Espaço de divulgação e debate de ideias relativas ao planeamento do território, à economia do turismo e ao desenvolvimento regional.
domingo, dezembro 22, 2013
quinta-feira, dezembro 19, 2013
Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional: Vol. 1, No. 1 (2013)
Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional ( PPGDR) da FURB:
(cortesia de Valdinho Pellin)
sexta-feira, dezembro 13, 2013
[2014pluris] Pluris 2014 - 2ª Chamada de Resumos
«
SEGUNDA CHAMADA DE RESUMOS / SECOND CALL FOR ABSTRACTS
PLURIS 2014
(RE)INVENTAR A CIDADE EM TEMPOS DE MUDANÇA
6o CONGRESSO LUSO BRASILEIRO PARA O PLANEJAMENTO URBANO, REGIONAL, INTEGRADO E SUSTENTÁVEL
6th LUSO-BRAZILIAN CONFERENCE ON URBAN, REGIONAL, INTEGRATED, AND SUSTAINABLE PLANNING
24 a 26 de setembro de 2014
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Prazo para submissão de resumos: 12 de fevereiro de 2014
Deadline for Abstract Submission: february 12th, 2014
APRESENTAÇÃO
Um mundo em mudança requer cidades e territórios que acomodem essa alteração e que se ofereçam aos seus habitantes e visitantes, utilizadores e construtores da sua dinâmica, em contexto de segurança, e que sejam ainda indutores de bem-estar e de iniciativa.
(Re)inventar é assim, refazer ligações conhecidas com nova matéria-prima, projectar conexões e vivências com a memória do que se conhece e se respeita, mas com a criatividade e o engenho ao serviço do futuro. Mudança, por outro lado, é reconhecer limitações e potencialidades, e preferencialmente ter controlo sobre as acções e decisões a tomar para que não haja rupturas tanto na esfera pessoal como na colectiva.
O século XXI oferece aos actores (técnicos, promotores, população e políticos) desafios únicos que se prendem essencialmente com duas condições: as dinâmicas demográficas e o dever da sustentabilidade. O modelo do urbanismo liberal que tem regulado a maioria das intervenções urbanas nos últimos 40 anos encontra-se desgastado, inoperante e incapaz de se auto-regular ou regenerar, tendo posto a descoberto uma crise de valores que dificulta em muito a evolução das sociedades para um novo paradigma que responda eficazmente aos desafios atrás apontados. Avizinha-se o término de um ciclo, e invariavelmente, a mudança faz-se a diferentes velocidades e de múltiplas maneiras. Perceber e reflectir sobre esta mudança que se anuncia, mas que tarda em se materializar, é o objectivo deste congresso.
Francisco M. Camarinhas Serdoura,
Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (Coordenação Geral)
TEMAS DO CONGRESSO E COORDENADORES
Ambiente & Energia
Coordenadora: Léa Cristina Lucas de Souza
Cidades Inovadoras & Inteligentes
Coordenador: José Fernando Gomes Mendes
Mobilidade & Transportes
Coordenador: Antônio Nélson Rodrigues da Silva
Planeamento Regional & Urbano
Coordenador: Rui António Rodrigues Ramos
TÓPICOS
01 Acessibilidade e mobilidade urbanas;
02 Algoritmos genéticos;
03 Ambiente do espaço construído;
04 Análise espacial;
05 Aspectos ambientais do transporte;
06 Autómatos celulares;
07 Cidades e regiões digitais;
08 Clima e planeamento urbanos;
09 Conforto ambiental em espaços urbanos;
10 Ecologia urbana;
11 Educação e transferência de tecnologia;
12 Energia e planeamento urbano;
13 Ergodesign e usabilidade nos espaços urbanos;
14 Estatística espacial;
15 Geomática aplicada à gestão do território;
16 Gestão ambiental;
17 Gestão de infra-estruturas;
18 Inclusividade dos espaços urbanos;
19 Integração entre uso do solo e transportes;
20 Planeamento auxiliado por computador;
21 Planeamento e gestão do uso do solo;
22 Planeamento, organização e sustentabilidade em eventos
23 Planeamento sustentável;
24 Qualidade de vida urbana;
25 Questões sócio-económicas;
26 Redes neuronais artificiais;
27 Reabilitação ambiental urbana;
28 Simulações ambientais;
29 Sistemas de apoio à decisão;
30 Sistemas de apoio ao planeamento;
31 Sistemas de emergência e segurança em meio urbano;
32 Sistemas de informação;
33 Sistemas de informação geográfica;
34 Sistemas de posicionamento global;
35 Sustentabilidade em transportes
IDIOMAS DO CONGRESSO
Português, Espanhol, Inglês
DATAS IMPORTANTES
11 de novembro de 2013 |
1º Convite para apresentação de trabalhos
|
12 de dezembro de 2013 | 2º Convite para apresentação de trabalhos |
12 de fevereiro de 2014 | Data limite para submissão de resumos |
12 de março de 2014 | Notificação de aceitação de resumos |
30 de abril de 2014 | Data limite para submissão de trabalhos completos para revisão |
18 de junho de 2014 | Notificação de resultados da revisão e sugestões de alteração |
16 de julho de 2014 | Data limite para envio da versão final de trabalhos completos |
21 de julho de 2014 | Data limite para inscrição de um dos autores |
05 de agosto de 2014 | Data limite para inscrição com desconto |
24, 25 e 26 de setembro de 2014 | Congresso – possibilidade de inscrição, condicionada à existência de vagas |
PUBLICAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
A divulgar brevemente
ORGANIZAÇÃO
Faculdade de Arquitectura, Universidade de Lisboa (FA ULisboa), Portugal
Universidade de São Paulo (USP), Brasil
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Brasil
Escola de Engenharia, Universidade do Minho (EE UM), Portugal
Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design (CIAUD), Portugal
COORDENAÇÃO EXECUTIVA LOCAL
Francisco Manuel Camarinhas Serdoura (Coordenação Geral), FA ULisboa/CIAUD
Anabela Salgueiro Narciso Ribeiro, Universidade de Coimbra
Jorge Manuel Tavares Ribeiro, FA ULisboa
Maria Eduarda Marçal Grilo Lobato de Faria, FA ULisboa/CIAUD
Maria da Graça dos Santos Antunes Moreira, FA ULisboa/CIAUD
Rita Assoreira Almendra, FA ULisboa/CIAUD
Susana Maria Gouveia Rosado, FA ULisboa
Tânia Liani Beisl Ramos, FA ULisboa/CIAUD
COORDENAÇÃO CIENTÍFICA PERMANENTE
António Nélson Rodrigues da Silva, USP
José Fernando Gomes Mendes, UM
Léa Cristina Lucas de Souza, UFSCar
Rui António Rodrigues Ramos, UM
COMISSÃO CIENTÍFICA
A disponibilizar brevemente
COORDENAÇÃO INFORMÁTICA
Victor Manuel Mota Ferreira, CIAUD/FA ULisboa
Daniel Souto Rodrigues, UM
SECRETARIADO DO EVENTO
e-mail: pluris2014@fa.ulisboa.pt
telefone: + (351) 21 361 50 10
Informação completa e actualizada estará disponível no site do Congresso.
