O
turismo virtual refere-se a uma navegação de ambientes virtuais, de forma a
explorar lugares sem ter de estar fisicamente presente no destino; o turismo
virtual está ligado às tours virtuais,
que utilizam modelos 3D, imagens panorâmicas 2D, sequências de imagens de vídeo
e/ou modelos baseados em imagens da localização real e elementos de suporte multimédia,
como efeitos sonoros, música, narração e texto.
No entanto, as tours
virtuais não são um substituto do turismo real. Tours virtuais podem ser usadas para o planeamento da viagem,
ajudando o turista a arquitetar o que vai fazer e os locais que pretende
visitar. Incorporar as tours virtuais
no processo de decisão pode ser uma grande vantagem: é uma ferramenta tecnológica
de “tenta antes de comprar”, auxiliando o turista a ter o melhor aproveito da
viajem. Estas também podem ser benéficas para pessoas incapacitadas de viajar,
uma vez que podem explorar e experienciar tal como se estivessem no local. Outro
uso das tours virtuais é para aceder
a locais de acesso limitado, como por exemplo visitar locais com limitações de
espaço. Além de que, com a realidade virtual (VR), pessoas comuns podem
explorar zonas remotas e perigosas sem correr riscos. Nestas situações, os sítios
só podem ser acedidos virtualmente, não havendo competição para as tours virtuais.
Uma área onde a competição com o turismo real é inexistente
são os mundos virtuais. Second Life,
o mundo virtual 3D onde se pode conhecer outras pessoas, mostrou que é possível
gerir visitas interativas de muitas pessoas num local inexistente. Empresas que
possuem os direitos de mundos inexistentes, como o universo de Hogwarts, podem criar experiências
interessantes para os fans; mas
equipas criativas também podem desenvolver experiências interessantes, como a
visita à Finlândia e Rovio Entertainment,
onde as duas organizações se juntaram para uma inovadora iniciativa de
marketing de destino.
O
turismo virtual é considerado um nicho, ou seja, atividade turística especial
que não é partilhada pela maioria. Como as tecnologias têm um papel essencial
na sociedade atual, uma vez que todos os esforços humanos estão dependentes
destas, é surpreendente a ideia de que o turismo virtual constitui um nicho. No
entanto, as tours virtuais ainda
estão no seu princípio, e o processo tecnológico no turismo só começou a ser
desenvolvido nos últimos anos.
Atualmente,
o turismo virtal não gera impactes nos negócios, exceto como ferramenta
promocional, mas à medida que as novas gerações se tornam mais confortáveis com
a realidade virtual, novas opções vão ser exploradas, e podem trazer oportunidades
de lucro. No Japão, a realidade virtual já está popularizada, sendo possível experienciar
os mais variados cenários; tanto os jogos VR como pop stars virtuais estão a ganhar a sua fama.
A
pergunta que deve ser feita não é se o turismo virtual e, por sua vez, a VR vão
ser popularizados e passar de turismo de nicho para turismo de massa mas sim
quando é que isso vai acontecer.
Ana Martins
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, leccionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, leccionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2016/2017)
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