Num mundo evolutivo e,
acima de tudo, em constante crescimento tecnológico, o ser humano não pára de
sonhar em busca de novos sonhos e novos desafios. Se a ida à Lua em 1969 foi um
grande feito para a época, a descoberta de ondas gravitacionais no ano transato
veio dar ênfase e acreditação à Teoria Geral da Relatividade proposta por
Einstein em 1915, deixando a humanidade perplexa.
Com feitos desta
imensidão, o ser humano continua a querer conhecer mais e mais, sendo que um
dos sonhos de grandes companhias ligadas à astronomia ou mesmo de pessoas com
grande poderio financeiro seria a criação de espaços turísticos no Espaço,
nomeadamente na Lua. O que irei falar neste artigo será sobre isso mesmo, o turismo
espacial, nomeadamente o recente projeto do Space
X.
No dia 1 de maio de 2017,
o Space X, empresa espacial privada,
avançou com um programa bastante ambicioso, onde confirma que, em 2018, será
feita a primeira viagem turística ao solo lunar. Nesta viagem, será utilizada
uma nave construída pela NASA, de nome “Dragon 2”, e que será exclusivamente
para dois clientes, onde, após ser colocado um preço base exorbitante, o
sorteio será feito numa espécie de leilão onde esses lugares serão, obviamente,
entregues a quem pagar o maior montante.
Este tipo de turismo é
mencionado há dezenas de anos, tendo mesmo havido grandes empresários
portugueses a envolverem-se em diferentes projetos, como é o caso de Mário
Ferreira, que continua ligado à Virgin Galactic, uma empresa privada de turismo
espacial que foi criada em 2004 e que já contou com várias desistências face a
experiências falhadas que provocaram sobretudo mortes, como é o caso do
co-piloto a bordo da nave “SpaceShip Two”, que se despistou num teste em 2014.
Apesar de ainda não ter
sido feita qualquer viagem turística ao espaço, este mesmo pode mudar por
completo o mercado turístico mundial no longo prazo e poderá, caso seja
completado com sucesso, começar a expandir-se para vários pontos do Mundo,
deixando assim este pequeno nicho de mercado que por enquanto atinge, passando
assim a ser uma oportunidade para um segmento maior de mercado.
As expetativas são
grandes e a verdade é que a Space X já adianta mesmo uma possível viagem
turística a Marte, também em 2018, algo que faz todo sentido após a descoberta
da NASA, que detetou átomos de oxigénio em Marte. Para todos os efeitos, o
turismo espacial pode ser o futuro, muito maior do que a nossa imaginação pode
alcançar.
Rui Morais Barroso
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
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