Apesar da conjuntura económica, tem-se
assistido, particularmente nos últimos anos, a um crescimento seja em número
seja em diversidade dos festivais de verão em Portugal. É uma forma diferente de
assistir a concertos de várias bandas e dança, teatro ou outas áreas criativas.
Cada vez mais o público adere a
este tipo de eventos culturais. Só no ano passado foram agendados mais de 100
festivais dos mais variados tipos. Este ano já está agendado o Rock in Rio, um dos maiores festivais de
música a nível nacional, mas também fica marcado pelo regresso de Vilar de
Mouros, um dos mais antigos.
Existem vários tipos de festivais de
música, desde os mais urbanos até aos localizados em regiões mais interiores,
os dedicados apenas a um estilo musical e os mais generalistas. De entre os
festivais mais conhecidos, a nível nacional, temos o Rock in Rio, o Optimus Alive,
o Super Bock Super Rock, MEO
Sudoeste, Paredes de Coura, Marés Vivas e, mais recentemente, Optimus Primavera Sound. Reparando bem,
todos estes têm por trás uma grande marca patrocinadora. Para as marcas
patrocinadoras é um negócio bem rentável apoiarem eventos culturais deste tipo,
não só pela visibilidade mas também em termos financeiros.
Tanto o Optimus Primavera Sound como o Optimus
Alive têm muita visibilidade internacional e são muito frequentados por
público estrangeiro, que vem à procura não só de boa música como também de bom
tempo, boa comida e bons preços. Em termos de números, o festival Optimus Alive, em 2012, registou um record de 16 000 estrangeiros das mais
diversas nacionalidades. Isto tem implicações no turismo das duas cidades, quer
em Junho, quer em Julho, os hostels
das cidades enchem-se de festivaleiros.
Já os festivais mais afastados dos
grandes centros urbanos apresentam um público diferente, que aproveita para
gozar umas férias com os amigos. Temos o caso de Paredes de Coura ou mesmo do
Sudoeste que, tendo uma localização privilegiada, perto de pequenas aldeias,
trazem bastantes benefícios à população mas têm também impactos negativos a
nível da poluição, aumento do preço dos bens, congestionamento e dificuldades
em estacionar. Os benefícios que trazem a estas regiões são a nível económico,
refletindo-se no comércio da região (compra de bens e serviços e na restauração
local), aptar captar mais atenção e visibilidade para a região e, quem sabe,
investimento.
Catarina
Costa
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
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