Perante
o cenário que se vive na atualidade, muitas são as reflexões que se têm feito
sobre a forma como a pandemia da covid-19 alterou a vida de todos, tanto a
nível de hábitos como de costumes, além dos “estragos” que tem provocado na
economia a nível mundial. Neste seguimento, um dos setores de que mais se tem
falado e que mais tem sofrido com esta situação é o turismo (tema este abordado
na última reflexão que escrevi), e que, mais uma vez, estará presente. Porém,
será desenvolvido de uma forma bem diferente da anterior.
Acerca de um mês, li uma notícia no
jornal Público que falava sobre uma vila pertencente ao distrito de Portalegre,
localizada no Alto Alentejo. Essa vila tem por nome Gavião e, num verão atípico
como o do ano passado, foi um local que contrariou os efeitos da pandemia e se
viu “cheia” de turistas portugueses que, na impossibilidade de viajarem para o
estrangeiro, decidiram procurar novos locais dentro do seu país para
desfrutarem de umas merecidas férias. Dado o interesse despertado por esta
notícia, decidi pesquisar mais sobre esta vila e deparei-me com um projeto
recentemente inaugurado, ao qual vou dedicar os próximos parágrafos: o Gavião Nature Village.
Este novo projeto, aberto ao público
desde março, trata-se de um complexo turístico, em modo eco-glamping, com tendas climatizadas e bungalows, imerso na vasta natureza do Alentejo. O investimento
neste espaço foi de 1,5 milhões de euros, numa área de cerca de 42 mil metros
quadrados, que abrange, ainda, as praias fluviais de Alamal, Cadafaz, Belver e
Gavião.
Os
seus proprietários (Paulo e Maria do Carmo Almeida, e Fernando e Geny Couteiro)
viram nesta zona do Alentejo o local perfeito para dar forma à sua ideia, tendo
como objetivo proporcionar aos seus hóspedes e turistas uma nova e única
experiência, não só na dormida (rodeada pela natureza, porém com as comodidades
de um empreendimento turístico convencional) mas também nas atividades e
serviços que terão disponibilizados.
Com adição de uma área destinada ao acampamento livre, o complexo é, deste modo, composto por 13 tendas glamping (seis familiares, seis de amigos e uma romântica), todas elas devidamente equipadas como se fossem um quarto de hotel; além das tendas, conta ainda com 10 bungalows. Estes alojamentos são suportados por uma clubhouse, com bar e restaurante, sala de eventos, zona de convívio e um Wellness Center. Este último proporciona ótimos momentos de relaxamento, com serviços como piscina, jacuzzi, sauna e sala de massagens.
Estas diferentes tipologias de alojamento vão traduzir-se, segundo os seus responsáveis, numa área com capacidade máxima para cerca de 150 pessoas. Aqui, além do contacto com a natureza típico destes espaços, os hóspedes vão encontrar um Cantinho dos Animais e uma Horta Biológica, que funcionarão como atividades pedagógicas e fornecerão produtos para o restaurante. Nos seus arredores, outras atividades ganham destaque, como o aluguer de bicicletas BTT, aulas de yoga e balonismo (passeios em balões de ar quente).
Além
de tudo isto, o Gavião Nature Village pretende
dedicar-se à realização de retiros holísticos, programas de Team Building, casamentos e outros
eventos.
Em suma, e à medida que os dias
quentes vão chegando, fica a sugestão de visita a este novo espaço, que promete
ser ótimo para descansar e recarregar energias, sem se abdicar do conforto e
das comodidades de um alojamento convencional.
Vanessa Catarina Araújo Garcia
Bibliografia
GONÇALVES,
Mara; LOPES, Ricardo (2021) Gavião
contrariou a pandemia turística com um diamante por lapidar, Público. Disponível
em https://www.publico.pt/2021/03/06/fugas/noticia/gaviao-contrariou-pandemia-turistica-diamante-lapidar-1952910
NAVES, Patrícia (2021) Gavião Nature Village: o novo glamping do Alentejo é um sonho de miúdos
tornado real, NiT. Disponível em https://www.nit.pt/fora-de-casa/turismos-rurais-e-hoteis/gaviao-nature-village-o-novo-glamping-do-alentejo-e-um-sonho-de-miudos-tornado-real
Gavião Nature Village: www.gaviaonaturevillage.com
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
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