Laboratório:
Dinâmica de rede
(título de mensagem, datada de 28 de Junho de 2009, disponível em Empreender)
Espaço de divulgação e debate de ideias relativas ao planeamento do território, à economia do turismo e ao desenvolvimento regional.
segunda-feira, junho 29, 2009
quarta-feira, junho 24, 2009
Qualidade do Ambiente Urbano: novos desafios
«QAU’09 – convite para a submissão de resumos
Exmo(s). Sr(es)./Exma(s) Sra(s).,
Vimos por este meio convidá-lo a submeter um ou mais resumos no âmbito na conferência Qualidade do Ambiente Urbano: novos desafios (QAU’09) que decorrerá em Bragança, nos dias 8 e 9 de Outubro de 2009. A data limite para a submissão é 20 de Julho de 2009.
Nesta conferência procurar-se-á discutir estratégias de construção da cidade contemporânea que promovam a qualidade do ambiente, através da participação de oradores convidados de reconhecido valor e da criação de um espaço que estimule o debate entre os vários participantes. Este evento científico será de elevado interesse para professores, investigadores, urbanistas, políticos, profissionais das ciências sociais, profissionais de saúde, estudantes, entre outros.
Para mais informações pode consultar a página web do evento em
Ficamos a aguardar a sua contribuição.
Agradecemos também a distribuição deste e.mail pelos seus colegas, amigos,
alunos e outros membros da comunidade, que possam ter interesse em
participar no evento.
Obrigado!
A Comissão Organizadora»
*
(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, reencaminhada por Paula Cristina Remoaldo)
terça-feira, junho 23, 2009
Especialização dos sectores de actividade nas subregiões estatísticas Cávado, Ave e Região Norte
Tendo por base os dados estatísticos do INE para o ano de 2007, obteve-se os quocientes de localização dos vários sectores de actividades das áreas geográficas escolhidas para análise: Cávado, Ave e Norte. Os quocientes de localização permitiram que se efectuasse uma análise de forma a verificar a presença destas actividades nestes territórios. A variável trabalhada para o efeito foi o emprego.
Dessa forma a subregião estatística do Cávado apresentou como pontos fortes a Indústria extractiva lado a lado com a Indústria transformadora, embora o sector da Construção apresentasse um valor de quociente de localização muito aproximado dos sectores anteriores, sendo esses valores respectivamente de 1,6/ 1,6/ 1,55. Podemos verificar nesta área geográfica uma forte presença do sector industrial, quer extractivo, quer transformador, e significativo do sector da Construção. Seguidamente e também orientado a satisfazer a procura externa, encontra-se o sector da Produção e distribuição de electricidade, gás e água. O seu quociente de localização é de 1,22. Verifica-se também um quociente localização de 1,09 para Famílias com empregados domésticos, actividade que também denota alguma persistência neste território. Por outro lado, o sector de actividade com menor expressão foi o sector dos Transportes, armazenagem e comunicações com um quociente de localização de 0,38.
A subregião estatística do Ave, limítrofe com a anterior, revelou uma grande preponderância do sector das Indústrias transformadoras com um quociente de localização de 2,79, sendo este mesmo um elevado grau relativo da concentração desta actividade neste território. Seguidamente e ainda com expressão significativa encontra-se o sector das Indústrias extractivas com um quociente de localização de 1,25 tratando-se da mesma forma de uma actividade orientada para satisfazer a procura externa. Os restantes sectores apresentaram valores inferiores a 1, sendo o sector com menor expressão nesta subregião estatística, o sector da Administração pública, defesa e segurança social obrigatória com um valor de 0,33.
O sector da Pesca não revelou expressão estatística significativa nestas áreas geográficas referidas anteriormente.
Em comparação com as subregiões estatísticas analisadas, a Região Norte apresentou um perfil algo diferente em relação à sua especialização e actividades. À semelhança das subregiões anteriores o sector das Indústrias transformadoras encontra-se bastante enraizado na Região Norte representando uma grande orientação para satisfazer a procura externa com um quociente de localização de 1,52. O sector da Construção com 1,07 revela também um significativo grau de especialização. No entanto, contrariamente ás regiões anteriormente analisadas o sector da Agricultura, produção animal, caça e silvicultura com um quociente de localização de 1,05, valor que denotou que a subregião tende a ser exportadora deste produto. As restantes actividades não são orientadas para satisfazer a procura externa, não evidenciando elevada especialização. O sector da Administração pública, defesa e segurança social obrigatória apresenta o valor mais baixo de quociente de localização de 0,59. O equilíbrio nos quocientes de localização das várias actividades presentes na Região Norte é maior, sendo menor a disparidade entre os diversos sectores de actividade, do que nas subregiões estatísticas do Cávado e Ave.
A. Miguel Martins
Dessa forma a subregião estatística do Cávado apresentou como pontos fortes a Indústria extractiva lado a lado com a Indústria transformadora, embora o sector da Construção apresentasse um valor de quociente de localização muito aproximado dos sectores anteriores, sendo esses valores respectivamente de 1,6/ 1,6/ 1,55. Podemos verificar nesta área geográfica uma forte presença do sector industrial, quer extractivo, quer transformador, e significativo do sector da Construção. Seguidamente e também orientado a satisfazer a procura externa, encontra-se o sector da Produção e distribuição de electricidade, gás e água. O seu quociente de localização é de 1,22. Verifica-se também um quociente localização de 1,09 para Famílias com empregados domésticos, actividade que também denota alguma persistência neste território. Por outro lado, o sector de actividade com menor expressão foi o sector dos Transportes, armazenagem e comunicações com um quociente de localização de 0,38.
