Entre 2000 e 2007, a população activa no país registou um crescimento de 7,5 %, resultante do aumento da população do grupo etário dos 15-64 anos (4,6%) e da sua taxa de actividade, que subiu de 60,9% para 62,6%. No mesmo período, a população com emprego cresceu 3%, variando de 5020,9 mil pessoas em 2000 para 5169,7 mil em 2007. Por sua vez, o desemprego total, no quarto trimestre de 2007, afectava 439,5 milhares de pessoas - 7,8% da população activa, uma das taxas mais elevadas da União Europeia a 27.
Na NUT II (unidade estatística de nível II) Norte, a população empregada ascendia, em 2007, a 1800,7 mil (34,8% do emprego do país) e o desemprego atingia 186 mil trabalhadores (41,5% do desemprego do país) – 9,4% da população activa, embora no último trimestre de 2007 tenha registado uma taxa ligeiramente menor (9,1%). A taxa de desemprego na NUT II Norte é, desde 2003, mais elevada do que no país devido, sobretudo, à maior exposição dos sectores produtivos tradicionais à concorrência dos países asiáticos e dos novos membros da União Europeia.
Se considerarmos entretanto apenas o emprego não público por conta de outrem e os dados de 2005, os números para o país e para a NUT II Norte atingiam, respectivamente, 2855059 e 994988 activos, sendo que, destes, se destacava o Grande Porto, com cerca de 13% do emprego do país, e as NUTs III do Cávado e do Ave, que representavam 10% do emprego do país, no seu conjunto.
Estes dados e este desempenho em matéria de emprego são, insiste-se, resultado da conjuntura económica geral e da transformação da estrutura da produtiva que se vinha registando no país e nas unidades territoriais retidas, com justificação significativa na perda de competitividade dos sectores produtivos predominantes em termos nacionais e nas NUTs em análise. Concretamente, entre 1996 e 2005, o emprego por conta de outrem da NUT II Norte perdeu posição relativa no emprego do país (-1,4%), devido sobretudo à quebra em termos absolutos do emprego no sector secundário nas NUTs do Grande Porto e Ave, não compensada pelo crescimento do emprego no sector terciário.
Na NUT II (unidade estatística de nível II) Norte, a população empregada ascendia, em 2007, a 1800,7 mil (34,8% do emprego do país) e o desemprego atingia 186 mil trabalhadores (41,5% do desemprego do país) – 9,4% da população activa, embora no último trimestre de 2007 tenha registado uma taxa ligeiramente menor (9,1%). A taxa de desemprego na NUT II Norte é, desde 2003, mais elevada do que no país devido, sobretudo, à maior exposição dos sectores produtivos tradicionais à concorrência dos países asiáticos e dos novos membros da União Europeia.
Se considerarmos entretanto apenas o emprego não público por conta de outrem e os dados de 2005, os números para o país e para a NUT II Norte atingiam, respectivamente, 2855059 e 994988 activos, sendo que, destes, se destacava o Grande Porto, com cerca de 13% do emprego do país, e as NUTs III do Cávado e do Ave, que representavam 10% do emprego do país, no seu conjunto.
Estes dados e este desempenho em matéria de emprego são, insiste-se, resultado da conjuntura económica geral e da transformação da estrutura da produtiva que se vinha registando no país e nas unidades territoriais retidas, com justificação significativa na perda de competitividade dos sectores produtivos predominantes em termos nacionais e nas NUTs em análise. Concretamente, entre 1996 e 2005, o emprego por conta de outrem da NUT II Norte perdeu posição relativa no emprego do país (-1,4%), devido sobretudo à quebra em termos absolutos do emprego no sector secundário nas NUTs do Grande Porto e Ave, não compensada pelo crescimento do emprego no sector terciário.
Fruto de dinâmicas diferenciadas, a insipiência da industrialização e da terciarização no Minho-Lima e uma menor dependência do sector secundário na NUT III Cávado, os resultados destas unidades territoriais foram ligeiramente melhores, mas não particularmente auspiciosos.
Estando em causa uma profunda reestruturação produtiva do país e de cada uma das suas parcelas territoriais, como suporte de um tecido produtivo menos dependente de salários baixos e de produção sub-contratada de produtos relativamente banais, poder-se-ia assumir a necessidade do país dispor de uma mão-de-obra mais qualificada. Que se passava então nesta vertente?
A mesma fonte estatística (Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social) indicava-nos, a esse respeito, que Portugal continuava em 2005 a registar indicadores muito menos favoráveis que a maioria dos países da União Europeia em matéria de formação dos seus recursos humanos. A evolução entre 2000 e 2005 foi, todavia, positiva. Com efeito, desceu de modo significativo (-9,5%, em média, no país e nas unidades territoriais em referência) o peso dos trabalhadores com habilitação igual ou inferior ao 1º ciclo (apesar de, em 2005, representar ainda cerca de ¼ dos trabalhadores), subindo o peso dos trabalhadores com qualificação mais elevada, em particular, os habilitados com ensino secundário e superior.
Assim, o peso dos trabalhadores, nas NUTs III em estudo, com os 2º e 3º ciclos de formação académica era superior ao observado, em média, no país. O contrário sucedia com os trabalhadores com ensino secundário e superior. Importa, no entanto, não esquecer o défice geral de qualificação dos recursos humanos de Portugal, antes referido.
Tudo considerado, estes indicadores são bem elucidativos do caminho que importa percorrer para construir no país e nestes territórios um tecido produtivo que, sendo qualificado e internacionalmente competitivo, possa ser gerador de emprego e portador de nova esperança para as suas populações.
Estando em causa uma profunda reestruturação produtiva do país e de cada uma das suas parcelas territoriais, como suporte de um tecido produtivo menos dependente de salários baixos e de produção sub-contratada de produtos relativamente banais, poder-se-ia assumir a necessidade do país dispor de uma mão-de-obra mais qualificada. Que se passava então nesta vertente?
A mesma fonte estatística (Quadros de Pessoal, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social) indicava-nos, a esse respeito, que Portugal continuava em 2005 a registar indicadores muito menos favoráveis que a maioria dos países da União Europeia em matéria de formação dos seus recursos humanos. A evolução entre 2000 e 2005 foi, todavia, positiva. Com efeito, desceu de modo significativo (-9,5%, em média, no país e nas unidades territoriais em referência) o peso dos trabalhadores com habilitação igual ou inferior ao 1º ciclo (apesar de, em 2005, representar ainda cerca de ¼ dos trabalhadores), subindo o peso dos trabalhadores com qualificação mais elevada, em particular, os habilitados com ensino secundário e superior.
Assim, o peso dos trabalhadores, nas NUTs III em estudo, com os 2º e 3º ciclos de formação académica era superior ao observado, em média, no país. O contrário sucedia com os trabalhadores com ensino secundário e superior. Importa, no entanto, não esquecer o défice geral de qualificação dos recursos humanos de Portugal, antes referido.
Tudo considerado, estes indicadores são bem elucidativos do caminho que importa percorrer para construir no país e nestes territórios um tecido produtivo que, sendo qualificado e internacionalmente competitivo, possa ser gerador de emprego e portador de nova esperança para as suas populações.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, em coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")
Nota: o texto que aqui se divulga é uma adaptação da versão pubicada no jornal referenciado
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, em coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")
Nota: o texto que aqui se divulga é uma adaptação da versão pubicada no jornal referenciado
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