Os jovens nascidos
entre os anos 80 e início de 2000, conhecidos como Millennials ou Geração Y, estão mudando o setor turístico através
do seu estilo de vida e influência da tecnologia, pois é a geração nascida na
era digital, alçando a maioridade, e que, portanto, são relativamente jovens.
Essa juventude é relativa uma vez que muitos possuem uma posição profissional
já solidificada, família com filhos e um interessante poder económico, do qual uma
parte da renda esta destinado às viagens e às férias. Estes já possuem um
comportamento mais homogêneo.
O primeiro item que os separa
das gerações anteriores é o facto de considerarem as viagens como parte insubstituível
de suas vidas. Viajam mais e por mais tempo e, particularmente, consideram o
dinheiro destinado às experiências turísticas como o melhor investimento.
Os millennials são turistas que estão em busca de experiências únicas,
sabem o que querem e o valor de investir em uma viagem. Buscam algo diferenciado.
Devido à sua forte
relação com o tecnologia, as pesquisas na escolha da viagem são influenciadas por:
vídeos; experiências de realidade virtual; visualizações 3D; compartilhamento
de ideias e opiniões de outros turistas através de sítios, blogues e redes sociais.
Para a indústria do
turismo, as novas práticas de consumo de turistas dessa nova geração moldam a
forma de trabalhar com o turismo, que é a de estar cada vez mais atento à
tecnologia, promover soluções e interagir, por exemplo, através das redes
sociais ou blogues com os millennials.
Assim, estes serão fiéis à empresa. Não são apenas os millennials que têm mudado as preferências. Turistas de todas as
idades têm transformado a forma de viajar através do estabelecimento de
prioridades, adequação às novas tecnologias e adaptação ao conceito de
compartilhamento.
Essa nova geração é mais
sensível aos temas ambientais e causas sociais, está muito mais atento à adoção
de um comportamento mais responsável com relação ao meio ambiente, a cooperar
ativamente para efetivar e participar em ações de interesse social pelas quais
sente ter um interesse direto. A atenção às expectativas deste perfil de
turista, por parte dos destinos e estruturas recetoras, pode converter-se em
vantagem competitiva válida, porém, somente se se retratar a verdade. Senão,
corre-se o risco de ter uma repercussão negativa.
Além de interessantes como
clientes de lazer, outra vantagem competitiva para a indústria do turismo dos millennials são os clientes de negócios,
pois eles escolhem ampliar o período de hospedagem para poderem dedicar o tempo
livre no destino onde tiveram que ir trabalhar, conectando a possibilidade de
conhecer o lugar no qual se alojaram para lazer, e com isso os meios de
hospedagem estão-se adaptando devido à exigência desse perfil de público. Isso
faz-se projetando habitações e espaços comuns mais práticos, oferecendo
serviços mais adequados. Os millennials
obrigam os empresários a ficarem atentos às mudanças, estimulando o lado inovador,
rápido e eficaz, pois são viajantes pioneiros que descobrem e fazem “moda”
muitos destinos.
A OMT (Organização
Mundial do Turismo) divulgou uma estimativa que até 2020 serão 300 milhões de
viagens internacionais feitas por pessoas com até 30 anos, em comparação com os
187 milhões em 2010.
Portanto, esse nicho
representa uma grande oportunidade para o futuro do setor turístico.
Jaqueline Abreu
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano lectivo 2016/2017)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano lectivo 2016/2017)
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