A subregião estatística do Ave, limítrofe com a anterior, revelou uma grande preponderância do sector das Indústrias transformadoras com um quociente de localização de 2,79, sendo este mesmo um elevado grau relativo da concentração desta actividade neste território. Seguidamente e ainda com expressão significativa encontra-se o sector das Indústrias extractivas com um quociente de localização de 1,25 tratando-se da mesma forma de uma actividade orientada para satisfazer a procura externa. Os restantes sectores apresentaram valores inferiores a 1, sendo o sector com menor expressão nesta subregião estatística, o sector da Administração pública, defesa e segurança social obrigatória com um valor de 0,33.
O sector da Pesca não revelou expressão estatística significativa nestas áreas geográficas referidas anteriormente.
Em comparação com as subregiões estatísticas analisadas, a Região Norte apresentou um perfil algo diferente em relação à sua especialização e actividades. À semelhança das subregiões anteriores o sector das Indústrias transformadoras encontra-se bastante enraizado na Região Norte representando uma grande orientação para satisfazer a procura externa com um quociente de localização de 1,52. O sector da Construção com 1,07 revela também um significativo grau de especialização. No entanto, contrariamente ás regiões anteriormente analisadas o sector da Agricultura, produção animal, caça e silvicultura com um quociente de localização de 1,05, valor que denotou que a subregião tende a ser exportadora deste produto. As restantes actividades não são orientadas para satisfazer a procura externa, não evidenciando elevada especialização. O sector da Administração pública, defesa e segurança social obrigatória apresenta o valor mais baixo de quociente de localização de 0,59. O equilíbrio nos quocientes de localização das várias actividades presentes na Região Norte é maior, sendo menor a disparidade entre os diversos sectores de actividade, do que nas subregiões estatísticas do Cávado e Ave.
A. Miguel Martins
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
sexta-feira, junho 19, 2009
Turismo & Ordenamento
A relação entre o turismo e o ordenamento nunca foi muito pacífica. Esta deriva, no essencial, do confronto de duas perspectivas (territorial & sectorial) e de duas lógicas (público & privado) supostamente discordantes quanto aos modelos de ocupação e aos regimes de uso do solo, determinados pelos instrumentos de planeamento e de gestão do território.
Este conflito é exposto como opondo uma visão integrada do território, baseada em objectivos e estratégias de desenvolvimento sustentável, a uma visão parcelar do sector e do “negócio”, estabelecida em objectivos e estratégias de desenvolvimento económico e de maximização dos benefícios privados.
Porém, não será esta uma reprodução caricatural, fatalmente simplista e redutora, que ignora ou desvaloriza a complexidade do problema e as incoerências e insuficiências do sistema actual de ordenamento do território?
É realmente importante não negligenciar quer a herança que o País tem nesta área, quer as dificuldades de compatibilização, por vezes intransponíveis, de interesses tão discrepantes e mesmo antagónicos.
Contudo, não é menos verdade que a inexistência de um sistema global verdadeiramente adaptado de gestão do território, a débil ou ausente articulação entre instrumentos de política sectorial e de planeamento territorial condicionam ou penalizam o desenvolvimento de sectores como o turismo.
Temos como exemplo característico desta situação o caso do Douro, em que a complexa e desarticulada camada de instrumentos de planeamento e de ordenamento do território que recai sobre a região dificulta, na opinião de autarcas, investidores e de muitos responsáveis públicos, não só a realização do Plano de Desenvolvimento Turístico (PDTVD) mas também a execução de vários projectos que já receberam da Agência Portuguesa e de Investimento (API) o estatuto de Projectos de Interesse Nacional (PIN).
Graças ao valor do seu património natural e cultural, aumento da sua reputação a nível internacional e aos, não menos importantes, prometidos apoios públicos, o Douro começou a ser cobiçado pelos agentes económicos ligados ao ramo turístico. Sucedem-se os anúncios de intenções e de projectos de investimento: aldeamentos turísticos em Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Penedono; hotéis de charme em Alijó e Lamego; hotéis, resorts, spa’s, campo de golfe em Mesão Frio, Alijó, Sabrosa, etc. Mas a quase totalidade destes projectos defronta grandes dificuldades na sua concretização e, na maioria das vezes, por razões relativas à total desadequação dos planos em vigor (o Plano de Ordenamento das Albufeiras da Régua e Carrapatelo; o Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro e os vários Planos Directores Municipais), à estratégia de desenvolvimento turístico formulada pelo PDTVD. Este exemplo evidencia o estado caótico e anacrónico em que se encontra o nosso sistema actual de ordenamento do território, marcado pela sobreposição de planos com âmbitos e objectivos diferenciados, insuficientemente articulados entre si e, a maioria das vezes, pouco ajustados com as estratégias e as prioridades de desenvolvimento difundidas pelas entidades locais, regionais e sectoriais e com as intenções e as apostas dos potenciais investidores privados. E permite perceber até que ponto, em situações como estas, os conflitos são inevitáveis e as consequências desastrosas para os territórios onde o turismo é visto como uma das principais alavancas do processo de desenvolvimento.
