terça-feira, novembro 29, 2011

Matosinhos lança redes para peixe graúdo

“Se há um domínio onde é visível uma melhoria é neste. Os portos têm que ser eficientes. O turismo de cruzeiros representa já hoje um volume de negócios anual na ordem dos 180 milhões de euros. Se soubermos aproveitar as infra-estruturas e articulá-las, estaremos a potenciar toda a região” - Dr. António Mendonça (Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações)
Inaugurado no passado dia 29 de Abril o novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, estará pronto a receber os maiores navios de cruzeiros alguma vez construídos, como o "Queen Elizabeth" (que já marcou duas escalas em Leixões para o final deste ano), "Aurora" e "Oriana.
A infraestrutura custou cerca de 21 milhões de euros e demorou um ano a ser construída contudo o terminal de cruzeiros de Leixões, da autoria do arquitecto Luís Pedro Silva, tem um custo estimado de 49 milhões de euros e foi financiado em 51% pelo Programa Operacional Regional do Norte.
Até agora, o Porto de Leixões apenas podia receber navios até 250 metros de comprimento, embora a maior parte dos novos navios e dos navios que têm entrado nas rotas do Atlântico tenham entre 250 e 300 metros. A nova estrutura, com 343 metros, permite receber estes novos navios e multiplicar o número de passageiros que chegam a Leixões.
Os estudos de mercado realizados apontam que apenas cinco anos depois, em 2018, passarão anualmente por Leixões cerca de 110 navios de cruzeiro com mais de 125 mil passageiros, um acréscimo significativo na procura turística da região que providenciará uma receita anual de 11 milhões de euros para os sectores da restauração, transportes, compras, cultura e lazer do Porto e Norte de Portugal.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Eng. Matos Fernandes, o cais dos novos fundos corresponde à primeira fase do Terminal de Cruzeiros de Leixões. A 10 de Maio arranca formalmente a segunda fase do projecto dedicada à construção da nova Estação de Passageiros, edifício central do complexo que irá albergar um espaço dedicado à produção e divulgação científica através do Pólo do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que irá ocupar os dois pisos superiores do edifício do terminal, concentrando as investigações ligadas ao mar, dispersas pelas várias faculdades.
O novo Terminal de Cruzeiros é uma mais-valia para o desenvolvimento da oferta turística da região. É preciso reunir esforços e estabelecer parcerias para a definição de uma estratégia que atraia novas mercados e potencie ainda mais a forte ligação histórico-cultural entre Matosinhos e o Mar.

Emanuel Meira Rego

[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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