A Região Autónoma dos Açores é um
arquipélago português, localizado no Atlântico nordeste, que detêm um estatuto
de autonomia, a nível político, económico e também administrativo. Verifica-se que,
nos últimos anos, há uma maior preocupação em estimular e propor a criação de
novos projetos regionais. Têm como finalidade obter novos formatos turísticos,
que tenham aproveitamento económico, que sejam sustentáveis, sobretudo que
sejam aplicáveis na sua região e na sua economia.
Existem dois programas governamentais, denominados
SIDER (Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento
Regional dos Açores) e PO Açores 2020, que são programas do Governo
dos Açores e que disponibilizam por concurso público verbas para a concretização
de projetos elegíveis. Verifica-se uma boa organização e planificação das
verbas para o desenvolvimento da região, e assim tem-se fomentado a criação de
novas empresas e tem-se conseguido a concretização do aumento de empregos.
Progressivamente, verifica-se um progressivo
crescimento da procura turística de um público português, mas também, em
simultâneo, de um público estrangeiro, que é atraído pela oferta turística,
caraterizada por atividades ligadas ao desporto, caminhadas em trilhos no meio
da natureza, e praia. Um dos fatores que provocaram este forte crescimento turístico
foi a liberalização do transporte aéreo, posto que anteriormente não existia
concorrência que provocasse uma redução do preço médio das viagens para esta
região. A entrada de companhias denominadas low
cost provocou um impulso e aumentou a sua procura turística.
Tanto
é assim que, em 2016, foi a nível turístico das regiões mais visitadas em
termos nacionais, tendo tido o seu melhor ano turístico desde sempre. Perante esta
perspetiva bastante otimista para os próximos anos, o Governo dos Açores promoveu
a realização do levantamento e estudo do património aquático dos naufrágios, e
assim pretendeu progredir na realização de um turismo mais diversificado e
inovador. Este projeto pretende conseguir a realização de uma rota marítima
para os turistas que pretendem observar presencialmente esse património náutico
que está submerso.
No
obstante, para salvaguardar e mostrar todo este património à população,
pretende-se realizar a gravação de diversos vídeos, para a exposição deste
património e conhecimento.
Perante o aproveitamento dos recursos
disponíveis da região para obter novas formas de crescimento económico, e para
dinamizar novas formas de turismo, na minha opinião, é importante ressaltar o
quão importante é conseguir identificar, estruturar e realizar a gestão de um
projeto que permita a difusão, conservação e difusão desse património, em prol
do seu enquadramento como produto turístico.
Olhando para as políticas e a
planificação assumidas pelo Governo dos Açores, penso que a região tem conseguido
manter uma boa organização e orientação em matéria de projetos apresentados,
sendo uma referência para outros territórios no que se reporta ao aproveitamento
dos seus recursos disponíveis e à sua gestão como produto turístico.
Cristian Felipe Ferreira Rodrigues
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, da ICS/UMinho]
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