Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, dados de 2009, Portugal é o 20º país mais visitado, com 12,3 milhões de turistas estrangeiros recebidos em 2007.
Sabemos que o nosso país é amplamente conhecido pelo sol, praias, gastronomia, herança cultural e patrimonial. Embora ultimamente também se tem afirmado internacionalmente um dos principais destinos de golfe, com os seus resorts e aldeias turísticas.
A procura turística concentra-se em duas regiões: Algarve e Lisboa. Fora deste território, a ilha da Madeira tem o suporte da economia no seu turismo. No seu conjunto, estas três áreas reúnem mais de 2/3 da capacidade de alojamento nacional.
Com uma extensa linha de costa, onde se localizam muitos hotéis, parques de campismo, casa de férias…, o turismo balnear é o mais antigo e o mais procurado. A aposta no turismo balnear tem vindo a modificar por completo a região do Algarve. Por um lado, criou um forte dinamismo económico da região mas por outro lado, teve problemas graves no ordenamento territorial, fruto de uma construção desenfreada, pouco planeada que se traduziu numa grave descaracterização da paisagem, com uma perda de qualidade ambiental e, actualmente é responsável pelo declínio do poder de atracção turística.
Contudo, Portugal não é só praia. A região de Lisboa é um bom exemplo de turismo não balnear, pois aproveita o facto de ser capital, ganhando uma notoriedade crescente através da organização de reuniões, congressos, acontecimentos desportivos e outros eventos internacionais de relevo como é o caso da Expo’98. Também o património cultural e turístico e a situação geográfica privilegiada têm contribuído para um crescente número de navios cruzeiros passarem e pararem por lá.
Para diminuir a excessiva dependência do turismo balnear e permitir taxas de ocupação em estabelecimentos hoteleiros mais constantes, a procura de novos produtos turísticos, como o golfe, o turismo de natureza e o rural, impõem-se com uma das principais medidas. O golfe tem vindo a verificar alguma descentralização. Permite tirar melhor partido das condições climáticas de Portugal e da existência de um parque hoteleiro qualificado atraindo turistas com maior poder de compra e com permanência mais longa. O termalismo começa, também ele, a ganhar maior destaque no nosso território. Tal como o turismo rural. As áreas que assistem à quase extinção da actividade agrícola podem encontrar neste tipo de turismo rendimentos complementares, além disso, pode recuperar níveis demográficos, levar à conservação/recuperação de património arquitectónico, dinamizar e divulgar produtos regionais e levar à manutenção da paisagem e modos de vida tradicionais.
Com a modernização, também o turismo teve de se adaptar, criando formas mais modernas e atractivas para deste modo responder às exigências da população.
Um novo tipo de turismo que tem ganho força em Portugal é o chamado turismo activo, desportivo ou de aventura. Surge como resposta a um quotidiano feito de rotinas, stress e sedentarismo. É uma forma de o Homem voltar à vida natural e afastar-se um pouco da vida urbana.
São vários os exemplos deste turismo que por cá podemos encontrar: voos panorâmicos nomeadamente em Cascais; descidas de rios em canoa como é o caso no rio Alcôvo, concelho de Seia e Oliveira do Hospital; provas de vinhos e azeites, em Sabrosa, zona do douro, entre muitas outras; tours pelas cidades como por exemplo o The Famous Sintra Cascais Daytrip onde se visita Sintra e Cascais; teambuilding (programas para empresas incutirem nos seus colaboradores capacidades de tomada de decisão, determinação e autoconfiança, sensibilizando-os no espírito de grupo e trabalho de equipa) que podemos encontrar por todo o Portugal continental e ilhas; passeios a pé por áreas rurais com enquadramento histórico como o Passeio Pedestre Sopé das Serras de Aire e Candeeiros; entre muitos outros.
Com o mundo cada vez mais global, surgiu um tipo de turismo muito fácil, rápido e pouco dispendioso, o Couchsurfing (turismo de sofá). Procura ligar as pessoas e os lugares internacionais, criar trocas educacionais, fomentar a consciência colectiva, espalhar a tolerância e entendimento cultural. Através de um sítio na internet, pode procurar-se um “sofá” disponível na casa de um qualquer habitante na região pretendida e este tipo de turismo não se paga, isto é, o alojamento é gratuito.
Concluindo, são vários os tipos e formas de turismo disponíveis actualmente. Temos o turismo de recreio, onde os visitantes são motivados pela curiosidade e mudança de ambiente; o turismo de repouso, onde se procura o relaxamento físico e mental ou benefícios para a saúde; o turismo de saúde, semelhante ao de repouso, procura destinos calmos, “saudáveis” e naturais que ofereçam tratamentos e terapias, sendo que estes três tipos de turismo são muito recorrentes nas zonas mais interiores do país; o turismo de negócios, com reuniões científicas como congressos e workshops e divulgação de produtos através de feiras e exposições é mais visto em cidades mais desenvolvidas como Lisboa e Porto; o turismo religioso, como as peregrinações espirituais, no nosso país tem um grande impacto na região de Leiria com o Santuário de Fátima; o turismo étnico e social, onde se pretende visitar parentes, amigos e organização de viagens para tomar parte da vida comum das populações locais, como é o caso da vinda dos emigrantes de visita à sua terra natal com muita notoriedade nas aldeias; e o turismo activo/desportivo, onde há envolvimento de actividades desportivas e exploração simultânea da natureza, muito voltado para as zonas mais interiores, nomeadamente como forma de dinamizar as suas economias. Arrisco a dizer que há uma nova forma de turismo, o cibernético.
