A Extremadura, embora seja uma das regiões ao abrigo das NUTS III, decidiu implementar um novo rumo estratégico de desenvolvimento sustentável.
A comunidade da Extremadura definiu que a partir de agora todos os projectos de investimento devem privilegiar actividades de investigação nas áreas tecnológicas, em detrimento do investimento em grandes obras públicas. Esta mudança de paradigma e idiossincrasia é extremamente arrojada e significa uma aposta de longo prazo, permitindo uma criação de emprego qualificado, gerando benefícios para a comunidade.
Ao todo, a Extremadura irá beneficiar dum investimento de 2 500 milhões de euros através do Fundo de Coesão, Feder e Fundo Social Europeu, que se traduzirá num apoio às empresas, à inovação tecnológica que tanto se fala hoje em dia, na defesa e protecção do meio ambiente e na rentabilidade energética, uma commodity bem preciosa no presente e para o futuro.
Um exemplo bem real, é a construção das linhas de comboio de alta velocidade, que prontamente estarão concluídas, com saídas do Ave de Madrid para Ourense e Corunha a noroeste e a sudoeste para Badajoz, interligando com o novo aeroporto low cost, permitem uma redução muito significativa em termos Co2, em função de uma diminuição do tráfego quer rodoviário e aéreo. A construção do lado português, como sempre carece de rapidez, de estudos de impacto ambiental e viabilidade.
Paralelamente, a Comunidade da Extremadura vai apostando na criação de infra-estruturas essenciais, como boas escolas, centros de pesquisa e investigação universitários, hospitais e centros de cultura, onde uma pessoa bebe literalmente história arte e cultura.
Sendo no presente uma região autónoma onde o PIB per capita é inferior a 75 % da média da União Europeia, eu acredito que num futuro bem próximo a situação será exactamente ao contrário. A aposta em I&D vai aumentar a competitividade, gerando uma maior participação do sector privado, uma maior rentabilidade do sistema regional científico, investindo na qualificação dos recursos humanos.
A estratégia é simples e concisa e está a dar os seus frutos, sendo que até nos sectores económicos tradicionais se verifica um aumento na inversão em I&D.
Por exemplo, à saída duma cidade média na Extremadura, como é o caso de Badajoz vemos os tais Polígonos Industriais, que são verdadeiros clusters de desenvolvimento regional vocacionados para o mercado internacional, não sendo descuradas as ajudas às pequenas e médias empresas; tudo é devidamente ponderado. O interesse e objectivo está em manter este crescimento e expandi-lo, levando ao aparecimento de novas empresas. Esta estratégia passa inegavelmente por um abandono gradual do sector agrícola em prol da actividade industrial, contribuindo desta forma para uma maior criação de riqueza. Para além disto, a Extremadura tem como pilar preservar a biodiversidade no seu território, melhorando as infra-estruturas hidráulicas, fomentando o uso de energias renováveis como a energia solar ou eólica prevenindo riscos, controlando os efeitos da contaminação, preservando o património natural com a criação de reservas e áreas protegidas, garantindo um uso sustentável dos recursos naturais e abastecendo em quantidades suficientes com água potável as áreas urbanas, as empresas e áreas agrícolas. Em termos de planeamento da comunidade existem boas e rápidas vias de comunicação, livres de portagens, o que permitiu incrementar o investimento na ligação com as outras comunidades. Para finalizar, um tema de igual importância foi a aposta no turismo, um sector de peso exponencial no PIB espanhol, bem como nas suas comunidades. A Extremadura possui um património cultural, artístico e natural fantástico e está empenhada que assim continue com a criação de novos empreendimentos para fazer face à procura, revitalizando e recuperando ao mesmo tempo património monumental. Esta estratégia veio dar um estímulo necessário à Comunidade, juntamente com a vontade própria que já existia, contribuindo deste modo para o sucesso duma visão.
