Ao longo dos anos,
Portugal, tem cada vez mais se tornado um ponto-chave para o Turismo Europeu.
Milhares são as pessoas que, de todos os pontos do globo, visitam este país,
contribuindo assim fulcralmente para o seu desenvolvimento económico. Cidades-chave
como Porto e Lisboa são aquelas que apresentam mais relevância para a
apresentação de conteúdo estatístico analisado.
Neste breve artigo de
opinião, irei analisar de forma breve a freguesia de Belém, situada no Concelho
de Lisboa, o Turismo presente neste local e a importância dos Pastéis de Belém
na afluência turística ao mesmo, analisando alguns dados.
Belém foi ao longo dos
tempos um pouco de tudo, desde aldeia rural na idade média, porto de mar dos Descobrimentos,
sede do Governo depois do terramoto de 1755, zona industrial no século XIX e,
atualmente, um dos principais pontos turísticos de Lisboa, ficando próximo do
mar e dos mais variados pontos culturais e intelectuais da cidade. Ao local
diariamente chegam milhares de turistas que procuram conhecer um pouco da sua
história e apreciar o típico “pastel de Belém”. Assim, tal como o nome indica,
o famoso pastel conheceu a sua receita típica na famosa “Fábrica de Pastéis de
Belém”, que os produz desde 1837, depois de ter sido criado no Mosteiro dos
Jerónimos.
O famoso pastel de
Belém segue então a sua produção, neste pequeno negócio local, e, graças à
grande afluência que se registou desde essa data, causou um crescimento
económico e grande popularidade na típica doçaria Portuguesa e local. Posto
isto, podemos afirmar que este doce representa um produto que influencia fortemente
a presença turística local e que, por mais simples que seja a sua composição,
vários são aqueles que afirmam serem os melhores pastéis do país.
Logicamente que a sua
confecção é feita com produtos de primeira categoria, mas aliado a isto temos a
presença de uma forte influência histórica dos mesmos, derivada também de
seguirem a receita original vinda do Mosteiro, influenciando por fim a opinião
dos seus consumidores.
Este pastel é sem dúvida
um produto de sucesso e de grande influência económica, sendo este já
considerado Património de Portugal e da sua típica doçaria, que todos os
turistas querem provar. Em torno deste produto apoiaram-se vários elementos,
conseguindo assim uma dinamização de experiências mais completa para os
turistas, sendo possível, por exemplo, fazer a própria reserva da mesa na
famosa pastelaria/fábrica online,
onde o turista pode degustar o pastel ou outros doces, numa breve paragem na
sua visita pela cidade.
Relativamente à sua
produção e ao marketing do produto, vemos que, segundo informações recolhidas,
a fábrica produz cerca de 20.000 pastéis diariamente, que para além de serem
divulgados ao público de uma forma perfeita, contendo uma página própria, têm
garantido a sua divulgação em roteiros turísticos pela cidade. Nessa
divulgação, contam com o apoio também da Câmara Municipal de Lisboa, o que
garante uma continuidade da produção deste produto que influencia a visita à
cidade.
Na minha opinião, a
envolvência do produto à visita do turista é completamente perfeita e o ponto-chave
também para o seu sucesso, não conseguindo este deixar de passar pela famosa
“fábrica”, que, para além disso, se afirma como a “Única Fábrica dos Pastéis de
Belém”, o que influencia ainda mais a ida ao local, onde a produção continua a
ser própria, conseguindo-se provar os mesmos a sair do forno.
Para finalizar este
pequeno artigo de opinião, penso que o turismo neste local se encontra cada vez
mais em expansão e todos os dias faz com que o produto analisado seja colocado
nos padrões mais elevados da doçaria portuguesa, o que revela que se manterá
nos mesmos durante muito mais tempo, beneficiando tanto o interesse do turista
a todos os níveis como a economia local. Isto, por outro lado, levanta a
problemática da desvalorização do produto designado por “Pastel de Nata”, que é
produzido no resto do País, mas que já não é tão apreciado como neste local,
pois não temos tantos fatores a influenciar a opinião do consumidor comum,
impondo-se apenas o factor preço na compra do produto, e deixando de parte um
pouco o fator qualidade, pois torna-se um produto comum.
António
Ribeiro
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e
Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, da
ICS/UMinho]
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