O turismo é uma das atividades económicas mais importantes em
Portugal, onde, para além do seu impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e do
importante papel que tem na criação de emprego, investimento e rendimento, é
também um “motor” de desenvolvimento de outras atividades económicas.
A sazonalidade é uma das principais caraterísticas do Turismo
e Portugal não é exceção, pois, tal como já foi referido anteriormente, é
procurado pelo seu bom clima e boas praias. É maioritariamente nos meses de
julho a setembro que se confirmam maior número de registos em estabelecimentos
hoteleiros. No entanto, tanto no setor público como no setor privado, têm-se
feito esforços para que se consiga criar e implementar medidas e estratégias
para atenuar a diferença, como por exemplo, políticas de preços e produtos e
implementação de férias repartidas, para estimular a procura da época baixa.
Na minha opinião, o setor turístico em Portugal gera uma
grande quantidade de empregos, sendo que através de uma análise foi possível
confirmar que, em 2010, gerou mais de 300 mil empregos. Estes números incluem
estabelecimentos hoteleiros, agentes de viagem, companhias aéreas e outros
serviços de transporte de passageiros (excluindo serviços de transporte
regional). As atividades de restauração e indústrias de lazer, suportadas
diretamente pelos turistas, também estão aqui representadas (OMC, 2011).
De acordo com os dados da OMC, no ano de 2010 a
empregabilidade gerada pelo turismo esteve perto de atingir 7% do total de
empregos no país e, em 2011, o turismo em Portugal conseguiu efetivamente
ultrapassar esses 7%, gerando aproximadamente 347 mil empregos. Já ao nível do
investimento realizado no país, a OMC refere que Portugal aumentou o seu investimento
de capital no turismo, sendo que a percentagem do investimento total do capital
ronda os 4% em 2001 e, em 2010, atinge os 8%, num valor a rondar os 2,5 mil
milhões de euros.
O desenvolvimento, através da qualificação e aumento de
competitividade, bem como a oferta de novos produtos, permitiu que não fosse
dada tanta importância à sazonalidade.
António Pedro Carvalho Moreira
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
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