Os City Vitals, sinais vitais das cidades, desenvolvidos pelos CEO’s for cities, providenciam “uma base de medida estatística detalhada que permite aos líderes urbanos compreenderem a performance das suas cidades em quatro áreas-chave: talento, inovação, rede de contactos e distinção”, e permitem suprir algumas lacunas na avaliação das cidades.
Estas quatro dimensões são um óptimo ponto de partida para a política urbana agir no desenvolvimento da sua cidade, e, porque não, da sua região, país. Olhando de uma forma mais detalhada para cada uma das quatro dimensões da cidade, temos[i]:
· A cidade talentosa: propícia ao conhecimento construído em escolas e pela experiência, chamativa e rica em pessoas inteligentes, que nela têm oportunidade de se desenvolver e aplicar os seus conhecimentos. Em que o talento (medido com base em parâmetros como o atendimento escolar, o número de profissionais criativos, entre outros) revela o capital intelectual subjacente no qual uma região pode construir a sua economia e lidar com os inevitáveis choques de mudança e competição.
· A cidade inovadora: A capacidade de gerar novas ideias e de as tornar realidade é uma grande fonte de vantagem competitiva não só negocial mas da região como um todo. As economias avançam num processo de tentativa-erro, e geralmente quanto mais forem esses processos (testes de novos produtos e serviços) maior é o desenvolvimento da cidade. Invisíveis e sem peso, as ideias não podem ser medidas directamente, mas as suas marcas na economia podem sê-lo através de patentes, do valor monetário dos investimentos de capital, a extensão do empreendedorismo pessoal e o número de pequenos negócios.
· A cidade conectada: Conexão de pessoas residentes na cidade entre si e com o resto do mundo. As conexões internas ajudam a promover a criação de novas ideias e a melhorar o funcionamento da cidade. As conexões externas permitem às pessoas e negócios interagirem na economia global.
· A cidade distinta: apesar de esta medida ser incompleta, ela assenta nas características únicas que distinguem uma cidade das outras e para as quais, geralmente, existem poucos, se nenhuns estudos estatísticos.
Posicionar a cidade nestas quatro dimensões é o primeiro passo na definição das medidas de política, saber quais os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças desta análise SWOT a quatro dimensões são a medida a adoptar na política urbana.
Mas como em tudo, um desenvolvimento oco destas habilidades não é o suficiente para desvendar todo o potencial de uma cidade, cabe às organizações políticas sustentar este desenvolvimento, apostando em toda uma estrutura que permita que estas quatro dimensões interajam e se complementem criando uma verdadeira cidade de sucesso.
“Braga – Variedade do Comércio” assim é caracterizada a cidade que no ranking do jornal expresso ocupa o 8º lugar das melhores cidades portuguesas para viver em 2007. Com base em critérios de acessibilidade, oferta cultural, espaços verdes, capacidade de atracção estudantil, desempenho económico, entre outros, a cidade é caracterizada, no que ao comércio diz respeito, como concorrente directa de Lisboa e Porto. Destacando-se como uma cidade onde o comércio tradicional se combina de forma harmoniosa com o comércio mundial, em que “do mais simples ao mais sofisticado, (…) do mais caro ao mais barato (…) Braga tem tudo, em quantidade e variedade invejáveis.”
Apesar do 8º lugar ser um lugar digno, será que este ranking é completo?! Será que não esquece outras dimensões importantes, que de forma positiva ou negativa poderiam influenciar estas posições?!
A cidade de Braga ainda não foi avaliada com base nestes quatro sinais vitais, dela apenas podemos dizer que é uma cidade jovem, com um comércio invejável e com capacidade para que estes quatro componentes sejam explorados e desenvolvidos em prol de uma cidade competitiva em todas as suas facetas.