Endereço: http://pluris2014.fa.ulisboa.pt/
Aguardamos o envio dos resumos e contamos com a sua participação no evento.
Atenciosamente,»
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)
quinta-feira, dezembro 12, 2013
Call for Papers: "III Workshop on Urban Economics"
«The Barcelona Institute of Economics (IEB) will host its third workshop on Urban Economics on the 9th and 10th June 2014. The aim of the workshop is to bring together original research in the area of urban economics. Both theoretical and empirical papers are welcome. The accepted papers will be presented in parallel sessions that will be complemented with three plenary sessions.
The III Workshop on Urban Economics will take place in the Faculty of Economics and Business of the University of Barcelona on the 9th and 10th June 2014.
The keynotes speakers will be:
Jan Brueckner (University of California Irvine)
Edward Glaeser (Harvard University)
Yves Zenou (Stockholm University)
CALL FOR PAPERS
We look forward to seeing you at the Workshop!
Organizing Committee
Institut d'Economia de Barcelona
Universitat de Barcelona
Fac. d'Economia i Empresa
C/Tinent Coronel Valenzuela, 1-11
08034 Barcelona (Spain)
Tel.: + 34 93 403 46 46
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)
quinta-feira, dezembro 05, 2013
"CFP - Heritage Tourism and Hospitality"
«
A Heritage of Hospitality and Hospitality for Heritage
Preservation, Promotion and Profit Research Agendas, Best Practices and Partnerships in Tourism
International Conference, 2014
Istanbul, Turkey
Istanbul, Turkey
November 6-8, 2014
Erasmus University, Netherlands
Boğaziçi University and
Adnan Menderes University, Turkey
with support from
Elgin & Co.
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caica de correio eletrónico, reenviada por Paula Cristina Remoaldo)
terça-feira, dezembro 03, 2013
"2nd Call for papers | 10th World Congress of the RSAI, May 26-30, 2014, Bangkok, Thailand"
New deadline: December 20th,2013
The Regional Science Association International (RSAI) invites regional scientists, policy makers and researchers of related disciplines to participate in the 10th World Congress. The Congress will be hosted by the Faculty of Architecture and Planning, Thammasat University, Bangkok. It will be held at the Imperial Queen’s Park Hotel in Bangkok, Thailand, May 26-30, 2014 on the theme of Socioeconomic Integration and Transformation: Reshaping Local, Regional, and Global Spaces.
[...]
The Congress will feature several world-renowned keynote speakers on cutting-edge urban and regional science and policy issues, expert panels, research presentations and posters. It will be attended by 500 delegates from the worldwide community of regional scientists.
Research topics related to the theme of the congress are particularly welcome, but the conference will be open to other topics within the broader contours of the regional science, urban and regional studies, geographical sciences and planning, and development.
We invite formal paper presentations as well as posters (new deadline - December 20th, 2013). The abstract submission portal is open, along with the congress registration system. Full information on the venue, abstract submission, registration, schedule of events, accommodation and travel information is posted at
http://www.2014worldcongress.regionalscience.org.
http://www.2014worldcongress.regionalscience.org.
Delegates can already register for workshops and tutorials.
Workshop 1: Introduction to Spatial Agent-Based Modeling (Full day)
Workshop Facilitator – Yuri Mansury, PhD (Cornell University, Ithaca, NY, USA)
Workshop 2: Exploratory Spatial Pattern Analysis: Revealing or Deceiving (Half-day/Afternoon)
Workshop Facilitator – David W. Wong, PhD (University of Hong Kong/George Mason University, USA)
Workshop 3: Introduction to IMPLAN (Half-day/Morning)
Workshop Facilitator – Jenny Thorvaldson, PhD (IMPLAN Group LLC, Huntersville, North Carolina, USA)
Workshop 4: Land Use and Climate Change (Half-day/Afternoon)
Workshop Facilitator – B. Majumder, PhD (Asian University for Women, Chittagong, Bangladesh)
Workshop 5: Design flood estimation under climate change (Half-day/Morning)
Workshop Facilitator – Samiran Das, PhD (Asian University for Women, Chittagong, Bangladesh)
Publication opportunities will be available for papers accepted by the Program Committee. We plan to edits volume in the new book series published by Springer on New Frontiers in Regional Science: Asian Perspectives. All manuscript submitted for possible publication in this series will be subjected to the customary peer-review process. Also, a select number of manuscripts will be invited for publication in the international RSAI Journals Papers in Regional Science and Regional Science Policy and Practice.
