A Geografia por muitos autores é caracterizada como uma ciência que estuda as características dos fenômenos da Terra, ou a descrição da superfície terrestre, ou o estudo do espaço, ou ainda o estudo da individualidade dos lugares, entre outros. MORAES (1983), considera que esta concepção usual é ao mesmo tempo a de maior vaguidade. “Pois, a superfície da Terra é o teatro privilegiado (por muito tempo o único) de toda reflexão científica, o que desautoriza a colocação de seu estudo como uma especificidade de uma só disciplina.” (MORAES, 1983:31)
Neste contexto, a ciência Geográfica por muito tempo limitou-se apenas na descrição da Terra, por isto sua origem etimológica é Geo Terra e Grafia Descrição, dessa forma, a Geografia ao descrever todas as manifestações dos fenômenos na superfície terrestre poderia ser considerada como uma ciência síntese de todas as demais. Esta definição pode ser apoiada por algumas das concepções formuladas por Kant, o que, para este autor, segundo MORAES (1983) “haveria duas classes de ciências, as especulativas, apoiadas na razão, e as empíricas, apoiadas na observação e nas sensações. (MORAES, 1983:31)
À Geografia caberia buscar as inter-relações entre fenômenos de qualidades distintas que coabitam numa determinada porção do espaço terrestre. Surgindo assim uma nova definição, citada por ANDRADE (2008), em que, a Geografia seria ”a ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos pela superfície da Terra” (MARTONNE, citado por ANDRADE, 2008).
Está nova concepção pode ser considerada como um avanço, pois, a Geografia deixou de ter como principal característica a descrição e passou também a explicar como e por que da distribuição física e socioeconômica no espaço.
Nesta perspectiva, entre todas as disciplinas e ciências que contribuem com a Geografia, a Economia se mostra como sendo de suma importância, principalmente pelo modelo de desenvolvimento e crescimento econômico adotado pelos mais diversos países a partir da segunda metade do século XX, considerando o modelo capitalista, além de, considerar os aspectos da globalização.
Dessa forma, a Economia, mostra-se importante não só por várias de suas teorias ajudar a explicar os mais diversos fenômenos sociais, ambientais e econômicos e sim porque através dos aspectos econômicos pode ser definido a organização ou reorganização do espaço. Como já mencionado, a Geografia sendo uma ciência que analisa todos os aspectos referentes e inseridos no espaço não poderia desconsiderar a Economia como uma ciência base, principalmente ao considerar que muitas das teorias econômicas contribuem para justificar e analisar o espaço.
Nos dias de hoje, a Economia não é apenas considerada como um motor para o crescimento e desenvolvimento, em muitos casos, é o “norte” ela pode delimitar e hierarquizar em diferentes escalas, seja, o município, região ou país a funcionalidade e, a partir dela, medidas políticas serem tomadas. Além, de ser uma ciência que permite também fazer análises de fatos cotidianos, desigualdade social, geração de empregos, sistema previdenciário, entre outros.
A importância da Economia para a Geografia é na mesma proporção que da Geografia para a Economia, como citado por SANTOS (2003) ao analisar as novas necessidades do capitalismo deveriam implicar no desenvolvimento de uma teoria do espaço posta a serviço do capital. O mesmo retrata que “desde a II Guerra Mundial, um número crescente de economistas começou a se interessar por problemas do espaço, enquanto os geógrafos preocuparam-se mais com problemas econômicos.”(SANTOS, 2003:19)
Ou seja, na ciência não existe um saber único ou mesmo delimitação de áreas de saberes, uma ciência pode se apoiar na outra e vice-versa, e mesmo diversos ditos “especialistas” ou profissionais de uma área do saber podem contribuir para a ciência que não de sua especialidade.
