Nos
últimos anos Lisboa tem ganho diversos prémios que promovem o turismo, como,
por exemplo: “Melhor Destino Urbano”; “Melhor
Destino Low-Cost”; e o título de “4ª
Cidade mais bonita do mundo”. Em 2014 registou 11,53 milhões de dormidas.
O Bairro Alto foi construído em 1531
devido a um sismo. Localiza-se na freguesia da Misericórdia, no centro de
Lisboa. É um bairro tipicamente português, ou seja, onde roupa ainda é
estendida à janela. Lá, estão localizadas pensões, lojas tradicionais,
barbearias e tascas. No entanto, devido ao aumento do turismo, esta vida calma
e tipicamente portuguesa está a desaparecer pois os moradores estão a ser
pressionados para sair do bairro, quer devido a pressões imobiliárias quer
devido á mudança do ambiente, como o aumento do barulho, a expansão da
hotelaria e a diminuição da segurança.
Outros problemas que são levantados
pelos moradores são: a diminuição da mobilidade, a diminuição do
estacionamento, a sujidade na via pública, o aumento do tráfego, os Tuk-Tuk e o
aumento dos preços, quer do arrendamento quer dos produtos necessárias à vida
quotidiana.
Fernando Marta reside no Bairro Alto acerca
de 60 anos e afirma que a economia pode ter melhorado mas a qualidade de vida
dos moradores diminuiu. Luís Paisana, Presidente da Associação de Moradores do
Bairro Alto (AMBA), afirma: “o centro
histórico lisboeta é demasiado pequeno e não tem capacidade para absorver
tantos turistas”.
A
AMBA é uma das instituições existentes que protege os moradores das “ameaças
externas” e luta pelos seus direitos.
Por seu lado, o presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, Fernando Medina, prefere ver os benefícios do turismo: “Toda a cidade vibra e está mais
animada, até com espaço para novas atividades que são geridas pelos moradores”.
Na
minha opinião, o turismo tem um lado positivo, como a melhoria da economia, e
um lado negativo, onde a vida local é modificada para responder às necessidades
do turismo, levando mesmo muitos estabelecimentos a fechar portas ou a retirar
a venda dos produtos típicos para venderem bebidas e lembranças. A Câmara
Municipal de Lisboa deveria ter em conta as necessidades dos moradores,
promulgando leis que os protegessem do “despejo” causado pelo aumento dos hostels/hotéis e lojas de souvenirs.
Este
ano entra em vigor uma lei que protege os moradores do barulho após as 23
horas, e os estabelecimentos que não tenham aparelhos que reduzam o barulho ou que não cumprem a
lei, são obrigados a pagar coimas de milhares de euros.
Tem
que se encontrar um meio-termo, ou seja, não se pode sacrificar o bem-estar dos
habitantes mas também não se pode “expulsar” os turistas.
Maria Oliveira
Referências:
https://www.google.pt/search?q=bairro+alto&tbm=isch&imgil=Ha9_NLhV6kMxjM%253A%253BtLJSehzLN1XMVM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.portuguesetcetera.com%25252Fschool-events%25252Fbpnks88yxg9b578rek7ncbdmecaa4s&source=iu&pf=m&fir=Ha9_NLhV6kMxjM%253A%252CtLJSehzLN1XMVM%252C_&usg=__Xn5KBqtYeBAKA6C-crI8Skdv6zU%3D&biw=1366&bih=676&ved=0ahUKEwiIzYW8zuDSAhUGVxoKHZ_3CioQyjcIag&ei=93LNWMj1H4auaZ_vq9AC#imgrc=Ha9_NLhV6kMxjM.
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e
Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, da
ICS/UMinho]
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