O Gerês, designação que utilizamos para a vila que se insere
na freguesia Vilar da Veiga, do concelho de Terras de Bouro, é um exemplo de
localidade que se tem desenvolvido cada vez mais pela influência do Turismo.
Trata-se de uma vila que, segundo os dados apresentados no levantamento dos
censos de 2011, apresentava um número total de residentes que dificilmente
chegava às duas mil pessoas.
Aconteceu neste lugar o que acontece em muitos outros com as mesmas características: êxodo rural, envelhecimento da população e emigração. Como consequência do envelhecimento populacional, as atividades agrícolas e pastoris, que eram as principais áreas laborais da população da região, foram sendo deixadas ao abandono e dificilmente os jovens preferem revitalizar estas atividades em vez de encontrarem algo que lhes proporcione melhores condições de vida na cidade.
Mas o que é que traz vida ao Gerês? O turismo. O turismo é o principal contribuinte para o desenvolvimento socioeconómico não apenas da vila mas também de todas as freguesias que abrangem o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Aconteceu neste lugar o que acontece em muitos outros com as mesmas características: êxodo rural, envelhecimento da população e emigração. Como consequência do envelhecimento populacional, as atividades agrícolas e pastoris, que eram as principais áreas laborais da população da região, foram sendo deixadas ao abandono e dificilmente os jovens preferem revitalizar estas atividades em vez de encontrarem algo que lhes proporcione melhores condições de vida na cidade.
Mas o que é que traz vida ao Gerês? O turismo. O turismo é o principal contribuinte para o desenvolvimento socioeconómico não apenas da vila mas também de todas as freguesias que abrangem o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Este parque é uma das principais atrações do Gerês, , se não
a principal, ocupando o primeiro lugar na categoria “Áreas Protegidas” no ranking das Maravilhas Naturais de
Portugal, foi considerado pelo sítio da Trivago como o nono destino turístico
mais valioso do mundo, e é ainda classificado pela UNESCO como Reserva Mundial
da Biosfera.
Com o passar dos anos, a procura turística tem vindo a
aumentar e, para tal, foi também necessário que este setor também apresentasse
melhorias nas suas ofertas, tanto como diversidade, e que fosse acessível à
maioria dos turistas. Tendo em conta tudo o que o Gerês tem a oferecer, e
comparando com outros pontos turísticos com as mesma condições, trata-se de um
destino de férias bastante em conta para todas as faixas etárias: possui um
parque de campismo com acesso ao rio e às piscinas da vila, vários hotéis de
qualidade, residenciais, casas de turismo de habitação e ainda muitas
iniciativas privadas de aluguer de alojamento; possui praias fluviais, cascatas
naturais e piscinas; atividades ao ar livre, desportos radicais; e detém ainda
os tratamentos termais.
Outra das maiores atrações turísticas do Gerês são as suas
termas, consideradas as melhores termas de Portugal, dada a variedade de oferta
de tratamentos e finalidades, e também devido às suas condições de alojamento,
que são frequentemente renovadas de modo a dar resposta às necessidades e
exigências do turista.
Porém, à exceção dos maiores hotéis, a maioria das residenciais,
cafés, restaurantes e pequenos estabelecimentos comerciais encontram-se
fechados durante o período que é considerado época baixa, isto é, entre Outubro
e Maio, e reabrem nos períodos de maior afluência turística. Como também as
termas têm um período específico de funcionamento, durante os meses de inverno
o Gerês era apenas povoado pelos residentes da vila que, como referi
inicialmente, são muito poucos. Deste modo, não há uma razão que justifique a
abertura diária destes estabelecimentos durante todo o ano.
Analisando estas potencialidades do Gerês e a sua exploração
turística, considero que seja um bom exemplo de como ter sucesso usando as
vantagens sustentáveis do território em proveito próprio e em proveito da
comunidade.
Ana Rita
Ferreira
[artigo de opinião produzido no
âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de
Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património
Cultural, da ICS/UMinho]
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