quinta-feira, abril 30, 2009

Congreso de la AECR - XXXV Reunión de Estudios Regionales

«Congreso de la AECR - XXXV Reunión de Estudios Regionales - IV Jornades valencianes d'estudis regionals- Valencia noviembre' 2009
Valencia, 26 y 27 de Noviembre de 2009
Sras. y Sres.,
Por indicación del Sr. Francisco Pérez, Presidente del Comité de Organización de la XXXV RER, les adjunto el tríptico anunciador del próximo congreso de la AECR que recibirán por correo postal la semana que viene.
Entre tanto agradeceríamos que nos puedan ayudar a promover dentro de sus círculos de contactos la presentación de trabajos de calidad a la XXXV RER. Les adjuntamos el triptico de la Reunión para su difusión electrónica.
Por supuesto contamos con su colaboración y agradecemos su apoyo.
Atentamente,

Conxita Rodríguez i Izquierdo
Secretaria AECR
ATENCIÓN NUEVA DIRECCIÓN:
C/ Córcega, 270 3º 6ª - 08008
Barcelona
Teléfono y Fax: 93-310.11.12
Página Web: http://www.aecr.org/»
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(reprodução do corpo prinicipal de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)

terça-feira, abril 28, 2009

ERSA NEWS - April 2009 - ERSA Congress 2009

«ERSA ACTIVITIES
ERSA CONGRESS 2009
Registration to the 49th European Congress of the Regional Science Association International is now open.
Please visit the Registration page to register on-line.
RSAIBIS: 38th Annual Conference - 2nd to 4th September, 2009 - Limerick, Republic of Ireland
22nd ERSA / 4th PREPARE Summer Institute - "Regional Growth Models" - 3rd to 12th July 2009 - Volos, Greece
For more information about ERSA/PREPARE Summer Institute 2009, visit ERSA website
This is a RSAI event.»
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(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência que se identifica)

International Congres GEOTUNIS 2009

«Invitation
The Tunisian Association of Digital Geographic Information is pleased to invite you to participate in the international symposium GeoTunis 2009 in its fourth edition:
"Contribution of Geomatic Technologies in the study of water resources and monitoring of desertification"
From 16 to 20 December 2009 in Tunis.
Specialists, researchers, companies and institutions in connection with the system of geographical information and remote sensing science and all annexes participate.
For more details, please visit the official website of the conference at:
http://www.geotunis.org/
For registration, consultation of the scientific themes of the symposium and the participation to the geo-technology exhibition, you can visit the various links in the Official Website of the event.
Your participation is a contribution to scientific research in the area of applications of information systems on water resources and desertification.

President of the Association
Mohamed Ayari
25 avenue Habib Bourguiba1001 à Tunis
Tél. Fax : 00216.71341814
Site web : http://www.geotunis.org/
Email: atigeo_num@yahoo.fr»
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(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, reenviada por Paula Cristina Remoaldo)

sexta-feira, abril 24, 2009

CERS 2009

«We would like to drawn your attention to the fact that April 30, 2009 is a deadline for submitting an abstract to the 3rd Central European Conference in Regional Science – CERS, which will be held in Košice, Slovak Republic, between October 7 –9, 2009.
The important days &deadlines are as follows:
- Abstract submission before April 30, 2009
- Notification of acceptance of abstracts by May 25, 2009
- Submission of full papers before September 30, 2009
[...]
The conference is being organised by the Faculty of Economics and Institute of Regional and Community Development at the Technical University of Košice, University of Economics in Bratislava, Slovak Section of the European Regional Science Association and German Speaking Section of the European Regional Science Association. The conference is devoted to representatives of universities, public and state administration, regional institutions, R & D centres and to all individuals or institutions interested in regional development.
More information about the conference, including registration forms, can be found at the conference website http://www.cers.tuke.sk/.