Feel free to contact the secretariat of the Congress at
2014worldcongress@regionalscience.org for further information.
2014worldcongress@regionalscience.org for further information.
We look forward to welcoming you in the dazzling city of Bangkok in May 2014.
Jean-Claude Thill, RSAI President
Tomaz Dentinho, RSAI Executive Director»
(reprodução parcial de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)
"Conferência Internacional e Workshop Projeto ANATOLE"
«O e-GEO, Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa é parceiro de um projecto Europeu ANATOLE (Atlantic Network Abilities for Towns to Organise Local Economy), cujo objectivo é criar oportunidades para a economia local, estabelecendo uma articulação entre as políticas locais como resposta para novas necessidades da população.
Entendemos que é ao nível local e regional que se devem encontrar respostas eficientes que relacionem as componentes ambientais, económicas, sociais e territoriais num contexto de mudança e instabilidade global.
A Área Metropolitana de Lisboa é o estudo de caso em Portugal que estamos a considerar para dar início a uma discussão pública sobre o planeamento do seu sistema alimentar urbano, pois é premente uma abordagem que relacione o abastecimento alimentar metropolitano com problemas atuais que dizem respeito à eficiência económica e energética, qualidade ambiental, segurança alimentar, criação de emprego e desenvolvimento territorial.
Neste sentido, temos a honra de o convidar a participar na Conferência Internacional "Planear o Sistema Alimentar Urbano na Área Metropolitana de Lisboa" e do Workshop ANATOLE Rede Atlântica de Competências para as Cidades Organizarem a Economia Local, que terão lugar nos dias 10 a 12 de Dezembro 2013 na Faculdade de Ciências Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Agradecíamos a divulgação do evento e na expectativa de podermos contar com a vossa presença, aguardamos a confirmação até dia 5 de Dezembro para anatole.fcsh@gmail.com.
Com os melhores cumprimentos
--
Rita Martinho
Investigadora
e-GEO
Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Territorial
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA
Maria do Rosário Oliveira
Professora Auxiliar
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA
Departamento de Geografia e Planeamento Regional
Av. de Berna, 26C
1069-061 Lisboa
Portugal
Tel.: (+351) 21 790 83 00 ext 122»
(reprodfução de mensagemn que me caiu entretanto na caixa de correio eledtrónico, proveniente da entidade identificada)
domingo, novembro 24, 2013
"Município de Braga e UM com primeiro projeto em parceria"
Notrícia TV do Minho/Jornal
Município de Braga e UM com primeiro projeto em parceria...Centro de Estudos Municipais de Braga para o Mundo:
Labels:
Estratégia para o Minho,
Informação,
Notícia
segunda-feira, novembro 11, 2013
"Ciclo de Conferências do Departamento de Geografia"
«Dia: 26 de Novembro de 2013
Hora: 11.00 horas
Local: Anfiteatro B1.14
Campusde Azurém
Universidade do Minho
MESA REDONDA
“Olhares sobre a Ciência Geográfica”
Palestrantes convidados:
Professora Dr.ª Maria da Conceição Ramos
Economista - Faculdade de Economia, Universidade do Porto
Professor Dr. Eduardo Duque
Sociólogo - Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Católica de Braga
Professor Dr. Vitor Ribeiro
Geógrafo - Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho
Organizadores:
Paula Remoaldo (Dir. 2º Ciclo)
Maria José Caldeira (Dir. 1º Ciclo)
(reprodução de anexo de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)
sexta-feira, novembro 08, 2013
Breve caracterização da Euroregião e reflexão sobre o desenvolvimento sócio-económico
A Euroregião
formada pela Galiza (Espanha) e pela Região Norte de Portugal constitui um
espaço transfronteiriço, situado no noroeste da Península Ibérica, e ocupando
50.860,8 Km2.
A região da
Galiza é ocupada pelas províncias da A Coruña, Lugo, Ourense e Pontevedra,
sendo que a Região Norte de Portugal (nos termos tilizados pela nomenclatura
comum das novas Unidades Territoriais Estatísticas de Portugal – NUTIII,
definidas pelo Regulamento (CE) n.º 1059/2003 do Parlamento Europeu) é ocupada
pelas regiões de Alto Trás-os-Montes, Douro, Tâmega, Minho-Lima, Cávado, Ave,
Entre Douro e Vouga e Grande Porto.
A integração de
Portugal e Espanha na então CEE (1986) veio proporcionar a esta região, e aos
seus responsáveis, a possibilidade de densificar em termos estratégicos aquela
que é uma evidente identificação social e cultural entre as populações que
habitam as regiões acima referidas.
Numa breve
abordagem á população residente, podemos desde logo verificar que nos
encontramos perante densidades demográficas diferentes, pois observamos que os
3.741.092 (dados do INE, 2010) habitantes da região norte de Portugal
representam cerca de 35% da população do país, para uma área geográfica que
representa cerca de 23%, e que em contrapartida, verificamos que a Galiza
comporta 2.795.422 habitantes (dados do IGE, 2011), representando 7% do total
de Espanha, para uma área geográfica de apenas 6%.
Analisando os
níveis de atividade em grupos etários comuns, verificamos uma dissonância, com
uma percentagem de taxa de atividade de 62,6% no Norte de Portugal (dados INE,
2010) e de 55,2% na Galiza (dados IGE, 2011), que é acompanhada na sua
distribuição etária. Aproveitando estes mesmos dados, verificamos que a taxa de
desemprego se tem mostrado mais acentuada na Galiza, 15,4% em 2010, quando
comparada com a taxa de desemprego no Norte de Portugal nesse mesmo ano, 12,6%.
