De acordo com o
Eurostat, dados extraídos em 2016 apontam que no ano de 2014 os habitantes da
EU-28 realizaram 1 182 milhões de viagens, tanto de âmbito profissional
como pessoal. Cerca de 25% dessas viagens foram extranacionais. A maioria dos
países seguiram esta tendência em relação à proporção das viagens domésticas,
exceto a Bélgica e o Luxemburgo, em que a proporção de viagens extranacionais
foi superior às domésticas (82,7% e 98,4%, respetivamente). Isto não é
inesperado, tendo em conta a reduzida dimensão destes países, comparativamente
a outros.
Apesar de
representarem ¼ das deslocações, as viagens extranacionais representaram 41,5%
de todas as dormidas e 54,9% de toda a despesa. Dentro da Europa, o turismo
extranacional é particularmente facilitado pela existência do espaço Schengen,
do qual fazem parte um elevado número de países. Este permite que os cidadãos
europeus se desloquem e habitem/visitem (condicionadamente) outro país membro,
sem os constrangimentos legais habituais. A existência de uma moeda única, o
euro, num considerável número de países, ajuda a harmonizar as espetativas do
custo dos bens e serviços.
O destino mais popular
para viagens extranacionais dentro da EU-28 foi a Espanha, com 20,7% de todas
as dormidas. De todas as viagens extranacionais realizadas no país vizinho,
Portugal, 1/3 foram direcionadas para Espanha, enquanto 1 em cada 6 viagens
realizadas por franceses para o exterior foi também para Espanha.
Em segundo lugar vem a
França, com 12,4% de todas as dormidas, seguida de perto pela Itália, com 12%.
De maneira geral, grande parte dos fluxos turísticos foi dirigida para os
países vizinhos. No entanto, outra tendência que foi possível encontrar foi a
de que a percentagem de dormidas e de gastos não foi a mais alta nos países vizinhos.
Geralmente, viagens além-fronteira não tendem a ser prolongadas, e os turistas
podem com muita mais facilidade deslocar-se de volta a casa se houver algum
imprevisto.
As viagens
extranacionais para fora da EU-28 representaram 14,5%. Este número muito mais
baixo está associado a mais elevados custos de transporte, uma vez que os
países que não fazem parte da Europa ficam mais longe dos que fazem, e ainda a
maiores dificuldades do ponto de vista legal. Cerca de 4,7% das viagens extranacionais
foram para a Ásia, 3,6% para a América do Norte, e 4% para África.
Rui Manuel Alves Martins
Referências
http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/File:Trips_of_residents_of_Southern_Mediterranean_European_countries_-_Domestic,_outbound_and_top_5_outbound_destinations,_2014.png
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
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