If you wish to register please go the section Registration&Accommodation.
We look forward to your participation at the conference.
Best regards

Oto Hudec

Vice-Dean of Faculty of EconomicsTU Kosice, Slovakia»
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(reprodução parcial de mensagem recebida nesta data, com a proveniência que se identifica)

terça-feira, abril 21, 2009

A localização da empresa industrial: da história da teoria às questões da actualidade

O quadro conceptual que informa a teoria da localização da empresa começou a ser construído nos finais do século XVIII, suportado em estudos empíricos da organização espacial da sociedade e da distribuição das actividades. Johann H. VON THÜNEN foi o responsável pelo modelo que está na origem do corpo de teorias que respeitam à localização urbana das actividades económicas. Alfred WEBER, por sua vez, é considerado como o responsável pela elaboração da primeira teoria geral da localização industrial.
Após contributos marcantes de diversos autores, entre os quais August LÖSCH, que produziu uma síntese integradora dos contributos anteriores e alargou o problema da localização industrial a todo o sistema económico, a explicação do fenómeno da localização evoluiu por dois caminhos distintos. O primeiro continuou a procura do custo mínimo, na tradição de Alfred WEBER. O segundo investiga a interdependência locativa das empresas, na sequência de August LÖSCH.
O problema locativo desenvolvido da forma como foi progressivamente emergindo no contexto do debate teórico mantido tendeu a tornar complexo em demasia aquilo que para a empresa industrial é mais simples, e deixou de adiantar quaisquer “novos” factores de localização. A verdade é que os fluxos inter-regionais de factores de produção e mercadorias ou a localização, em simultâneo, de todas as actividades económicas no espaço transcendem os interesses imediatos do empresário. Para além disso, é duvidoso que as preocupações deste se centrem na procura da localização “ideal” ou óptima através da minimização dos custos ou da maximização dos lucros.
Aparte isso, os autores das teorias de localização só tardiamente se preocuparam com dimensões fundamentais da vida económica actual como são a localização da empresa estrangeira, as diferenças de comportamento locativo entre a empresa doméstica e a estrangeira ou a implantação de empresas de alta tecnologia, que normalmente se concretiza em áreas circunscritas geograficamente.
Se uma grande parte dos modelos de localização interpretam as escolhas de localização das empresas à luz dos dois grandes determinantes que são os custos de transporte, por uma lado, e as economias de aglomeração, por outro, obviamente que o respectivo valor interpretativo é ainda mais questionado quando, como na actualidade, por força de inovações várias, tecnológicas, organizacionais, os ditos custos assumem uma pequena incidência no valor final das mercadorias na indústria e o quadro territorial de operação da empresa deixou de ser o regional ou, mesmo, o nacional.
Para explicar os desenvolvimentos recentes em matéria de localização e organização das actividades têm vindo a emergir contributos centrados no conceito de operação em rede, sejam redes de empresas sejam redes de cidades. Estes contributos vêm fornecendo “interpretações mais convincentes e mais coerentes” da localização empresarial observada nalguns lugares e dos padrões territoriais emergentes. Esta operação em rede permite às empresas e aos centros parceiros desenvolverem especializações complementares que, por força da respectiva complementaridade de produtos/processos, lhes garante as economias de escala e de aglomeração próprias das empresas e de centros maiores e lhes permite servir mercados comuns de forma competitiva.
Mais fácil que fazer funcionar em rede organizações autónomas e territórios imbuídos de tradições e valores sociais diferenciados (importa não subestimar as diferenças culturais e as resistências às mudanças que podem emergir nesses contextos), é planear e coordenar operações no seio das próprias empresas multinacionais ou multi-estabelecimentos, o que as novas tecnologias de comunicação e informação vieram tornar relativamente banal. Na mesma dimensão em que essas tecnologias desvalorizam o peso dos factores de localização “externos”, fazem emergir uma lógica de inserção no espaço interna à organização, que lhes facilita a deslocalização de algumas das suas funções e a segmentação espacial das actividades. No novo quadro de ordenamento geo-económico, as unidades de produção territorialmente organizadas podem até ser substituídas, quando não se imponham exigências fortes de relações de proximidade física, pela formação de cadeias de valor globalizadas que geram concorrência entre “clusters” locais, cidades e regiões organizadas, para gerar espaços funcionais de aglomerados multinacionais.
Sendo assim, embora, eventuais exigências de relação face-a-face com fornecedores de serviços e com centros de investigação e desenvolvimento, e de acesso a bacias de emprego altamente qualificado ou a infra-estruturas e redes logísticas muito sofisticadas ditarão que haja também vencedores e perdedores nesse processo de reconfiguração produtiva dos territórios. Nesse contexto, o voluntarismo e capacidade que as autoridades públicas mantenham de posicionarem o respectivo território na disputa pela sedeação dos estabelecimentos, industriais ou de serviços avançados, pode ser essencial, sendo certo que nem tudo se resolve ou, melhor, muito pouco se resolve pela via das guerras de incentivos, fiscais ou financeiros.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

segunda-feira, abril 20, 2009

XVI Congresso Pan-Americano de Engenharia de Tráfego e Transportes e Logística

«Call for Abstracts to the 12th World Conference on Transport Research
Lisbon 11-15 July 2010