Helena Oliveira
Este conflito é exposto como opondo uma visão integrada do território, baseada em objectivos e estratégias de desenvolvimento sustentável, a uma visão parcelar do sector e do “negócio”, estabelecida em objectivos e estratégias de desenvolvimento económico e de maximização dos benefícios privados.
Porém, não será esta uma reprodução caricatural, fatalmente simplista e redutora, que ignora ou desvaloriza a complexidade do problema e as incoerências e insuficiências do sistema actual de ordenamento do território?
É realmente importante não negligenciar quer a herança que o País tem nesta área, quer as dificuldades de compatibilização, por vezes intransponíveis, de interesses tão discrepantes e mesmo antagónicos.
Contudo, não é menos verdade que a inexistência de um sistema global verdadeiramente adaptado de gestão do território, a débil ou ausente articulação entre instrumentos de política sectorial e de planeamento territorial condicionam ou penalizam o desenvolvimento de sectores como o turismo.
Temos como exemplo característico desta situação o caso do Douro, em que a complexa e desarticulada camada de instrumentos de planeamento e de ordenamento do território que recai sobre a região dificulta, na opinião de autarcas, investidores e de muitos responsáveis públicos, não só a realização do Plano de Desenvolvimento Turístico (PDTVD) mas também a execução de vários projectos que já receberam da Agência Portuguesa e de Investimento (API) o estatuto de Projectos de Interesse Nacional (PIN).
Graças ao valor do seu património natural e cultural, aumento da sua reputação a nível internacional e aos, não menos importantes, prometidos apoios públicos, o Douro começou a ser cobiçado pelos agentes económicos ligados ao ramo turístico. Sucedem-se os anúncios de intenções e de projectos de investimento: aldeamentos turísticos em Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Penedono; hotéis de charme em Alijó e Lamego; hotéis, resorts, spa’s, campo de golfe em Mesão Frio, Alijó, Sabrosa, etc. Mas a quase totalidade destes projectos defronta grandes dificuldades na sua concretização e, na maioria das vezes, por razões relativas à total desadequação dos planos em vigor (o Plano de Ordenamento das Albufeiras da Régua e Carrapatelo; o Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro e os vários Planos Directores Municipais), à estratégia de desenvolvimento turístico formulada pelo PDTVD. Este exemplo evidencia o estado caótico e anacrónico em que se encontra o nosso sistema actual de ordenamento do território, marcado pela sobreposição de planos com âmbitos e objectivos diferenciados, insuficientemente articulados entre si e, a maioria das vezes, pouco ajustados com as estratégias e as prioridades de desenvolvimento difundidas pelas entidades locais, regionais e sectoriais e com as intenções e as apostas dos potenciais investidores privados. E permite perceber até que ponto, em situações como estas, os conflitos são inevitáveis e as consequências desastrosas para os territórios onde o turismo é visto como uma das principais alavancas do processo de desenvolvimento.
Helena Oliveira
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
terça-feira, junho 16, 2009
A comercialização de vinhos pela Internet
Construir respostas a partir dos recursos e competências dos territórios: a comercialização de vinhos pela internet
(título de mensagem, datada de 2009/06/16, disponível em Economia Portuguesa)
(título de mensagem, datada de 2009/06/16, disponível em Economia Portuguesa)
segunda-feira, junho 15, 2009
Subsiste uma clara diferença entre usar a internet para obter informação e usá-la como principal canal de compra
"Não havendo dados para Portugal sobre o perfil do comprador de vinhos que usa o canal electrónico, esses dados existem para os EUA. Dos resultados disponíveis para este mercado, um primeiro elemento a reter refere-se ao número de respondentes a um inquérito que consomem vinho regularmente (53,5%). Em contraste, o mercado electrónico revelou-se bastante pequeno: somente 17,2% dos consumidores de vinho recorria a esse canal de comercialização. A variedade de fontes de informação usadas pelos consumidores merece também atenção, sendo que os retalhistas gozam de uma clara supremacia, com quase 30% (29,6%) das visitas. Este dado é consistente com a ideia de que subsiste uma clara diferença entre usar a internet para obter informação sobre produtos e usá-la como principal canal de compra ou canal alternativo aos tradicionais."
J. Cadima Ribeiro
*
(excerto de artigo a publicar amanhã no Suplemento de Economia do Diário do Minho)
quarta-feira, junho 10, 2009
A problemática da agricultura portuguesa
A agricultura como actividade em franco declínio nacional, precisa ser vista como uma questão central no âmbito do planeamento territorial, afectada por determinados factores que levam esta actividade a afectar, por sua vez, outras actividades e simultaneamente toda uma conjuntura social, económica e ambiental. O desenvolvimento estratégico desta actividade, tendo em conta as características e potencialidades regionais, pode ser encarado como amenizador dos vários processos que desencadearam o abandono da actividade agrícola e a sua consequente degradação a vários níveis, assim como travar as consequências derivadas do insucesso do sector agrícola, nomeadamente o êxodo rural.