Ao analisarmos
com maior cuidado os dados dos sectores de empregabilidade, verificamos que em ambas
as regiões, é o setor terciário que funciona como maior destino de emprego
(52,27% no Norte de Portugal, e 66,97% na Galiza), embora nos seja permitido
observar que a população residente empregada no Norte de Portugal tem
igualmente grande significado no sector da produção industrial, transformadora
e ainda a ter em conta a construção.
E é neste último
setor que encontramos uma diferença real na forma as regiões estabeleceram as
suas prioridades de investimento e de crescimento, mas também em função da
produtividade alcançada.
A região norte
possui (em 2009) 42.254 empresas nesse setor, empregando 417.907 funcionários,
apresentando uma produção de cerca 27.765 M€, enquanto a Galiza possui apenas
18.832 empresas, empregando 173.548 funcionários, mas apresenta uma produção de
35.106 M€.
Esta diferença –
o Norte apresenta uma produção de € 657.000 / empresa, enquanto a Galiza eleva
esse valor €1.854.000 / empresa, é reflexo de uma força de trabalho que
contribui para uma riqueza que ultrapassa o triplo da produção no norte de
Portugal. Sem outros dados que nos permitam aprofundar a análise, temos
claramente de analisar as indústrias em causa, e a sua capacidade de produzir
uma mais valia: o Norte de Portugal com uma aposta nas indústrias têxtil,
vestuário, e de fabricação de equipamento, enquanto a Galiza aposta na
Alimentação, Bebidas, Tabaco e Material de transporte.
Numa última
análise, podemos incluir as variáveis referentes à capacidade de
internacionalização: os dados de 2011, apresentam uma maior capacidade
exportadora da Galiza (M€ 17.536) face ao Norte de Portugal (M€ 11.487), mas em
que é o Norte de Portugal que apresenta uma melhor taxa de cobertura das
importações pelas exportações (115,9% versus 106,4%). O perfil exportador do
Norte de Portugal é dado fundamentalmente pelos têxteis e pelo calçado,
enquanto (e mesmo tendo em conta o peso da Inditex) a Galiza mantém um peso
considerável da sua indústria automóvel.
Numa reflexão
final, é certo que a fronteira que separa Portugal de Espanha existe, mas em
muitas regiões ela sempre foi ténue, e foram as suas populações que criaram e
incentivaram as trocas comerciais e culturais fundamentais para podermos falar
de uma Euroregião fundada na história e cultura, mas que tem um objectivo de
aumentar a capacidade competitiva dos seus agentes económicos. Cada vez mais
estas regiões sentiram a necessidade de crescer olhando para o seu parceiro
mais próximo, recusando qualquer intromissão de nacionalismo bacoco, e
abraçando as particularidades sócio-económicas que poderão contribuir para um
crescimento comum. Talvez, e para terminar, apenas a diferente estrutura fiscal
dos países em que se integram possa contribuir para um crescimento desigual,
mas tal levava-nos para uma análise bastante mais complexa e necessariamente
mais aprofundada.
Nuno Filipe da
Silva Barroso
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
Cooperação Galiza-Norte de Portugal: a importância estratégica de uma rede moderna de transportes
No âmbito da unidade curricular de Bases Estruturais da Euroregião Galiza-Norte de Portugal, vamos realizar um relatório sobre a Cooperação Territorial Europeia e o facto de a mesma dever de ser aplicada em toda a sua plenitude. Assim sendo, há objetivos que não se encontram aplicados e por consequência a Euroregião não consegue potencializar todos os seus recursos da melhor forma.
Um dos fatores que é transversal é melhorar as acessibilidades e comunicações das zonas transfronteiriças pois esta será uma grande mais-valia para se conseguir melhorar as atividade de forma a potenciar o espirito empresarial, apoiar a ligação entre zonas urbanas e rurais e estimular o desenvolvimento da capacidade e a utilização conjunta de infra-estruturas nos setores da saúde, cultura, turismo, educação, entre outros.
Assim sendo, um fator muito importante para termos uma rede de transportes adequada às novas exigências com que hoje em dia estamos a ser confrontados na região do Norte de Portugal é o melhoramento e a criação de uma linha de Alta Velocidade que ligue o Porto (Campanhã e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro) a Espanha.
Podemos afirmar que deixámos passar uma oportunidade única para usar fundos comunitários e não submeter este projeto no espaço temporal de referência 2013. Assim sendo, os custos na região norte começam a sentir-se, pois o atraso relativo em relação ao caso da Galiza, onde os projetos ferroviários estão em fases mais avançadas, começa a notar-se e, em vez de termos uma Euroregião a trabalhar a uma só velocidade, não o conseguimos.
Assim sendo, a aplicação desse projeto tem alguns aspetos que devem de ser considerados e que hoje em dia não podemos afirmar se estão nas mesmas condições para a sua aplicação. Os aspetos a considerar são, desde logo, a questão financeira, pois os fundos comunitários contribuíam com uma grande fatia para a execução do projeto, e questões de ordem técnica: para um projeto ser viável é necessário a concordância técnica da bitola com as redes envolventes do mesmo nível. esse aspeto é absolutamente fundamental neste tipo de projetos. Referenciais comuns, um projeto único, gerido cooperativamente pelas administrações dos dois países, servindo de exemplo de boas práticas para ser reportado e elaborado por outras entidades e noutros âmbitos.