The XII World Conference on Transport Research will be held in Lisbon, Portugal, from 11 to 15 July 2010, and its preparations are well under way. The Society and the organizers expect to welcome many hundreds of participants to a memorable conference, and are doing their best to make it happen.
Prof. José Viegas, Conference Director of WCTR 2010, and Prof. Rosário Macário, Vice-Chairperson of the Local Organizing Committee of WCTR 2010 would like to invite you to submit abstracts for papers to be presented at this Conference.
The Society has decided on some important changes for the handling of submissions with the purpose of, simultaneously encouraging presentations from the whole world and their discussion in a multi-cultural setting, and promoting the presentation of high quality papers for which a “fast-track” channel for publication in some of the most reputed scientific journals in the Transportation field will be available.
The key innovation is that authors must declare, after being informed their abstract was approved, whether they want their full paper reviewed or not.
Papers to be reviewed will need to be submitted by 1st February 2010. Accepted papers will be published in the selected proceedings of the Conference, and those rated as very good will be submitted to journals and eligible for the award of prizes. Negotiations are currently being held with the Editorial Boards of several of the leading journals in order to open a fast-track for review and possible publication of the papers endorsed by the WCTR 2010.
Papers which are not to be reviewed will not need to be submitted until 26th April 2010, thus giving more time to complete reports of work in progress. They will be included in the full CD of Conference Papers, and will be presented alongside reviewed papers.
Abstract submission for all papers must be done electronically (upload) through our site: http://www.wctr2010.info/ not later than 15th September 2009. Decisions on abstracts will be announced by 26th October 2009. Authors invited for submission of full paper should indicate their preference for review / no review of the full paper by 16th November 2009.
All information regarding the Topics in which papers can be submitted, as well as the calendar for the various phases of paper processing, the conditions for participation and eligibility for prizes is available on the website.
We look forward to welcoming you in Lisbon.»
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(reprodução integral de mensagem entretanto recebida, encaminhada por: Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional - apdr@mail.telepac.pt - http://www.apdr.pt/)

sábado, abril 18, 2009

Plano Estratégico para o Turismo de Guimarães

O turismo reveste-se de grande actualidade a pequena e grande escala. A cidade de Guimarães destaca-se pela carga histórica a si associada.
Do ponto de vista social e económico, o turismo nacional está a assumir uma importância crescente, gerando em 2004, 11% do PIB empregando cerca de 10% da população activa (ADRAVE, 2003). Em Portugal é considerado um sector fundamental, pelo que interessa dignificá-lo e potenciá-lo, de modo a reforçar os seus efeitos positivos (económico, patrimonial, territorial e social).
Esta situação económica de destaque, em termos de mercado externo, está aliada a um peso económico apreciável a nível interno, no que se refere aos índices de desenvolvimento regional do país, nomeadamente ao emprego, ainda que neste caso a sazonalidade seja um factor de perturbação.
No caso de Guimarães revela-se uma actividade de aposta da cidade. A cidade Património da Humanidade possui infra-estruturas e serviços de apoio a um turismo de qualidade, designadamente, o turismo cultural, associado à sua história e património. As actividades económicas dominantes (indústria) potenciam as de turismo, contribuindo para o aumento do número de visitantes com poder de compra pelo que o turismo de negócios constitui um factor importante para a dinamização do concelho e em especial do Centro Histórico.
O produto turístico possui diversas componentes, nomeadamente, transportes, alojamento, alimentação e animação (HOLLOWAY, 1994), os quais a cidade é capaz de fornecer.
Neste âmbito surge a hipótese da criação de um Plano Estratégico á semelhança do já existente a nível nacional, o Plano Estratégico do Turismo Nacional, caracterizado pela flexibilidade e adaptabilidade a questões de incerteza, cujo objectivo é a identificação das estratégias de desenvolvimento mais favoráveis e as medidas e acções para por em prática essas estratégias, da iniciativa do Governo, responsabilidade do MEI.
A criação de um Plano Estratégico para esta cidade seria uma forma de sublinhar as potencialidades e estrangulamentos ligados ao turismo na cidade, manutenção da identidade, valorização da imagem perante os visitantes, a criação de ligações com as cidades fronteiriças numa óptica de concertação estratégica, aproveitamento dos recursos endógenos e a diversidade característica da própria (entre as quais a história e património), criação e melhoria das infra-estruturas, conciliar o investimento público e privado, preservar a qualidade ambiental, manter relações de competitividade, dinamizar aspectos como a ciência e a tecnologia.
A posição da autarquia (através do papel fulcral do, agora extinto, GTL) perante o património que lhe foi legado, sempre foi de preservação e reabilitação, daí o alcance do título de “Património da Humanidade” pela UNESCO e recentemente o de “Cidade Europeia da Cultura em 2012” em conjunto com a cidade de Maribor (Eslovénia)
O Berço da Nação, é de facto um elemento com forte poder atractivo, contudo, e sem retirar importância à sua cultura, há necessidade de dinamizar as ofertas para responder a novas exigências por parte de quem a visita. Assim, aparecem eventos inovadores como a Feira do Livro Multimédia, Guimarães Jazz, a exploração de novas tecnologias de informação. O motivo de orgulho de quem visita a cidade é sem dúvida os monumentos, o Centro Histórico e a hospitalidade, do lado oposto, está o trânsito e estacionamento, a segurança e limpeza das ruas, o serviço de atendimento no comércio e restaurantes da cidade e os horários curtos de abertura dos monumentos.
Os dados da ZTG e do caso de estudo revelam uma evolução de 2005 para 2006 onde se registou um aumento de 25,4% do número de visitas, a oferta hoteleira segue esta correlação positiva aumentando 7,3%, sendo que os visitantes provêm de diversas nacionalidades e entidades.

