domingo, abril 15, 2018

Portugal como melhor destino do mundo de Golfe

O golfe é um dos dez produtos estratégicos do PENT, que devem ser valorizados para a melhoria da qualidade e do volume de negócios do setor turístico. 
         Jogar golfe em Portugal fica retido na memória de muitos que experimentam, devido aos excelentes campos em cenários deslumbrantes, clima ameno todo o ano e a simpatia com que os jogadores são recebidos.
         Portugal foi eleito por quatro anos consecutivos, entre 2014 e 2017, como melhor destino de golfe do mundo, nos World Golf Awards. Portugal possui uma grande diversidade de campos relativamente ao orçamento e ao nível de dificuldade exigido pelo jogador. Em 2017, o campo de golfe West Cliffs, em Óbidos, foi distinguido como “Melhor Novo Campo de Golfe do Mundo”. Existem 90 campos distribuídos por todo o país, dos quais 57 apresentam 18 buracos e 9 27 buracos.
         Os destinos mais conhecidos dos jogadores mais experientes são o Algarve e a Costa de Lisboa. De igual modo, são acolhidas grandes provas de circuitos profissionais nos arquipélagos da Madeira e Açores, tendo o golfe começado na região Porto e Norte, uma vez que em Espinho se situa o segundo campo mais antigo da Europa.
         O grande polo de atração do turismo de golfe a nível nacional situa-se no Algarve.  Esta região desperta grande curiosidade na prática do golfe pelo facto de ter sido considerada diversas vezes o melhor destino de golfe do mundo pelas revistas da modalidade e associações internacionais de operadores turísticos especializados. O clima fantástico, que permite os intervenientes jogarem ao longo do ano, a grande diversidade e qualidade dos campos, a acessibilidade e todas as instalações que suporta, a rede de hotéis, os transfers e as próprias companhias aéreas, que facilitam o acesso e tornam convidativa a estadia, acrescentam cada vez mais valor do Algarve como destino de golfe.
Porquê apostar no golfe? São cada vez mais turistas que chegam por causa desta modalidade, o que tem resultados nas receitas turísticas, tendo o golfe criado em Portugal um mercado que gera 1,8 mil milhões de euros de receitas e mobiliza cerca de 300 mil jogadores por ano e 1,1 milhões de dormidas.
         Existe uma associação clara entre o golfe e o mundo dos negócios. O universo do golfe reúne vários empresários e, deste modo, cria redes de contacto e é o concretizar de novas oportunidades. Está associado ao ecoturismo, sendo que um campo de golfe produz oxigénio e reduz o ruído, contribuindo assim para uma melhoria ao nível do meio ambiente. O golfe enquanto produto turístico consegue criar postos de trabalho e combater custos de sazonalidade.
Quais os desafios para a Indústria do Golfe em Portugal? O golfe paga IVA a 23%. A grande parte que paga este imposto são os estrangeiros, tributando assim uma indústria exportadora e, consequentemente, perdendo competitividade face aos grandes mercados europeus, como a Turquia, Espanha, França e Itália. Os portugueses são poucos afetados por esta medida porque praticam a modalidade desportiva em clubes, que são entidades sem fins lucrativos e é vendido esses serviços sem IVA. Uma medida com vista a atrair mais praticantes do exterior e, assim, aumentar a competitividade face aos mercados concorrentes, seria uma redução do imposto.
         Para a promoção de grandes eventos, Portugal não deve depender apenas do Estado, mas também do tecido empresarial que beneficia com o golfe, e as empresas nacionais com dimensão internacional devem investir na projeção da modalidade.
         Em forma de conclusão, a indústria do golfe em Portugal é cada vez mais crescente e prova disso são os prémios que tem recebido pelas revistas e associações internacionais da modalidade e, além disso, capta um elevado número de turistas provenientes dos principais mercados emissores do turismo de golfe. Desta forma, a indústria do golfe atua como um dos motores de crescimento e apresenta um papel cada vez mais dinamizador no Turismo e, consequentemente, na economia Portuguesa.

Marcos Andrade

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)

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