Posto isto, urge a aplicação deste projeto pois a região Norte e a Galiza trabalham em sintonia em diversos projetos e estão próximos desde a entrada de Portugal e Espanha na UE. A nível institucional, no âmbito da comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal e pelas Câmaras Municipais, através do Eixo atlântico, conseguiu-se a aplicação de projetos de cooperação nos mais diversos níveis: cultural, educativo, cientifico, empresarial e económico.
Para ilustrar melhor o facto de ser necessário a criação de uma rede ferroviária com melhores condições e adequando-se as necessidades da população do Norte de Portugal mas, também da Galiza, passamos a expor alguns exemplos do que se poderia melhorar e incrementar na Euroregião.
A rede ferroviária a passar no aeroporto Francisco Sá Carneiro, daria para o mesmo aeroporto aumentar o seu fluxo de passageiros pois, como é o único aeroporto internacional na Euroregião, conseguia cada vez mais ser uma solução para a população galega e para os visitantes daquela região, visto a mesma ter três aeroportos mas os mesmos têm uma utilização maioritariamente no espaço aéreo Espanhol.
Outro fator importante é utilizar o turismo religioso cada vez mais como um fator importante para a entrada de divisas na Euroregião e criar uma ligação entre Braga e Santiago de Compostela.
O fator mais importante é a rede ferroviária ter a capacidade de transportar mercadorias, pois as trocas de mercadorias entre a Euroregião são frequentes e assim reduzia-se custos e seriamos mais competitivos e também porque assim podermos escoar produto, aproveitando também o porto de leixões para as trocas comerciais.
Finalizando, a troca de pessoas e o seu fácil acesso, não sendo só acesso viário, podemos verificar isso com uma melhor ligação entre as universidades e poder-se efetuar projetos de mobilidade e trocas de experiencias muito mais facilmente.
Miguel Barros
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
Relações Económicas entre Galiza - Norte de Portugal
Importa, antes de mais, comparar a economia do Norte de Portugal com a da Galiza, no sentido de analisar a Euro- Região como um todo. A partir da década de 90 a Galiza e o Norte de Portugal atravessaram um intenso processo de convergência em relação à média de desenvolvimento da Europa dos quinze. Entretanto, e não obstante o eventual enviesamento trazido pela alteração do sistema contabilístico regional sobre a comparação internacional, parece existir consenso no sentido de reconhecer que o processo de convergência começa a desacelerar nos últimos anos da década. Só por si, este facto é preocupante, na medida em que coincide com uma fase de forte aumento da taxa média de crescimento na Europa.
O ano 2000 constituiu uma espécie de confirmação do final de um ciclo, muito especialmente no caso do Norte de Portugal. De facto, assiste-se a uma descida persistente da posição relativa da Região Norte face ao nível europeu, evolução essa que se tem acentuado a partir desse ano.
A Galiza e o Norte de Portugal evidenciam características comuns em termos do seu perfil sócio-económico, nomeadamente: um grau de desenvolvimento comparativamente baixo; um fraco desenvolvimento terciário e uma fragilidade demográfica, que se traduz na descida da taxa de ocupação turística nos últimos anos em que as taxas de crescimento económico foram boas.
Não obstante, persistem diferenças claras entre as duas componentes da Euro-Região: as taxas de desemprego são tradicionalmente mais baixas na Região Norte, o que indicia estruturas de organização industrial diferentes e níveis de produtividade díspares. De facto, a taxa de desemprego na Galiza era de 12,6% em 2003 quando no Norte de Portugal era de 6,8%. Já a taxa de atividade era de 62,5% no Norte do país e de 53,1% na Galiza (INE Portugal e INE Espanha).
Em termos de emprego – e em relação à média europeia – a estrutura económica da Euro-Região mostra o predomínio relativo das atividades primárias (agrícolas, principalmente) e industriais, paralelamente a um peso ainda relativamente baixo do sector terciário. Em 2001, a média europeia em termos de afetação de emprego era de 66,5% no sector terciário (serviços), 28,9% na indústria e 4,3% na agricultura. Na Galiza e no Norte Portugal, estes valores representavam, para os respetivos sectores, 52,4% e 42,4%; 29,6% e 45,2%; 17,9% e 12,4% (INE Portugal e INE Espanha).
Em termos globais, a Galiza e Portugal têm estruturas produtivas mais complementares do que rivais. Mas também - traço fundamental em termos de caracterização do contexto e para uma correta interpretação dos dados desagregados – têm modelos e dinâmicas de desenvolvimento completamente distintos: enquanto a Galiza se apoia num modelo exógeno e na grande empresa, o tipo de desenvolvimento do Norte de Portugal tem um carácter mais endógeno e apoiado fundamentalmente em pequenas e médias empresas (PMEs).
À semelhança do que se passa ao nível europeu, também a integração dos dois mercados aumentou fortemente nos últimos anos, embora de forma assimétrica: a penetração galega no Norte do país não tem paralelo no sentido inverso. Contudo, as trocas comerciais não têm deixado de crescer, assim como acontece com o movimento transfronteiriço de trabalhadores. A subcontratação entre empresas também se tem intensificado, embora os fluxos de investimento direto intra-regional não assumam ainda valores significativos.
A diferença salarial e de produtividade entre as regiões transfronteiriças em causa são dois fatores essenciais para a compreensão das dinâmicas sociais e económicas e para o reconhecimento de possíveis estrangulamentos. Acontece que, se compararmos as médias salariais com as nacionais em cada uma das regiões, verificamos que a diferença entre os valores é muito superior na Galiza. Preocupante é igualmente o nível de produtividade do trabalho (VAB/Emprego), que é também muito mais elevada na Galiza.