Bibliografia:
- diario el país
- http://www.ec.europa.eu/
Filipe Miguel C. Pereira Antunes
A comunidade da Extremadura definiu que a partir de agora todos os projectos de investimento devem privilegiar actividades de investigação nas áreas tecnológicas, em detrimento do investimento em grandes obras públicas. Esta mudança de paradigma e idiossincrasia é extremamente arrojada e significa uma aposta de longo prazo, permitindo uma criação de emprego qualificado, gerando benefícios para a comunidade.
Ao todo, a Extremadura irá beneficiar dum investimento de 2 500 milhões de euros através do Fundo de Coesão, Feder e Fundo Social Europeu, que se traduzirá num apoio às empresas, à inovação tecnológica que tanto se fala hoje em dia, na defesa e protecção do meio ambiente e na rentabilidade energética, uma commodity bem preciosa no presente e para o futuro.
Um exemplo bem real, é a construção das linhas de comboio de alta velocidade, que prontamente estarão concluídas, com saídas do Ave de Madrid para Ourense e Corunha a noroeste e a sudoeste para Badajoz, interligando com o novo aeroporto low cost, permitem uma redução muito significativa em termos Co2, em função de uma diminuição do tráfego quer rodoviário e aéreo. A construção do lado português, como sempre carece de rapidez, de estudos de impacto ambiental e viabilidade.
Paralelamente, a Comunidade da Extremadura vai apostando na criação de infra-estruturas essenciais, como boas escolas, centros de pesquisa e investigação universitários, hospitais e centros de cultura, onde uma pessoa bebe literalmente história arte e cultura.
Sendo no presente uma região autónoma onde o PIB per capita é inferior a 75 % da média da União Europeia, eu acredito que num futuro bem próximo a situação será exactamente ao contrário. A aposta em I&D vai aumentar a competitividade, gerando uma maior participação do sector privado, uma maior rentabilidade do sistema regional científico, investindo na qualificação dos recursos humanos.
A estratégia é simples e concisa e está a dar os seus frutos, sendo que até nos sectores económicos tradicionais se verifica um aumento na inversão em I&D.
Por exemplo, à saída duma cidade média na Extremadura, como é o caso de Badajoz vemos os tais Polígonos Industriais, que são verdadeiros clusters de desenvolvimento regional vocacionados para o mercado internacional, não sendo descuradas as ajudas às pequenas e médias empresas; tudo é devidamente ponderado. O interesse e objectivo está em manter este crescimento e expandi-lo, levando ao aparecimento de novas empresas. Esta estratégia passa inegavelmente por um abandono gradual do sector agrícola em prol da actividade industrial, contribuindo desta forma para uma maior criação de riqueza. Para além disto, a Extremadura tem como pilar preservar a biodiversidade no seu território, melhorando as infra-estruturas hidráulicas, fomentando o uso de energias renováveis como a energia solar ou eólica prevenindo riscos, controlando os efeitos da contaminação, preservando o património natural com a criação de reservas e áreas protegidas, garantindo um uso sustentável dos recursos naturais e abastecendo em quantidades suficientes com água potável as áreas urbanas, as empresas e áreas agrícolas. Em termos de planeamento da comunidade existem boas e rápidas vias de comunicação, livres de portagens, o que permitiu incrementar o investimento na ligação com as outras comunidades. Para finalizar, um tema de igual importância foi a aposta no turismo, um sector de peso exponencial no PIB espanhol, bem como nas suas comunidades. A Extremadura possui um património cultural, artístico e natural fantástico e está empenhada que assim continue com a criação de novos empreendimentos para fazer face à procura, revitalizando e recuperando ao mesmo tempo património monumental. Esta estratégia veio dar um estímulo necessário à Comunidade, juntamente com a vontade própria que já existia, contribuindo deste modo para o sucesso duma visão.
Bibliografia:
- diario el país
- http://www.ec.europa.eu/
Filipe Miguel C. Pereira Antunes
(texto produzido no âmbito da unidade curricular "Desenvolvimento e Competitividade do Território", do Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas, da EEG/UMinho)
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