Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade. (Organização Mundial da Saúde)
É sabido já desde a antiguidade que o Homem usa as águas termais para alcançar tanto o bem-estar físico como o psicológico, observando-se hoje a transformação das estâncias termais em locais de exceção, para a recuperação de energias face à desgastante rotina diária.
O termalismo tem sofrido intensas transformações ao longo das últimas décadas. Passou de acessível a uma cultura mais popular, que misturava tanto elementos lúdicos como terapêuticos, a um produto procurado por um setor mais elitista da sociedade. Apesar destas transformações, o produto turístico veio a cair em esquecimento devido à diminuição da procura decorrente da crescente busca por férias na praia. Tudo isto levou a um acentuado empobrecimento das economias termais e, consequentemente, da sua capacidade de renovar e modernizar os seus equipamentos e, sobretudo, a sua oferta.
O termalismo clássico tem uma vertente curativa, no qual o aquista vai às termas com o intuito de tratar e/ou recuperar de uma doença respiratória, dermatológica ou reumática. Esta é a forma de termalismo que tem predominado na sociedade e persistido ao longo dos séculos. Está associado a um perfil de cliente mais idoso, com idade acima dos 45 anos, com rendimentos médios.
Como referi anteriormente, este serviço tem evidenciado um processo evolutivo marcante. Para fazer face às novas exigências do mercado, nomeadamente à crescente preocupação com o corpo e a estética, surgiu uma nova dinâmica termal com um produto mais ligado ao lazer e bem-estar. É mais procurado por jovens, normalmente residentes nos grandes centros urbanos, com maior poder económico, tendo uma estadia mais curta que o normal.
O termalismo de bem-estar compreende atividades como banho turco, sauna, solários, massagens, relaxamento e outros programas de curta duração. Tem, sem dúvida, uma vertente preventiva. Este tipo de termalismo mais recente é, sem dúvida, um mercado em crescimento e que tem permitido uma revitalização das termas portuguesas, porque, para além de permitir mudar uma imagem mais antiquada das termas, também permite um maior e melhor encaixe financeiro, permitindo a sua modernização em equipamentos e diversificação de programas de bem-estar.
Com isso as termas têm vindo a aproximar-se das necessidades do mercado e dos seus clientes, procurando oferecer atividades complementares aos convencionais tratamentos. Assim, procuram ter atividades lúdicas, de entretenimento para os aquistas mais idosos como também agradando aos mais jovens. Para além disto e como grande parte das termas estão localizadas em zonas interiores, no meio da Natureza, organizam atividades ao ar livre, sejam elas radicais, apenas percursos pedestres ou visitas às aldeias históricas da região.
Catarina Pereira Costa
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo” do curso de Mestrado em Economia Social, da EEG/UMinho]
1 comentário:
Obrigado este artigo deu-me muito jeito para o trabalho de geografia
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