Portugal como elemento integrante da união europeia, beneficiou de recursos financeiros vindos do PEDAP, co-financiado pelo FEOGA – Orientação, que não foram resolução para todos os problemas da agricultura portuguesa, e em alguns aspectos até agravaram, devido à instauração de quotas que limitam a produção de cereais e leite.
Portugal como elemento integrante da união europeia, beneficiou de recursos financeiros vindos do PEDAP, co-financiado pelo FEOGA – Orientação, que não foram resolução para todos os problemas da agricultura portuguesa, e em alguns aspectos até agravaram, devido à instauração de quotas que limitam a produção de cereais e leite.
Contudo, o sector agrícola em Portugal tem problemas crónicos que necessitam da implementação de medidas e planos que apenas a longo prazo poderão ter resultados positivos. Toda uma conjuntura de fenómenos se desenvolveu em desfavor desta actividade, e a recuperação da sua vitalidade exige uma mudança de paradigmas. A desigual distribuição das actividades económicas e sociais entre o Litoral e o Interior do país, é o factor genérico, ao qual se pode atribuir a principal responsabilidade pela deterioração da agricultura, tendo em consideração o fluxo populacional das regiões do Interior para o Litoral, deixando ao abandono as terras aráveis, e a rejeição da actividade agrícola por parte da população do Litoral, para se estabelecerem em serviços do sector terciário.
Mas de forma mais aprofundada, pode-se apontar como factor de retracção, as características da população agrícola (tendo também em consideração a sua crescente diminuição), com nível de instrução relativamente baixo, fraca qualificação profissional e elevado grau de envelhecimento, o que se reflecte nos baixos rendimentos e na baixa produtividade, uma vez que existe dificuldade de inserção de novas tecnologias, as técnicas utilizadas são rudimentares, as explorações agrícolas são muito fragmentadas e as culturas são desajustadas ao tipo de solo.
Em termos económicos, os factores anteriormente citados repercutem-se num fraco poder de produção e custos muito altos, dificuldade de competição nos preços de mercado com o resto do mundo, encargos financeiros e factores de produção elevados, vícios e falta de eficácia dos circuitos de comercialização, sendo estes agravados pela entrada no mercado português de produtos com preços altamente competitivos, provenientes da Europa.
A análise das questões relativas a esta problemática deve ter em atenção as especificidades desta actividade, sujeita aos condicionalismos do estado do tempo, que afectam a produção e a qualidade dos produtos, variando de ano para ano. Esta é uma característica particular da agricultura, a que mais nenhuma outra actividade é vulnerável, e é nesta perspectiva que este sector deve ser encarado aquando da implementação de planos e medidas de fomento da produção e protecção da população ligada a esta actividade, impedindo-se o seu abandono, que se deve em grande parte a todas as vulnerabilidades a ela inerentes.
Cátia Correia
Mas de forma mais aprofundada, pode-se apontar como factor de retracção, as características da população agrícola (tendo também em consideração a sua crescente diminuição), com nível de instrução relativamente baixo, fraca qualificação profissional e elevado grau de envelhecimento, o que se reflecte nos baixos rendimentos e na baixa produtividade, uma vez que existe dificuldade de inserção de novas tecnologias, as técnicas utilizadas são rudimentares, as explorações agrícolas são muito fragmentadas e as culturas são desajustadas ao tipo de solo.
Em termos económicos, os factores anteriormente citados repercutem-se num fraco poder de produção e custos muito altos, dificuldade de competição nos preços de mercado com o resto do mundo, encargos financeiros e factores de produção elevados, vícios e falta de eficácia dos circuitos de comercialização, sendo estes agravados pela entrada no mercado português de produtos com preços altamente competitivos, provenientes da Europa.
A análise das questões relativas a esta problemática deve ter em atenção as especificidades desta actividade, sujeita aos condicionalismos do estado do tempo, que afectam a produção e a qualidade dos produtos, variando de ano para ano. Esta é uma característica particular da agricultura, a que mais nenhuma outra actividade é vulnerável, e é nesta perspectiva que este sector deve ser encarado aquando da implementação de planos e medidas de fomento da produção e protecção da população ligada a esta actividade, impedindo-se o seu abandono, que se deve em grande parte a todas as vulnerabilidades a ela inerentes.
Cátia Correia
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
terça-feira, junho 09, 2009
International Conference on Coastal Conservation and Management in the Atlantic and Mediterranean
«ICCCM10
International Conference on Coastal Conservation and Management in the Atlantic and Mediterranean
The New University of Lisbon, the Cascais Municipality, the Cascais Energy Agency, the Cascais Atlantic Agency and the Organizing Committee, are pleased to announce the International Conference on Coastal Conservation and Management in the Atlantic and Mediterranean (ICCCM2010), that will be held on April 11 to 17, 2010 at Estoril, Cascais (Portugal).