Estas quatro dimensões são um óptimo ponto de partida para a política urbana agir no desenvolvimento da sua cidade, e, porque não, da sua região, país. Olhando de uma forma mais detalhada para cada uma das quatro dimensões da cidade, temos[i]:
· A cidade talentosa: propícia ao conhecimento construído em escolas e pela experiência, chamativa e rica em pessoas inteligentes, que nela têm oportunidade de se desenvolver e aplicar os seus conhecimentos. Em que o talento (medido com base em parâmetros como o atendimento escolar, o número de profissionais criativos, entre outros) revela o capital intelectual subjacente no qual uma região pode construir a sua economia e lidar com os inevitáveis choques de mudança e competição.
· A cidade inovadora: A capacidade de gerar novas ideias e de as tornar realidade é uma grande fonte de vantagem competitiva não só negocial mas da região como um todo. As economias avançam num processo de tentativa-erro, e geralmente quanto mais forem esses processos (testes de novos produtos e serviços) maior é o desenvolvimento da cidade. Invisíveis e sem peso, as ideias não podem ser medidas directamente, mas as suas marcas na economia podem sê-lo através de patentes, do valor monetário dos investimentos de capital, a extensão do empreendedorismo pessoal e o número de pequenos negócios.
· A cidade conectada: Conexão de pessoas residentes na cidade entre si e com o resto do mundo. As conexões internas ajudam a promover a criação de novas ideias e a melhorar o funcionamento da cidade. As conexões externas permitem às pessoas e negócios interagirem na economia global.
· A cidade distinta: apesar de esta medida ser incompleta, ela assenta nas características únicas que distinguem uma cidade das outras e para as quais, geralmente, existem poucos, se nenhuns estudos estatísticos.
Posicionar a cidade nestas quatro dimensões é o primeiro passo na definição das medidas de política, saber quais os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças desta análise SWOT a quatro dimensões são a medida a adoptar na política urbana.
Mas como em tudo, um desenvolvimento oco destas habilidades não é o suficiente para desvendar todo o potencial de uma cidade, cabe às organizações políticas sustentar este desenvolvimento, apostando em toda uma estrutura que permita que estas quatro dimensões interajam e se complementem criando uma verdadeira cidade de sucesso.
“Braga – Variedade do Comércio” assim é caracterizada a cidade que no ranking do jornal expresso ocupa o 8º lugar das melhores cidades portuguesas para viver em 2007. Com base em critérios de acessibilidade, oferta cultural, espaços verdes, capacidade de atracção estudantil, desempenho económico, entre outros, a cidade é caracterizada, no que ao comércio diz respeito, como concorrente directa de Lisboa e Porto. Destacando-se como uma cidade onde o comércio tradicional se combina de forma harmoniosa com o comércio mundial, em que “do mais simples ao mais sofisticado, (…) do mais caro ao mais barato (…) Braga tem tudo, em quantidade e variedade invejáveis.”
Apesar do 8º lugar ser um lugar digno, será que este ranking é completo?! Será que não esquece outras dimensões importantes, que de forma positiva ou negativa poderiam influenciar estas posições?!
A cidade de Braga ainda não foi avaliada com base nestes quatro sinais vitais, dela apenas podemos dizer que é uma cidade jovem, com um comércio invejável e com capacidade para que estes quatro componentes sejam explorados e desenvolvidos em prol de uma cidade competitiva em todas as suas facetas.
Maria Teresa Pires Morais da Silva Mota
Bibliografia:
Cortright, John; City Vitals, CEO’s for cities: new measures of success for cities, Impresa Consulting; 2006, Outubro in http://www.ceosforcities.org/
Jornal Expresso; As melhores cidades portuguesas para viver em 2007; 2007, Janeiro in http://engenium.wordpress.com/
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[i] Relatório City vitals, Joseph Cortright, CEO’s for cities
Bibliografia:
Cortright, John; City Vitals, CEO’s for cities: new measures of success for cities, Impresa Consulting; 2006, Outubro in http://www.ceosforcities.org/
Jornal Expresso; As melhores cidades portuguesas para viver em 2007; 2007, Janeiro in http://engenium.wordpress.com/
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[i] Relatório City vitals, Joseph Cortright, CEO’s for cities
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(texto produzido no âmbito da unidade curricular "Desenvolvimento e Competitividade do Território", do Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas, da EEG/UMinho)
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