Na verdade, já algum
tempo que a cidade Invicta faz parte da lista dos destinos preferidos na
Europa. Prova disso é o facto de nos últimos cinco anos ter conquistado por
duas vezes (em 2012 e 2014) o primeiro lugar da lista invejada por tantas
outras cidades europeias.
No passado mês, a
cidade do Porto, bem como todo o país, recebeu orgulhosamente a notícia que
pela terceira vez era detentora do título “Europen Best Destination 2017”.
Ficando à frente de cidades tão famosas como Milão, Atenas e Viena.
No próprio sítio (http://www.europeanbestdestinations.com)
podemos ler que “nunca uma escolha para o destino vencedor foi tão unânime para
tantos viajantes espalhados pelo mundo”, o que comprova que Portugal, e neste
caso o Porto, não tem turistas apenas da Europa. Os turistas vêm de todos os
continentes, desde Estados Unidos, África do Sul, Canadá, Coreia do Sul, o que
resultou numa decisão de 420 mil pessoas provenientes de 174 países.
Mas, afinal, o que é
que o Porto tem que o distingue das outras cidades tão conhecidas? Será a fantástica
arquitetura tão caraterística da cidade? Ou as paisagens arrebatadoras da
ribeira na margem do rio Douro? Talvez seja a fantástica e vigorosa
gastronomia, tão típica da região, que agrada a todos que a ousam experimentar.
Na verdade, tudo isto foi decisivo para a escolha. Os turistas referiram que a
cidade Invicta era uma surpresa do início ao fim; conseguiam planear diferentes
atividades para todos os dias. Os passeios de barco pelo Douro, as viagens de
helicóptero, o comércio e a simpatia dos seus habitantes foram os principais
responsáveis por esta conquista.
Segundo dados oficiais
das autoridades locais, o ano de 2016 provou ser o melhor ano de sempre para o
setor do turismo (com um resultado próximo dos 1,5 milhões de turistas atraídos
à cidade). O INE assinalou um aumento de 11,4% de hóspedes na região do Norte,
onde se encontra o Porto, face ao ano anterior.
Este prémio não só
serviu para reconhecer toda a dedicação da população local bem como os esforços
que foram feitos pelas autoridades nacionais e locais ao longo do tempo para
que a cidade se tornasse cada vez mais atrativa, reconhecida e recomendada. Estes
resultados acabaram por levar o atual presidente da câmara do Porto e da
Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Rui Moreira, a dizer que “A
visibilidade que este prémio traz é especialmente útil para o setor do turismo,
mas é também uma forma de chamar a atenção do Porto como oportunidade de
investimento e de empreendorismo”.
Claro que esta
notoriedade e visibilidade é extremamente importante para a economia local, bem
como para a economia e o reconhecimento do país. Se conseguirmos atrair
turistas a uma cidade, certamente que será mais fácil conduzi-los para outras
zonas que poderão passar a constar nas suas listas de recomendações. Mas tal
resultado só fará sentido se tivermos condições para receber turistas, quero
com isto dizer boas infraestruturas de transporte, hotéis para diferentes tipos
de turistas (com diferentes preços e caraterísticas), atividades direcionadas
para a atração dos mesmos, mantendo outros atributos já intrínsecos aos portugueses
(nível de segurança elevado, uma gastronomia singular e o nosso acolhimento tão
caloroso).
Também precisamos de
ter um conhecimento bastante pormenorizado das cidades portuguesas que têm
neste momento condições adequadas para a receção de novos turistas e as que
dificilmente terão. Só assim conseguiremos aproveitar da melhor forma esta
fonte de receitas garantida.
Agora, é preciso manter
o nível de exigência que é tipicamente pedida aos campeões.
Beatriz
Fernandes
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/17)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/17)
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