento para as regiões periféricas por parte das grandes empresas de serviços de algumas das suas actividades não intensivas em contactos face a face e menos sensíveis às economias de aglomeração, como estratégia de redução dos custos;
- aumento da taxa de utilização de serviços por parte das empresas industriais e de serviços."
José Cadima Ribeiro
José Freitas Santos
(extractos de texto de capítulo relativo a "A localização dos serviços", constante da obra colectiva Compêndio de Economia Regional, José da Silva Costa [Org.], APDR, Coimbra, 2ª Edição, 2005)
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