Cecília Jesus

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)

Existirão instrumentos de política regional ou apenas um conjunto de medidas isoladas e espontâneas de alguns municípios?!

“O Desenvolvimento Regional é matéria cuja índole exige abordagens não exclusivamente disciplinares, em si, afinal, sempre insuficientes para a resolução dos problemas por vezes designados de económicos mas que são realmente de índole social mais geral” A. Simões Lopes, Desenvolvimento Regional 4.ª edição, 1987
No concelho de Boticas a Câmara Municipal criou um conjunto de medidas de acção social com o intuito de aumentar a natalidade e criar condições de atracção e fixação de população. “Considerando a importância crescente que o sector social deve assumir no âmbito das várias políticas autárquicas, nomeadamente no combate à desertificação dos territórios rurais do interior, o Município de Boticas entendeu apresentar o Programa Municipal de Apoio aos nascituros no concelho”. In Regulamento do “Enxoval do Bebé do Município de Boticas”.
O presidente do município, Fernando Campos, mencionou que "estes incentivos, por si só, não chegam para aumentar a natalidade do concelho e inverter a tendência de envelhecimento da população registada nos últimos anos".
“O apoio consiste na entrega de 500€ por cada filho nascido no concelho. Desde 2005, que a câmara de Boticas atribuiu ainda um conjunto de incentivos financeiros aos nascimentos, que passam por uma prestação pecuniária mensal para frequência de creches, infantários ou outros estabelecimentos do género, e ainda para aquisição de géneros considerados indispensáveis ao desenvolvimento saudável da criança. Em média, a autarquia paga 35 euros mensais por cada criança, entre os cinco meses de idade e os três anos. No total, foram já mais de uma centena, as crianças beneficiárias deste incentivo, o que se representa cerca 150 mil euros pagos pela autarquia.”
In http://www.cm-boticas.pt/noticias/2009/cmboticas/natalidade/default1.html.
São residentes no município de Boticas, segundo os dados do INE, referentes aos Censos de 2001, 6417 pessoas. Dessas, 821 são crianças que têm até 14 anos de idade, 3865 têm entre 15 e 64 anos e 1731 possuem 65 ou mais anos. Entre os anos de 1991 e 2001 o concelho perdeu 1519 pessoas, o que perfaz uma variação negativa de 19,1%. Em 2001 a densidade populacional era de 20hab/km2.
A questão central que se coloca aqui é: Não será dever da Tutela a criação de medidas de apoio à natalidade e “prender” e atrair população para o interior do país? Aqui nasce a dúvida. Existirá mesmo uma politica regional ou não parecerá tudo apenas um conjunto de medidas espontâneas, por parte de alguns Presidentes de Câmaras Municipais do interior do País, para tentar diminuir as assimetrias regionais, (dada a dimensão do nosso país não se compreende as enormes disparidades existentes entre o litoral e o interior).
“Teremos” de deixar a visão económica e empresarial da tutela. A tutela, o Estado, não são uma empresa e como tal o seu objectivo não é o lucro, mas sim fomentar a coesão social e potenciar condições para um crescimento homogéneo das regiões. Como se atenta na C.R.P. no Artigo 9.º (Tarefas fundamentais do Estado) na alínea d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais; e a alínea g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional….
Como tal, não se devem verificar situações em que a tutela distribui desigualmente apoios. Não no sentido de umas receberam mais apoio que outras, mas sim porque aquelas que deviam receber mais apoios são aquelas que acabam por receber, efectivamente, menos apoios.
Podemos usar uma pequena parábola: Se temos um miúdo obeso e outro subnutrido, não vamos continuar a dar comida em abundância ao mais forte e dar cada vez menos ao mais fraco. Esta situação não favorece nenhuns dos dois. Um acabará por morrer enquanto o outro irá ter complicações de saúde. Passando a analogia, assim acontece com as nossas cidades e/ou regiões. A desertificação numas e o excesso de população e todas as complicações a ela inerentes, noutras.
Tenho uma maneira de ver e resolver as coisas, se calhar um pouco ingénua, direi mesmo até evangélica, no sentido das medidas a tomar. Mas a resolução destas assimetrias devem ser abrangidas por planos a longo prazo.
Acima de todo deve existir vontade e paciência política. O que eu quero dizer é que se queremos que estas regiões cresçam temos de criar pólos de atracção nas mesmas e torná-las centros de decisão. Só assim se poderão começar a desenvolver. Porque é que as medidas de combate à crise desta legislatura não abrangem zonas do interior, porque é a linha de alta velocidade não se liga pelo interior do país, o porquê das portagens nas auto-estradas do interior e o porquê da ausência delas na via do Infante. Porque não seguimos o exemplo de Las Vegas, uma cidade no meio do deserto. Ou será que no interior “jamais”.