Please find information at http://icccm.dcea.fct.unl.pt/
Important dates
1st June 2009- Pre-registration opening
25th September 2009- Abstract submission deadline
30th November 2009- Acceptance notification
15th January 2010 - End of reduced fee for registration
26th February 2010 - Submission of papers for publication at Journal of Coastal Conservation
If you have any questions, please do not hesitate to contact us icccm@cascaisenergia.org
Sincerely yours
Paula Sobral
José Carlos Ferreira»
International Conference on Coastal Conservation and Management in the Atlantic and Mediterranean
The New University of Lisbon, the Cascais Municipality, the Cascais Energy Agency, the Cascais Atlantic Agency and the Organizing Committee, are pleased to announce the International Conference on Coastal Conservation and Management in the Atlantic and Mediterranean (ICCCM2010), that will be held on April 11 to 17, 2010 at Estoril, Cascais (Portugal).
Please find information at http://icccm.dcea.fct.unl.pt/
Important dates
1st June 2009- Pre-registration opening
25th September 2009- Abstract submission deadline
30th November 2009- Acceptance notification
15th January 2010 - End of reduced fee for registration
26th February 2010 - Submission of papers for publication at Journal of Coastal Conservation
If you have any questions, please do not hesitate to contact us icccm@cascaisenergia.org
Sincerely yours
Paula Sobral
José Carlos Ferreira»
*
(reprodução integral de mensagem entretanto recebida, com a proveniência que se identifica)
sexta-feira, junho 05, 2009
A importância da cooperação entre os territórios para o desenvolvimento local, regional e nacional
Portugal é um país que pode ser dividido por critérios geográficos (Norte, Centro e Sul), por critérios económicos e ou de desenvolvimento (Litoral e Interior), entre muitos outros critérios.
Contudo, as divisões as administrativas (freguesias, concelhos, distritos), os seus limites e as suas fronteiras tornam o cidadão e o poder local demasiado proteccionista, bairrista e até hostil para com as freguesias/concelhos/distritos vizinhos. O excessivo sentimento de pertença é prejudicial para o desenvolvimento equilibrado dos territórios. Em casos extremos assistimos a lutas em tribunais para saber a qual freguesia pertence uma determinada rua, escola ou terreno.
Não será mais vantajoso fomentar a união entre territórios, para se tentar: atrair e aumentar a população? Atingir o desenvolvimento a vários níveis (humano económico etc? Criar locais específicos e especializados para o estabelecimento de actividades económicas que sejam as predominantes ou que possam melhorar e ou complementar o tecido produtivo desses territórios? Tornando-os assim mais atractivos para investimentos públicos e privados (nacionais e internacionais).
Porém, os territórios e os respectivos decisores, gestores e planeadores, parecem não seguir uma tendência de cooperação, preferindo competir e por vezes fomentar a competição através de disputas por equipamentos e infra-estruturas (gimnodesportivos, piscinas, rotundas, centros comerciais, estradas, auto-estradas, campos de futebol etc.) não querendo que os territórios vizinhos os ultrapassem em quantidade nem em qualidade.
Essa competição nem sempre é negativa, pois as populações acabam por beneficiar de mais equipamentos e ofertas. Mas, a construção dos mais diversos equipamentos deve, acima de tudo, ter em consideração as necessidades essenciais das populações e estar inseridos num plano de desenvolvimento e de sustentabilidade que deve servir mais do que um território (se existir essa possibilidade).
Se não existirem necessidades concretas comete-se o erro de se gastar recursos económicos e naturais de forma leviana em equipamentos que rapidamente se tornam incomportáveis e excessivos, e acabam por ficar ao abandono devido à ausência de manutenção. Os factos referidos anteriormente, verificam-se sobretudo quando os planeadores não têm em conta o facto de alguns equipamentos só se justificarem a uma escala regional ou nacional. A localização dos equipamentos deve respeitar o limiar da procura, este limiar deve ser respeitado, pois só assim se torna legítima a oferta do serviço fornecido pelo equipamento, e como tal está salvaguarda (à priori) a eficiência e a sustentabilidade financeira do mesmo. Por fim, é preciso enfatizar que cada equipamento tem uma área de influência consoante o serviço que oferece. Visto isto, é necessário analisar o território como um todo. Se o território for analisado de uma forma fragmentada (divisões administrativas), podemos estar a colocar na mesma área de influência equipamentos que oferecem o mesmo serviço. Se isso se verificar estaremos a desrespeitar o limiar da procura, entrando em ruptura com a lógica da sustentabilidade dos equipamentos e consequentemente estaremos a desperdiçar recursos, num mundo de recursos escassos.
Aproxima-se um período de enorme concentração de eleições e será que mais uma vez, vamos assistir a uma maratona de inaugurações de equipamentos que futuramente vão estar sujeitos ao abandono? Será que os gestores do território pensam que terão mais visibilidade se forem responsáveis por um conjunto de obras de engenharia? E o apoio a famílias carenciadas? E os apoios para a educação? E a protecção do ambiente?
O ordenamento e o planeamento do território e a gestão do mesmo, exige uma sensibilidade apurada para muitas áreas do saber que muitos dos responsáveis do poder local parecem não ter, pois, qualquer alteração no território tem impactes físicos, ambientais, sociais e económicos entre outros. Assim sendo, é preciso que os decisores do território criem um maior sentido de responsabilidade e de ética nas intervenções e na gestão que fazem dos seus territórios, pensando neles não como uma “ilha” mas sim integrados (cooperando com os outros territórios) numa política de desenvolvimento sustentável.