Dalila Santos[1]
[1] Dalila de Fátima Moreira dos Santos – Geógrafa formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais- Brasil e atual mestranda do curso de Geografia – Planeamento e Gestão do Território da Universidade do Minho Portugal. Email: <moreira_dalila@yahoo.com.br >
Neste contexto, a ciência Geográfica por muito tempo limitou-se apenas na descrição da Terra, por isto sua origem etimológica é Geo Terra e Grafia Descrição, dessa forma, a Geografia ao descrever todas as manifestações dos fenômenos na superfície terrestre poderia ser considerada como uma ciência síntese de todas as demais. Esta definição pode ser apoiada por algumas das concepções formuladas por Kant, o que, para este autor, segundo MORAES (1983) “haveria duas classes de ciências, as especulativas, apoiadas na razão, e as empíricas, apoiadas na observação e nas sensações. (MORAES, 1983:31)
À Geografia caberia buscar as inter-relações entre fenômenos de qualidades distintas que coabitam numa determinada porção do espaço terrestre. Surgindo assim uma nova definição, citada por ANDRADE (2008), em que, a Geografia seria ”a ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos pela superfície da Terra” (MARTONNE, citado por ANDRADE, 2008).
Está nova concepção pode ser considerada como um avanço, pois, a Geografia deixou de ter como principal característica a descrição e passou também a explicar como e por que da distribuição física e socioeconômica no espaço.
Nesta perspectiva, entre todas as disciplinas e ciências que contribuem com a Geografia, a Economia se mostra como sendo de suma importância, principalmente pelo modelo de desenvolvimento e crescimento econômico adotado pelos mais diversos países a partir da segunda metade do século XX, considerando o modelo capitalista, além de, considerar os aspectos da globalização.
Dessa forma, a Economia, mostra-se importante não só por várias de suas teorias ajudar a explicar os mais diversos fenômenos sociais, ambientais e econômicos e sim porque através dos aspectos econômicos pode ser definido a organização ou reorganização do espaço. Como já mencionado, a Geografia sendo uma ciência que analisa todos os aspectos referentes e inseridos no espaço não poderia desconsiderar a Economia como uma ciência base, principalmente ao considerar que muitas das teorias econômicas contribuem para justificar e analisar o espaço.
Nos dias de hoje, a Economia não é apenas considerada como um motor para o crescimento e desenvolvimento, em muitos casos, é o “norte” ela pode delimitar e hierarquizar em diferentes escalas, seja, o município, região ou país a funcionalidade e, a partir dela, medidas políticas serem tomadas. Além, de ser uma ciência que permite também fazer análises de fatos cotidianos, desigualdade social, geração de empregos, sistema previdenciário, entre outros.
A importância da Economia para a Geografia é na mesma proporção que da Geografia para a Economia, como citado por SANTOS (2003) ao analisar as novas necessidades do capitalismo deveriam implicar no desenvolvimento de uma teoria do espaço posta a serviço do capital. O mesmo retrata que “desde a II Guerra Mundial, um número crescente de economistas começou a se interessar por problemas do espaço, enquanto os geógrafos preocuparam-se mais com problemas econômicos.”(SANTOS, 2003:19)
Ou seja, na ciência não existe um saber único ou mesmo delimitação de áreas de saberes, uma ciência pode se apoiar na outra e vice-versa, e mesmo diversos ditos “especialistas” ou profissionais de uma área do saber podem contribuir para a ciência que não de sua especialidade.
Dalila Santos[1]
[1] Dalila de Fátima Moreira dos Santos – Geógrafa formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais- Brasil e atual mestranda do curso de Geografia – Planeamento e Gestão do Território da Universidade do Minho Portugal. Email: <moreira_dalila@yahoo.com.br >
Principais Referências Bibliográficas
ANDRADE, Manuel Correia. Geografia da Sociedade. Recife. 2008. Editora Universitária UFPE. 2ª Edição
DINIZ, Clélio Campolina e LEMOS, Mauro Borges (ORG). Economia e Território. Minas Gerais. 2005. Editora UFMG
DOWBOR, Ladislau e KILSZTAJN, Samuel (Org). Economia Social no Brasil. São Paulo. 2001. Edirora SENAC
MORAES, Antônio Carlos Robert. Geografia – pequena história critica. 1983. Editora AnnaBlume. 20ª Edição
SANTOS, MILTON. Economia Espacial – Criticas e Alternativas. São Paulo. 2003. Editora da Universidade de São Paulo. 2ª Edição
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(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular Economia e Política Regional do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
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