O conceito de smart growth (crescimento inteligente) existe no vocabulário Norte-americano quase à uma década, existindo um vasto leque de organismos e entidades que dão a cara por este conceito, em prol do desenvolvimento.
Um vasto leque de politicas não necessariamente compatíveis fora introduzido devido à marca do crescimento inteligente, tentando dar resposta aos problemas urbanos. Enquanto se discute qualquer esforço que promova um crescimento social e ambiental incentivando os planeadores, estas propostas politicas necessitam de um exame cuidadoso.
Cada organização ambiental, governamental, bem como de grupos interessados no desenvolvimento definem o crescimento inteligente à sua maneira de forma a verem traduzidas por palavras as suas ambições. Algumas das entidades com responsabilidades no planeamento, bem como no desenvolvimento Norte-americano, definem o crescimento inteligente como um desenvolvimento que serve a economia, a comunidade bem como o ambiente.
Para a EPA (Agencia Norte Americana para a protecção do ambiente) significa a capacidade de consolidar a pressão que está relacionada com o desenvolvimento, com o crescimento económico bem como da população, encontrando maneiras de encorajar o crescimento preservando os valiosos recursos naturais.
Outra organização o Smart Growth América (SGA) define o crescimento inteligente como o espelho dos valores básicos da maioria dos americanos. A sua definição combina seis resultados que se ajustam aos bairros característicos e desejáveis com expansão económica e preservação do espaço aberto.
Para a American Planning Association (APA) requer uma abordagem compreensiva que fracciona muitas disciplinas públicas tradicionais, significando o uso de planos que guiam o crescimento, design, desenvolver, revitalizar e construir comunidades.
Estas são apenas algumas das instituições que tentam “impor” um consenso na definição de crescimento inteligente contudo estas nem sempre coincidem num ponto, a preservação dos recursos naturais. Existe alguma consistência mas também conflito no que diz respeito a definição de crescimento inteligente.
Três pontos em os diferentes grupos concordam são os transportes, a importância da preservação dos recursos naturais e a comunidade, contudo estão em desacordo em relação a outros três elementos o desenvolvimento a nível da construção, do planeamento e ao nível da economia. Estes factores são centrais e explicam talvez o porquê das diferentes definições.
O desenvolvimento da economia e do planeamento são talvez os mais complicados de explicar enquanto que o desenvolvimento é o assunto que o crescimento inteligente.
É o planeamento que deve compreender a evolução do próprio planeamento, zonas de uso misto, design e planeamento tendo em consideração a evolução da própria população, ruas conectivas, infra-estruturas aquíferas inovadoras, melhoramento das áreas públicas, incluindo áreas de recreio. É a escolha de transportes dotando os residentes de várias escolhas, seguras e com conectividade, que levem os utilitários de um lado para o outro sem terem que utilizar tanto o transporte privado.
O desenvolvimento económico como objectivo a ser promovido como também um processo a ser gerido, é também um ponto fulcral para o esforço de planeamento que tem três ameaças, encorajar os negócios na vizinhança que se pode reflectir na construção das comunidades; desenvolvimento vazio que envolva usar locais abandonados ou vazios tanto para uso de casas como para novos locais de trabalho; desenvolvimento da baixa transformando estas áreas em novos pólos de atracção.
Em conclusão podemos dizer que apesar da revisão da definição o crescimento inteligente evidencia uma maleabilidade por parte dos governos locais. Se existe um paradigma do crescimento inteligente e se ganhou aceitação deve amadurecer com o tempo. A participação dos cidadãos deve modelar o sentido real do crescimento inteligente.
Eduarda Lopes
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
Um vasto leque de politicas não necessariamente compatíveis fora introduzido devido à marca do crescimento inteligente, tentando dar resposta aos problemas urbanos. Enquanto se discute qualquer esforço que promova um crescimento social e ambiental incentivando os planeadores, estas propostas politicas necessitam de um exame cuidadoso.
Cada organização ambiental, governamental, bem como de grupos interessados no desenvolvimento definem o crescimento inteligente à sua maneira de forma a verem traduzidas por palavras as suas ambições. Algumas das entidades com responsabilidades no planeamento, bem como no desenvolvimento Norte-americano, definem o crescimento inteligente como um desenvolvimento que serve a economia, a comunidade bem como o ambiente.
Para a EPA (Agencia Norte Americana para a protecção do ambiente) significa a capacidade de consolidar a pressão que está relacionada com o desenvolvimento, com o crescimento económico bem como da população, encontrando maneiras de encorajar o crescimento preservando os valiosos recursos naturais.
Outra organização o Smart Growth América (SGA) define o crescimento inteligente como o espelho dos valores básicos da maioria dos americanos. A sua definição combina seis resultados que se ajustam aos bairros característicos e desejáveis com expansão económica e preservação do espaço aberto.
Para a American Planning Association (APA) requer uma abordagem compreensiva que fracciona muitas disciplinas públicas tradicionais, significando o uso de planos que guiam o crescimento, design, desenvolver, revitalizar e construir comunidades.
Estas são apenas algumas das instituições que tentam “impor” um consenso na definição de crescimento inteligente contudo estas nem sempre coincidem num ponto, a preservação dos recursos naturais. Existe alguma consistência mas também conflito no que diz respeito a definição de crescimento inteligente.
Três pontos em os diferentes grupos concordam são os transportes, a importância da preservação dos recursos naturais e a comunidade, contudo estão em desacordo em relação a outros três elementos o desenvolvimento a nível da construção, do planeamento e ao nível da economia. Estes factores são centrais e explicam talvez o porquê das diferentes definições.
