No passado dia 25 de Outubro inaugurou em Braga a famosa loja de vestuário e acessórios, Primark. A nova loja está situada no Bragaparque, tem cerca de 2900 m2 e é a quinta loja desta marca a abrir no nosso território (o mais perto que poderíamos encontrar era no Porto). Esta abertura proporcionou um emprego imediato a 250 pessoas, estando ainda em aberto a possibilidade de este número aumentar.
Na minha opinião a chegada da Primark a Braga tem bastantes pontos positivos, mas também tem, com certeza, alguns menos bons. Começando pelos aspectos a favor, temos desde logo os 250 empregos que esta loja “oferece”, o que, sabendo-se que Braga está entre as cidades com maior taxa de desemprego no país, é fenomenal. Outro factor de extrema importância prende-se com o facto de a Primark ser uma marca conceituadíssima que está a ganhar grande força a nível nacional, pelo que não vai atrair somente a população residente em Braga, mas também a dos arredores. Assim, principalmente aos fins-de-semana, é de esperar que o Bragaparque e consequentemente as suas lojas ganhem “uma vida nova”, isto é, que a Primark seja “um dinamizador socioeconómico daquela que será a Capital Europeia da Juventude em 2012” – José Luis Martinez, director ibérico da marca.
Passando para outro aspecto positivo, esta loja também é conhecida por ajudar fundações. Na sua inauguração, aproveitou para conceder dois donativos, um ao Instituto Novais e Sousa e outro à Associação Maconde, ambos no valor de cinco mil euros. Por último, mas nunca menos importante, os preços praticados. Primark é, automaticamente, sinónimo de produtos de baixo custo o que representa, sem sombra de dúvidas, um ponto enorme a seu favor visto que, considerando a situação em que o nosso país se encontra, as pessoas sentem-se tentadas a procurar o preço mais apetecível para o seu vestuário, algo certamente oferecido pela Primark que actua sob o lema “Amazing Fashion, Amazing Prices”.
Esse é, no entanto, um dos pontos menos favoráveis da vinda desta loja para cá. Digo isto porque os preços são, de facto, avassaladores e com a chegada deste concorrente de peso, as marcas que já estavam no Bragaparque, na minha opinião, vão passar por algumas dificuldades para se conseguirem defender de tamanho adversário (mesmo sabendo que a Primark trará consigo bastantes novos visitantes). Outro aspecto menos positivo, que se prende de certa forma com o anterior, consiste em que o outrora tão populado, animado e movimentado centro da cidade perca ainda mais o seu encanto. O costume de ir “fazer compras à avenida” perdeu-se com todos os shoppings que se foram construindo e certamente a vinda desta imponente marca para Braga não ajudará nada a que o centro da cidade volte a ser o que era, arruinando ainda mais os pequenos negócios locais.
Com tudo isto e em jeito de conclusão, penso que os pontos positivos da chegada da Primark superiorizam-se relativamente aos seus pontos negativos. É certo que os pontos negativos são algo a ter em conta, porém, as grandes marcas sabem que ao abrirem um espaço comercial num shopping, se arriscam a ter concorrentes deste tipo. Assim, como qualquer pessoa que goste de comprar roupa a bons preços, vejo com bons olhos a vinda da tão conceituada Primark para Braga.
Diogo Azevedo
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3.º ano do curso de Economia (1.ºciclo) da EEG/UMinho]
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