Com o raiar do sol primaveril, chegam também as
primeiras confirmações para os Festivais de Verão que levam os jovens em êxtase
a planear quais as escolhas que vão ter de fazer para conseguirem assistir de
perto à atuação dos seus artistas favoritos. De quando em vez, surgem nomes
sonantes que levam algumas gerações em peso a recordar momentos valiosos da sua
estória.
Os espetáculos têm a capacidade de unir gerações e
configuram um dos maiores elos de ligação social. Tudo pela música, a arte, a
cultura, a socialização e o espetáculo.
Portugal foi eleito, em 2015, 'Best
European Country' para visitar e, no leque de atrações, surge a
possibilidade de se visitar uma larga variedade de património cultural e
natural num relativamente diminuto território.
Em Portugal, os festivais de Verão têm, por isso,
atenção redobrada. Desde os anos 90 que assistimos a um crescimento emergente
deste tipo de iniciativas. As empresas organizadoras adaptam o tipo de
convidados à natureza do evento, procurando targets
específicos para cada um. Desta forma, conseguem colmatar o relativamente
pequeno tamanho do mercado. Além deste trabalho, podemos realçar a tendência dos
governos locais ou regionais de atrair turistas através da criação de
atividades culturais para melhorar o reconhecimento da sua região, fazendo
crescer o turismo e a economia.
Numa entrevista à RTP, Pedro Mendes, Professor do
IPAM, afirma que “o segredo desta área de negócio pode de facto passar pelo
turismo; ou seja, captar pessoas que não vivem em Portugal”. Com a evolução dos
cartazes e da diferenciação, esta pode – efetivamente – ser uma área de
crescimento económico.
O impacto dos Festivais de Verão no turismo português
não é um fenómeno de fácil análise. No entanto, com um investimento em nomes
sonantes internacionais e na variedade de amostras culturais que atrairão turistas
de todo o mundo, prevê-se que este seja um negócio com um crescimento
significativo e com um acentuado impacto económico.
Sabendo que as empresas aumentam a sua notoriedade no
mercado, fazer parte destes eventos é uma enorme manobra de marketing que capta
o interesse das mais variadas marcas, especializando a forma como comunicam e o
awareness da sua identidade.
Neste momento, fica a perspetiva de que festivais como
o Vodafone Paredes de Coura, Nos Alive e Super Bock Super Rock (entre outros) continuarão a crescer pela
música, pelo espetáculo, e pelo branding
e tesouraria dos patrocinadores.
Helena Alves
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano lectivo 2016/2017)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano lectivo 2016/2017)
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