Para concluir, as divisões entre territórios não devem ser vistas como fronteiras, nem devemos ver cada território como uma ilha. As divisões existem para facilitar a gestão dos territórios e não para fomentar desigualdades entre os mesmos. Devemos então, ter uma perspectiva de integração e cooperação entre territórios, para podermos combater de uma forma mais eficaz, integrada e estratégica, as desigualdades quer à escala local, regional ou nacional, pois como diz o ditado “ a união faz a força” e assim podemos “lutar” para dotar os territórios de instrumentos e equipamentos, capazes de melhorar as condições das suas populações e quem sabe (permitam-me esta visão utópica) por consequência tornar Portugal num país melhor.
Bruno Azevedo
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
Contudo, as divisões as administrativas (freguesias, concelhos, distritos), os seus limites e as suas fronteiras tornam o cidadão e o poder local demasiado proteccionista, bairrista e até hostil para com as freguesias/concelhos/distritos vizinhos. O excessivo sentimento de pertença é prejudicial para o desenvolvimento equilibrado dos territórios. Em casos extremos assistimos a lutas em tribunais para saber a qual freguesia pertence uma determinada rua, escola ou terreno.
Não será mais vantajoso fomentar a união entre territórios, para se tentar: atrair e aumentar a população? Atingir o desenvolvimento a vários níveis (humano económico etc? Criar locais específicos e especializados para o estabelecimento de actividades económicas que sejam as predominantes ou que possam melhorar e ou complementar o tecido produtivo desses territórios? Tornando-os assim mais atractivos para investimentos públicos e privados (nacionais e internacionais).
Porém, os territórios e os respectivos decisores, gestores e planeadores, parecem não seguir uma tendência de cooperação, preferindo competir e por vezes fomentar a competição através de disputas por equipamentos e infra-estruturas (gimnodesportivos, piscinas, rotundas, centros comerciais, estradas, auto-estradas, campos de futebol etc.) não querendo que os territórios vizinhos os ultrapassem em quantidade nem em qualidade.
Essa competição nem sempre é negativa, pois as populações acabam por beneficiar de mais equipamentos e ofertas. Mas, a construção dos mais diversos equipamentos deve, acima de tudo, ter em consideração as necessidades essenciais das populações e estar inseridos num plano de desenvolvimento e de sustentabilidade que deve servir mais do que um território (se existir essa possibilidade).
Se não existirem necessidades concretas comete-se o erro de se gastar recursos económicos e naturais de forma leviana em equipamentos que rapidamente se tornam incomportáveis e excessivos, e acabam por ficar ao abandono devido à ausência de manutenção. Os factos referidos anteriormente, verificam-se sobretudo quando os planeadores não têm em conta o facto de alguns equipamentos só se justificarem a uma escala regional ou nacional. A localização dos equipamentos deve respeitar o limiar da procura, este limiar deve ser respeitado, pois só assim se torna legítima a oferta do serviço fornecido pelo equipamento, e como tal está salvaguarda (à priori) a eficiência e a sustentabilidade financeira do mesmo. Por fim, é preciso enfatizar que cada equipamento tem uma área de influência consoante o serviço que oferece. Visto isto, é necessário analisar o território como um todo. Se o território for analisado de uma forma fragmentada (divisões administrativas), podemos estar a colocar na mesma área de influência equipamentos que oferecem o mesmo serviço. Se isso se verificar estaremos a desrespeitar o limiar da procura, entrando em ruptura com a lógica da sustentabilidade dos equipamentos e consequentemente estaremos a desperdiçar recursos, num mundo de recursos escassos.
Aproxima-se um período de enorme concentração de eleições e será que mais uma vez, vamos assistir a uma maratona de inaugurações de equipamentos que futuramente vão estar sujeitos ao abandono? Será que os gestores do território pensam que terão mais visibilidade se forem responsáveis por um conjunto de obras de engenharia? E o apoio a famílias carenciadas? E os apoios para a educação? E a protecção do ambiente?
O ordenamento e o planeamento do território e a gestão do mesmo, exige uma sensibilidade apurada para muitas áreas do saber que muitos dos responsáveis do poder local parecem não ter, pois, qualquer alteração no território tem impactes físicos, ambientais, sociais e económicos entre outros. Assim sendo, é preciso que os decisores do território criem um maior sentido de responsabilidade e de ética nas intervenções e na gestão que fazem dos seus territórios, pensando neles não como uma “ilha” mas sim integrados (cooperando com os outros territórios) numa política de desenvolvimento sustentável.
Para concluir, as divisões entre territórios não devem ser vistas como fronteiras, nem devemos ver cada território como uma ilha. As divisões existem para facilitar a gestão dos territórios e não para fomentar desigualdades entre os mesmos. Devemos então, ter uma perspectiva de integração e cooperação entre territórios, para podermos combater de uma forma mais eficaz, integrada e estratégica, as desigualdades quer à escala local, regional ou nacional, pois como diz o ditado “ a união faz a força” e assim podemos “lutar” para dotar os territórios de instrumentos e equipamentos, capazes de melhorar as condições das suas populações e quem sabe (permitam-me esta visão utópica) por consequência tornar Portugal num país melhor.
