Nos últimos anos, o turismo na cidade do Porto tem
crescido a olhos vistos. Para confirmar isso, basta sairmos às ruas da invicta
e olharmos a imensidão de turistas das mais diversas nacionalidades que por lá
circulam e que se sentam confortavelmente nas esplanadas dos estabelecimentos.
Recentemente, o Porto ganhou a votação para melhor destino europeu para o ano
de 2017, o que certamente se refletirá em mais turistas a visitarem a cidade e
que deverá obrigar à criação de mais ofertas e serviços. A invicta registará
assim um maior desenvolvimento económico
Um dos aspetos que colocavam a cidade
do Porto na lista das cidades nomeadas para melhor destino europeu era a sua
gastronomia. Numa cidade onde aumenta o turismo, aumenta também o setor da
restauração, que cada vez mais tem enveredado por estabelecimentos em que a gastronomia
portuguesa é recriada em versões gourmet
e adaptada às necessidades e exigências dos clientes. Exemplo claro é a
francesinha, prato típico portuense e muito consumida, que tem sido alvo de
recriações e alterações, sendo o recheio tradicional com carne substituído por
marisco ou até mesmo por tofu, direcionado
para os vegetarianos, entre muitos outros tipos de recheio.
Se para os apreciadores desta iguaria
pode ser estanho o consumo de uma francesinha fora do tradicional, para a
restauração representa uma inovação e alargamento do produto ao consumidor, bem
como uma expetativa de aumento do lucro, principalmente para os
estabelecimentos que fazem da francesinha a rainha do cardápio, ou até mesmo em
festivais desta iguaria.
Se, por um lado, as alterações feitas à
francesinha poderiam ser consideradas uma descaraterização do produto, por
outro lado, poderiam igualmente ser vistas como uma forma de inclusão, uma vez
que, independentemente da dieta alimentar adotada por determinada pessoa, esta poderá
passar pela experiência gustativa, porque existe uma francesinha para todos.
Bebiana
Raquel Freitas Pereira
Referências
BALEIRAS,
Rui Nuno (Coord.) [2011], Casos de
Desenvolvimento Regional, Princípia Editora, Cascais.
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, da ICS/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, da ICS/UMinho]
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