Viajar é cada vez mais um prazer para a maioria dos portugueses e de todos os habitantes mundiais, porém a crise económica que se instalou, principalmente na Europa, fez temer o pior para Portugal. Isto porque o turismo em Portugal é um dos pontos essenciais para o desenvolvimento do nosso país e do nosso PIB.
Para o aumento da vinda de turistas para o nosso país é necessário que este tenha uma boa rede de transporte aéreo, tendo esta especial relevância para os países numa situação periférica em relação aos espaços económicos de que façam parte, como é o caso português. Nos países onde transporte aéreo é o mais importante são aquelas em que o setor do turismo tem um peso mais importante na sua economia.
O sucesso do setor turístico está sujeito à obtenção, número, e aptidão das ligações aéreas que o país detém, definindo qual o alcance, qualidade e dimensão do seu mercado potencial de clientes. A sua importância e dimensão têm aumentado consideravelmente nas últimas décadas, ao mesmo tempo que o processo de globalização avança, tornando as economias nacionais crescentemente interligadas e dependentes umas das outras. O mundo atual exige uma rede global de transporte aéreo que reduza as distâncias entre os vários parceiros económicos e que consiga providenciar o aumento da procura em todo o mundo.
Low-cost é uma palavra cada vez mais constante entre quem viaja regularmente pelo Mundo ou por quem simplesmente se interessa pelos transportes ou pela indústria do turismo. As companhias aéreas low-cost não param de surpreender, tornando-se mesmo um fenómeno para os utilizadores. No ano passado, as companhias aéreas de baixo custo foram responsáveis por um quarto dos passageiros transportados em toda a Europa. O setor do transporte aéreo destaca-se como essencial para um país como Portugal.
Para o sucesso da economia nacional, o setor do transporte aéreo tem de simultaneamente aumentar a procura das viagens e negócios, do transporte de mercadorias e, sobretudo, devido ao peso do turismo na economia nacional, ser capaz de assegurar a ligação eficaz aos principais mercados emissores de turistas.
A RYANAIR e a EASYJET, são duas das principais companhias low-cost a operar em Portugal, ganhando espaço no nosso mercado, sendo que no aeroporto do porto a RYANAIR já efetua a maior percentagem de voos, sendo a companhia líder neste aeroporto. São também estas estas companhias que aumentaram significativamente a vinda de turistas, principalmente para o Porto, dinamizando a cidade. A sazonalidade foi também diminuída muito graças a esta entrada e cena das companhias low-cost.
Como é reconhecido pelo Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT), Portugal sofre de limitações nas suas ligações aéreas a estes mercados emissores, sendo atribuído a este facto parte da responsabilidade da forte sazonalidade do setor, bem como alguma retração do mercado verificada em anos recentes. A indústria do turismo é um setor estratégico e com enorme peso na economia portuguesa. Este setor de atividade foi responsável, em 2004, por quase 11% do Produto Interno Bruto nacional (Turismo de Portugal 2007). O peso desta atividade decresceu para 9,7% do PIB em 2006 mantendo contudo a sua importância no mercado de trabalho, empregando 8% da população ativa nacional (Turismo de Portugal 2008).
Este setor está fortemente dependente de um bom conjunto de ligações aéreas aos principais mercados emissores de turistas europeus: Reino Unido, Alemanha e França (a que acresce a Espanha, para o caso português). Dos 11,3 milhões de turistas estrangeiros que visitaram Portugal no ano de 2006, mais de metade (59,5%,) utilizaram o avião para chegarem a este país (Turismo de Portugal 2008), revelando a enorme importância e peso do transporte aéreo no turismo nacional.
Pedro Napoleão Moura Oliveira
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
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