Mariana Pereira
Sabemos que o nosso país é amplamente conhecido pelo sol, praias, gastronomia, herança cultural e patrimonial. Embora ultimamente também se tem afirmado internacionalmente um dos principais destinos de golfe, com os seus resorts e aldeias turísticas.
A procura turística concentra-se em duas regiões: Algarve e Lisboa. Fora deste território, a ilha da Madeira tem o suporte da economia no seu turismo. No seu conjunto, estas três áreas reúnem mais de 2/3 da capacidade de alojamento nacional.
Com uma extensa linha de costa, onde se localizam muitos hotéis, parques de campismo, casa de férias…, o turismo balnear é o mais antigo e o mais procurado. A aposta no turismo balnear tem vindo a modificar por completo a região do Algarve. Por um lado, criou um forte dinamismo económico da região mas por outro lado, teve problemas graves no ordenamento territorial, fruto de uma construção desenfreada, pouco planeada que se traduziu numa grave descaracterização da paisagem, com uma perda de qualidade ambiental e, actualmente é responsável pelo declínio do poder de atracção turística.
Contudo, Portugal não é só praia. A região de Lisboa é um bom exemplo de turismo não balnear, pois aproveita o facto de ser capital, ganhando uma notoriedade crescente através da organização de reuniões, congressos, acontecimentos desportivos e outros eventos internacionais de relevo como é o caso da Expo’98. Também o património cultural e turístico e a situação geográfica privilegiada têm contribuído para um crescente número de navios cruzeiros passarem e pararem por lá.
Para diminuir a excessiva dependência do turismo balnear e permitir taxas de ocupação em estabelecimentos hoteleiros mais constantes, a procura de novos produtos turísticos, como o golfe, o turismo de natureza e o rural, impõem-se com uma das principais medidas. O golfe tem vindo a verificar alguma descentralização. Permite tirar melhor partido das condições climáticas de Portugal e da existência de um parque hoteleiro qualificado atraindo turistas com maior poder de compra e com permanência mais longa. O termalismo começa, também ele, a ganhar maior destaque no nosso território. Tal como o turismo rural. As áreas que assistem à quase extinção da actividade agrícola podem encontrar neste tipo de turismo rendimentos complementares, além disso, pode recuperar níveis demográficos, levar à conservação/recuperação de património arquitectónico, dinamizar e divulgar produtos regionais e levar à manutenção da paisagem e modos de vida tradicionais.
Com a modernização, também o turismo teve de se adaptar, criando formas mais modernas e atractivas para deste modo responder às exigências da população.
Um novo tipo de turismo que tem ganho força em Portugal é o chamado turismo activo, desportivo ou de aventura. Surge como resposta a um quotidiano feito de rotinas, stress e sedentarismo. É uma forma de o Homem voltar à vida natural e afastar-se um pouco da vida urbana.
São vários os exemplos deste turismo que por cá podemos encontrar: voos panorâmicos nomeadamente em Cascais; descidas de rios em canoa como é o caso no rio Alcôvo, concelho de Seia e Oliveira do Hospital; provas de vinhos e azeites, em Sabrosa, zona do douro, entre muitas outras; tours pelas cidades como por exemplo o The Famous Sintra Cascais Daytrip onde se visita Sintra e Cascais; teambuilding (programas para empresas incutirem nos seus colaboradores capacidades de tomada de decisão, determinação e autoconfiança, sensibilizando-os no espírito de grupo e trabalho de equipa) que podemos encontrar por todo o Portugal continental e ilhas; passeios a pé por áreas rurais com enquadramento histórico como o Passeio Pedestre Sopé das Serras de Aire e Candeeiros; entre muitos outros.
Com o mundo cada vez mais global, surgiu um tipo de turismo muito fácil, rápido e pouco dispendioso, o Couchsurfing (turismo de sofá). Procura ligar as pessoas e os lugares internacionais, criar trocas educacionais, fomentar a consciência colectiva, espalhar a tolerância e entendimento cultural. Através de um sítio na internet, pode procurar-se um “sofá” disponível na casa de um qualquer habitante na região pretendida e este tipo de turismo não se paga, isto é, o alojamento é gratuito.
Concluindo, são vários os tipos e formas de turismo disponíveis actualmente. Temos o turismo de recreio, onde os visitantes são motivados pela curiosidade e mudança de ambiente; o turismo de repouso, onde se procura o relaxamento físico e mental ou benefícios para a saúde; o turismo de saúde, semelhante ao de repouso, procura destinos calmos, “saudáveis” e naturais que ofereçam tratamentos e terapias, sendo que estes três tipos de turismo são muito recorrentes nas zonas mais interiores do país; o turismo de negócios, com reuniões científicas como congressos e workshops e divulgação de produtos através de feiras e exposições é mais visto em cidades mais desenvolvidas como Lisboa e Porto; o turismo religioso, como as peregrinações espirituais, no nosso país tem um grande impacto na região de Leiria com o Santuário de Fátima; o turismo étnico e social, onde se pretende visitar parentes, amigos e organização de viagens para tomar parte da vida comum das populações locais, como é o caso da vinda dos emigrantes de visita à sua terra natal com muita notoriedade nas aldeias; e o turismo activo/desportivo, onde há envolvimento de actividades desportivas e exploração simultânea da natureza, muito voltado para as zonas mais interiores, nomeadamente como forma de dinamizar as suas economias. Arrisco a dizer que há uma nova forma de turismo, o cibernético.
Mariana Pereira
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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