A trajetória económica do Norte do país tem consistido num crescimento bastante mais reduzido da produtividade do trabalho e uma maior contenção salarial, que acabou por favorecer a sobrevivência de indústrias intensivas em mão-de-obra. Exatamente o oposto do que sucedeu na Galiza.
Em síntese, das mais de 500 mil empresas existentes na Euro-Região, 67% localizam-se no Norte de Portugal, surgindo o Grande Porto como centro empresarial nuclear desta região. Inequivocamente, é o comércio – com quase 35% das empresas – que constitui a atividade empresarial mais importante da Euro-Região, seguida pela construção e pela indústria transformadora. No entanto, a Galiza está claramente mais desenvolvida em termos de estrutura económica.
Uma elevada percentagem das relações comerciais entre Portugal e Espanha corresponde a trocas intra-Euro-Região. As importações galegas da Região Norte pesam cerca de 70% nas relações entre Portugal e a Galiza. Contudo, esta importância reduz-se substancialmente quando se compara as exportações da Galiza apenas para o Norte de Portugal. Constata-se um contínuo aumento das relações comerciais entre a Galiza e o Norte de Portugal, que resultam em saldos comerciais favoráveis à Galiza. Não obstante, a balança comercial da Região Norte foi positiva, enquanto a galega foi negativa. Por outro lado, o Norte tem uma economia muito mais aberta e por isso particularmente vulnerável a flutuações desfavoráveis das economias dos seus principais clientes (Alemanha, Espanha, França e Reino Unido).
A zona Norte de Portugal é o terceiro destino em termos de volume de negócios para a Galiza, enquanto a Galiza ocupa o quinto lugar no ranking da região portuguesa. O maior volume de trocas transfronteiriças dá-se nos sectores têxtil e de confeção, de produtos agrícolas, de pecuária e da pesca, e de metais, por esta ordem. Destacam-se as saídas do Norte de Portugal para a Galiza dos produtos têxteis e de confeção, enquanto no caso dos produtos agrícolas, de pecuária e da pesca a maior quantidade de trocas se dá no sentido inverso.
A nova programação dos Fundos Estruturais 2007-2013 modificou o papel da cooperação entre os Estados-membros, dotando-a de maior entidade ao converter a “Cooperação Territorial Europeia” num dos três Objetivos Prioritários da União Europeia. Aprovado pela Comissão Europeia em 25 de Outubro de 2007, o Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 promove o desenvolvimento das zonas fronteiriças entre Espanha e Portugal, reforçando as relações económicas e as redes de cooperação existentes entre as cinco Áreas definidas no Programa. Este Programa permite aproveitar as amplas redes de cooperação existentes, que se têm vindo a desenvolver e incrementar desde 1989, com a execução de projetos de infraestruturas, às quais que se tem vindo a incorporar progressivamente outros setores como o turismo, os serviços sociais, o meio ambiente, a inovação tecnológica, a saúde, a educação ou a cultura.
Sílvia Henriques
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
A aposta turística na Euro região Galiza-Norte de Portugal
A Euro
região Galiza-Norte de Portugal foca-se num plano estratégico em que as
prioridades se baseiam numa estratégia com cinco pilares essenciais: impulso
dos sistemas básicos de transporte e acessibilidade; cooperação no âmbito do mar;
competitividade das pequenas e médias empresas; protecção ambiental e desenvolvimento
urbano sustentável; e, por último, fomento da cooperação, integração social e
institucional.
O
turismo enquadra-se em todos os pontos estratégicos acima mencionados, pois é
sem dúvida o mais relevante e promissor motor da economia da Euro região. O
Turismo é, antes de mais, uma actividade de cariz económico com forte impacto
no desenvolvimento sustentado e sustentável das regiões por usar os recursos
endógenos aí disponíveis. Num mercado globalizado e competitivo, distinguem-se
os que efectivamente potenciam e maximizam as suas vantagens competitivas.
É neste
enquadramento que é criado o Plano Estratégico de Turismo da Galiza-Norte de
Portugal, para que o desenvolvimento turístico destas duas regiões cresça
valorizando os recursos distintivos que possuí.
A
Euroregião é estrategicamente competitiva pois é um dos poucos territórios
europeus a integrar quatro cidades (Santiago de Compostela, Lugo, Guimaraes e
Porto) e a margem de um rio (Região Vinhateira do Alto Douro) classificados
pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.
A
crescente procura turística na região, conjugada com as características
naturais e os projectos infra-estruturais e de cooperação empresarial
existentes, permite identificar as seguintes oportunidades do sector: turismo
da natureza; turismo cultural; turismo gastronómico e vinícola; e turismo de
Saúde e Bem-Estar.
A
adequação da oferta turística regional ao perfil dos turistas (actuais e
potenciais), a qualificação de cada um desses produtos, assim como os produtos
estratégicos (que assentam em recursos endógenos próprios do Norte de Portugal
e da Galiza) configuram, em si mesmos, a principal motivação de visita à região,
devendo responder a perfis de turistas com necessidades distintas entre si. A
convergência de dinâmicas e as vantagens da cooperação entre o Norte de
Portugal e a Galiza surgem, com especial importância, com a implementação desta
estratégica, pois a proximidade geográfica, histórica e cultural
reflecte-se na existência de produtos turísticos que, sendo comuns e
complementares, permitem “construir” uma oferta turística Euro-regional.
O
sector turístico, pelas suas características, é um sector chave para promover o
crescimento inteligente, sustentável e integrador que pretende impulsionar a
Estratégia Europa 2020. Um dos objetivos da conferência internacional do
turismo decorrida em julho de 2013 foi analisar o “Impacto da Estratégia Europa
2020 para o Turismo”, reconhecendo que a própria estratégia tem um papel
principal para este sector, onde se define o reforço da competitividade do
sector turístico europeu como uma atuação prioritária. Para além disto, é uma
das atividades europeias com maior potencial de crescimento, assim como um
fator chave para favorecer a coesão territorial, a integração económica e
social de zonas rurais, regiões costeiras periféricas ou regiões menos
prósperas.
