Na contemporaneidade, o turismo no espaço rural, apresenta-se como uma alternativa emergente na problemática da valorização do território, pelo que tem vindo a constituir um importante instrumento de desenvolvimento para as regiões menos desenvolvidas em Portugal. Neste contexto, o mundo rural tem vindo a conhecer várias mutações no que a novos conceitos e modelos de desenvolvimento diz respeito. Começou por ser de cariz “tradicional”, onde as actividades familiares de produção agrária e as actividades artesanais ocupavam todo o seu espaço, e hoje assume um papel cada vez mais “urbano” se assim podemos dizer, onde lógicas urbanas na produção do espaço, novas funcionalidades e a consciencialização da necessidade de modelos de desenvolvimento emergem como “nova ordem” no mundo rural.
O crescente fenómeno do turismo rural surge não só como resposta a várias necessidades de diferentes âmbitos, mas também como uma potencialidade a ser explorada. A saturação dos espaços turísticos tradicionais, a procura de diferentes experiências por parte de turistas nacionais e internacionais e a necessidade de estratégias de desenvolvimento nos espaços rurais, aliados à riqueza do património natural, histórico e cultural, surgiram como alavanca ao desenvolvimento do turismo rural em Portugal. Deste modo, é necessário desenvolver estratégias de maneira a potencializar todas estas forças que o espaço rural apresenta. Torna-se por isso necessário, por um lado, fomentar todo o potencial endógeno de cada região, de modo a revitalizar o seu tecido económico, o empreendedorismo e a criação de emprego em qualidade, de outra maneira, é necessário promover a sustentabilidade e o correcto ordenamento territorial, e por fim, promover a coesão e a inclusão social. Assim, torna-se imperativo mobilizar um conjunto de componentes integrados de intervenção no que a território, economia, instituições, demografia, educação, acção social, inovação, competitividade e qualidade diz respeito.
No desenvolvimento de todo o procedimento, um aspecto importante que há que enunciar, tem que ver com os actores envolvidos em todo o processo. Se os turistas são a base da procura, e é em torno das necessidades deles que gira o turismo rural, o papel da população residente e dos produtores locais é tão ou mais importante que o dos primeiros. Cabe a eles envolverem-se de forma activa no processo de promoção e conservação do património artesanal de modo a tirarem total proveito das potencialidades únicas que a sua região e o seu know-how oferecem. Este é aliás um dos principais desafios do turismo nos espaços rurais em Portugal, visto que a falta de estratégias na promoção dos produtos por parte de produtores e autarquias locais tem feito com que os potenciais ganhos que advêm do turismo rural sejam ainda pouco significantes. Há por isso que mostrar o caminho a seguir: desenvolver estratégias de actuação, que permitam não só responder às necessidades de quem procura, mas acima de tudo responder às necessidades de melhoria de qualidade de vida das populações locais e de desenvolvimento sustentável de cada região. Deste modo, existe a necessidade de adequar o turismo ao meio rural, integrando-o nas suas especificidades, e assegurar que as populações locais pertençam e controlem essa integração, só assim é possível atingir um estado de desenvolvimento sustentável.
Selénio Portugal
O crescente fenómeno do turismo rural surge não só como resposta a várias necessidades de diferentes âmbitos, mas também como uma potencialidade a ser explorada. A saturação dos espaços turísticos tradicionais, a procura de diferentes experiências por parte de turistas nacionais e internacionais e a necessidade de estratégias de desenvolvimento nos espaços rurais, aliados à riqueza do património natural, histórico e cultural, surgiram como alavanca ao desenvolvimento do turismo rural em Portugal. Deste modo, é necessário desenvolver estratégias de maneira a potencializar todas estas forças que o espaço rural apresenta. Torna-se por isso necessário, por um lado, fomentar todo o potencial endógeno de cada região, de modo a revitalizar o seu tecido económico, o empreendedorismo e a criação de emprego em qualidade, de outra maneira, é necessário promover a sustentabilidade e o correcto ordenamento territorial, e por fim, promover a coesão e a inclusão social. Assim, torna-se imperativo mobilizar um conjunto de componentes integrados de intervenção no que a território, economia, instituições, demografia, educação, acção social, inovação, competitividade e qualidade diz respeito.
No desenvolvimento de todo o procedimento, um aspecto importante que há que enunciar, tem que ver com os actores envolvidos em todo o processo. Se os turistas são a base da procura, e é em torno das necessidades deles que gira o turismo rural, o papel da população residente e dos produtores locais é tão ou mais importante que o dos primeiros. Cabe a eles envolverem-se de forma activa no processo de promoção e conservação do património artesanal de modo a tirarem total proveito das potencialidades únicas que a sua região e o seu know-how oferecem. Este é aliás um dos principais desafios do turismo nos espaços rurais em Portugal, visto que a falta de estratégias na promoção dos produtos por parte de produtores e autarquias locais tem feito com que os potenciais ganhos que advêm do turismo rural sejam ainda pouco significantes. Há por isso que mostrar o caminho a seguir: desenvolver estratégias de actuação, que permitam não só responder às necessidades de quem procura, mas acima de tudo responder às necessidades de melhoria de qualidade de vida das populações locais e de desenvolvimento sustentável de cada região. Deste modo, existe a necessidade de adequar o turismo ao meio rural, integrando-o nas suas especificidades, e assegurar que as populações locais pertençam e controlem essa integração, só assim é possível atingir um estado de desenvolvimento sustentável.
Selénio Portugal
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular Desenvolvimento e Competitividade do Território, do Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas, da EEG/UMinho)
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