O desenvolvimento da economia e do planeamento são talvez os mais complicados de explicar enquanto que o desenvolvimento é o assunto que o crescimento inteligente.
É o planeamento que deve compreender a evolução do próprio planeamento, zonas de uso misto, design e planeamento tendo em consideração a evolução da própria população, ruas conectivas, infra-estruturas aquíferas inovadoras, melhoramento das áreas públicas, incluindo áreas de recreio. É a escolha de transportes dotando os residentes de várias escolhas, seguras e com conectividade, que levem os utilitários de um lado para o outro sem terem que utilizar tanto o transporte privado.
O desenvolvimento económico como objectivo a ser promovido como também um processo a ser gerido, é também um ponto fulcral para o esforço de planeamento que tem três ameaças, encorajar os negócios na vizinhança que se pode reflectir na construção das comunidades; desenvolvimento vazio que envolva usar locais abandonados ou vazios tanto para uso de casas como para novos locais de trabalho; desenvolvimento da baixa transformando estas áreas em novos pólos de atracção.
Em conclusão podemos dizer que apesar da revisão da definição o crescimento inteligente evidencia uma maleabilidade por parte dos governos locais. Se existe um paradigma do crescimento inteligente e se ganhou aceitação deve amadurecer com o tempo. A participação dos cidadãos deve modelar o sentido real do crescimento inteligente.
Eduarda Lopes
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
1 comentário:
Será que ao falarmos de "crescimento inteligente" não estamos a falar de desenvolvimento?! As 3 diferentes associações referidas no texto têm uma definição, cada uma à sua maneira e de acordo com os interesses que elas defendem. Contudo todas me parecem incluir nela o desenvolvimento. Mas o que me parece é que se devia criar a definição de crescimento capitalista, crescimento desenfreado ou associado à globalização e aos fortes lobbys e interesses económicos e financeiros.
Se reparar-mos bem: as sociedades indignas encontram-se em perfeita harmonia com o espaço que as rodeia, se bem que agora já não se veja isso, as populações indignas! Estes não esgotam os recursos naturais que usam, e utilizam-nos de uma forma sustentada.
Nos nossos dias não se verificam estas conciliações. O Homem destrói todos os recursos ao seu dispor. Não tem qualquer respeito pela natureza e todos os recursos que esta coloca à sua disposição.
Deste modo e como é do conhecimento há uma (grande) diferença entre crescimento e desenvolvimento. Houve uma altura em que estas duas expressões eram dissociadas e até incompatíveis. Se bem, que cada vez mais, com as preocupações ambientais, se procure encontrar compatibilidades entre ambas. E se encontre um ponto em que ambas convergem no mesmo sentido.
O que eu acho é que o desejo de crescer, demasiado depressa, a pressão do dinheiro, o capitalismo em si, provocaram um desenrolar de actividades em que o “tempo” era um factor com pouco peso e como tal, o respeito pelo ambiente e natureza não foi tido em conta em consideração e consequentemente agora estamos a pagar essa factura, com os problemas associados ao aquecimento global.
Outra linha de pensamento que eu queria aprofundar é a ligada às definições de crescimento e desenvolvimento. A primeira mais ligada ao aspecto económico do termo e a segunda mais humana. Eu considero este termo como uma visão “americanizada” das coisas. Os americanos têm sempre uma diferente visão das coisas. Se tivessem em atenção todo aquilo que eu referi atrás, relativamente ao crescimento com respeito dos recursos, sociedades, se calhar não estaríamos a falar em smart growth mas sim em desenvolvimento. E só em Desenvolvimento. Como se sabe crescimento não implica desenvolvimento mas desenvolvimento implica crescimento.
Diz-se que Portugal leva um atraso de anos em relação aos países mais desenvolvidos. O que não merece muita discussão. Relativamente ao respeito pelo ambiente, acho que, pelo patamar que ocupamos no estádio evolutivo, estamos a desempenhar um bom papel, isto se tido em comparação com outros países. Mas como eu não gosto de comparações, acho que estamos francamente mal. Desde já pelas potencialidades energéticas que temos: a maior central foto-voltaica do mundo, a enorme quantidade de barragens, o potencial eólico, e em contraponto, dada a reduzida dimensão do nosso país, continuamos muito dependentes do automóvel o que é francamente mau. Contudo, não será por aí que nos encontramos numa má posição. O que eu acho é que todos os países passam por um processo de evolução. E nos estando atrás de vários países encontramo-nos em vantagem. Porque razão haveremos de pisar terreno minado que outros países já pisaram?! Será que somos masoquistas e gostamos de passar por adversidades. Queremos nos próprios passar por essas experiências para saber o que custou?! Porque não saltamos esses processos. O que eu acho é que devemos aprender com os erros dos outros e como tal defendo que devemos estudar os modelos aplicados nos outros países e usa-los no nosso, mas é claro só aqueles que realmente são proveitosos e trazem benefícios no futuro.
Em conclusão acho que a única coisa a ser inteligente deviam ser os políticos, porque eles é que decidem, se as decisões forem inteligentes qualquer que seja o resultado será também inteligente. Assim o crescimento deve ser deixado nas mãos de inteligentes e deixa-los a eles tornar o crescimento inteligente, porque o crescimento (?!) que se verifica hoje em dia ñ é de todo inteligente.
Ricardo Correia
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