No
entanto, o setor enfrenta grandes desafios, que requerem respostas concretas e
esforços de adaptação importantes, como a crescente competição mundial de
países emergentes ou em desenvolvimento, a evolução demográfica e o
envelhecimento, onde o turismo acessível se postula como um complemento à
oferta atual indispensável, a proteção meio-ambiental e a sustentabilidade, ou
a evolução das tecnologias de informação e o seu impacto no turismo. Para isso,
durante a Conferência Internacional de Turismo, analisaram-se novas estratégias
para o desenvolvimento do setor na Euro região, mediante uma planificação que
fomente produtos turísticos conjuntos baseados nos principais fatores endógenos
do território.
Assim,
a cooperação transfronteiriça entre a Galiza e o Norte de Portugal tem tudo
para ser potenciadora de oportunidades de desenvolvimento turístico, quer
através da criação de economias de escala (especialmente ao nível das
actividades de promoção e divulgação), quer através da maximização dos fluxos
turísticos intra-euro-regionais, do aumento da taxa média de permanência e do
gasto médio por turista, quer, ainda, do aproveitamento das iniciativas
comunitárias no âmbito do turismo.
Importa
ainda salientar que a Euro Região Galiza-Norte de Portugal passou por uma
evolução notável do turismo, sobretudo de carácter internacional. O planeamento
para o desenvolvimento de produtos turísticos conjuntos tendo muito presentes
as principais vias de cooperação, os recursos autóctones existentes, o fomento
da promoção turística e a internacionalização, desenharão o futuro próximo e
contribuirão para um crescimento sustentável, inteligente e inclusivo na Euro
Região.
É com base neste perspectivação positiva que
as medidas da conferência internacional do turismo, mencionadas acima neste
relatório, estão integradas no Plano Estratégico de Turismo da Euro Região
Galiza - Norte de Portugal, atualmente em desenvolvimento. O
desafio é esquecer as linhas da fronteira que nos separam para nos afirmarmos,
turisticamente, como um único destino. Unindo duas regiões.
Flávia
Alexandra da Silva Carvalho
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
A mobilidade ferroviária transfronteiriça na Euroregião Galiza-Norte de Portugal
A mobilidade na Euroregião é um
factor impulsionante das demais variáveis económicas, sendo um importante contributo
para o desenvolvimento económico e social. A EuroRegião Galiza-Norte de
Portugal tem inerentes vários factores de sucesso para uma concretização
positiva da mobilidade transfronteiriça - entre eles encontramos a proximidade
geográfica, laços linguísticos e culturais e o interesse da população - que
justificam o investimento mais proactivo na mobilidade. É um sector em
crescimento que contribui largamente para o objectivo de reforçar a
competitividade territorial e que se reveste de uma potencialidade estratégica
que se cruza com interesses locais, nacionais e de integração europeia.
Com a adesão de Portugal e Espanha à União Europeia (UE),
em 1986, o Noroeste Peninsular contava com uma rede de transportes
estrategicamente muito débil e com conexões insuficientes. Neste contexto, os
Fundos Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e o de Coesão tiveram um
importante papel para o desenvolvimento dos transportes ferroviários – era
importante esta concretização para consolidar o Mercado Único e para uma coesão
económica. Porém, em comparação com o resto da Europa, as infraestruturas de
transportes, nomeadamente do transporte ferroviário, ainda estão com um atraso
de evolução considerável. O seu avanço não acompanhou a necessidade diária no
tráfego de pessoas e mercadoria.
Actualmente, o transporte
ferroviário que faz a conexão, do lado Português, é a linha do Minho. Esta
linha, demorada e pouco inovadora, não responde à necessidade de cooperação
transfronteiriça nem contribui em larga escala para um dinamismo socioeconómico
transfronteiriço. Deparamo-nos com infraestruturas de transportes pouco aptas
ao desenvolvimento do espaço económico, mas também a contactos socioculturais.
A viagem na Linha do Minho ocorre em horários nada estrategicamente funcionais,
a preços elevados e tempo de viagem alargardo. Não são factores convidativos a
usufruir destes serviços. É clara a necessidade de intervenção neste sector de
forma a incrementar a qualidade e a capacidade de resposta às necessidades que
se atravessam além fronteiras.
A aposta na linha de alta
velocidade Porto-Vigo é fundamental para atingir outros objectivos de
cooperação territorial no que respeita à mobilidade de mercadoras e pessoas, o que
contribui para uma coesão económica e social de ambas as regiões. Para isso, os
erros da actual estrutura ferroviária da Linha do Minho têm de ser corrigidos e
adaptados aos modelos de infraestruturas modernas. Apesar destas necessidades,
o projecto da linha de alta velocidade Porto-Vigo foi adiado devido ao contexto
de crise actual, apesar dos fundos comunitários cobrirem grande parte das
despesas deste projecto.
Paralelamente, é possível identificar numerosas vantagens
económicas que poderão invalidar a decisão do Governo Português de não dar
prioridade à nova linha de alta velocidade. No contexto de uma dinâmica
demográfica razoável, onde é notória a escassez de oportunidades económicas e
de emprego, revela-se urgente a aposta numa abertura regional. A integração do
Norte de Portugal com a Galiza tem crescido a nível económico, educacional e
empresarial, com um potencial de cooperação bastante elevado, o que justifica a
aposta num incremento da mobilidade da população através das vias ferroviárias.
