Em pleno século XXI, cada vez mais a
palavra turismo está inserida no vocabulário das pessoas. Embora parecendo uma
simples palavra, acarreta com ela um desenrolar de benefícios e problemáticas.
Diretamente ligado ao turismo, temos um elemento principal e que influencia as
decisões do turista, chamado transportes. Transportes, hoje em dia, marcam a
experiência do turista, sejam eles públicos ou pessoais, mas sem eles não se
consegue chegar por vezes aos pontos de maior interesse, dependendo claro do
tipo de turismo que estejam a realizar. Neste artigo de opinião, iremos
focar-nos na atuação dos chamados TUK-TUKS no mundo do turismo e da invasão
destes nas grandes cidades, dando como exemplo Lisboa mas generalizando outras,
abordando alguns problemas que com eles chegaram.
Estes meios de transporte não são de
todo recentes. Existem desde há muito tempo em locais como a Ásia, tendo o
mesmo objetivo: movimentar-se pela cidade de forma rápida, evitando o trânsito
devido às suas pequenas dimensões, conseguindo transportar vários passageiros,
e conseguindo chegar a locais que se tornavam inacessíveis através do carro ou
mesmo de autocarro.
Em Portugal, este meio de transporte,
bastante utilizado no turismo, apareceu inicialmente em Coimbra, mas os locais
onde se destaca a sua influência são em Lisboa e Porto. No entanto, estão
espalhados pelo país. Obviamente que a
guerra em torno do Turismo e da captação do maior capital possível de turistas
está na ordem do dia. Assim sendo, a chegada destes novos meios de transporte
gerou uma certa revolta, sendo esta sustentada pela falta de legislação para com
o meio e devido à forte captação turística destes, provocando alguma quebra nos
restantes transportes. Segundo algumas notícias consultadas, a regulamentação
destes novos meios de transporte já esta em cima da mesa nas Câmaras
Municipais, para assim se tornarem oficialmente legais e para se acalmar as fortes
críticas que geraram.
Atualmente, o turista procura cada
vez mais experiências marcantes, que possam gravar na sua memória, mas também
experiências que possam incorporar nelas vários elementos, e os TUK-TUKS vão de
encontro a isso. Por exemplo, um dos benefícios deste meio de transporte é o
seu tamanho, conseguindo cortar por vias alternativas o trânsito da cidade,
podendo parar as vezes que o turista desejar para assim poder tirar fotografias
aos vários locais e, ultimamente, os proprietários deste meio de transporte
começaram a oferecer aos seus clientes bebidas (não alcoólicas) para assim o
turista conseguir realizar a experiência com o maior conforto possível.
Em contrapartida e um dos fatores que
mancha a posição destes transportes é a forte poluição que provocam. Para
ultrapassar este problema, um dos exemplos foi o da Câmara Municipal de Lisboa,
que adotou medidas que visam a obrigar estes a passarem gradualmente para
veículos eléctricos (até Junho de 2017), reduzindo assim o seu barulho, que também
era um fator que incomodava os habitantes da cidade.
A Câmara Municipal de Lisboa, e não
só, adotaram mais medidas para controlar estes transportes, tais como: o corte
de certas ruas para os mesmos não poderem lá passar; e travando mesmo a sua ida
a certos monumentos, tais como a zona do castelo. Os esforços por parte da
Câmara Municipal continuam e procura-se um maior controlo destes veículos,
abordando também questões de segurança para com os utilizadores e seguros e
tendo já emitido um relatório. Implementou, igualmente, já vários tipos de
legislação reguladora dos mesmos.
Analisando agora a dinamização por
parte dos proprietários destes transportes, vemos que o fizeram de maneira
muito inteligente, colocando-se
ao dispor do cliente/turista. Assim, com uma simples pesquisa através da
palavra TUK-TUKS e abordando o nome de Lisboa, Porto ou outra cidade,
encontramos de imediato um sem número de empresas com páginas online que oferecem os mais diversos
serviços neste âmbito.
Na minha opinião, este novo meio de transporte
encontra-se de momento cada vez mais em expansão, sim, e todos os registos
consultados apontam para isso, mas as entidades competentes para legislar sobre
as empresas que oferecem este tipo de atividades aos turistas devem
intensificar a sua atuação, conseguindo por essa via um equilíbrio entre os
restantes transportes, que são alvo de taxamento sucessivos. Evitar-se-ão assim
conflitos entre entidades ligadas ao setor e conseguir-se-á distribuir melhor a
grande procura turística que existe em todas as cidades de Portugal, conseguindo
ao mesmo tempo zelar pela integridade física das pessoas. Oferecer-se-á também
um melhor serviço, fazendo com que o turista renove a sua experiência numa
visita futura.
Antonio Ribeiro
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional” do curso de Mestrado em Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho]
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