O actual cenário global, caracterizado pela crise económica, alterações climáticas e complexidade das políticas governamentais, faz com que os decisores políticos, os gestores, cada vez mais têm de lidar com estas questões nos seus processos de decisão. Dado que estas situações vão ter reflexos no cenário futuro é importante a aproximação entre instituições científicas e empresas, bem como a partilha de informações entre nações de forma a promover o desenvolvimento sustentável, que surge como um aspecto determinante para a criação de grandes oportunidades a vários níveis.
Da noção de desenvolvimento sustentável dada pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987, onde se estabeleceu traços básicos para a noção e princípios fundamentais, advém que desenvolvimento sustentável é o “ desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades." O desenvolvimento sustentável surge assim como um conceito abrangente assente em três grandes dimensões (ambiental, económico e social) que devem funcionar integradas numa verdadeira lógica de de gestão global do negócio.
A inovação constitui um aspecto indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável e competitividade. Torna-se, cada vez mais, necessário promover e reforçar a inovação através da criação de redes de cidades, desenvolvimento de novos clusters regionais de competitividade e inovação, bem como reforçar o papel das cidades como centros de conhecimento e fontes de crescimento e inovação. Porque através de pequenos passos as empresas podem ser mais competitivas e os territórios mais atractivos, fornecendo os meios para fomentar o desenvolvimento económico.
A criatividade, o conhecimento e a inovação são, cada vez mais, componentes essenciais da competitividade das cidades e regiões envolventes, e é neste sentido que actualmente emergem muitas estratégias inovadoras de desenvolvimento urbano assentes na criação e dinamização de espaços inteligentes no centro das cidades que aliam diversas áreas científicas.
A inovação como ferramenta de competitividade que permite ao empreendedor, para além de produzir de forma mais eficiente reduzir a dependência excessiva e aumentar a sua capacidade competitiva, remete-nos para a necessidade reconhecer que é necessária criatividade para escolher o que inovar, além de como inovar. Isto porque em torno do contexto global, caracterizado no primeiro parágrafo emerge também um novo conceito, a de responsabilidade social e ambiental e uma discussão cada vez mais assente no papel da inovação.
Ao meu ver, é preciso delimitar o tipo de inovação que se quer. Não é suficiente que as organizações sejam inovadoras, elas precisam, também de ser sustentáveis, entendendo que a palavra sustentável está relacionada com a concepção social, económica e ambiental de desenvolvimento e não apenas com o sucesso na obtenção de condições de competitividade. É preciso ter em conta que uma organização inovadora sustentável não é a que introduz novidades de qualquer tipo, mas a que introduz novidades que respeitam às múltiplas dimensões da sustentabilidade.
Os decisores políticos, os órgãos de comunicação social, as ONG´s, e outros actores sociais devem exercer a sua pressão sobre as organizações de forma a exigir uma preocupação maior com as questões da sustentabilidade, um compromisso social em benefício da sociedade. A inovação deve ser trabalhada de forma que possa ser contínua, a longo prazo e que permita um ambiente propício a realização de mudanças e que não prejudique as gerações futuras.
Creio que inovar por inovar é um desperdício de recursos naturais, humanos e financeiros, e que não é este o modelo de inovação que qualquer sociedade deve exigir. É possível conciliar aspectos como protecção ambiental, justiça social, crescimento económico e ser inovador, como algumas organizações têm comprovado, e quanto mais integrados forem tais factores mais nos aproximamos da sustentabilidade.
HÉRICA CELIZA GOMES TAVARES
Da noção de desenvolvimento sustentável dada pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987, onde se estabeleceu traços básicos para a noção e princípios fundamentais, advém que desenvolvimento sustentável é o “ desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades." O desenvolvimento sustentável surge assim como um conceito abrangente assente em três grandes dimensões (ambiental, económico e social) que devem funcionar integradas numa verdadeira lógica de de gestão global do negócio.
A inovação constitui um aspecto indispensável para alcançar o desenvolvimento sustentável e competitividade. Torna-se, cada vez mais, necessário promover e reforçar a inovação através da criação de redes de cidades, desenvolvimento de novos clusters regionais de competitividade e inovação, bem como reforçar o papel das cidades como centros de conhecimento e fontes de crescimento e inovação. Porque através de pequenos passos as empresas podem ser mais competitivas e os territórios mais atractivos, fornecendo os meios para fomentar o desenvolvimento económico.
A criatividade, o conhecimento e a inovação são, cada vez mais, componentes essenciais da competitividade das cidades e regiões envolventes, e é neste sentido que actualmente emergem muitas estratégias inovadoras de desenvolvimento urbano assentes na criação e dinamização de espaços inteligentes no centro das cidades que aliam diversas áreas científicas.
A inovação como ferramenta de competitividade que permite ao empreendedor, para além de produzir de forma mais eficiente reduzir a dependência excessiva e aumentar a sua capacidade competitiva, remete-nos para a necessidade reconhecer que é necessária criatividade para escolher o que inovar, além de como inovar. Isto porque em torno do contexto global, caracterizado no primeiro parágrafo emerge também um novo conceito, a de responsabilidade social e ambiental e uma discussão cada vez mais assente no papel da inovação.
Ao meu ver, é preciso delimitar o tipo de inovação que se quer. Não é suficiente que as organizações sejam inovadoras, elas precisam, também de ser sustentáveis, entendendo que a palavra sustentável está relacionada com a concepção social, económica e ambiental de desenvolvimento e não apenas com o sucesso na obtenção de condições de competitividade. É preciso ter em conta que uma organização inovadora sustentável não é a que introduz novidades de qualquer tipo, mas a que introduz novidades que respeitam às múltiplas dimensões da sustentabilidade.
Os decisores políticos, os órgãos de comunicação social, as ONG´s, e outros actores sociais devem exercer a sua pressão sobre as organizações de forma a exigir uma preocupação maior com as questões da sustentabilidade, um compromisso social em benefício da sociedade. A inovação deve ser trabalhada de forma que possa ser contínua, a longo prazo e que permita um ambiente propício a realização de mudanças e que não prejudique as gerações futuras.
Creio que inovar por inovar é um desperdício de recursos naturais, humanos e financeiros, e que não é este o modelo de inovação que qualquer sociedade deve exigir. É possível conciliar aspectos como protecção ambiental, justiça social, crescimento económico e ser inovador, como algumas organizações têm comprovado, e quanto mais integrados forem tais factores mais nos aproximamos da sustentabilidade.
HÉRICA CELIZA GOMES TAVARES
(artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular Desenvolvimento e Competitividade do Território, do Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas, da EEG/UMinho)
Sem comentários:
Enviar um comentário