Assim, associaríamos a crescente procura a um desenvolvimento regional em
concordância com as políticas comunitárias, em especial com a Política Regional
e a de Transportes.
Como considerações finais, podemos destacar que, apesar
dos avanços históricos desde a adesão à UE, a abordagem da mobilidade
transfronteiriça no sector ferroviário carece de uma planificação estratégica.
A estruturação deste tipo de mobilidade não se adequa às necessidades reais da
população e dos sectores comerciais dos centros urbanos da Galiza e do Norte de
Portugal. Esta total desadequação da realidade apenas coloca entraves a uma
harmoniosa cooperação territorial, que poderia dar uma resposta eficaz ao
desenvolvimento em multisectores locais.
Estamos perante uma negligência
do intercâmbio de pessoas, mercadorias e empresas, cujos interesses não estão
correctamente defendidos nos programas de mobilidade ferroviária actuais. O
cenário actual é de um mercado apto a enquadrar uma estreita cooperação
territorial de forma a fomentar positivamente o contesto económicosocial e,
para isso, é necessário criar ligações capazes de albergar este dinamismo
regional. É neste sentido que devem ser quebradas possíveis barreiras na
mobilidade no sector ferroviário e quebrar a dependência excessiva de
transporte automóvel.
Verónica Dias
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
Cooperação Transfronteiriça da EuroRegião Galiza-Norte de Portugal:alguns casos de sucesso
A cooperação Transfronteiriça da
Euro-Região Galiza-Norte de Portugal é datada de 2008 e surge como primeira
Euro-Região da Península Ibérica. Um modelo que pode, assim, ser visto como
exemplo, na medida em que fez ressurgir velhas afinidades apagadas por séculos
de História, muitas das vezes, controversos.
Com a entrada de Portugal e
Espanha na, então, Comunidade Económica Europeia (CEE), ocorre um
desenvolvimento constante das relações inter-regionais, que é, posteriormente,
afirmado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal
2007-2013, que já conta com um vasto leque de projetos conjuntos, grande parte
dos quais co-financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER).
Numa luta permanente pela
procura de proximidade, a prioridade do programa tem incidido sobre: o fomento
da competitividade e promoção de emprego; o meio ambiente, património e
ambiente natural; as acessibilidades e ordenação territorial; o fomento da
cooperação e integração económica e social.
Mas, para que uma cooperação
surta o efeito pretendido, obtendo o empenho necessário das partes envolvidas,
urge que estas obtenham igual benefício a nível social, económico, administrativo,
cultural, infra-estrutural e/ou tecnológico.
Com este intuito foram, então,
desenvolvidas ideias realizáveis e, grande parte, já realizadas, como é o caso
do Projeto Euro-Região Termal e da Água, no qual intervêm quatro entidades
portuguesas e três espanholas, com o objetivo de obter um pólo de referência da
oferta termal de alta qualidade da Europa, focando-se na Eurocidade
Chaves-Verín.
Passando para o setor dos
vinhos, surge o projeto “Rotas do Vinho da Euro-Região Galiza-Norte de
Portugal”, também ele co-financiado pelo FEDER. Este projeto visa a criação e
promoção das Rotas do Vinho como instrumento público-privado de cooperação,
para melhorar a competitividade da indústria vitivinícola e o desenvolvimento
do enoturismo. Deste modo, é promovida a competitividade do vinho como
estratégia da economia da EuroRegião, assim como melhora a cooperação
público-privada, a internacionalização das PME, o aumento do número de
enoturistas e a diversificação do meio ambiente.
Excedem uma centena o número de
projetos que podiam aqui ser exibidos dado o seu carater de sucesso - como é o
caso do Euroclustex ou o Bioemprende -, no entanto, há um merecedor de maior
destaque, dada a novidade da sua apresentação. Trata-se do projeto “InveNNta”
que foi, recentemente, lançado, numa parceria entre o Laboratório Ibérico
Internacional de Nanotecnologia de Braga e o Instituto de Investigação de
Santiago de Compostela.
Um projeto que irá desenvolver
inovadores dispositivos úteis à área da saúde, assim como capacitar investigadores
e técnicos na área da nanomedicina e na transferência de conhecimento no que
confere ao diagnóstico e terapia para o cancro e doenças neurológicas. Também
esta iniciativa é, tal como todos os projetos, encarada como meio de
fortalecimento à relação e colaboração com a Galiza. Pretende-se transformar o
INL e o IDSS em centros de referência, promovendo a Euro-Região Galiza-Norte de
Portugal para a participação em projetos europeus.
Visando uma plena integração
europeia, é necessário que não se fiquem por estes projetos os esforços, mas
que se criem, continuamente, novas ideias dignas de apoios, apostando numa
identidade cultural e idiomática que facilita o processo, agilizando as viagens
entre os lados de uma fronteira que se vai tornando cada vez mais ténue. É
necessário que o esforço não parta, exclusivamente, dos governos ou das
entidades públicas e/ou privadas mas de cada individuo, para que os benefícios
atinjam, igualmente, cada cidadão.
Com o lema “Conhecer para
compreender”, a União Europeia tem procurado, incessantemente, obter uma Europa
dos cidadãos que se respeitem na diversidade. Apesar da Euro-Região
Galiza-Norte de Portugal ainda ter um longo caminho a percorrer neste sentido,
há que congratulá-la pelo esforço empenhado e pelas relações, até então criadas
na procura de um benefício comum, que tem apostado, fortemente, numa cooperação
de competitividade.
Ana Maria Silva
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
(texto de opinião produzido no âmbito da uc. Bases Estruturais da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, do Mestrado em Politicas Comunitárias e Cooperação Territorial da EEG e do ICS/UMinho)
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