Bruno Azevedo
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
A criação de Garranos em Vieira do Minho e o uso do fogo
Os incêndios florestais são um tema cada vez mais inquietante e cada vez mais estudado, sendo importante conhecer a causa de cada um, para poder prever e se possível tentar evitá-los ou reduzir a intensidade de ocorrências futuras.
Como sabemos, eles ocorrem um pouco por todo o mundo, devidos a variadíssimas causas e diferentes dimensões, relacionadas com as características do meio em questão.
Relativamente ao caso específico do concelho de Vieira do Minho, trata-se de uma área complexa com orografia acidentada, espécies biológicas particulares (como o cavalo de raça garrana (espécie autóctone)), características atmosféricas únicas (os níveis de precipitação são superiores a 1400 mm, muito embora, devido à altitude e disposição do relevo, assimetricamente distribuídos pelo território) e aspectos sociais, culturais, económicos e políticos peculiares. Assim, tal como no resto do mundo, existe um enorme número de causas de incêndios possíveis.
No entanto, neste território existe um aspecto em que vale a pena reflectir. O facto de o número de equídeos ter vindo a aumentar, está intimamente relacionado com os subsídios atribuídos aos garranos (apoio concedido às raças autóctones e ameaçadas), tornando deste modo a sua criação mais atractiva e sendo causa de diversos conflitos, tendo estado por exemplo na origem de vários acidentes rodoviários, alguns causando vítimas mortais; têm invadido e destruído propriedades agrícolas, desencadeando conflitos entre agricultores e criadores; e estão na origem de invejas e mal-estar devido à atribuição dos subsídios, nem sempre eficazmente fiscalizados.
Com base no estudo realizado por: A. J. Bento Gonçalves, A. A. Batista Vieira, C. P. Oliveira Martins, F. C. Ferreira Leite e F. Silva Costa, intitulado “A criação de Garranos na serra da Cabreira (Vieira do Minho) e o uso do fogo” podemos ainda dizer que a renovação do pasto (não só para os garranos mas também para outras espécies como ovinos, caprinos e principalmente bovinos) é uma das principais motivações para a realização das queimadas.
Existe ainda uma tendência de estabilização do número de ignições no verão e uma tendência crescente das verificadas nos restantes meses do ano, período tradicionalmente usado para as queimadas.
Assim, o recurso ao uso do fogo tem vindo a aumentar, no entanto as queimadas são efectuadas desde tempos remotos, pois é necessário (e cada vez mais) renovar o pasto para o gado que depende totalmente da alimentação produzida nas áreas de mato e nas pastagens, evitando-se que este procure alimento nos terrenos particulares confinantes com estas áreas. No dizer de alguns populares, o “monte agora está muito sujo”, mal dá para alimentar o gado, e há muitos que “lhe chegam lume”. Assim, a maioria dos incêndios que ocorrem neste território são queimadas de reduzida dimensão, que podem ter aspectos benéficos para o meio, no entanto, muitas vezes não são devidamente controladas e degeneram em incêndios florestais e quando a sua recorrência é demasiado elevada, tornam-se prejudiciais para o meio.
Algumas das políticas aplicáveis a um território com as características deste, seriam por exemplo: a prática de pastorícia extensiva, pois é uma forma rentável de aproveitar melhor o território, principalmente em espaços de fraca atractividade e baixa produtividade; regulamentar o uso do solo do território serrano e o ordenamento do mesmo, responsabilizando as comunidades e os agentes locais e regionais, aliada a uma vigilância mais eficiente, reduziriam conflitos e desconfianças; e o facto de este concelho apresentar um deficit de capital humano e capacidade inovadora, dificulta uma gestão eficaz do território e coloca em risco a própria sustentabilidade rural, sendo também rentável apostar na formação e informação da população.
É de realçar, que toda a questão em que envolve os garranos aos incêndios florestais é apenas uma possível causa entre muitas outras e não podemos atribuir a culpa da ocorrência dos incêndios aos cavalos, mas sim aos aspectos relacionados com políticas, culturas, etc., que são necessárias rever.
Como sabemos, eles ocorrem um pouco por todo o mundo, devidos a variadíssimas causas e diferentes dimensões, relacionadas com as características do meio em questão.
Relativamente ao caso específico do concelho de Vieira do Minho, trata-se de uma área complexa com orografia acidentada, espécies biológicas particulares (como o cavalo de raça garrana (espécie autóctone)), características atmosféricas únicas (os níveis de precipitação são superiores a 1400 mm, muito embora, devido à altitude e disposição do relevo, assimetricamente distribuídos pelo território) e aspectos sociais, culturais, económicos e políticos peculiares. Assim, tal como no resto do mundo, existe um enorme número de causas de incêndios possíveis.
No entanto, neste território existe um aspecto em que vale a pena reflectir. O facto de o número de equídeos ter vindo a aumentar, está intimamente relacionado com os subsídios atribuídos aos garranos (apoio concedido às raças autóctones e ameaçadas), tornando deste modo a sua criação mais atractiva e sendo causa de diversos conflitos, tendo estado por exemplo na origem de vários acidentes rodoviários, alguns causando vítimas mortais; têm invadido e destruído propriedades agrícolas, desencadeando conflitos entre agricultores e criadores; e estão na origem de invejas e mal-estar devido à atribuição dos subsídios, nem sempre eficazmente fiscalizados.