Ricardo Correia
(aluno do Mestrado em Geografia – Planeamento e Gestão do Território e licenciado em Geografia e Planeamento da Universidade do Minho)
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho]

terça-feira, abril 14, 2009

Seminário "Mobilidade em Cidades Médias e Áreas Rurais"

«Caros Associados,
Vimos por este meio divulgar o seguinte evento externo:

Seminário Mobilidade em Cidades Médias e Áreas Rurais, organizado pela Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco e que irá decorrer nos próximos dias 23 e 24 de Abril de 2009.

Mais informações:
Mais informações:
http://est.ipcb.pt/mobilidade
seminario.mobilidade@gmail.com
Atentamente,

Rita Azevedo
**********************************************************************
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional
Universidade dos Açores
Terra-Chã
9700-851 Angra do Heroísmo»
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência que se identifica)

domingo, abril 12, 2009

Tendências futuras da localização

«Se uma grande parte dos modelos de localização interpretam as escolhas de localização das empresa à luz dos dois grandes determinantes que são os custos de transporte, por uma lado, e as economias de aglomeração, por outro, obviamente que o respectivo valor interpretativo é questionando quando, como na actualidade, os ditos custos assumem uma pequena incidência no valor final das mercadorias na indústria. Esta incidência tem sido estimada em 3 a 8 % (CAPELLO, 2007).
Nestas circunstâncias, conforme adianta Roberta CAPELLO (2007, pp. 37-38), “estes modelos parecem ser mais realisticamente aplicáveis às actividades terciárias”. Esta maior aplicabilidade resulta do baixo valor unitário de certos serviços, actividades comerciais, por exemplo, que dita o crescimento da incidência dos custos de transporte. A exigência de relações face-a-face em muitos serviços avançados (legais, contabilísticos, de saúde), pode influenciar também significativamente quer as escolhas de localização desses serviços quer a dos seus clientes, forçando a proximidade entre quem presta o serviço e respectivos clientes.»
J. Cadima Ribeiro
J. Freitas Santos
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CAPELLO, Roberta (2007), Regional Economics, Routledge, New York.
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(excerto de trabalho em curso sobre "LOCALIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES E SUA DINÂMICA")

quarta-feira, abril 08, 2009

REDES - Vol. 13, nº 2 (2008)

