A agricultura como actividade em franco declínio nacional, precisa ser vista como uma questão central no âmbito do planeamento territorial, afectada por determinados factores que levam esta actividade a afectar, por sua vez, outras actividades e simultaneamente toda uma conjuntura social, económica e ambiental. O desenvolvimento estratégico desta actividade, tendo em conta as características e potencialidades regionais, pode ser encarado como amenizador dos vários processos que desencadearam o abandono da actividade agrícola e a sua consequente degradação a vários níveis, assim como travar as consequências derivadas do insucesso do sector agrícola, nomeadamente o êxodo rural.
Portugal como elemento integrante da união europeia, beneficiou de recursos financeiros vindos do PEDAP, co-financiado pelo FEOGA – Orientação, que não foram resolução para todos os problemas da agricultura portuguesa, e em alguns aspectos até agravaram, devido à instauração de quotas que limitam a produção de cereais e leite.
Portugal como elemento integrante da união europeia, beneficiou de recursos financeiros vindos do PEDAP, co-financiado pelo FEOGA – Orientação, que não foram resolução para todos os problemas da agricultura portuguesa, e em alguns aspectos até agravaram, devido à instauração de quotas que limitam a produção de cereais e leite.
Contudo, o sector agrícola em Portugal tem problemas crónicos que necessitam da implementação de medidas e planos que apenas a longo prazo poderão ter resultados positivos. Toda uma conjuntura de fenómenos se desenvolveu em desfavor desta actividade, e a recuperação da sua vitalidade exige uma mudança de paradigmas. A desigual distribuição das actividades económicas e sociais entre o Litoral e o Interior do país, é o factor genérico, ao qual se pode atribuir a principal responsabilidade pela deterioração da agricultura, tendo em consideração o fluxo populacional das regiões do Interior para o Litoral, deixando ao abandono as terras aráveis, e a rejeição da actividade agrícola por parte da população do Litoral, para se estabelecerem em serviços do sector terciário.
Mas de forma mais aprofundada, pode-se apontar como factor de retracção, as características da população agrícola (tendo também em consideração a sua crescente diminuição), com nível de instrução relativamente baixo, fraca qualificação profissional e elevado grau de envelhecimento, o que se reflecte nos baixos rendimentos e na baixa produtividade, uma vez que existe dificuldade de inserção de novas tecnologias, as técnicas utilizadas são rudimentares, as explorações agrícolas são muito fragmentadas e as culturas são desajustadas ao tipo de solo.
Em termos económicos, os factores anteriormente citados repercutem-se num fraco poder de produção e custos muito altos, dificuldade de competição nos preços de mercado com o resto do mundo, encargos financeiros e factores de produção elevados, vícios e falta de eficácia dos circuitos de comercialização, sendo estes agravados pela entrada no mercado português de produtos com preços altamente competitivos, provenientes da Europa.
A análise das questões relativas a esta problemática deve ter em atenção as especificidades desta actividade, sujeita aos condicionalismos do estado do tempo, que afectam a produção e a qualidade dos produtos, variando de ano para ano. Esta é uma característica particular da agricultura, a que mais nenhuma outra actividade é vulnerável, e é nesta perspectiva que este sector deve ser encarado aquando da implementação de planos e medidas de fomento da produção e protecção da população ligada a esta actividade, impedindo-se o seu abandono, que se deve em grande parte a todas as vulnerabilidades a ela inerentes.
Cátia Correia
Mas de forma mais aprofundada, pode-se apontar como factor de retracção, as características da população agrícola (tendo também em consideração a sua crescente diminuição), com nível de instrução relativamente baixo, fraca qualificação profissional e elevado grau de envelhecimento, o que se reflecte nos baixos rendimentos e na baixa produtividade, uma vez que existe dificuldade de inserção de novas tecnologias, as técnicas utilizadas são rudimentares, as explorações agrícolas são muito fragmentadas e as culturas são desajustadas ao tipo de solo.
Em termos económicos, os factores anteriormente citados repercutem-se num fraco poder de produção e custos muito altos, dificuldade de competição nos preços de mercado com o resto do mundo, encargos financeiros e factores de produção elevados, vícios e falta de eficácia dos circuitos de comercialização, sendo estes agravados pela entrada no mercado português de produtos com preços altamente competitivos, provenientes da Europa.
A análise das questões relativas a esta problemática deve ter em atenção as especificidades desta actividade, sujeita aos condicionalismos do estado do tempo, que afectam a produção e a qualidade dos produtos, variando de ano para ano. Esta é uma característica particular da agricultura, a que mais nenhuma outra actividade é vulnerável, e é nesta perspectiva que este sector deve ser encarado aquando da implementação de planos e medidas de fomento da produção e protecção da população ligada a esta actividade, impedindo-se o seu abandono, que se deve em grande parte a todas as vulnerabilidades a ela inerentes.
Cátia Correia
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
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