Com base no estudo realizado por: A. J. Bento Gonçalves, A. A. Batista Vieira, C. P. Oliveira Martins, F. C. Ferreira Leite e F. Silva Costa, intitulado “A criação de Garranos na serra da Cabreira (Vieira do Minho) e o uso do fogo” podemos ainda dizer que a renovação do pasto (não só para os garranos mas também para outras espécies como ovinos, caprinos e principalmente bovinos) é uma das principais motivações para a realização das queimadas.
Existe ainda uma tendência de estabilização do número de ignições no verão e uma tendência crescente das verificadas nos restantes meses do ano, período tradicionalmente usado para as queimadas.
Assim, o recurso ao uso do fogo tem vindo a aumentar, no entanto as queimadas são efectuadas desde tempos remotos, pois é necessário (e cada vez mais) renovar o pasto para o gado que depende totalmente da alimentação produzida nas áreas de mato e nas pastagens, evitando-se que este procure alimento nos terrenos particulares confinantes com estas áreas. No dizer de alguns populares, o “monte agora está muito sujo”, mal dá para alimentar o gado, e há muitos que “lhe chegam lume”. Assim, a maioria dos incêndios que ocorrem neste território são queimadas de reduzida dimensão, que podem ter aspectos benéficos para o meio, no entanto, muitas vezes não são devidamente controladas e degeneram em incêndios florestais e quando a sua recorrência é demasiado elevada, tornam-se prejudiciais para o meio.
Algumas das políticas aplicáveis a um território com as características deste, seriam por exemplo: a prática de pastorícia extensiva, pois é uma forma rentável de aproveitar melhor o território, principalmente em espaços de fraca atractividade e baixa produtividade; regulamentar o uso do solo do território serrano e o ordenamento do mesmo, responsabilizando as comunidades e os agentes locais e regionais, aliada a uma vigilância mais eficiente, reduziriam conflitos e desconfianças; e o facto de este concelho apresentar um deficit de capital humano e capacidade inovadora, dificulta uma gestão eficaz do território e coloca em risco a própria sustentabilidade rural, sendo também rentável apostar na formação e informação da população.
É de realçar, que toda a questão em que envolve os garranos aos incêndios florestais é apenas uma possível causa entre muitas outras e não podemos atribuir a culpa da ocorrência dos incêndios aos cavalos, mas sim aos aspectos relacionados com políticas, culturas, etc., que são necessárias rever.
Carla Martins
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia e Política Regional" do Mestrado em Geografia, do ICS/UMinho)
quarta-feira, junho 03, 2009
IV Congresso de Estudos Rurais
"A Direcção da SPER e a Universidade de Aveiro têm o prazer de anunciar a realização do IV Congresso de Estudos Rurais, subordinando ao tema Mundos Rurais em Portugal – Múltiplos Olhares, Múltiplos Futuros, em Aveiro, de 4 a 6 de Fevereiro de 2010.
As áreas temáticas do Congresso serão:
- Agricultura, Produtos Locais e Desenvolvimento Rural
- Turismo, Património e Desenvolvimento Rural
- Políticas e Programas de Desenvolvimento Rural
- Planeamento do Território e Desenvolvimento Rural
- Actores, Dinâmicas Locais e Inovação em Meio Rural
Brevemente será iniciado o processo de call for abstracts e serão divulgadas mais informações.
As áreas temáticas do Congresso serão:
- Agricultura, Produtos Locais e Desenvolvimento Rural
- Turismo, Património e Desenvolvimento Rural
- Políticas e Programas de Desenvolvimento Rural
- Planeamento do Território e Desenvolvimento Rural
- Actores, Dinâmicas Locais e Inovação em Meio Rural
Brevemente será iniciado o processo de call for abstracts e serão divulgadas mais informações.
[...]
A Comissão Organizadora Local
A Comissão Organizadora Local
Elisabete Figueiredo
[...]
S.A. de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas – Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal.
ivcer@csjp.ua.pt"
S.A. de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas – Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal.
ivcer@csjp.ua.pt"
*
(reprodução parcial de folheto anunciador do Congresso identificado em título)
segunda-feira, junho 01, 2009
Jorge Arroteia: palestra
«Caros colegas
Na próxima quinta-feira (dia 4 de Junho) o Professor Doutor Jorge Arroteia (Professor Catedrático da Universidade de Aveiro) vai proferir uma palestra no Campus de Azurém (Anfiteatro C2.36), pelas 11 horas, intitulada "Olhares sobre a Geografia - a síntese geográfica: da certeza do método à interacção de métodos".
Segue em anexo a restante informação.
Cumprimentos.
Paula Remoaldo»
Na próxima quinta-feira (dia 4 de Junho) o Professor Doutor Jorge Arroteia (Professor Catedrático da Universidade de Aveiro) vai proferir uma palestra no Campus de Azurém (Anfiteatro C2.36), pelas 11 horas, intitulada "Olhares sobre a Geografia - a síntese geográfica: da certeza do método à interacção de métodos".
Segue em anexo a restante informação.
Cumprimentos.
Paula Remoaldo»
(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, com a proveniência identificada)
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