«COMUNICAMOS A PUBLICAÇÃO ON LINE DA REVISTA REDES, VOL. 13, Nº 2
A Revista REDES é uma publicação quadrimestral, de caráter permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UNISC, organizada e editada pelo Centro de Pesquisas para o Desenvolvimento Regional - CEPEDER, com 11 volumes impressos e, a partir do volume nº 12, editada, exclusivamente, em formato eletrônico.
O acesso às publicações de REDES é gratuito e irrestrito. Cadastre-se no Portal de Periódicos On Line da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, através do endereço eletrônico http://online.unisc.br/seer/index.php/redes.
Atenciosamente,

Prof. Dr. Marcos Artêmio Fischborn Ferreira
Editor-Chefe da Revista REDES
Daniela Souza Cuervo
Assistente Administrativo do CEPEDER»
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(reprodução integral de mensagem de correio electrónico ontem recebida, com a proveniência identificada)

sexta-feira, abril 03, 2009

As causas dos incêndios florestais

Nos últimos anos, os incêndios florestais[1] são uma das principais preocupações dos portugueses mas apenas no Verão quando o flagelo dos incêndios faz as parangonas dos jornais e enche os canais televisivos.
A sociedade tem uma visão de curto prazo sobre as questões que são mais visíveis na época de maior ocorrência de incêndios. Isto tem a ver com o facto de haver a percepção de que os fogos são um fenómeno que se combate e provavelmente de difícil prevenção.
Esta visão tem a ver com causas económicas e sociais, que se traduzem em comportamentos, atitudes e também em comportamentos que derivam de práticas agrícolas, de pastoreio, e até de práticas das actividades de recreio e lazer. A sociedade dá menos atenção às questões causais do que às questões do combate, pois tem uma percepção mais imediatista do problema.
Mas a verdade é que o problema da averiguação das causas é ESSENCIAL tendo em conta a realidade dos incêndios florestais que o nosso país vive ano após ano. O Ex-Director Geral das Florestas, Eng.º Carlos Morais, enfatiza este ponto, “Sem termos um perfil de causas bem identificado, sem termos um conhecimento das motivações do fenómeno, nós temos dificuldade em dirigir as nossas medidas. As medidas podem ser várias, de acordo com o tipo de causas (…)”. Portanto, para uma estratégia de defesa da floresta nacional, que é ESSENCIAL, é preciso fazer-se, em primeiro lugar, uma identificação das causas o mais rigorosa possível.
Neste contexto, foi realizado no âmbito do Programa Nacional “Forest Focus”, o projecto “Forest Fires Causes”, cujos objectivos centram-se na investigação das causas dos incêndios florestais, enquanto fonte de informação para a definição de estratégias, designadamente de sensibilização, conducentes à diminuição do número de ocorrências e consequentemente da área ardida.
Partindo da classificação adoptada pela base de dados comum da UE (“common core”), que classifica as causas dos incêndios florestais em Naturais, Negligentes, Intencionais e Desconhecidas (Indeterminadas), foi realizada uma análise aos dados apurados no cômputo (2.150 registos). Os resultados apurados permitiram a determinação das causas em 1.604 investigações. A taxa de indeterminação cifrou-se em 25%, resultante de 546 investigações inconclusivas. Dos resultados apurados, 43% tiveram origem intencional, 31% relacionaram-se com negligência, e apenas 0,3% dos incêndios tiveram origem natural.
Existe, realmente, o reconhecimento de que subsiste uma categoria de causas intencionais, com carácter de crime. E é neste contexto que os comportamentos são importantes, porque, através deles, se consegue perceber algumas categorias de causas, que muitas vezes dão aos responsáveis, indicações da necessidade de actuar em determinados aspectos, ligados à educação e à sensibilização.
O conhecimento das causas dos incêndios tem como objectivo, no contexto da prevenção dos incêndios florestais, produzir informação sobre ONDE, QUANDO, COMO e PORQUÊ deflagrou um incêndio florestal, sendo esta informação uma das pedras basilares da política de prevenção de eclosão do fogo e de defesa da floresta contra incêndios (Direcção Geral dos Recursos Florestais, 2007).
A informação resultante da investigação das causas é de enorme utilidade quer para o legislador, quer para a definição de estratégias de prevenção, designadamente em matéria de sensibilização.

Flora Ferreira Leite

(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
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[1] A escolha deste tema prende-se sobretudo com interesses profissionais, em termos de investigação (realização da Tese de Mestrado na área dos incêndios florestais), participação em projectos (no âmbito do Programa Nacional “Forest Focus”), e com a sua actualidade.